Jackeline.Silva 13/06/2022
Amar é um hábito difícil de quebrar.
Decidir ler essa autobiografia é saber que o sofrimento se faz presente desde as primeiras páginas.
"Não conte para mamãe" é um soco no estômago, um choque da dura crueldade humana. É ter, infelizmente, a certeza de que não estamos protegidos por ninguém, até por aqueles que deveriam nos amar naturalmente. É ter o conhecimento de que a confiança é uma das coisas mais perigosas que possuímos.
É reconfortante saber que esse livro não é somente sobre um pai que violentou sua filha desde os seis anos de idade e, além disso, uma figura materna conivente. É um livro que também fala sobre uma menina que virou uma mulher forte em todos os sentidos, mulher esta que foi capaz de amar, até o último suspiro de vida, aquela que não a amou primeiro.
Por fim, expresso minha repulsa a todos os "personagens" da vida dessa mulher, juntos, formam um amontoado de lixo humano, com exceção do juiz e do vendedor. Essas pessoas foram tão cruéis quanto os pais dela.