Não conte para a mamãe

Não conte para a mamãe Toni Maguire




Resenhas - Não conte para a mamãe


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Angel 14/02/2015

[Resenha] Não conta para a mamãe - Toni Maguire
“-Não conte para a mamãe – disse ele, dando-me uma breve sacudida. – Isso é um segredo nosso Antoinette, você me ouviu?- Está bem, papai. – respondi. – Não vou contar.Mas contei. Eu sentia segurança no amor de minha mãe. Eu a amava, e ela, eu sabia, me amava. Ela o mandaria parar. Mas não mandou.”

Esse livro conta uma história verídica, sobre infância da própria autora, que foi abusada constantemente pelo pai ao longo de oito anos.

Antoinette nasceu na Inglaterra pós-guerra, e seus primeiros anos de vida foram muito felizes, ela vivia com a mãe que a amava muito e sempre tinha por perto sua avó materna. Seu pai ficou no exercito durante alguns anos e ela pouco se lembrava dele, tinha apenas a lembrança de como sua mãe ficava feliz quando seu amado marido voltava para casa e fazia de tudo para agradá-lo.

Aos 5 anos, ela e seus pais mudaram para a Irlanda do Norte, onde vivia a família do pai. E foi ai que os piores anos da vida de Antoinette começaram.

Primeiro ela conheceu o pai nervoso, que se irritava com tudo o que ela fazia, sempre julgando e acusando. Aos 6 anos de idade ele a beijou de língua e disse aquela frase que ela ouviria muitas vezes a partir daquele momento: “ Não conte para a mamãe, minha menina.”

Mas ela acabou contando para a mãe, confiava na sua proteção e no seu amor. Porém a mãe a olhou com ódio e apenas disse “Nunca, nunca mais fale isso de novo, está bem?”. A partir daquele dia, sua mãe nunca mais foi à mesma, a tratava com frieza, não cuidava mais dela como antigamente, ela ia para a escola sempre desarrumada e com roupas velhas.

Sem a proteção da mãe, o comportamento do pai piorou, ela foi aliciada, estuprada, conviveu com a violência física, o sadismo e o assedio moral, que pioravam a cada medida que ela crescia.

“Depois do que pareceu uma eternidade, ele soltou um gemido e saiu de mim. Senti uma substância quente, molhada e grudenta gotejar sobre minha barriga. Ele jogou um pedaço de saco em mim. - Se limpe com isso. Sem dizer nada, fiz o que ele mandou. As palavras que se seguiram estavam destinadas a se tornarem o refrão dele: - Não vá contar para a mamãe, minha menina. Isso é nosso segredo. Se contar, ela não vai acreditar em você. Ela não vai mais amar você. Eu já sabia que isso era verdade.”


Gente, esse livro me deixou muito perturbada! Como um pai faz isso com a própria filha? Como uma mãe que sempre foi carinhosa foi capaz de virar as costas para a filha de 6 anos? E o pior, como a sociedade foi capaz de julgar uma menina que não teve culpa nenhuma do que o pai fazia com ela?


Esse foi o primeiro livro que eu li sobre abuso sexual, infelizmente essa tragédia que aconteceu com Toni, já aconteceu ou acontece com várias outras crianças pelo mundo, é uma realidade infelizmente. E realmente eu não consigo entender com o ser humano pode ser tão cruel. O nosso lar, nossa família, deveria ser o nosso porto seguro, não o mostro.


“ Fechei os olhos com força, na esperança de que, se não pudesse ver, aquilo iria parar, mas não parava.”


site: http://deliriosdaangel.blogspot.com.br/
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Olga.Maria 30/01/2021

Dói a alma
Achei que depois de preciosa
Livro algum me deixaria esse estado de topor
Abalada, incrédula e totalmente indignada
Mais o livro me prendeu
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Malucas Por Romances 10/01/2017

Angustiante
Dessa vez vou falar de um livro que vai destruir seu emocional. Não existe romance nessa história e muito menos amor, existe sim uma história de partir o coração do momento que você lê o titulo. Um livro que destruiu cada parte do meu emocional, tanto que foi um dos livros que mais demorei pra fazer resenha, eu não conseguia me expressar direito e ainda não sei se vou conseguir, mas vou tentar.


"Meus pais eram meus mestres. Meu pai me controlava com ameaças e minha mãe, com a manipulação dolorosa dos meus sentimentos."


Esse livro conta a história de Antoinette, uma menina que era amada pela sua mãe e que era feliz, até o dia que seu pai volta da guerra. Diferente das outras vezes que ele voltou, nessa vez ele veio pra ficar e é onde a vida dela desmorona.

O livro Não Conte Para a Mamãe é narrado por Toni Maguire que está em um hospital, onde sua mãe se encontra em seus últimos dias de vida. Lá todo o passado dela vai retornando a mente e nos faz reviver cada momento doloroso da vida dela. A história é verídica, o que nos faz sentir ainda mais tristeza.

“As crianças, como os animais, pressentem quando alguém é fraco, diferente ou vulnerável. Apesar de serem bem-educadas, oriundas de lares onde a crueldade não tem espaço, aquelas crianças nutriam uma aversão instintiva por mim”

A vida dela começa a virar um inferno antes de completar 6 anos de idade. O pai dá um beijo nela e ao contar pra sua mãe, ao invés de sua mãe acreditar nela, ela briga com a filha e ainda manda esquecer tudo isso. Para piorar mais ainda começa a negligenciar a própria filha. Após esse ocorrido do beijo passa um tempo e o pior acontece, o pai dela a violenta sexualmente, ele pede pra ela guardar segredo dizendo que se ela contasse pra mamãe dela a mãe não iria acreditar e não iria gostar mais dela. Só que ela já imaginava isso e acabou guardando esse segredo.

RESENHA COMPLETA NO BLOG

site: https://malucaspor-romances.blogspot.com.br/2017/01/resenha-nao-conte-para-mamae.html#more
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Michele 21/02/2020

Uma mistura de sentimentos ... como uma mulher pode amar a um estranho do que a seu filho que é gerado dentro do seu ventre ?
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andreiaflores 18/11/2021

Eu fiquei enojada, chorei litros, fiquei com taquicardia e não consegui parar de ler até chegar ao final.
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Tami 16/04/2020

De coração partido
É triste saber que existe muitas Antoinettes pelo mundo, dói na alma e dá muita raiva desses monstros.
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Bruna Sousa 10/04/2020

Precisa ter estômago para encarar a leitura
"Sua boca veio a minha. Ele forçou a língua pelos meus lábios. Senti a saliva escorrer pelo meu queixo, e o cheiro de uísque rançoso e o bafo de cigarro entraram em minhas narinas . Minha sensação de segurança abandonou-me para sempre, substituída por repulsa e medo."
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Já inicio esta resenha falando que o livro é muito difícil de se ler, não é para quem tem estômago fraco. A cada parágrafo, Antoinette é forçada a fazer algo. É como um soco no estômago ler cada palavra usada para descrever os abusos sofridos por ela. Chega a dar vontade de vomitar. Não! Eu não estou sendo exagerada, caro leitor.
O livro é o relato de Toni Maguire sobre o que aconteceu em sua infância, quando ela ainda era a pequena Antoinette. Ela tinha a vida como a de qualquer criança, rodeada de uma família feliz, vivendo em um lar amável. Tudo isso durou pouco. Até seus 6 anos. Quando seu pai voltou do exército e a levou com sua mãe para a Irlanda do Norte, a fim de construir uma nova vida. Infelizmente, menina não fazia ideia do que estava por vir.
Já na Irlanda, a criança se sentia amada e segura. Um dia, em um passeio com a sua cachorrinha Judy, aconteceu pela primeira vez. O próprio pai a estuprou. Ela tinha apenas 6 anos e infelizmente, continuaram até os seus 14 anos.
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"Eu sentia segurança no amor de minha mãe. Ela deveria ter mandado ele parar. Não mandou".
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Como pode ser visto no trecho acima, a mãe dela não a ajudou. Eu também me perguntei, assim como você deve estar se perguntando, "e a mãe dela? Nada fez?" Fiquei revoltadíssima com essa mulher!
Como alertei no início, esse não é o tipo de livro que qualquer pessoa consegue ler. É revoltante! E o pior é saber que é uma #história verídica. E infelizmente, vemos muitos casos desses por aí. 😪
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Mesmo com tudo que descrevi, recomendo a leitura.

site: Cinéfila Leitora: https://www.instagram.com/cinefilaleitora/
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Tiara.Brito 12/12/2021

Sem palavras
O livro é muito indigesto, foi muito difícil terminar de ler pois não aguenta mais a situação daquela criança, queria vê o final e saber que ela venceu, ultrapassou os obstáculos, venceu os traumas e foi feliz ao menos uma vez. Mas a vitória dela foi sobreviver há anos de abuso físico e psicológico e ter de cuidar da mãe que foi conivente com tudo.
A minha vontade era tocar fogo naquela casa, não tenho psicológico pra ler essas coisas. É uma leitura dolorosa, não recomendo para quem vive relacionamento familiares tóxicos, pois tem muitos gatinhos que nos fazem afundar junto com a personagem.
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Sam 09/05/2020

eu dei 5 estrelas, mas não por ser uma história perfeita.
está muito longe de uma ser uma história perfeita, na verdade, é totalmente o contrário disso. essa biografia se passa na década de 50 e volto a dizer, haja estômago pra ler. o tanto que eu senti raiva e nojo não dá para descrever aqui. infelizmente a justiça naquela época era inexistente, ou na vdd, não como hoje em relação a assuntos de estupro/pedofilia.
como a Toni diz no livro "As pessoas escolhem acreditar no que elas querem." e de fato isso aconteceu. ela foi julgada e criticada por algo que não foi culpa dela. por causa daquele homem que era pra ter sido o pai dela. infelizmente ele teve que passar por aquilo tudo, e o pior, sentir o julgamento da própria mãe - que também e não só uma vez - não ficou ao lado dela no momento em que mais precisou. a infância, a adolescência de Toni, foi TODA destruída; não teve o que salvar. eu a considero muito guerreira por chegar onde chegou, e viva. eu não desejo isso a ninguém, foi horrível, repugnante, nojento tudo que ela passou, e eu sei que muitas hoje ainda passam. meus sinceros sentimentos.
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Karol 22/04/2022

Quando o amor por um homem, é maior que o amor por uma filha
Já é doloroso saber que se trata da própria escritora, que alguém abrindo a própria vida, a própria dor que ninguém nunca quis ouvir.

Quanto a história... É destruidora. Te deixa triste, se sentindo mal, mas é o lado feio do ser humano que se faz necessário ter consciência que existe. Não só sobre o pai e mãe, mas TODAS as pessoas que foram coniventes com o acontecido. Desde professoras, médicos, familiares, empregadores...

Mas o que mais me deu ódio foi a figura da mãe. Óbvio que o pai era um monstro, mas a mãe poderia ter salvado a vida de sua filha, evitado tanta tristeza e dor, mas ela preferiu se fazer cega, mesma sabendo o monstro que era casada. Me embrulha o estômago pensar nessa mulher.

Quanto a Toni, só é possível sentir pena do início ao final. Mesmo adulta, sem força alguma contra seus abusadores, até no último momento tentando fazer o melhor para seus algozes.

Triste. Livro de pura tristeza e agonia
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Stefânea 19/01/2019

Destruidor
"Foi nesse dia que começou o nosso jogo; o jogo chamava-se “o nosso segredo”, e ele e eu haveríamos de o jogar por mais sete anos."

Em 1945 nascia Antoinette, uma bela criança inglesa que se sentia a mais feliz do mundo. Tinha uma mãe que a amava e um pai que trazia presentes. Mas tudo isso mudou quando,viu a infância lhe ser roubada na frente dos olhos. Traída por aqueles a deviam proteger. Ao seis anos de idade, Toni Maguire foi violentada pela primeira vez, pelo próprio pai. O beijo na boca teria sido algo inofensivo, se não fosse a língua dele na sua, seguida da frase que a perseguiria: "Não conte para a mamãe". Mas contou. E foi ignorada.

Neste relato de memórias, a autora narra com dor sua longa história de abuso sexual. Descreve como foi perder o afeto da mãe que agora a ignorava. Conta como foi ser estuprada pela primeira vez ao sete anos, e como isso se tornou algo cada vez mais rotineiro. As palavras de Maguire levam lágrimas aos olhos de qualquer um que as leia e compreenda o tamanho de seu sofrimento. A criança que só sentia felicidade passageira e ao sair de casa para fingir que sua família era feliz.

"Foi o início do segundo jogo, no qual os três participavamos: o jogo das famílias felizes."

A dor da leitura se intensifica a cada vez que lembramos que é um fato verídico. Os acontecimentos, cada vez mais pesados, são quase sufocantes. A cada estupro, a cada surra, a cada vez que a mãe culpava filha e não o pai, só nos é aumentado o desespero. O sentimento de culpa nos invade. Culpa por não podermos fazer nada por Toni, culpa por sermos apenas leitores de uma história tão asquerosa e não termos como proteger aquela criança que crescia sendo julgada. A cada capítulo, Maguire mostra mais do trauma que guardou em si por tantos anos, e aprendemos a admirar sua coragem. Apesar das descrições serem, em alguns momentos, numerosas e desnecessárias, a obra é genial. Vemos a verdade em cada parágrafo, como se fossemos íntimos da autora. Como se, finalmente, tivesse achado em seus leitores, os amigos que sempre lhe foram negados. Somos agora guardiões de seus segredos.
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karen 17/04/2021

Não consigo encontrar palavras que definem o peso desse livro, ainda mais se tratando de uma história real. A cada capítulo, minha vontade de entrar no livro e tirar a criança daquele ambiente só aumentava. Espero que Toni tenha encontrado o amor e a tranquilidade que por tanto tempo desejou.
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qziacoelho 06/08/2022

Certamente, esse foi um dia livros mais tristes e perturbadores que já li.
Saber que a pessoa que deveria ser a proteção de uma criança é na verdade seu maior medo, perceber que sua mãe se omitiu mesmo sabendo de tudo que ela passava, dói.
O mais triste é saber que é uma história real e que tantas outras crianças passaram e passam pela mesma situação.
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