Um defeito de cor (eBook)

Um defeito de cor (eBook) Ana Maria Gonçalves




Resenhas - Um Defeito de Cor


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Rodrigo_st 04/06/2024

Depois de quase um ano lendo esse livro... termino essa obra de arte densa, violenta e envolvente. Ana Maria Gonçalves, submerge os leitores na história de vida da africana Kehinde, que foi marcada por muitos acontecimentos e muitas reviravoltas. Ao final do livro, eu tive a impressão de não querer acabar, postergando a leitura, pois de certa forma não queria que aquela história acabasse.
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Ana Nobre 03/06/2024

Nem sei o que escrever... É uma obra de arte esse livro, é com certeza um dos melhores lidos, todo mundo deveria ler...

Não quero ser clichê, repetitiva descrevendo personagens, resumos, resenhas aos montes por aí.

Quero sempre lembrar de nunca desistir, de sempre estar muito atenta, que a vida passa depressa e que não há como os nossos.

Estou no tempo kairós... Talvez eu volte a escrever algo... Mas acho que não fará sentido algum para outros.
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myhtuck 02/06/2024

Chegou ao fim a jornada de quase 6 meses de leitura. Livro denso, bastante descritivo, mas enriquecedor, com diversos ensinamentos. Apesar dos relatos tristes e absurdos, acompanhar a trajetória e as conquistas de Kehinde é gratificante e necessária.


?Eu achava que era só no Brasil que os pretos tinham que pedir dispensa do defeito de cor para serem padres, mas vi que não, que em África também era assim. Aliás, em África, defeituosos deviam ser os brancos, já que aquela era a nossa terra e éramos em maior número.?
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Ellie 02/06/2024

Escravidão
Mulher negra que apesar de escrava teve força e coragem para ultrapassar muitas barreiras e ser bem sucedida, com uma visão de futuro e de prosperidade não deixando que seu passado interferisse no seu sucesso.
Importante a questão das diferenças culturais, religiosas e políticas. Longo mas necessário.
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Pasi 31/05/2024

O início é muito bom, não conseguia parar de ler. Nos 70% parece que fica um pouco arrastado. Mas no final volta a ficar delicioso. A história é de muito sofrimento e reviravoltas, com muitas informações de como era a vida na época, a realidade da escravidão e da formação do Brasil.
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DêlaMartins 31/05/2024

Resumo longo sobre um livro longooooo
Épico, deve ser lido. Extenso e detalhista, com uma história muito boa e de muita luta,  contada por Kahinde, que ainda menina no início do século 1800, foi capturada na África para viver como escrava no Brasil.  Ela repassa 80 anos de sua vida e um pouco da história do Brasil e da escravidão.

Da viagem desumana da África até Salvador (no livro ainda São Salvador), passando pela chegada ao desconhecido e pelos horrores das diversas fases da escravidão vividas ou presenciadas pela narradora, até chegar à liberdade que ela consegue com muita luta e inteligência.  Kahinde foge de ser batizada quando chega por ser muito ligada às crenças de sua família e, para seguir sem batismo, se auto denomina Luísa, numa época em que nomes africanos não eram permitidos (!!!). Curiosa e inteligente,  ela aprende a falar português e inglês, a ler e, com sua capacidade acima da média,  monta uma rede de relacionamentos pessoais e comerciais,  sempre focada em encontrar sucesso. Mesmo se apresentando muitas vezes egoísta e preocupada demais em viver como ou até melhor que os brancos, ela apresenta uma vida mega interessante. Erra bastante,  principalmente nos relacionamentos com seus filhos.

Kahinde começa como escrava em Itaparica e depois vive em Salvador, onde constrói sua vida, tem relacionamentos, amigos, trabalhos. Numa de suas ausências por conta de fatos políticos, seu filho desaparece e ela passa a vida buscando por ele. Além da busca em si,  seu interesse pelos cultos africanos faz com que viva em muitos lugares: Maranhão, Rio de Janeiro (São Sebastião do Rio de Janeiro), passa por São Paulo,  Santos,  Campinas,  volta à Bahia,  até que decide retornar à África,  onde se estabelece usando sua inteligência,  seus contatos e experiência.  É uma mulher arrojada,  uma grande negociante, perspicaz e estratégica. Sua rede de contatos é sólida,  tem muitos amigos a quem ajuda e dos quais recebe ajuda durante toda sua vida. Kahinde  / Luísa constrói redes de apoio em todos os lugares em que vive.  Embora eu veja a busca por seu filho como culpa, é bastante interessante sua persistência.

O livro possui várias passagens históricas e personagens reais, é bem embasado, mas volto a insistir, detalhista demais.  Logo no início perdi o interesse pelas narrativas sobre as diferentes religiões  / seitas africanas e pulei muitas páginas sobre o assunto - imagino que seja possível reduzir o tamanho do livro em pelo menos 30%. Isso não reduziu meu interesse em saber mais sobre Kahinde.

É um retrato do período horroroso de escravidão e mostra não somente como era o tratamento dos escravos, mas também as ideias políticas que tinham, seus diferentes grupos e, sobretudo, como eram quando aqui chegaram e como passam a agir depois de viverem aqui.  Muitos daqueles que retornam para a África se sentem deslocados ali, sentem falta do Brasil,  que se tornou o país referência deles.  Na África, esses "brasileiros" chamam os locais de "selvagens".

Uma história dentro da nossa história. Só não levou 5* por causa do excesso de detalhes. Recomendo a leitura.
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Mahuucp 27/05/2024

Eu ganhei esse livro de presente de natal do meu tio. Segundo ele, esse é o melhor livro do mundo. Minha prima, filha dele, disse que esse é o livro da vida dela. Ver gente falando com tanta paixão sobre um livro, certamente, desperta curiosidade. Afinal não é qualquer obra que tem o poder de deixar as pessoas completamente apaixonadas.

Com isso em mente, embarquei na jornada para ler “Um defeito de cor”. Eu não posso dizer que é o melhor livro do mundo ou que é o livro da minha vida, pois esse posto pertence a “Cem anos de solidão”, porém a obra merece ser chamada de melhor livro do mundo e merece ser o livro da vida de muitas e muitas pessoas. Aqui em casa, minha família só chama “um defeito de cor” o melhor livro do mundo por causa da paixão que o meu tio falou do livro deixou uma marca em todos nós. Virou uma espécie de brincadeira entre a gente, mas é uma brincadeira que concede para “um defeito de cor” a alcunha de melhor livro do mundo de novo e de novo, o que é bem merecido.

O livro conta a longa e bela jornada de Kehinde. Começando quando ela era uma menininha, vivendo com a família na África. Eu confesso que tive que parar a leitura por uns dias, pois a narração da travessia do atlântico me deixou mal de verdade. Foi uma tristeza profunda, um desconforto e uma incapacidade de agir diante de tanta dor e injustiça É incrível o talento e a força que a autora tem para transmitir tamanho sentimento com suas palavras. Reconheço. Não é qualquer um que tem o poder de me fazer fechar o livro e pensar “preciso dar um tempo ou vou passar mal”.

Kehinde chega no Brasil sozinha, sendo apenas uma criança, mas ela sobrevive. Ela sobreviveu aos horrores de um Brasil escravocrata, violento e colonial. Kehinde vê na educação, na alfabetização, uma chance de conseguir um mínimo de liberdade. Ela aprende a ler, aprende a falar português e inglês e tem um verdadeiro amor por aprendizado. Ela adora conversar e ficar perto de pessoas inteligentes, como padres portugueses e muçulmanos escravizados.

É lindo ver como a educação deu uma chance a Kehinde de conquistar a liberdade dela, e também dos amigos que ela fez e do filho que ela teve. Assim como é bonito ver a força da fé nos orixás, voduns e ancestrais. A fé foi uma grande aliada para Kehinde e eu acredito que os orixás, voduns ajudaram muito ela nessa longa jornada pela vida.

Apesar dos horrores, Kehinde é capaz de encontrar família, casa, sustento e amor. É uma comunidade forte e unida, em que todos se ajudam. É fascinante ver parte da história do Brasil pelos olhos da Kehinde. Como os africanos foram um povo de muita resistência e luta. Lutaram em rebeliões, fugas, ou mesmo se unindo e juntando dinheiro para comprar a liberdade de amigos e familiares. Toda liberdade e todos os direitos foram conquistas do povo negro. E isso jamais pode ser esquecido.

Eu não consigo culpar a Kehinde pelas escolhas dela. Seja por se apaixonar por homens que a machucaram e a traíram, ou por participar de revoltas que fracassaram. Ou por perder os filhos; um deles para a morte e outro para a escravatura. Ela fez de tudo o possível para reencontrar o filho. Gastou dinheiro, viajou (SOZINHA!) pelo Brasil de ponta a ponta, encontrou várias pessoas atrás de alguma pista. E isso foi tudo o que ela conseguiu, pistas. É triste, mas infelizmente é o que aconteceu.

Nessas viagens vimos a Bahia, o Maranhão, o Rio de Janeiro e um pouco de São Paulo. São lugares diferentes, mas que deixaram uma marca na vida da Kehinde, especialmente o Rio e Salvador. Kehinde consegue encontrar amores e amigos no Rio e na Bahia. É um retrato fiel de um Brasil complexo ainda escravocrata, mas que busca uma identidade própria em meio a injustiça e resistência. Pensar nisso, nesse livro meio biográfico e meio ficcional me desperta uma vontade de saber mais sobre a história do Brasil, sobre os quilombos e terreiros e toda a resistência contra a escravatura que houve por aqui. Também quais partes são reais, quais são ficção. É legal ficar pensando, será que ela conheceu mesmo o Joaquim Manuel de Macedo? E mais legal ainda pensar, espero que sim!

Kehinde, por fim, volta a suas origens, para a África. Lá também ela consegue encontrar amigos e família e ter uma vida confortável. Eu fiquei feliz lendo ela se dando bem e ganhando muito dinheiro, mas ao mesmo tempo tudo parece deslocado para ela. A África que ela conheceu quando criança não existe mais, os hábitos e costumes que ela adquiriu no Brasil são quase que incompatíveis com a sociedade africana. Kehinde é africana, mas também é brasileira, contudo ela (e outros retornados), não pertence a nenhum desses povos. É como se ela vivesse em um não lugar; muito brasileira para ser africana e muito africana para ser brasileira.

Esse é um livro que a gente vai se preparando para um final triste, mas ainda é doloroso pensar que ela nunca pode rever o filho, que as memórias dela não foram lidas por Luiz da Gama, que ele nunca soube de todos os esforços que a mãe fez por ele e de como ela o amou profundamente.

Apesar disso, de toda a tristeza, esse é um livro lindo. Um livro que merece ser adaptado para um samba enredo em escola de samba, ser adaptado para televisão, cinema, rádio, teatro e tudo o que for possível. Sem sombra de dúvida um dos maiores e melhores livros da literatura brasileira e mundial.
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Taly 27/05/2024

Uma obra impecável
Que linvro SENSACIONAL!!!! O livro já me deu uma surra nas primeiras páginas... que escrita incrível, essa obra é um aprendizado da história do nosso país!
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Tânia Alquimin 23/05/2024

Um defeito de cor
Vamos lá.. esse livro é difícil avaliação pois é baseado em fatos reais então como você vai criticar. Mais assim achei o livro muito extenso, acho que 400 páginas no máximo era suficiente, não sei se realmente precisaria de tantos detalhes.. ele mais parece um livro de história do que um livro para leitura. Vamos sobre a protagonista pra mim uma mulher que viveu de oportunidades e se agarrava em qualquer uma pra poder crescer não importando com nada e nem com ninguém, não tinha amor a nenhum filho e não criou nenhum, mais pra manter boa aparência para os outros, ajudava mais quem era de fora do que o próprio sangue.. sobre o filho perdido só acho que era peso na consciência não por amor.. na verdade não senti um pingo de amor em qualquer atitude dela desse o início do livro.. me decepcionei com ela várias vezes.. mais como todo mundo fala que o Brasil começou errado então acho que ela tava no lugar certo porque ela participou de tudo. Triste pensar que uma negra fez tudo o que fez com outros negros também.. mais isso também não importa porque também vários brancos fazem coisas ruins para outros branco e ninguém julga como preconceito ou racismo. Mais não gostei da Kehinde não falaria que ela era batalhadora e sim oportunista, mais é meu ponto de visão.. várias pessoas amaram esse livro e não consigo entender como se apegaram a uma pessoa como ela será que elas leram as mesmas coisas que eu? Será que não viram sobre tráficos, desrespeito a religião, abandono de menor.. ou será que só viram uma mulher que foi violentada, que perdeu a família.. será que pelas dores ela não deveria ser diferente? Atitudes diferentes..
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Ju 23/05/2024

Aula de história
O livro é uma verdadeira aula de história. O início tem o ritmo mais envolvente, que retorna no final. Achei muito estranho a personagem chamar os africanos de selvagens e mudar a sua percepção sobre a África no fim do livro.
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Roseli33 20/05/2024

Verdadeira aula de história
O livro realmente casou um grande efeito em mim, sempre quis entender as causas do absurdo da escravidão ter acontecido e por tanto tempo. Foram incríveis descrições de como era a época, os costumes, a política, as religiões, o povo. Em muitos momentos pude sentir e ver claramente as aflições, as revoltas, as injustiças. Só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de ler este livro incrível.
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Flávia 19/05/2024

E após um ano...
Enfim concluo essa obra prima clássica brasileira. Confesso que demorei devido a densidade da história e por saber que as partes duras e pesadas fazem parte da história do Brasil. Dessa forma, a leitura não foi fluida, mas pesada. Apesar disso, a autora conseguir mesclar os fatos reais com os ficcionais de maneira excepcional. Sobre o final, acredito que a autora tenha deixado a margem da nossa imaginação. Assim, prefiro acreditar que o reencontro aconteceu, e a que a protanista conseguiu, enfim, ter uma morte tranquila.
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Andressa 19/05/2024

Um defeito de cor
É rico, precioso e incomparável. Eu nunca li nada igual à história de Kehinde.
Um defeito de cor é uma viagem na história para conhecer a força de uma mulher negra e o potencial de suas crenças e cultura.
Com dor no coração e com os olhos cheios de lágrimas termino essa leitura.
Lindo sem igual.
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imslost 19/05/2024

Serendipidade
?Quando não souberes para onde ir, olha para trás e saiba pelo menos de onde vens.? Provérbio Africano

Acredito que não existam palavras o suficiente, ou talvez eu ainda não tenha aprendido a usá-las, para descrever a importância desse livro.

Acompanhar a história de Kehinde, sua família escolhida e consanguínea foi uma honra. Digo ?honra? por saber que nem todos tem conhecimento dessa obra preciosa feita pela Ana Maria Gonçalves que, além de uma escritora excelente, é também uma pesquisadora incrível.

A escravização deixou marcas físicas, psicológicas e sociais que sofrem ainda hoje grande invalidação e tentativa de apagamento. ?Um defeito de cor? nos faz lembrar da imensa dívida resultante desse longo histórico de violência que se perpetua de inúmeras formas na nossa sociedade.

Para além de uma reflexão profunda, é um convite para que não deixemos que histórias como as contadas ao longos dessas páginas sejam esquecidas.

Essa leitura me tocou de muitas formas e, por isso, assim como esse livro, ela é fruto da serendipidade.
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Bárbara 16/05/2024

Leitura obrigatória
Um livro fascinante que mostra um mundo amplo pela visão de uma mulher incrível com uma trajetória cheia de todo tipo de emoções e experiências. Faltam até palavras pra explicar, mas foi uma ótima leitura, com certeza recomendo!
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