A Menina que Brincava com Fogo

A Menina que Brincava com Fogo Stieg Larsson




Resenhas - A Menina Que Brincava Com Fogo


636 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


Neto 04/01/2013

O livro que brincava em não me deixar dormir
Foi irresistível comprar os volumes 2 e 3 da trilogia Millennium depois de finalizar Os homens que não amavam as mulheres. O estilo rápido, dinâmico e investigativo de Larsson me deixou viciado e preso a cada página, acompanhando atentamente Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander no primeiro volume. Ir ler imediatamente A menina que brincava com fogo era só o próximo passo lógico.

Larsson volta com seu estilo forte e impactante no segundo volume, apresentando uma trama talvez mais cheia e robusta do que no primeiro, porém o caráter de denúncia me parece um pouco menor. Em Os homens que não amavam as mulheres, acompanhamos denúncias pesadas para a violência contra a mulher e para o mundo financeiro especulativo da Suécia.

O autor largou do mundo financeiro (uma jogada lógica, visto que esse problema havia sido finalizado no primeiro volume) e ateve-se às denúncias de crimes contra as mulheres e adicionou com mais veemência o tráfico e a prostituição de mulheres (incluindo menores de idade) e também uma crítica muito bem fundamentada e que foi a que mais me fez pensar durante toda a leitura: tratamentos psiquiátricos.

Lisbeth Salander não é uma mulher comum. É intransigente, fechada, socialmente à margem (por escolha própria) e bastante fria à primeira vista. Mas já no primeiro volume nos deparamos com uma personagem cheia de força, expressão, caráter, senso de justiça e de uma inteligência arrebatadora. Lisbeth passa muito longe de ser uma retardada mental. Mas é justamente em sua loucura e alienação perante à sociedade que o livro gira em torno.

E uma denúncia que pode passar despercebida durante A menina que brincava com fogo é justamente relacionada aos tratamentos que essas pessoas recebem, que muitas vezes nem precisam de absolutamente nada. Médicos com experimentos perigosos e violentos, sádicos e problemáticos muitas vezes podem estar com as rédeas de uma situação onde o paciente está vulnerável por ser considerado socialmente inapto.

E essa foi a crítica mais arrebatadora que encontrei no livro. Todos sabemos que o cérebro é uma área misteriosa até hoje, onde a medicina avança a passos vagarosos, tamanha a sua complexidade. E então temos juristas, advogados, promotores, policiais e médicos extremistas na frente do indivíduo, questionando sua individualidade e diversidade, condenando ou absolvendo. Infelizmente, na maioria das vezes um comportamento ligeiramente transviado é tido como um desvio de caráter terrível e a pessoa é pintada como louca para a sociedade. Assim sempre aconteceu com quem via Lisbeth Salander de longe, e o livro gira muito em torno disso.

Como já deu para perceber, esse livro é muito mais centrado na difícil Lisbeth (enquanto o primeiro tinha um foco ligeiramente maior em Mikael Blomkvist). Larsson traça durante todo o livro uma personagem muito mais humana do que antes. No início do livro, fui levado a crer que estava vendo um personagem diferente do que eu havia visto, mas só depois pensei que é aí que os acontecimentos do primeiro livro influenciavam: aquela era a mesma Lisbeth, porém mudada. E isso é absolutamente revigorante e traz um frescor enorme ao livro. Não vemos mais um robô capaz de desenvolver raciocínios lógicos somente, mas sim uma mulher, com temores, traumas, forças e fraquezas. Um ser humano, por assim dizer.

Mikael Blomkvist é o outro protagonista do livro, que vai agir como um investigador (Super-Blomkvist – não pense em um personagem com capa e fantasia, por favor), buscando, paralelamente a Lisbeth, resolver os enigmas apresentados no livro, que estão ligados ao tráfico internacional de mulheres, que vão para a Suécia vender seu corpo, muitas vezes enganadas e a contra-gosto.

E esse cenário é um prato cheio para Larsson destilar sua completa ojeriza pelos homens que odeiam as mulheres: estupros, espancamentos de mulheres e absolutamente qualquer tipo de violência contra o sexo feminino pode ser abordado e refletido durante a leitura de A menina que brincava com fogo. E esse nojo por esses verdadeiros calhordas foi transpassado facilmente para mim. Há situações onde não há como negar o desgosto pela raça humana em um geral.

Deixando de lado as críticas e as denúncias e partindo para a trama em si, temos mais uma vez um livro rápido, dinâmico, mas não deixando de ser profundo (essa profundidade está descrita acima). A leitura rápida e prazerosa é uma verdadeira bênção para um romance policial, onde essa dinâmica é necessária, e mesmo assim Larsson não ignora descrições detalhadas dos ambientes e personagens.

Mais uma vez, temos um início extremamente lento (porém de leitura rápida). Para se ter uma noção, a contra-capa apresenta uma breve sinopse, que só vai aparecer no livro lá pela página 200 e pouco! Essa introdução não soa assim tão necessária quanto no primeiro livro, onde uma apresentação dos personagens era muito necessária. E a maioria dos novos personagens de A menina que brincava com fogo vai aparecer após esse quase-meio de livro… não discuto as intenções do autor para criar um elo enorme entre os acontecimentos de Hedestad com o ocorrido no volume 2, mas muita coisa parece até mesmo pura encheção de linguiça nesse início. Com sorte, a leitura é rápida, e a promessa de uma história envolvente é grande.

É impossível não comparar este com o primeiro livro. Eu gostei mais do primeiro, achei uma história mais forte, com personagens mais interessantes em um geral. A menina que brincava com fogo apresenta alguns personagens irritantes e um pouco chatos, com algum destaque até mesmo desnecessário. Mas no final das contas, isso não significa lá muita coisa, pois a trama em um geral é envolvente, e me deixou aflito em diversas partes, pois tem muito mais ação do que no volume anterior.

A trilogia é muito bem montada, certamente, e o final de A menina que brincava com fogo me deixou com vontade de abrir o A rainha no castelo de ar (os livros 2 e 3 estão diretamente interligados, diferente de Os homens que não amavam as mulheres) imediatamente. Mas vou me conter e abri-lo só amanhã, afinal já passa das 2h da manhã e eu não tomo nem 1% do tanto de café que Mikael Blomkvist para conseguir me manter aceso.
Neto 06/01/2013minha estante
Pois é, Camila, eu achei que o foco de denúncia nesse livro foi muito maior para problemas psiquiátricos do que para a violência contra a mulher (isso é maior no primeiro)!

Obrigado pelo elogio! :D




Arruda 19/05/2022

Excelente!
Narrativa excepcional! O destaque é a Lisbeth que é envolvida em um triplo crime. Excelente desfecho que nos convida a ler o livro 3 que, muito provalmente é a continuação da história, pois muitos ficaram ainda muitas pontas soltas....
comentários(0)comente



Luz 26/04/2010

A Trilogia Millenium é ótima e é preciso começar a ler desde o primeiro volume, O Homem que Odiava as Mulheres, passar para a Menina que Brincava com Fogo e terminar com A Rainha do Castelo de Ar. Demonstra como a pertinência pela verdade pode levar a atos críticos e até cruéis, mas que ainda assim são necessários à reconstrução de um todo que engloba a veracidade e desmitifica valores que parecem sólidos mas na verdade ficam apenas na aparência e na conivência de saciar a vaidade de alguns.
comentários(0)comente

Ruth 13/09/2010minha estante
uma verdade sua resenha... na minha mais nobre opinião da trilogia eu gostei da menina que brincava com fogo... mais os outros dois são maravilhosos principalmente no livro a rainha do castelo de ar a parte do julgamento, acho que aquela parte foi demais.




Thiago Macedo 23/12/2011

Incrível...

Esse livro superou minhas expectativas. Uma continuação digna do " Os Homens que Não Amavam as Mulheres", porém, infinitamente superior.
O enredo é perfeito, os personagens também, o clima, a trama e o ritmo do livro exalam excelência e brilho. Foi, sem dúvidas, o melhor que eu já li disparado (superando até mesmo os do mestre Stephen King), as melhores 600 páginas que já vi. Stieg Larsson escreveu uma obra prima literária, e infelizmente não pôde ver o sucesso que atingiu.

Foi uma história inesquecível pra mim, e em breve estarei lendo o último volume da trilogia :D
comentários(0)comente



Rodrigo 21/04/2021

Espetacular
Essa série é fabulosa. Não há nada a dizer que não seja: espetacular. Se você ainda não leu, leia! Vai valer a pena!
comentários(0)comente



Gabriel 31/03/2021

Melhor que o antecessor por explorar melhor as personagens
Eu considero o Stieg Larsson astuto. O grande triunfo desse livro é justamente ele ter consciência da grande pérola que ele tem nas mãos e explora-la: a Lisbeth Salander.
O foco do livro todo é centrado totalmente nela, e isso só aguça o leitor, porque dentro dos livros Millennium, não há outro personagem TÃO carismático quanto ela.
Tendo consciência deste fato, o autor também sabe como manipular a história à seu favor, de modo a deixar o leitor na sede por mais. Com isso, eu faço alusão ao momentos durante toda a narrativa, quando o foco se mantém na Lisbeth, até que, quando ela é acusada de triplo assassinato (não é spoiler, está na sinopse do livro), o Larsson não nos dá mais informações sobre ela, tampouco apresenta sua perspectiva.
E por falar em perspectiva, o livro apresenta em excesso. No decorrer das páginas, a gente sente que a história tá andando, mas inicialmente, demora acontecer alguma coisa, dando uma sensação de monotonia. Ao meu ver, isso é causa do grande número de personagens que apresentam sua perspectiva da história. Vai criando-se uma teia e a partir disto (onde todos estão interligados) e o gera uma lentidão por várias e várias páginas. Mas, mais uma vez, essa lentidão também é obra da astúcia do autor. Ele sabe o que tá fazendo e sabe pra onde tá conduzindo a trama.
Inclusive, as páginas finais são de tirar o fôlego.
Por essas ressalvas apresentadas, considero este segundo volume BEM melhor que o primeiro.
comentários(0)comente



Sandra de Oliveira 01/08/2010

O segundo volume da Trilogia Millennium, A menina que brincava com fogo, é simplesmente fascinante. Em nada deixa a desejar em relação ao primeiro volume, Os homens que não amavam as mulheres, embora a história tenha mudado o foco completamente.

Nesse segundo livro, o suspense segue a trama após 2 anos dos eventos ocorridos no primeiro volume. Depois que todo o mistério em torno do desaparecimento de Harriet Vanger foi solucionado, Mikail Blomkivst se vê mergulhado em mais um caso intrigante. Um jornalista, que passa a colaborar na redação da Revista Millennium, está prestes a publicar um livro que traz à tona um escândalo de proporções grandes: o comércio do sexo na Suécia, que envolve pessoas do alto escalão, drogas, tráfico de mulheres, num cenário de muita corrupção, assassinatos e caos.

Paralelo a tudo isso, Lisbeth Salander, confusa quanto ao seu envolvimento com Mikail Blomkvist durante o caso Vanger, resolve isolar-se do mundo. Mas Salander mantém ainda em mistério sua vida conturbada e se vê de repente envolvida numa acusação de assassinato que vai lhe custar muita correria.

Stieg Larsson mantém nesse segundo volume todo o mistério e suspense que fizeram de Os homens que não amavam as mulheres um livro onde não é possível parar de ler. Envolvendo diversos personagens interligados de alguma forma, uma história bem amarrada e rica em detalhes, é impossível não criar uma empatia imediata com o enredo. Somos mergulhados num submundo de caos, tragédias e violência que permeiam todo o livro e conferem mais uma vez a Lisbeth Salander o papel de heroina da Trilogia. Sua personagem tão bem construida e envolvente encanta pela inteligência, audácia e habilidade, além de se mostrar frágil por trás de uma aparência dura e insensível. Sua introspecção revela o quanto Salander pode ser mais do que se pode imaginar. A força de toda história concentra-se em sua figura e é através dela que vamos aos poucos ligando fatos, criando hipóteses e desvendando pistas para entender todo o suspense acerca dos envolvidos nessa intrigante história.

O próximo e último livro da série, A rainha do castelo de ar, promete concluir esse romance policial genial e confirmar Lisbeth Salander como uma das personagens mais marcantes da literatura atual. Não há dúvidas quanto à força e determinação dela, como define o autor ao final de A menina que brincava com fogo, “Lisbeth era a mulher que odiava os homens que não gostavam de mulheres.” A essência e alma de uma história fascinante.
comentários(0)comente



04isac 15/07/2023

Me surpreendeu
Pensei que nada seria capaz de superar o primeiro livro, mas esse segundo conseguiu me agradar um pouco mais (mas sigo achando o primeiro melhor)

Antes de comentar qualquer coisa, gostaria de pontuar: super blomkvist acima de tudo e todos.

O livro ter uma certa dependência de "coincidência" que não me agrada. Dois eventos acontecem praticamente ao mesmo tempo me pareceu desnecessário, mas vamos apenas aceitar como um jogada pra deixar a história mais interessante

Acompanhar tantas histórias de maneira simultânea me pareceria incômodo, porém o livro conduz essas tramas de um jeito bem legal. Contudo são criadas tramas demais com personagens secundário, que ao meu ver, não foram devidamente encerradas. Talvez ter dado menos atenção ao policial machista e um pouco mais de atenção a trama mercado de sexo seria mais interessante, enfim...

Em todo caso gostei muito do conjunto da obra
comentários(0)comente



Bele 21/06/2023

Uma leitura lenta que valeu a pena
Estou em choque,depois de tanto tempo consegui terminar, e ainda vem que eu fiz isso, esse livro simplismente me entregou um dos maiores livros de mistério que eu já vi, tudo tão bem amarado que choca, uma escrita que simplismente tira o fôlego,estou ansiosa para ler o último livro dessa trilogia que até agora só tem pontos positivos
comentários(0)comente



Cottoncandy 11/06/2021

Lisbeth quer casar comigo? ??
O que dizer dessa obra prima? Véi esse livro conseguiu ser melhor que o primeiro, e olha que o primeiro já é incrível. Amei como o autor se aprofundou em alguns personagens e nós tivemos a oportunidade de os conhecermos melhor, já que no primeiro ele nos apresenta de uma forma mais rasa. Um exemplo disso é a Erika, Dragan, a Mimmi (que virou uma das minhas personagens fav) e a própria Lisbeth Salander, que pqp que mulher foda. Teve uns plot incríveis e foi abordado umas coisas bem pesadas, então recomendo cuidado para as pessoas que são mais sensíveis.
E o final, MDS o final ???
Vou começar a ler a continuação ainda hj
comentários(0)comente



Miguel.Martins 16/08/2021

Já tinha gostado do primeiro, mas esse com certeza selou minha afeição pelo Stieg.

A forma como ele desenvolve a história, inserindo informações que à primeira vista parecem inúteis, mas que se juntam perfeitamente no final. A forma como ele consegue fazer a gente se afeiçoar tanto pela Lisbeth, que não faz questão nenhuma de ser apreciada e que na verdade tem tudo para ser detestável.

Eu amei conhecer mais sobre o passado da Lisbeth, conferindo ainda mais complexidade a uma personagem já bastante complexa.

E o final, meus amigos... é de tirar o fôlego. Mal posso esperar pra terminar essa trilogia.
comentários(0)comente



Lauane34 01/02/2024

Maravilhoso
O segundo livro da Trilogia Millennium é tão bom quanto o primeiro, mas acredito que ele seja ainda mais impactante!
Como no primeiro livro, o leitor fica realmente muito envolvido com a história e quer solucionar os mistérios o quanto antes, então a leitura é bastante fluida. Eu recomendo demais essa trilogia e não vejo a hora de começar a ler o terceiro e último livro!
comentários(0)comente



lu_entrelivros 04/11/2021

Amei ??
Lisbeth Salander... Que personagem forte e bem construída.

O segundo livro da trilogia novamente me prendeu do início ao fim.

Super ansiosa para iniciar o terceiro livro!!!

"Lisbeth Salander era a mulher que odiava os homens que não gostavam de mulheres".
comentários(0)comente



Maria 26/04/2020

Improvável
Achava que não era possível me apaixonar mais por Stieg Larsson do que eu já estava. A continuação de ?Os homens que não amavam as mulheres? entra ainda mais no universos de romance policial e nos faz imergir nele. Loucos por saber quais são os próximos passos de Lisbeth e Super-Blomkvist.
comentários(0)comente



Cássia 06/05/2020

Como não amar Larsson?
Um livro que vai fazer todo suspense que você já leu parecer brincadeira de criança
comentários(0)comente



636 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR