Sâmella Raissa 07/04/2013Resenha original para o blog SammySacional - http://bit.ly/14XCpEp
Ao invés de começar a resenha com uma costumeira descrição do início do livro e tal, não farei-o. Até porque a sinopse em si já é resumida demais e fraca - na minha opinião -, e, por outro lado, a história também não tem pontos muito fortes. Na verdade, achei um livro fraco e massante, uma leitura decepcionante. E acho que eu poderia ter me preparado para tal, mas... Acontece que a média de 2.9 no skoob me intrigou bastante, já que até hoje eu nunca tinha lido um livro tãaao ruim, daí quis ler o livro e tirar minhas próprias conclusões. Bem, eu quebrei a cara com essa ideia.
Ruby em seu aniversário de 16 anos quer apenas comemorar a data com alegria e agitação ao lado das amigas. Mas seu pai acaba batendo a sua porta nesse mesmo dia, surpreendendo-a, depois de tantos anos desaparecido. A partir suas velhas dúvidas do passado, sobre o que pensar e como agir com "o desconhecido", começam a assolá-la, e já que a sua mãe não coopera muito em relação as suas dúvidas e angustias, cabe às amigas fazerem esse papel. Isso poderia ser algo, senão fosse pelas amigas de Ruby serem uma falsas, especialmente Beth, a sua então melhor amiga.
Acontece que a sinopse já nos passa uma imagem fixa das garotas, alegando que Beth é a leal, Katherine, a perigosa, e Maria, a fofoqueira, e, honestamente, as garotas não se enquadram bem nesses parâmetros. Bem, Katherine ainda tem suas encrencas e não é muito certinha e tal, mas perigosa não seria o termo exato e total para defini-la; Maria, nem de longe, é fofoqueira. Está mais para namoradeira e descontraída, de bem com a vida, inclusive, foi a única do trio de amigas com quem me simpatizei um pouco; Mas Beth, certamente, é a que passa mais longe da descrição da sinopse. De leal ela não tem nada, de falsa, um monte de coisa. A verdade é que ela só esconde um monte de segredos de Ruby durante a história, achando que está lhe fazendo bem mas não está, e ainda tem umas atitudes meio irritantes e orgulhosas, ela meio que dita o que a Ruby tem que fazer ou não, como deve pensar e tal... Ela manipula-a demais, principalmente quando relacionado ao pai de Ruby, Jim.
Mas, no geral, as amigas de Ruby são meio falsas, especialmente a Beth, portanto, me irritei a história toda. E a protagonista também não ajuda. Ela é muito insegura ao meu ver, e meio que não consegue se decidir de suas ações e acaba por deixar a história muito monótona. E no romance... caramba, que romance mais chato! Charlie era um fofo, isso é fato, e o que podia ter sido a válvula de escape do livro, acabou se tornando mais um dos seus pontos negativos. Eu pensei que o romance de Escola de Espiãs tivesse sido ruim e pouco desenvolvido, mas esse ganhou essa definição sem nem pestanejar. Charlie demora um século para aparecer na história e quando surge... aparece poucas vezes, momentos curtos e ligeiramente vazios. Claro, Charlie e Ruby são um casal até bonitinho, mas ela não ajudou em nada. Enfim, foi péssimo.
Não sei dizer ao certo se minhas expectativas com o livro estavam altas ou não, mas me decepcionei de todo jeito. O motivo do pai de Ruby ter saído de casa, na verdade, foi culpa da mãe dela, que durante todo o tempo se fazia de vítima e ficava toda tristonha e deprimida em casa, mas Jim lá teve uma parcela de culpa. A vantagem que ele tirou da situação foi um total ato de covardia, ao meu ver, alegando que nunca esteve preparado para ser pai, nem mesmo depois da menina ter 16 anos. E o final do livro... Aff, outra decepção. Pensei que a autora podia fazer uma reviravolta legal no final e tal, mas terminou tudo de uma forma, ao meu ver, tão... vaga, sem graça.
Enfim, Conselho de Amiga não é um livro que eu recomende. Claro, Siobhan escreve bem e sabe explicar determinados parágrafos e tal, isso é (outro) fato, tanto que unicamente por isso o livro ganhou uma estrela (ou coração, né, rsrs) a mais do que eu imaginei que daria. Mas, no geral, não me agradou como gostaria. A história tem seus pontos positivos, mas eles ficaram um tanto ofuscados pelos negativos e, bem... leia o livro e tire suas próprias conclusões.