Não conte para a mamãe

Não conte para a mamãe Toni Maguire




Resenhas - Não conte para a mamãe


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Helaine.ragazzi 21/05/2021

Tenso, perturbador
O livro que mais chorei na minha vida e olha que não sou de chorar por qualquer leitura, a mais dramática que seja, mas esse tive que parar a leitura várias vezes para digerir o que tinha acabado de ler... a história de abuso de uma criança desde os 6 anos de idade, com tanta riqueza de detalhes que me deixava aflita, tensa e revoltada em cada página. Apesar desse "mal estar" todo foi um livro que me marcou demais e com certeza um dos melhores que já li pela riqueza de detalhes.
Kess 21/05/2021minha estante
Que livro! Demorei a entender que a autora era a personagem principal.


Helaine.ragazzi 21/05/2021minha estante
Isso mesmo!




Mari 18/05/2021

Sem palavras...
Comecei esse livro (se não me engano) com 14 anos e agora vou fazer 16. Escolhi um momento errado para fazer essa leitura e por isso demorei muito para terminar.
Não tenho nem palavras para explicar o que aconteceu com essa menina. Desde os 6 anos ela sofria na mão do seu próprio pai e nunca teve o amor e apoio de sua mãe.
Não consigo me imaginar em uma situação dessas... É totalmente angustiante e traumatizante.
E infelizmente essa é a realidade de muitas meninas (e meninos), sofrem o abuso e ainda são considerados como os culpados.
Apesar de tudo eu gostei do livro. Não vou ler algo parecido por um bom tempo, mas valeu a pena.
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Karol Alencar 12/05/2021

Devastador,cruel,doloroso,um dos livros mais pesados q já li
Estou devastada com tudo que acabei de ler? Teve momentos que consegui chorar, mas na maioria das vezes fiquei tão angustiada com a história dessa criança que hoje é uma mulher e escritora desse exemplar, que nem conseguia chorar, só sentir uma dor profunda no meu coração é muita raiva, revolta e um desespero enorme por não poder salvar aquela pequenina de tanta crueldade do monstro que não consigo nomear de pai e da mulher que li concebeu a vida, que é tão culpada quanto o mostro?
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bella 30/04/2021

Criança sem infância
insta: @atocadaraposa

Uma história que não é fácil de ser lida, de ser digerida, ainda mais quando se lembra que é uma história real, uma história que se repete todos os dias. "Não conte para a mamãe", livro da autora Toni Maguire, é um autobiográfico no qual ela relata como sua infância foi tirada dela, pelos próprios pais.

O livro começa com Toni, já adulta, em um clínica, como um lar para idosos, neste ela está para visitar sua mãe, a qual já está muito velha, a desfalecer referente a um câncer. Lhe é informado que a mãe não teria mais chances, o câncer já estava em estágio terminal, deste modo, Toni decide passar os últimos dias da mãe junto dela na clínica. ​


​Mas, acontece algo que ela não esperava, como passa a conviver mais com a mãe, lembranças do passado voltam para lhe perturbar, lembranças de quando ela era a menina Antoinette.

Antoinette, de quatro anos, é uma menina muito feliz que vive em uma região rica da Inglaterra com a mãe, sua grande amiga é sua avó, que lhe dava muito amor, ela era muito feliz apesar de não ver o pai com tanta frequência. Ele era soldado mas para filha era quase como uma visita chique, visto que quando ia para casa, tudo tinha que estar nos conformes. Até o dia em que o pai deixa de ser um visitante, ele deixa de ser soldado pois não há mais guerra para lutar. Por isso, ele e a mãe decidem se mudar para a Irlanda do Norte, cidade natal do pai. Antoinette não muito entendia o porquê daquela viagem longa, o porquê teria que deixar sua avó, mas ficou feliz de conhecer o outro lado da família, muito diferente da antiga.

Eles mudaram para uma roça, como o pai deixara de ser soldado, eles não tinham mais tantas condições financeiras como antes, e vão morar numa casa feita de sapê, no interior. Tudo parece bem, e Antoinette começa, finalmente, a conhecer seu pai mais a fundo, algo não tão bom assim. Ele se mostrou com duas personalidades, uma era o pai amável e bom marido, que faria de tudo para sua família. A outra era de um monstro que viria a assombrar por muitos anos.

Além de bater em Antoinette com violência exacerbada para uma menina de 5 anos, ele começa a tratá-la diferente. Um dia, simplesmente a põe sobre seus joelhos e segura sua garganta para que, brutalmente, lhe "beijasse", enfiando a língua em sua boca. Neste dia, ele usa pela primeira vez, uma frase que seria muito ouvida pela garota ao passar dos anos: "Não conte para mamãe".

Antoinette, não obedeceu, contou para mãe mas essa agiu de modo indiferente, não repudiou o pai, ou brigou com ele, como a menina achou que aconteceria, mas disse para que ela nunca mais falasse sobre isso. O que só tornou as coisas piores.

O pai passou a abusar sexualmente da menina sem o menor escrúpulo, começou aos seus seis anos, ele a levava para "passear", a estuprava em um armazém vazio até gozar, não importando o quanto a menina gritasse ou chorasse. Sempre mantendo o "combinado", de não contar à mãe.

Os anos passaram e a vida de Antoinette continuou difícil, por mais que ela tentasse fugir do pai, ele continuava a abusar dela, não importando o quanto ela pedisse para parar, dando-lhe, inclusive, bebidas alcoólicas. Como se não bastasse, era extremamente violento com ela, chegando a quase estrangulá-la diversas vezes, todas paradas pela mãe que, ao invés de proteger a menina, afirmava que a culpa era dela que ela não queria se dar bem com o pai. A mãe se fazia de vítima e se cegava diante dos abusos do pai com a filha.

Os abusos continuam constantes, o pai passa a fazê-los ainda mais violentamente conforme a menina crescia, chegando a pedir para que a filha dissesse que estava "gostando", humilhando-a sempre de todas as formas possíveis. E ele, quando a via triste ou irritada, sempre lhe afirmava que ninguém acreditaria nela se contasse e que, se alguém acreditasse, colocariam a culpa nela, ela que seria vista como promíscua e errada. Seria vista como a menina que "sensualizou" para o pai.

Para todas as outras pessoas, a mãe forçava um jogo da família feliz, em casa, tratava a menina como lixo, passando a descuidar dela por sentir ciúmes de sua relação com o pai. Antoinette, no entanto, sempre procurou na mãe aquela pessoa que ela foi um dia, que ela ainda amava muito, apesar de suas negligências.

O livro relata, muito fortemente a história triste dessa menina que só queria ser amada, que só queria ser uma criança feliz. A luta para se desvencilhar do pai não foi fácil, e o depois foi ainda mais difícil. A história vai e vem entre o fantasma da Antoinette criança e a mulher adulta que ela é, a qual lutou tanto para esquecer essa história. Toni, ainda, permanecia com a esperança de que, nos últimos dias de sua vida, a mãe aceitasse seu erro e lhe pedisse perdão.

Uma história tocante e muito boa, podendo ser lida rapidamente, há nela muitos detalhes asquerosos então eu não indico para as pessoas mais sensíveis. Mas nela, apesar de retratar a década de 50/60, muito têm da sociedade atual que fecha os olhos para as vítimas e as culpabiliza.


"Ora se não queria era só pedir para parar"

"Por que nunca falou com ninguém?"

"Tantos anos? Você gostava né"

"Se insinuava para o próprio pai"

Acho bom que Toni Maguire, a pequena Antoinette, tenha crescido e aprendido a lidar com seu trauma e, tenho certeza, que ajudou muitas pessoas com sua história. O olhar de uma criança sobre as piores coisas do mundo. Livro emocionante.

site: https://www.instagram.com/atocadaraposa/
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Amante de livros 30/04/2021

Não conte para a mamãe
A história dessa garotinha é de cortar o coração.

"Eu sentia segurança no amor de minha mãe. Ela deveria ter mandado ele parar. Não mandou."

Esse livro foi tão triste, tão real. Obrigada Toni por compartilhar sua história. Você foi uma guerreira...

No dia seguinte, voltei a Inglaterra, ao mundo que me esperava, sabendo que finalmente deixará Antoinette, o fantasma de minha infância, descansar.

Memórias de uma infância perdida. ?
Bruna.Liandra 30/04/2021minha estante
Nossa, fiquei super curiosa. Vou ler ??


Amante de livros 30/04/2021minha estante
É tão triste a história dela ?




Liv 29/04/2021

Incrível
A forma como o livro aborda essa crueldade te choca, a raiva pela injustiça, te faz entender como realmente as vítimas são tratadas
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Liv 29/04/2021

Incrível
A forma como o livro aborda essa crueldade te choca, a raiva pela injustiça, te faz entender como realmente as vítimas são tratadas
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lala 29/04/2021

esse livro me fez querer chorar e vomitar, só de imaginar que essa é a realidade de tantas crianças...
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Luiza.Andrade 22/04/2021

Que dizer desse livro?
Forte! Impactante! Repugnante! Dolorido! Triste! Realista! O relato da autora Toni Maguire dos abusos sofridos por seu pai e a indiferença de sua mãe, é, infelizmente a realidade de muitas crianças, que como a pequena Antoinette, e independente de classe social, sofrem caladas e obrigados a viver sob o véu de "família feliz".
Uma leitura que em vários trechos me fez fechar o livro e respirar fundo. Recomendo, todos deveriam ler e aprender a ter um olhar mais atento às crianças. A indiferença das pessoas não deixa de ser mais um abuso.
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Maysa 21/04/2021

Não conte a mamãe
Considero esse um dos livros mais pesados que eu já li, é uma leitura muito pesada por se tratar de abuso sexual infantil.
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Carla 20/04/2021

EMOCIONANTE E COMOVENTE
Esse livro me trouxe uma mistura de raiva, terror, pânico, agonia, medo, pena, angústia, emoção... Eram tantos sentimentos que se misturavam a cada página lida. Uma história , real, chocante e que ainda está tão presente na nossa realidade, infelizmente. Difícil imaginar tudo que essa menina passou, uma realidade dura e cruel. A leitura apesar de ser
?difícil? devido ao assunto retratado é uma leitura que eu indico, principalmente se você é mãe.
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Caroline Laia 19/04/2021

Um livro para pensar...
Relato marcante! Nos faz pensar em como a sociedade no geral julga a vítima,e em como o perdão é valioso.
Sem palavras...
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Babi159 18/04/2021

Devastador!
ALERTA DE SPOILER!

A construção histórico-social da mulher, a rivalidade feminina gerada por essa construção e a ausência total de valores cristãos dilacera a vida de tantas Antoniettes que (con)vivem com mães submissas/omissas a pais estupradores.

Eu tinha outra visão do livro em questão. Como não me deixei contaminar por spoilers achava, ingenuamente, que a mãe de Antoniette, sabe-se lá como, não sabia dos abusos. A passagem em que a menina, então com 6 anos, relata a mãe – algo raro, pois a maioria das crianças se cala por ter vergonha e/ou medo – que o pai a beijou na boca e a mãe, além de fingir não acreditar, briga com a filha por vê-la como uma rival (???) corta meu coração. O que sucede depois, além dos costumeiros estupros, são anos de exclusão, seja da mãe da garota, que claramente sabia dos estupros e julgava a filha como um rival, seja na escola, por meio de colegas e professoras.

Antoniette era uma criança e adolescente tímida e depressiva, o que a tornava alvo de bullying. Além disso, as professoras simplesmente ignoravam seu comportamento claramente suspeito. Obviamente estamos falando dos anos 1950, mas fica claro no livro que a mudança para uma escola nada prestigiada (eufemismo) foi uma estratégia da mãe para que professoras e comunidade escolar não estranhassem a mudança de comportamento da filha após os abusos do pai e ausência da mãe, que decide, mesmo morando na mesma casa, não cuidar mais da filha após os estupros começarem.

Revelo que abominei o pai e a mãe de Toni da mesma forma. Não consigo compreender as atitudes da mãe de Toni para com a filha. No livro, é exposto que ela ama profundamente o marido. Toni deixa isso claro diversas vezes: “ela [mãe] amava mais a ele [pai]”. Esse amor se devia, segundo a perspectiva de Toni, ao fato de o monstro ser bonito, cinco anos mais jovem – o que explicaria a bizarra “rivalidade” que achava que tinha com a filha – ou provedor? Não há um motivo claro, apenas que ela o ama incondicionalmente, um amor doentio que acaba com a infância e adolescência de sua filha, e com sua própria vida... O pior de tudo é saber que existem muitas mulheres assim por aí, que por amor a um homem (ou por amor à vida proporcionada por eles) deixam seus filhos complemente vulneráveis.

Acompanhei um caso escabroso na serra gaúcha há algumas semanas: uma mulher resolveu morar com um homem mais jovem que ela, condenado por três estupros. A mulher, mãe de meninas, resolveu morar com um estuprador confesso que prometeu a ela não abusar de suas filhas (???). Em um curto espaço de tempo, a filha mais velha, de 13 anos, foi encontrada morta em um matagal, com sinais de estupro. Adivinhem quem fez isso?

Fico feliz com a coragem de Toni em escrever sua história, registrar o que vivenciou e, de certa forma, denunciar o que muitas mulheres vivenciam desde a infância, mas ao mesmo tempo não recomendo esta leitura para pessoas sensíveis, principalmente que foram vítimas de abuso sexual. Eu tive diversas crises de choro e misandria durante a leitura, então afirmo categoricamente que é um livro muito, mas muito difícil de ser digerido.
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karen 17/04/2021

Não consigo encontrar palavras que definem o peso desse livro, ainda mais se tratando de uma história real. A cada capítulo, minha vontade de entrar no livro e tirar a criança daquele ambiente só aumentava. Espero que Toni tenha encontrado o amor e a tranquilidade que por tanto tempo desejou.
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