Ressurreição

Ressurreição Leon Tolstói




Resenhas - Ressurreição


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Sandra Silva 17/04/2023

Apesar de ter sido publicado em 1899, Ressureição traz muitas questões que podem ser aplicadas nos dias de hoje.
Aqui, Nekhliúdov é um rapaz de família abonada, que quando mais novo abusou de uma empregada das tias, e que hoje está sendo júri de um crime que ela é acusada, injustamente, de ter cometido.
Ele então sente que, de alguma forma, é culpado pelo infortúnio de Máslova, por tê-la abandonado no passado, e essa culpa faz com que ele se lance em um busca por justiça para ela, só que ele é surpreendido pelas situações hediondas em que as pessoas privadas de liberdade são tratadas.
Como pode um ser humano, cheio de falhas e erros, achar que pode determinar como outro ser humano, também cheio de falhas e erros, deve pagar por suas indiscrições com a sociedade?
Mergulhando fundo no sistema carcerário, Nekhliúdov vai se enojando com aqueles que se acham dignos de julgar, e vai percebendo que aqueles que são mais vulneráveis e pobres, numa sociedade injusta e desigual, são os que mais sofrem.
Um livro maravilhoso!
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rodrigueswlucas 02/04/2023

A narrativa caminha para uma sessão de julgamento na qual se reencontram, como ré e jurado, respectivamente, Máslova e Nekhliúdov.

Apesar de a obra como um todo ser de boa qualidade, o final deixou um pouco a desejar. Entretanto, gostei da leitura.
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Linard 05/03/2023

Tolstói também errou
O livro se perde em um didatismo cristão, com tentativa de nos ensinar algo da visão do Cristo que faz o romance ficar bem cansativo. O título já aponta o tema.
Wilson 02/08/2023minha estante
Chora mais. Tolstói era Cristão, queria que ele trouxesse um simbolismo islâmico ou judaico?




nicolly 05/03/2023

Não é uma resenha
Eu fiquei foi mais de um mês nesse livro, apesar de ter me interessado mt mt mt quando li a sinopse eu perdi todo o ânimo já em 10% do livro, não pq é chato mas pq não é um tipo de linguagem que tô acostumada. Tirando isso eu gostei mt da história, sempre ouvi falarem mt bem da escrita do tolstoi e tals e fez jus aos comentários
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elainegomes 02/03/2023

Ressurreição foi o último romance de Tolstói escrito em 1889, um manifesto sobre o abuso de poder, uma verdadeira denúncia aos absurdos do judiciário russo do século XIX, leniente com os abastados e injusto com os pobres. Retrato fiel de uma sociedade em que suas instituições foram pensadas para atender exclusivamente aos interesses da nobreza mesquinha e medíocre, alguma semelhança com a nossa tão evoluída sociedade burguesa?!?

A crítica social é evidente deste a primeira página, e o grande desconforto do leitor é se reconhecer, reconhecer a própria sociedade, ainda que a ficção tenha sido escrita no século XIX.

Acompanhamos os trâmites processuais, julgamento e execução da pena de alguns personagens, muitos deles marcados pela injustiça, burocracia, indignidade, desprezo humano, degradação, descaso social e principalmente pelo suborno.

Paralelamente, acompanhamos o desenvolvimento pessoal e transformação das vidas dos personagens Nekhliúdov e Máslova.

Em todo o livro temos um processo de expiação da culpa, morte e ressurreição.

Verdadeira jornada espiritual.

Impossível ler sem questionar a finalidade das penas a efetividade da justiça sobre o que é liberdade e a quem serve ou a que serve as penas restritivas de liberdade, a imposição do ócio, humilhação humana, castigos físicos, degradação física e espiritual.

Será que optamos (até hoje) por uma justiça da bestialidade, que justifica a violência e crueldade como meio de controle?

Em nome da legalidade, do devido cumprimento legal, seguimos de olhos vendados a tantas injustiças, tropeçamos nelas diariamente, mas tal como as instituições burocráticas, seguimos nossa vida sem qualquer solidariedade, a vida do outro não nos diz respeito, afinal, não posso mudar o mundo!

Super recomendo!!!
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Jamile Terensi 22/02/2023

Perfeito!
Obra fantástica, na qual o autor critica com perfeição os sistemas judiciário e carcerário russos, a desigualdade social e as condições precárias em que os mujiques viviam pré revolução russa.

Leitura obrigatória em especial aos operadores do direito, pois apesar do contexto histórico distante, o autor descreve com riqueza de detalhes problemas que temos em nosso sistema judiciário atual:
(i) pessoas de classe social alta no poder, as quais a todo momento trocam favores entre si;
(ii) mais rigor com a forma do que com o conteúdo das decisões proferidas;
(iii) despreocupação por parte dos julgadores com o impacto que suas decisões trazem à vida dos julgados (que inclusive creem de forma obstinada que estão fazendo um grande bem a sociedade);
(iv) burocracia excessiva; entre outros.

Esse foi o último livro publicado pelo Tolstói em vida e demonstra claramente o conflito que o próprio autor vivia, já que este decidiu abandonar sua família e até mesmo os direitos sobre suas obras.

Além disso, embora seja um clássico da literatura russa, Tolstói construiu o texto de uma forma fluida e muito gostosa de ler. ??
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Giany.Alves 14/02/2023

Um livro excelente. Tolstoi sem dúvida merece todos os elogios e fama que tem, sua escrita é fantástica e a tradução de Rubem Figueiredo tb. Um livro que mesmo sendo um clássico a escrita é muito atual deixando a leitura super fluída.
A narrativa, a construção da história e principalmente a apresentação da sociedade russa e principalmente a crítica social por trás dos textos de Tolstoi são excelentes.
Ao participar de um júri o nobre Nekhlyudov percebe que uma das acusadas é uma antiga paixão da adolescência que acabou desvirtuada por ele, a partir deste momento, passa a entender o mal que suas ações provocou na vida de Maslova e decide tentar reparar todo o mal que ocorreu na vida dela por causa dele. Passa a criticar a vida da aristocracia russa que provoca tanto sofrimento e discriminação aos menos favorecidos da sociedade.
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Nathalia.Meschiatt 22/01/2023

Superestimado
Diferente dos outros clássicos que já li, Tolstói decepciona ao entregar uma história cheia de descrições e com pouca profundidade.

Repleto de personagens planos e um enredo superficial, Ressureição resume-se a um relato enfadonho da Rússia de 1899. No qual os únicos momentos interessantes limitam-se as críticas e reflexões (ainda muito atuais) sobre o sistema capitalista e carcerário.

No fim, o livro serviu exclusivamente ao propósito com o qual foi publicado: levantar o dinheiro necessário para a emigração dos dukhobóri - minoria com idéias semelhantes a de Tolstói - perseguidos pelo tsar e fora isso, provavelmente, nunca teria sido finalizado.
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Gabi.Maia 10/12/2022

Achei que a leitura seria difícil mas é fluida
Quando vi o tamanho do livro e pelo fato tb de ser literatura russa, achei que seria um livro difícil e nem achei que fosse concluí-lo. Isso antes de lê-lo!
Depois que li: É um livro maravilhoso!!!!! Leitura fluida e tema super atual. Virei fã do autor!
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Anthoni.Brunetto 03/11/2022

Último romance de Tolstói
O escritor teve a ideia do livro a partir de uma conversa que teve com o jurista Anatóli F. Kóni, que também fornecera informações a Dostoiévski sobre casos criminais que mais tarde foram usados no romance Irmãos Karamázov.

Anatóli comentou com o escritor sobre um jovem aristocrata que, ao integrar um júri, espantou-se com uma criada a quem ele mesmo havia engravidado, anos antes, na propriedade de sua tia.

A jovem foi expulsa de casa pela patroa, tornou-se prostituta, até ser presa, acusada de roubo. Com remorsos, o jovem aristocrata propôs-se a ajudá-la e casar-se com ela.

Esse relato do jurista serve como ponto de partida para a história do livro. Acompanhamos o príncipe Nekhliúdov que na sua juventude tem um romance com a criada de suas tias, a jovem Máslova.

Depois de muitos anos, o príncipe integra um júri em que Máslova é acusada de roubo. Por um erro de interpretação, a mulher é condenada aos trabalhos forçados. O príncipe se sente culpado do destino que sua antiga amada terá que enfrentar e começa a fazer de tudo para ajudá-la.

Durante toda sua trajetória após o júri, Nekhliúdov não mede esforços para ajudar Máslova e acaba ajudando diversos presos que se encontravam encarcerados injustamente.

Ele deixa pra trás o conforto de sua vida aristocrata, suas amizades, abre mão de parte de suas terras para os mujiques e ao final percebe que ao desprender-se de antigos valores, encontrou uma nova vida, finalizando sua ressureição.
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Lara 02/11/2022

Perfeito.
Completamente impactante. Fiquei pensando muito em algumas passagens desse livro. Talvez, lembre para sempre. Livros que ficam incrustados em sua alma
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nan4 19/10/2022

!
terminei após bons 2 meses lendo outros livros , Tolstoy é um mestre , eu o faria feliz . Te amo velho
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Ana 25/08/2022

Tolstoi como você nunca viu
Achei esse romance bem diferente das tramas românticas de Anna Karenina e dos cenários de guerra em Guerra e Paz. Em Ressurreição o olhar do aristocrata se volta para as classes mais baixas e oprimidas.

Nekhliudov, um príncipe da nobreza, é chamado para ser júri no tribunal e leva um choque ao ver que a réu é uma moça por quem ele havia se apaixonado e a quem havia seduzido na juventude. Sentindo-se culpado pelo destino de Maslova, Nekhliudov começa uma jornada pelos meios jurídico, político e aristocrata a fim de conseguir sua soltura. Ao visitar Maslova na prisão, ele entra em contato com muitos presos e testemunha as condições insalubres em que essas pessoas vivem e o porquê de terem acabado na prisão. É triste ver que muitas das coisas denunciadas por Tolstoi ainda são vigentes na nosso época.

Indico fortemente esse livro, que é um verdadeiro estudo sociológico da Rússia no fim do século XIX.

O final do livro me decepcionou um pouco. Tolstoi estava tentando provar uma tese e todo romance que tenta provar um ponto sacrifica um pouco do enredo e desenvolvimento das personagens. Mas ainda assim a escrita é muito boa e a história bastante envolvente. É um livro que merece ser lido.
Carolina.Gomes 25/08/2022minha estante
Acho que vou deixar p ler depois q a birra passar kkk


Ana 26/08/2022minha estante
Deixa sim porque vale a pena esse!




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Rebb.Rocha 28/07/2022

<3
"Um dos preconceitos mais enraizados e mais geralmente admitidos, é o que imagina em todo homem qualidades próprias e definidas: que um homem é bom ou mau, inteligente ou estúpido, enérgico ou apático e outras mais. Na realidade, porém, não há tal. Podemos dizer de um homem, que ele é um maior número de vezes antes bom do que mau, antes inteligente do que estúpido, ou antes enérgico do que apático, ou inversamente: mas dizer de um homem, como sempre fazemos, que ele é bom e inteligente, e de um outro que é tolo e mau, é desconhecer o verdadeiro caráter da natureza humana. Os homens são como os rios, compostos todos da mesma água, uns, porém, de leito vasto e corrente lenta, outros encerrados estreitamente nas suas margens, desaguando velozmente, este com a água límpida e tépida, a daquele toldada e gelada.
Todos os homens são igualmente depositários dos germes de todas as qualidades humanas e ora evidenciam uma, ora outra, diferindo muitas vezes do que habitualmente são."



"Que horror! Não se sabe o que é maior, aqui: a crueldade ou o absurdo. Mas parece que tanto uma coisa como a outra alcançaram o último grau".

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