spoiler visualizarestcar 13/08/2022
Narrativa muito conveniente
Esse livro me cativou desde os primeiros acontecimentos. Ele tem uma narrativa fluída e é super rápido de ler. Pórem eu senti que a narração não foi muito coesas em vários momentos durante o desenvolvimento do livro.
1- Uma coisa foi a tecnologia desse universo. Tipo, dá pra perceber que a trama acontece numa sociedade bem desenvolvida tecnologicamente, tanto que a medicina conseguiu dobrar a expectativa de vida humana, só que não da pra entender como toda essa evolução tecnológica não foi capaz de conter a tal guerra dos esporos. Ok, eu sei que não da pra descobrir a cura pra uma doença do dia pra noite, mas cara, o povo vive até os 200 anos!!! Acho que pra quem conseguiu fazer a população viver mais, era de se esperar que tanto a criação quanto a distribuição da vacina ocorresse de maneira efetiva.
2- Outra coisa é a própria guerra, que não foi bem explicada e nem desenvolvida. Quando você termina a leitura, sabe que ocorreu uma guerra, mas não sabe ao certo quando começou, como terminou e nem como ela se desenvolveu. Apenas que ela existiu.
3- Outra coisa também é a questão dos enders. Tem momentos da narração, principalmente no início, que a protagonista descreve os enders como corpos frágeis que não conseguem fazer muita coisa mas tem várias cenas que eles se demonstram como pessoas adultas fortes e saudáveis, e não como corpos frágeis.
4- As explicações de como o chipe funciona também deixaram um pouco a desejar. Tanto que eu tive várias dúvidas durante a leitura, tipo: "Se a conexão foi quebrada, então a inquilina também deveria ter acordado na prime", "Se o chipe transmite os pensamentos do ender pro corpo do stater, então quando o stater come, o ender não sente o gosto da comida?" e etc.
5- Acho que o que eu mais reclamei durante a leitura, foi a conveniência das coisas. Tipo, a protagonista vai assinar o contrato: do nada ela lembra de anos atrás quando o pai dela a ensinou a barganhar. Ela precisa escolher um vestido: ela escolhe o vestido azul pq ela lembrou que em dado momento da vida dela, ela leu em algum lugar que azul é a cor que transmite confiança. Me deu uma vontade imensa de mandar tomar no c* quando eu lia algo assim.
6- Outra coisa também é que no meio da narrativa a Helena desaparece do nada, tipo??? E a única explicação que a gente tem é que a protagonista acha que ela morreu pq a helena falou pra ela fugir. Não, sério, não da kkkkkkkkkkk
7- Sobre a questão dos elementos futurístas: eu senti que eles existiam só pra encher linguíça. Não ajudaram em nada no desenvolvimento (só na questão do banco de corpos e olhe lá) e, se for ver por outro lado, não diferenciavam tanto assim da tecnologia que existe na realidade.
No mais, olhando por esse lado, eu achei esse livro uma chacota completa kkkkkkkk mas recomendo, muito bom. Inclusive quero muito ler o segundo livro.