A Filha da Minha Mãe e Eu

A Filha da Minha Mãe e Eu Maria Fernanda Guerreiro




Resenhas - A Filha da Minha Mãe e Eu


146 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


@leitoraincomum 24/10/2012

Resenha postada no blog Leitora Incomum, não reproduzir sem autorização ou os devidos créditos
http://leitoraincomum.blogspot.com.br/2012/10/resenha-filha-da-minha-mae-e-eu.html

Eu comecei a ler o livro antes da Bienal, mas acabei parando porque não estava no momento de uma leitura tão sensível e sobre conflitos familiares naquele momento. Após conhecer a autora no estande da Novo Conceito e ver as lágrimas da Julian - uma das pessoas mais queridas do estande, já que a equipe toda foi maravilhosa com todos - ao falar sobre o livro, tive a certeza de que ele ia me tocar e remexer as minhas feridas pela ausência da minha mãe em momentos da minha vida - a minha mãe faleceu há 12 anos. Claro que eu chorei em muitos momentos, uns por falta de ter vivido aquilo e outro por simplesmente identificar a minha própria estória nele por mais que a minha convivência com a minha mãe só tenha sido até os 14 anos.
Em A filha da minha mãe e eu, somos presenteados com uma estória intensa e comovente da relação difícil entre Mariana e sua mãe Helena.
Mariana - ou Naná, como a família a apelida carinhosamente - é uma jovem que assim como muitas sempre teve uma relação um tanto distante com a mãe por não aceitar diversas atitudes que presenciou durante toda a sua vida e por achar que ela ama mais seu irmão do que ela. Conforme amadurece e passa a descobrir cada vez mais sobre sua mãe, ela começa a entender que o amor sempre esteve presente, mas não da forma que ela acreditava que deveria ser, mas do jeito que sua mãe poderia lhe transmitir.
Helena é uma mãe como todas - posso falar com certeza disso - que faz tudo pelos filhos e pelo bem deles, mas a sua maneira um tanto durona e distante em alguns momentos. Mas tudo isso tem um grande motivo, ela acha que assim é o certo e que essa é a maneira de demonstrar amor, já que como não teve a mãe presente e quer ser totalmente o contrário de sua mãe, acha que apenas fazendo de tudo por eles, já faz dela uma mãe perfeita.

Perdi as contas de quantas vezes fui mal interpretada por minha mãe. E de quantas palavras injustas ela me disse. Naquela hora, tudo o que ela queria era, de novo, me sentir protegida pelo amor dela, exatamente como me senti no acidente. Mas acho que ela não percebeu isso. Ou talvez ela também quisesse tanto um colo que não poderia me dar o seu naquele momento. Só muito anos mais tarde entendi que não era comigo que ela estava nervosa, mas com a mãe dela.
Página 12

Durante a leitura, Maria Fernanda nos faz divagar pela família dessas duas mulheres incríveis e o que tiveram passar ao longo dos anos para se encontrarem como pessoas e a necessidade de Mariana prestes a se tornar mãe, querer que elas se acertem como mãe e filha. O pai de Mariana é o intermediário perfeito e o pai que eu sonhava ter em diversos momentos da minha vida, o pai que busquei para os meus filhos - sim, eu vi muito do meu marido nele. Por outro lado, Guga - o irmão que tanto deixa Mariana com ciúme - é um rebelde sem causa, um devastador do coração de sua mãe. Enquanto um evita chatear a mãe, acabando até assumindo um papel que não é seu que seria o de proteção, o outro não se importa nem um pouco com a dor que causa quando bate de frente com ela.
E quantas vezes nós tentamos entender nossas mães? E nós mães, tentamos entender as reações de nossos filhos? A resposta para essas duas perguntas tem um sentido diferente para cada pessoa. Eu me peguei tendo os dois pontos de vista em vários momentos e me perguntando sobre quem era minha mãe e que tipo de mãe eu sou, acabando por descobrir que em muitos momentos eu sou exatamente o que ela era. Posso dizer que para mim, o livro trouxe um autoconhecimento que eu não sabia que precisava, que buscava e descobri que eu sempre o quis.
A narrativa é toda em primeira pessoa e no ponto de vista de Mariana, o que nos permite estar bem próximos dela nessa busca de autoconhecimento e compreensão de tudo o que viveu com sua mãe ao longo dos anos e do quanto uma precisa do amor da outra, não dá forma que elas queriam que fossem as coisas, mas da forma simples que é. Como todo livro que narra conflitos familiares, é cheio de grandes emoções, revelações bombásticas e muita tensão entre os personagens envolvidos.
Enfim, uma estória que cresce a cada página com personagens que embora possam ser diferentes de nós, são tão humanos e consistentes que nos convencem. Recomendo para mães e filhas que acham que suas relações são complicadas, vai fazer vocês perceberem que são vocês que complicam tudo, todos os dias.

Mas não é nos sentimentos demonstrados que residem nossos maiores erros e sim naquele amor que, apesar de existir, não se mostra. Os pais querem tanto ser justos com os filhos que, às vezes, acabam sendo injustos.
Página 259
comentários(0)comente



Morenalilica 07/06/2012

Estória sensível e verdadeira
Visceral. Me fez chorar litros aqui, com uma história ao mesmo tempo sensível e tão chocante. A realidade choca né? Essa história é tão real, que poderia ter acontecido comigo ou qualquer um de vocês que estão lendo essa resenha agora. A família de Mariana poderia ser a família de qualquer um de nós!

Maria Fernanda Guerreiro nos joga, literalmente, dentro da vida de Mariana, uma jovem mulher que acaba de ficar sabendo que está grávida. Isso não é um spoiler, está na primeira página do livro, creio que na primeira frase. Ao saber de sua nova condição, Mariana precisa fazer uma viagem de volta à sua infância, pois sua relação com sua mãe, nunca tinha sido convencional e a seu modo de ver, nunca tinha sido a ideal.

Nessa verdadeira volta ao passado, conhecemos os demais personagens de sua história: seu pai Tito, seu irmão Guga, sua Tia Maria João e sua mãe Helena. Mariana sempre se sentiu deixada de lado pela mãe e por isso, era muito apegada ao pai. Cresceu vendo sua mãe super proteger seu irmão e cobrar dela uma maturidade que era incompatível com sua pouca idade. No desenrolar dos fatos, descobrimos que Helena tinha alguns segredos que a levaram a ser como era.

O livro trata de temas sérios como o abuso sexual, aborto e o uso de drogas de uma maneira muito legal. A autora, contando a vida de Mariana, nos mostra várias nuances desses temas e de como muitas vezes não enxergamos as pessoas como elas realmente são e de como elas podem nos surpreender ao longo de nossas vidas. Apesar dos temas serem fortes, tudo é descrito com muita sensibilidade e muita suavidade.

Gostei muito do estilo de escrita da autora. Apesar de não curtir muito livros em primeira pessoa, esse me cativou. Chorei junto com Mariana e com Helena. Torci para que o relacionamento delas melhorasse e que uma visse a outra como realmente eram, mãe e filha.

Não vi nenhum ponto negativo. Talvez se a fonte utilizada fosse um tiquinho só maior, a cegueta aqui tivesse mais facilidade pra lê-lo, mas a leitura fluiu tão bem, que nem senti tanto, tamanha era minha vontade em terminar a leitura e saber logo seu final.

Apesar da estória ser essencialmente adolescente, eu indico para adultos também, pois em muitos trechos do livro me reconheci, ora como filha, ora como mãe.

Pessoal, se tiverem a oportunidade, leiam A Filha da Minha Mãe e Eu, um excelente livro, que tenho certeza cativará e emocionará ^^

Resenha Originalmente postada em http://doceinsensatez.com/blog/resenha-a-filha-da-minha-mae-e-eu-de-maria-fernanda-guerreiro/
comentários(0)comente



Thiana 21/09/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu - Maria Fernanda Guerreiro
Com vários livros na fila para serem lido, “A Filha da Minha Mãe e Eu” passou na frente depois de eu ter dado uma olhadinha em algumas páginas.
Livros que tem na capa, foto de pessoas não são, muito de meu agradado, mas nos últimos meses estão começando a ganhar meu coração. Esse livro conta a história da difícil relação de Marina e sua mãe, Helena.
Marina descobre que está grávida, mas para sentir que está preparada para ser mãe ela precisa rever todo o relacionamento que teve com sua mãe ao longo de sua vida. A relação das duas não é nada bom, cheia de falhas de comunicação e até mesmo a falta, de em alguns momentos, uma se por no lugar da outra. Como o livro é narrado pela própria Marina, podemos ver tudo o que a garota sente, tudo o que pensa, porém guarda para si.
Marina tem um irmão mais velho, e em grande parte do livro ela sempre pensa que a mãe gosta mais dele do que dela e isso nós leva a acreditar nisso também. Já a relação dela com o pai, Tito, é a coisa mais linda do mundo, que pai mais bacana ele é.
Logo nas primeiras páginas o livro já me arrancou lágrimas, foi impossível não se colocar no lugar dela e pior ainda foi perceber que algumas situações vividas por elas até pareciam algumas vividas por mim, mas vou logo frisando minha mãe não é NADA parecida com a Helena. Teve alguns momentos que senti um ódio dela,Helena, porém chegou um momento que tive que admitir que se em alguns momentos ela era a pior mãe do mundo em outros ela desempenhava esse papel tão plenamente que tive vontade de entrar no livro e dá um abraço nela.
O único ponto negativo que achei no livro é que às vezes os pensamentos de Marina não segue uma ordem cronológica, em um determinado momento, por exemplo, ela narra uma situação, mas em outro capítulo ela conta uma coisa que aconteceu muito antes do que foi abordado no capítulo passado. Mas dá para entender tudo direitinho.
O livro tem alguns personagens que passam rápido e dá muita vontade de conhecê-lo melhor, e é nessa hora que é preciso lembrar que o enfoque é Marina e a mãe.
O final também não me agradou achei que o desfecho sobre a questão principal do livro ficou vago, ele responde os porquês de algumas situações, mas achei que podia ter sido mais emocionante. Mesmo assim o livro é mais que recomendo.
Para quem me conhece sabe que livro nacional é raridade na minha estante, não por não gostar, mas é que antes eu era esmagada pelos livros estrangeiros e nem me importava com o que era nosso. Isso graças a Deus mudou e foi com “A Filha da Minha Mãe e Eu”.


BLOG GAROTAS DE PAPEL - garotasdepapel.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Janaina.Granado 30/08/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu

Esse livro nos mostra vários problemas do cotidiano de uma família, e principalmente a relação entre Mariana e sua mãe.
A relação com sua mãe nunca foi das melhores, a mãe tinha ciúmes da filha com o pai, e a mãe acabava deixando a filha de lado e através disso Mariana acaba se aproximando mais do seu pai, eu sempre ouvi dizer que a filha sempre é mais apegada ao pai.


Eu estava gostando da Mariana, sempre sendo uma boa moça, educada, até que em uma de suas atitudes acaba meio que "chutando o balde" e vem a fazer algo que eu não gostei e muito menos concordei. O engraçado foi que sua mãe sempre tão enérgica, quando Mariana conta o que fez a mãe age com muita naturalidade, como se fosse uma atitude normal, e para mim o que ela fez jamais será normal, eu penso como uma pessoa pode viver depois disso, e a culpa como fica?


Dona Helena a mãe de Mariana nunca teve uma figura de mãe em sua vida, por isso talvez tenha sido bastante dura com seus filhos, mas sempre querendo o melhor para os dois tanto Mariana quanto Gustavo.


O Pai não se destacou muito na história para mim, ele apareceu nas horas em que Mariana precisou dele, sempre foi um homem muito bom.


O desfecho do livro foi meio que eletrizante, não esperava por esse final, gostei bastante e Mariana que achava que a mãe não a amava pode perceber que estava muito enganada, a mãe sempre a amou , mas do jeito dela.


Parabéns a autora Maria Fernanda Guerreiro, a escrita foi muito bem feita, a história bem conduzida.
Mais um nacional que terá um lugarzinho especial na minha estante.


Blog: http://livrospuradiversao.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Rainy Girl 30/10/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu
Mariana esta grávida e decide rever seu papel como filha. Ela sempre fora mais próxima de seu pai quando criança, e enquanto crescia só sabia que sua mãe se mantinha afastada e sempre parecia estar amargurada com algo em sua vida. Com todos os problemas que ela teve com a mãe, precisa entender de uma vez por todas o motivo de Helena ser assim.

O livro é narrado em primeira pessoa, e somos apresentados ao relacionamento de Mariana com seus pais, Helena e Tito, e também ao seu irmão, Gustavo. A jornada começa na infância simples de Mariana e chegamos a adolescência conturbada. A gravidez faz com que ela pense em seu próprio futuro como mãe e no relacionamento que terá com seu filho, assim ela se coloca no lugar de sua mãe, não só para compreende-la como para poder compreender todo o caminho que trilhou até ali e as escolhas que foram feitas por ela mesma.

A diagramação feita pela Novo Conceito é simples: páginas amarelas e uma bela capa. A escrita é leve e o livro é recheado de reflexões, momentos de autoconhecimento e muito drama. O livro é bom, mas não é o tipo que chama a minha atenção. Mas vale a pena ler.
comentários(0)comente



Carla 02/06/2012

A Filha da minha Mãe e Eu | Sonho de Reflexão
Este é o primeiro romance de estreia da autora que leio, com 272 páginas, que retrata o relacionamento entre mãe e filha, que é tão intenso e, ao mesmo tempo, tão frágil.


“Toda relação, mesmo entre pais e filhos, é uma via de mão dupla na qual se ensina na mesma medida em que se aprende.”

Mariana sempre teve um relacionamento conflituoso com sua mãe, porque Helena era reservada, fechada, dedicada, severa, mas doce, protetora e zelosa, que abdicava de alguma coisa para proteger os filhos. Ao engravidar, começa a rever seus conceitos rumo à compreensão e ao perdão, já que sua mãe teve um passado e uma infância extremamente difícil, aonde chegou até a passar fome. A partir disso, relembra todos os momentos que passou ao lado da família com inseguranças, sobressaltos e paixões.

Tito, seu pai, teve uma infância simples e humilde marcada por uma doença, que desencadeou a superproteção da mãe que, mais tarde, viria a ser um dos ressentimentos da esposa por não se desvincular da família. Era um jovem simpático, pretensioso e de boas intenções quando conheceu a aparentemente frágil Helena, porque tinha um senso de abnegação de protegê-la e tirá-la dessa vida de padecimento, já que ela carrega um grande rancor e mágoa da mãe, uma mulher egoísta, por motivos que descobriremos ao longo da história que afetará e abalará a todos de modo brutal.

[...]

Por isso, casou-se cedo e acabou desistindo dos sonhos para cuidar dos filhos. Morria de ciúmes da filha com Tito, o que acabou virando uma competição entre as duas, porque ele sempre foi amigo, calmo, confidente, apaziguador e sempre disposto a ouvir sobre medos, angústias e alegrias, enquanto ela não sabia demonstrar seus sentimentos, pois era fechada, não levava desaforo pra casa e tampouco admitia seus erros, mas tinha uma solução para tudo, porque era forte e capaz, com um caráter e postura inabaláveis.

Mariana sempre foi próxima do irmão, Guga, sempre frágil, inseguro, rebelde, provocativo, desafiador, grosso, egoísta, irracional, mas doce e engraçado. Incomodava-se com o fato da mãe mimá-lo e protegê-lo tanto, mas tinha medo de magoá-la. Por isso, sempre agia como mãe e não como filha. Apesar de sua maneira torta de encarar a vida, Helena sempre amou os dois, mesmo tendo passado por situações terríveis.

[...]

Inconscientemente e a contragosto, Mariana se espelha nela, porque vivia competindo na sua maneira de ser e agir, como forma de chamar a atenção, mas isso a consumia em angústia, já que eram duas estranhas que não sabiam demonstrar o sentimento que a outra precisava. Por isso, sempre buscou o refúgio e o apoio do pai, porque sua relação materna passou a ser um círculo vicioso de rejeição e culpa.

(...): minha mãe era como um doce de mil folhas, com várias camadas, e só se chegava ao creme tirando cada folha antes. - Pág. 110


A história dá muitas reviravoltas que trará muita dor e angústia para a família, entre elas: uma descoberta onde o mundo desaba na cabeça de Guga.

Teve vários momentos comoventes, chocantes e tristes, onde vemos até onde uma mãe encontra forças para salvar um filho.

[...]

O enredo é narrado em primeira pessoa por Mariana, em cujas reminiscências doces e pungentes, há personagens complexos que nos emocionam tocando em nosso âmago, onde nos identificamos e sentimos na pele os seus dramas. A narrativa mostra o cotidiano de sua família com muita simplicidade em situações intrincadas e profundamente dissecadas com maestria.

Apesar de ter encontrado alguns erros de revisão, a leitura fluiu agradavelmente com clareza, por conta da escrita singela e dos capítulos envolventes, que gerou um torvelinho de emoções e sentimentos conflitantes, porque o livro aborda temas bem atuais, como: adoção, gravidez, aborto, abandono e rejeição familiar, abuso infantil, depressão, dependência química, alcoolismo e sexo.

Gostei de ver uma pequena alusão de uma história que amo “Pegadas na Areia", de Margareth Fishback Powers. Foi um momento lindo no livro!

Uma das grandes lições aprendidas é que nossa mãe é uma pessoa diferente de nós com sua própria essência e vivência que moldaram sua existência e isso reflete na educação que recebemos. Afinal, ser mãe é padecer no paraíso em meio aos sentimentos de amor, entrega, medo, tristeza, compreensão, aconchego, erros e virtude.

[...]

Confira esta e outras resenhas na íntegra no Sonho de Reflexão:

http://sonhodereflexao.blogspot.com/
comentários(0)comente



Anna 08/07/2012

Resenha no www.pausaparaumcafe.com.br
Que puta livro! (com o perdão da expressão). Um livro sensível, forte, verdadeiro e emocionante. A Filha da Minha Mãe e Eu é um livro de aprendizado.
A autora foi muito competente em sua missão de escrever esse livro. Ele me emocionou muito. Foi bom ler o livro, porque ele passa pra o leitor uma carga emocional muito grande de todos os seus personagens, é um livro que conta a história de vida de não só um personagem mais de uma família inteira.
“Depois de uma vida toda dando importância a como eu me sentia, foi a primeira vez que me questionei sobre os sentimentos dela.
A verdade é que éramos duas estranhas que não sabiam demonstrar o sentimento que a outra precisava.” Pag:117
O livro consegue situar o leitor na história e faze-lo compreender a razão das atitudes dos personagens pelo embasamento de caráter e história de vida dos outros integrantes da trama.
O livro mostra uma coisa muito básica no convívio Mãe e Filha. As coisas que só sabemos e compreendemos que uma mãe faz quando realmente se vira mãe e o sentimento mãe-filho(a) fala mais alto.
É difícil, o livro me emocionou muito, e eu comecei a enxergar minha mãe de uma maneira mais bonita depois de terminar de ler o livro. E sim, ele me fez chorrar em muitas partes.
“Ele teria que aprender a não fugir mais para as drogas quando as coisas não saíssem como desejava. E o mais difícil: teria que buscar a felicidade em outro lugar, num lugar mais verdadeiro e não na química que, apesar de promover alegria, destruía seu corpo e, pouco a pouco sua capacidade de raciocínio e convivência com as pessoas. Mas essa era uma decisão que pertencia a ele. Só a ele.”"
Indicado para: Você que quer se emocionar, para mães entenderem suas filhas, para filhas entenderem suas mães, para leitores que gostam de assuntos polêmicos.
comentários(0)comente



Amy 04/07/2012

Introdução

O livro de estreia da autora Maria Fernanda Guerreiro pela editora Novo Conceito e o selo Novo Conceito Jovem. É um livro que é marcado pela relação de mãe e filha, como o nome já diz. O livro durante grande parte nos mostra uma relação muito distante e em alguns momentos em batalha entre as mesmas. Um livro que te leva aos extremos.

Narrativa

A narrativa é descritiva e possui vários momentos da vida de Marina. Em um dos momentos mais importantes da vida da mulher, sente a necessidade de ser uma filha e depois tornar-se mãe. Um momento delicado e de reflexão que é muito bem representada nas palavras da autora, é tocante. Uma ficção que tem o pé no chão e trabalha de modo bem conceitual e próximo da realidade. É uma narrativa gostosa, o interesse nos personagens não se perde, só aumenta o que agrada muito mais são os momentos mais complicados, pois nesses momentos as atitudes mais carinhosas ocorrem. A narrativa em primeira pessoa, dá uma proximidade e uma intimidade com os personagens que aos poucos vamos fazendo parte dessa teia de uma família conflituosa e que nos momentos mais difíceis unem forças para lutar e vencer juntos.

Momento Macchiato

”Para mim, aquela mistura de charme com segurança era uma bomba relógio. Sabia que era um jogo, só não entendia por que resolvi jogar se o fato de ele ser casado, mesmo que numa relação moderna, ia, sim, contra meus princípios. Só muito tempo depois e, infelizmente tarde demais, descobri o motivo:em algum lugar dentro de mim, eu não queria que desse certo. Só assim eu poderia ser tão infeliz quanto minha mãe tinha sido.” – pág 201



Considerações Finais

Um livro de estreia bem bacana, a editora está apostando em muitos nomes interessantes pra um começo de carreira. Espero que a autora escreva mais livros e nos encante com histórias tão lindas como as de Helena e Mariana.

Indicado para

aqueles que desenvolvem o relacionamento afetivo e intenso que é o carinho de uma mãe para com sua filha e vice versa. Gostei muito do livro pois minha mãe é meu tesouro maior e se algum dia eu pudesse escolher a mãe que queria pra mim, seria a mesma. O pai, eu até trocaria… Steven Spielberg tava bom. Ou George Lucas, ou Woody Allen. Assim meu trabalho seria muito mais fácil kkkk

link da postagem: http://thislovebug.net/macchiato/a-filha-da-minha-mae-e-eu-maria-fernanda-guerreiro
comentários(0)comente



Brilho 28/06/2012

A filha da minha mae e eu
Um tema que leva muita gente a procurar um livro é quando se trata do relacionamento entre mães e filhas, todo mundo quer aprender um pouco e que forma melhor do que ler a experiencia que a vida nos dá através de quem já passou por isso?

O livro nos conta o que se passa entre Mariana e sua mãe Helena num relacionamento muito difícil entre as duas e o que gera o tratamento diferenciado entre filhos.

Quando Mariana descobre que esta gravida passa a refletir o tipo de vida que gostaria de levar com seu filho e na que ela própria tinha quando criança e vai em busca de superar o que ainda não conseguia aceitar do tratamento que tinha entre ela, sua mãe, seu pai e seu irmão.

A autora nos mostra em primeira mão como o relacionamento entre mãe e filha pode refletir na vida adulta e como um mal relacionamento pode gerar conflito quando esta filha cresce e não sabe como agir diante de suas atitudes e nem como seguir em frente com certos acontecimentos sem superar o que aconteceu no no seu passado, nem quando é preciso tomar uma decisão diante de um fato diferente, a autora nos conta como a protagonista do livro superou o seu passado para seguir em frente e em paz com a sua gravidez e atitudes, com a infância que queria para seu filho e com o tratamento e relacionamento que teria com ele.

Não é meu tema preferido de livro mas é muito bom ler algo relacionado com o que acontece em vários lares e em relacionamentos dentro de cada família.

Recomendo o livro pra quem gostaria de estar conhecendo um pouco mais do que acontece entre mãe e filha.
comentários(0)comente



Angela Grazi 08/06/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu
Quando Mariana descobre que está grávida, a primeira coisa que ela pensa é “Não posso ser mãe antes de rever meu papel como filha”. E assim toda a estória começa, com Mariana relembrando os principais momentos de sua vida, desde a infância até o presente momento.

E por meio dessas lembranças, vamos conhecendo o drama dela e de toda sua família, junto com o péssimo relacionamento que teve com sua mãe, Helena. E na resenha não a muito o que dizer, é preciso ler o livro para ir conhecendo a estória da vida dela. Mas posso adiantar que assuntos como; drogas, abandono e ate mesmo aborto aparecem no livro.

E o mais interessante é que é um tema simples, problemas familiares, mas tratado de um modo tão diferente que te faz entrar verdadeiramente no livro. E o que mais me surpreendeu foi que me identifiquei bastante com o livro, e ao ler outras resenhas também vi que não fui a única.

"A verdade é que, por querer que ela fosse de outro jeito, acabei não valorizando o que eu tinha bem na minha frente: uma mãe que, se por um lado não soube ser minha melhor amiga,por outro foi a melhor mãe do mundo" pág 122
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Marcia 23/10/2012

Resenha:

Quando Mariana descobre que está grávida é lá se ver sentida a rever seu papel como filha e começa a tentar compreender seu relacionamento com a mãe, Helena, e tenta ainda entender o porquê de as duas sempre terem sido fechadas a maior parte da vida uma com a outra. Mariana volta ao passado, relembrando o início da vida desde a infância. Quando era criança tinha um instinto protetor, defendia seu irmão Guga do valentão do colégio e ficava fora de si se alguém se metesse com ele.

Desde pequena ela percebia que sua mãe tinha um cuidado maior e até mesmo uma preocupação infinita com Guga, e isso não foi passado despercebido ao logo de sua vida. Ao crescerem juntos, ela ainda notava aquele amor a mais de sua mãe por seu irmão, e ela simplesmente não conseguia enxergar o por que daquilo tudo. O que a deixava ainda mais com raiva, era que ela nutria um amor forte por seu pai, gostava mais dele e qualquer coisinha que fizesse, sua mãe odiava. Ela simplesmente não gostava de ver que sua filha era a mais chegada de seu marido, Tito, do que ela mesma.

Guga e Mariana sempre brigavam, brigas de irmãos normais, e chegavam até ter ciúmes um do outro. Se um ganhava um pouquinho a mais do que outro, já era motivo de discussão, e Helena dava surra nos dois. Era sempre assim, se um apanhava o outro também tinha o direito de apanhar.
RESENHA COMPLETA EM http://segredosqueferem.blogspot.com.br/2012/08/resenha-filha-da-minha-mae-e-eu.html
comentários(0)comente



Bárbara 15/06/2012

Eu e eu mesma
Em seu romance de estreia, Maria Fernanda Guerreiro nos conta a história de Mariana e toda a sua vida ao lado de sua mãe Helena. Ela nos conta sobre tudo que a garota passou, não apenas na sua infância, mas durante sua adolescência também. Além disso, nos mostra o passado da vida de Helena e, também, de Tito (seu pai), ainda que pela narração de Mariana.

Tudo começa quando Nana, Mariana, começa a se lembrar de sua vida a partir do momento que descobre que está grávida. Ao mesmo tempo que ela quer ser uma mãe como Helena foi para ela, também quer ser bastante parecida como seu pai, afinal, Helena, apesar de amar demais seus filhos (Mariana tem um irmão chamado Gustavo - Guga), não consegue demonstrar esse amor. Não sabe abraçar, não consegue aceitar que sua filha tente ajudá-la em alguns momentos difíceis pelos quais passa e parece sempre ser mais protetora com Guga, o filho mais velho.

Nana tenta encontrar onde errou. Tenta descobrir os motivos por não ser tão amada quanto seu irmão. Sempre que a mãe agia de uma forma que ela não gostava, ela procurava abrigo no colo de seu pai, coisa que não agradava em nada a sua mãe, já que ela insistia em dizer que Mariana era apenas filha de Tito, a mulher dele era ela.

A história nos é contada em primeira pessoa, aos olhos de Mariana, e achei que não houve maneira mais correta em se contar esse livro, já que quem está se lembrando é a própria Nana.

Achei incrível ver os dois lados da história. Por ter feito análise, Mariana consegue percceber que nem sempre estava certa. Consegue saber que passou por um período de depressão e que fazia o que fazia por tentar se igualar e, ao mesmo tempo, ser o mais diferente possível de sua mãe.

Achei que Maria Fernanda utilizou um tema bem bonito: amor fraternal, pra poder escrever seu livro. Gostei bastante da história, ainda mais quando cheguei nas últimas páginas e comecei a conhecer mais a fundo a vida dessa personagem que tanto me conquistou.
comentários(0)comente



Yara Prado 24/09/2012

Sentimentos conflitantes.
Pelo título do livro, sempre imaginei que fosse algo como uma auto-ajuda, mas me surpreendi muito durante a leitura...
A narrativa é feita de forma muito real, me senti como uma verdadeira expectadora, mas dentro do livro... Acompanhando cada passo dos personagens, como uma sombra, para que nada passasse despercebido...
A emoção foi o que mais me chamou a atenção... Passei a leitura toda com os olhos marejados ou até mesmo arrepiada com algumas passagens... O sentimento é extremamente evidente, e não sei se vocês sabem, mas para mim quanto mais emoções, melhor.
O sentimento que nutri durante toda a história foi de conflito... No começo do livro, detestava alguns personagens e amava outros, mas durante a leitura, minha opinião foi mudando e quando terminei percebi que amei e odiei todos por igual...
Sofri e sorri com Nana, Gustavo, Helena, Tito e com os personagens secundários também... E ao final, senti que uma parte de mim ficou no livro, e uma parte dele, ficou em mim, e isso foi o mais mágico...
Um dos melhores livros que já li, não consigo explicar exatamente como foi a leitura, só posso dizer que é um livro forte e real.
As imperfeições de todos os personagens e as cenas são comuns, coisas que qualquer um está sujeito e que provavelmente não saberia como reagir diante da situação imposta pela autora, que leva tudo com uma narrativa cadenciada que te deixa ansiando por mais...

Com o tempo, percebi que se minha mãe era a melhor mãe do mundo, às vezes, era a pior também. Não sei por que, mas, com ela, sempre tive um sentimento do dúvida. Durante quase uma semana ela ficou sem falar direito comigo e encheu meu irmão de mimos. Aquilo me doía, mas eu tinha meu pai para me apoiar e, de alguma maneiro, isso me dava forças para ignorar todo o resto. Inclusive ela. (Pág 14).

Mais resenhas em: http://www.ilusoesescritas.com/
comentários(0)comente



Pedro Almada 26/06/2012

Psicológico e cativante
Relações, não importam quais sejam, sempre são difíceis. Não adianta tentar simplificar as coisas, ver o lado bom, isso não é tão prático quanto parece. Às vezes, o que fazemos é piorar as coisas, sem nem mesmo nos darmos conta disso. Às vezes fazemos de propósito, para atingir o outro lado, ainda que você ame muito, e queira apenas o bem daquela pessoa. Essa pessoa pode ser qualquer um. Inclusive sua própria mãe. Maria Fernanda Guerreiro aborda essa complicada relação mãe e filha e, de uma forma bem cerebral e analítica, ela foca os problemas que podem afligir qualquer um.

Mariana é caçula, tem um irmão, Guga, cheio de problemas de comportamento, uma mãe dura feito pedra e um pai mole feito manteiga. Protagonizando a história, ela passa a vida em meio a questionamentos, perguntando o motivo de seu relacionamento com a mãe ser tão diferente, sentindo-se a filha preterida, incompreendida, amada apenas pelo pai, Tito. Dona Helena, mãe durona, jamais demonstra amor, pelo menos não de forma afetuosa. Mariana precisa se apegar aos pequenos gestos para se sentir amada e, durante sua jornada como filha, ela descobre que precisa ser diferente, ou pelo menos aceitar que aquela relação é a melhor que poderia esperar.
Depois de muito tentar, ela encontra um novo caminho, ela precisa rever seus conceitos como filha e, só então, seguir adiante. Com o relacionamento contubardo dos pais, o vício do irmão e a inseguração de Mariana, a família vai precisar encontrar força em outras bases familiares para se manter de pé e, com um pouco de Fé, eles seguem, até o final feliz.

~***~
"Quando vi duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte de minha alegria era inventada e, a outra, não era minha."
Capítulo 1, página 7
~***~

Narrado em primeira pessoa, Maria Fernanda Guerreiro cria uma história comovente escrita sob a ótica da jovem Mariana. A autora utiliza abordagens psicológicas para traçar o comportamento das personagens, às vezes óbvio demais, outras vezes bastante profundo. A obra nacional enquadrou-se muito bem na literatura jovem que a juventude brasileira vem abraçando e, de certa forma, acredito, inclusive, que A Filha da Minha Mãe e Eu entrou por outra porta nessa categoria. Usando de um romance psicológico com uma visão voltada pra realidade, Maria Fernanda criou uma história agradável e cativante.
A história não está bem encaixada no meu estilo literário preferido, mas posso dizer que foi uma leitura que valeu a pena. Você pode tirar suas conclusões a partir da reflexão de Mariana sobre o que é família e, sem perceber, você pode acabar questionando a si mesmo.
comentários(0)comente



146 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR