Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Guilherme.Eisfeld 25/05/2023

É tudo aquilo mesmo
Talvez o livro de maior complexidade que eu já tenha lido. A feitura de Grande Sertão é uma primazia. Li em voz alta, mudei o tom, tentei acertar a fala de Riobaldo, e me deletei no lirismo de Guimarães. Os embates com o Diabo, a paixão proibida do jagunço, os embates da vida e da morte. É uma obra prima com todas suas letras. Agora se fiz um pacto para terminar a leitura, ninguém saberá.
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Crixtina 25/07/2023

Que livro !!!!
Que livro !?!!!!? Estou encantada com o Riobaldo este livro é maravilhoso ! Confesso que tive dificuldade no começo mas a leitura vale cada segundo de dedicação ele é uma poesia !!

?A opinião das outras pessoas vai se escorrendo delas, sorrateira, e se mescla aos tantos, mesmo sem a gente saber, com a maneira da ideia da gente!?
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Fernando1355 30/07/2021

Riobaldo e Diadorim
A história é maravilhosa, por mais que tenha uma escrita sertaneja, não atrapalha muito o entendimento.

Até se acostumar com o estilo demora um pouco, mas é uma obra fantástica.

As melhores partes são sem dúvida o flerte entre Diadorim e Riobaldo.
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Paula 06/11/2022

Grande Sertão: Veredas
Não minto. Sempre tive dificuldades com Guimarães Rosa, tanto no colégio, quanto na faculdade. Eu sempre soube, no entanto, que em algum dia eu precisaria ler Grande Sertão: Veredas. Eis que entre os dias 10 de maio e 1 de junho de 2022, realizei a leitura, motivada por um desejo genuíno alimentado por pesquisas rápidas. De onde o desejo genuíno surgiu? Não sei, mas eu quis ouvir Riobaldo, e a leitura, apesar de vagarosa, foi constante e recompensadora. Completei 37 anos em meio à travessia. E que presente me dei!!! Uma resenha não dá conta de um monumento desses, uma obra inesgotável, repleta de camadas - narrador não confiável em primeira pessoa, pacto fáustico, amor impossível, questões sócio-políticas , vingança, etc,- que gera inúmeros estudos. Essa é apenas uma tentativa de falar sobre a obra.
O idoso ex jagunço Riobaldo recebe em sua fazenda um bem instruído visitante anônimo que vem da cidade. Riobaldo lhe diz que as visitas costumam ficar por três dias e então, começa a lhe contar toda sua história de vida. No início, mais do que enumerar eventos de sua trajetória, Riobaldo se mostra bastante preocupado e quer que seu interlocutor lhe confirme a inexistência do diabo. Se o diabo não existe, tampouco existe pacto com diabo. Riobaldo carrega um grande remorso e toda essa narração ao interlocutor o ajuda a relembrar e refletir sobre sua vida. Além dessa questão pactária, outro elemento que permeia a história e faz com que Riobaldo entre em conflito existencial é o fato dele se reconhecer apaixonado por outro jagunço. Riobaldo é noivo de Otacilia e se relacionou com outras mulheres como Miosótis Rosa? uarda e Nhorinhá. O amor proibido em questão é conhecido no bando como Reinaldo, mas ele confidencia ao narrador da história que seu verdadeiro nome é Diadorim. E é ele quem impulsiona Riobaldo
Riobaldo descreve toda sua jornada como jagunço no sertão de Minas Gerais, Bahia e Goiás. São apresentadas situações de seca extrema, fome, epidemia de varíola etc. Apesar de tudo, com Diadorim, Riobaldo aprende que ?carece de ter coragem? e seguir em frente.
Como eu já disse, é uma obra inesgotável, que só tende a crescer ainda mais com releituras. O que eu contei do enredo não foi nada. Eu disse que quis ?ouvir? Riobaldo porque a oralidade é marcante no texto e ler em voz alta pode ajudar a captá-la
Essa foi só minha primeira leitura. Minha primeira travessia.

#grandesertaoveredas
#JoaoGuimaraesRosa
??????????????
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leandro.marcond 23/06/2020

Simplesmente o melhor livro que já tive a oportunidade de ler.
Não somente pela ambientação do livro que, por coincidência ou não, é situado em grande parte onde eu vivi desde que nasci (lugar onde Rosa me ensinou a contemplar). A estória é grande porque trata de temas grandiosos: Deus e a existência do diabo, o bem e o mal, amor, traição e – não menos importante -, a ambiguidade do mundo. Grande Sertão: Veredas é muito mais que uma estória de jagunços no norte e noroeste de Minas Gerais e sul da Bahia, seus temas são universais - “O sertão é do tamanho do mundo” (p.59) - e atemporais, contribuindo com a nossa imaginação para compreender a realidade concreta. E realismo é o que se encontra na obra de Guimarães Rosa, que rejeita os grandes finais épicos da literatura idealista, pois no “real da vida as coisas acabam com menos formato, nem acabam” (p.67). No entanto, o grande final de Grande Sertão: Veredas é um dos mais espetaculares da literatura mundial (paradoxo?). Todavia, não peleja por exato, como diria Riobaldo Tatarana: “Pelejar por exato, dá erro contra a gente” (p.67).

Riobaldo Tatarana – personagem principal do livro e narrador – nos faz refletir se o mal e até o mesmo o diabo existe dentro de nós. O quê explicaria Pedro Pindó, homem “bom”, começar a sentir prazer ao castigar seu filho Valtêi de dez anos? Como um homem mau como Aleixo, que “mata só pra ver alguém fazer careta...” (p.16) pode se tornar um homem bom e caridoso? Como uma mandioca mansa pode se tornar brava e vice-versa? Riobaldo quer pastos demarcados... “Ao que, este mundo é muito misturado...” (p.162).

Para entender melhor qual a sensação de ler Guimarães Rosa somente abrindo um livro (Por que não agora?) e curtido essa experiência. Nas primeiras páginas o livro é meio assim-assim como disse Fernando Sabino, leitura difícil e complexa, mas quando passar da faixa das 50-70 páginas, abandoná-lo será impossível. Rosa é simplesmente genial!

“Digo, o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia” (p. 52-3).
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Robson.Vilar 25/02/2022

Grande sertão veredas
Um dos melhores livros que já li, uma das leituras mais difíceis também, depois de muitas páginas você começa a se adaptar a linguagem, mas chegar ao final é uma verdadeira travessia, com todas as muitas experiências possíveis de experimentar ao longo de uma grande jornada...
Inesquecível.
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Ricardo Rocha 21/07/2016

Me dou por vencido. Tentei ver em Noites do sertão o melhor (seja lá o que isso signifique) Guimarães Rosa, só que não. Ainda que Daolalalao é de extraordinária engenharia que tenteia leve e leve o fundo do flanco da alma do leitora bem dizer, não sombreia a frase que a gente lê e é de homem não, Deus esteja. Me disseram. Não quis acreditar. E tenho. Porque lava o ser. Grande Sertões. Enormes. Que livro. Risonho e descritivo lindo. Todo clássico é bom por definição mas Veredas é dos mais. O trabalho que deve ter dado. A cadernetinha atenta aos movimentos e sons dos bichos, às palavras das pessoas. A palavra estranha colocada no único lugar que poderia estar a ilustrar o horror do clichê, que é vicio e preguiça. Ele não escreve difícil mas sabe o nome das coisas. Grandes Sertões me conseguiu. Horas na biblioteca e tanto e-book depois. Pensei e digo: João é diverso de todo mundo. Travessia.
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Itamara 03/07/2021

"Ruim com o ruim, terminam as espinheiras por se quebrar."
Eu nem sei como começar esse texto.
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Por muito tempo adiei essa leitura. Em incontáveis vezes eu tentei ler as primeiras linhas e achava que não iria conseguir. Iniciada a travessia e vencidas as primeiras 20 páginas, afirmo que foi uma das experiências mais edificantes em minha vida de leitora. Hoje, já não lamento ter demorado tanto para lê-lo: alguns livros esperam o momento certo para entrarem na vida da gente. A maior sensação após a última frase é de que nada do que já foi ou venha a ser escrito sobre essa obra seja capaz de dimensionar sua grandiosidade.
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A vontade que tive ao terminar "Grande Sertão: veredas" foi de voltar ao início e imediatamente começar a ler tudo de novo. É realmente inexplicável...uma obra majestosa em todos os sentidos, não só em relação à linguagem (que de fato é um desafio do começo ao fim), mas também quanto ao próprio enredo. Não é à toa que o universo criado em GSV seja estudado em diversos países e línguas, uma fonte inesgotável para estudiosos. Portanto, tudo que eu tentar escrever aqui soará superficial ou piegas, mas preciso dizer que há muito não sentia tanta beleza em forma de palavras. Assim, quero resumir que a história precisa ser sentida. Não há absolutamente uma palavra ou frase que não cause um efeito de sensibilidade no leitor. É lírica, arrebatadora, violenta e poética. Eu realmente desconheço trabalho mais impecável que esse criado por Guimarães Rosa.
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Deus e o diabo. Amor e ódio. Vida e morte. Acaso e destino. GSV dá infinitas possibilidades de leitura:
pode ser lida como uma história de amor, como material para estudo da filosofia, cultura, religião, geografia. O sertão pode ser visto na sua literalidade ou no mais puro sentido metafórico, afinal "O sertão está dentro da gente".
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"O sério é isto, da estória toda- por isto foi que a estória eu lhe contei- eu não sentia nada. Só uma transformação, pesável. Muita coisa importante falta nome".
Camila.Szabo 03/07/2021minha estante
Fiquei muito apaixonada por esse livro também!


BiolaBlues 17/07/2021minha estante
Livro arrebatador.




Mylena.Esteves 14/05/2022

...
Eu não tenho nem palavras para falar sobre essa obra de arte. Simplesmente AMEI!!!
Vou falar o clichê, não desistam no início, é um livro difícil sim, mas espetacular para quem persiste, assim como disse Afonso Arinos:

?Cuidado com este livro, pois Grande Sertão: Veredas é como certos casarões velhos, certas igrejas cheias de sombras. No princípio a gente entra e não vê nada. Só contornos difusos, movimentos indecisos, planos atormentados. Mas aos poucos, não é luz nova que chega; é a visão que se habitua. E, com ela, a compreensão admirativa. O imprudente ou sai logo, e perde o que não viu, ou resmunga contra a escuridão, pragueja, dá rabanadas e pontapés. Então arrisca-se chocar inadvertidamente contra coisas que, depois, identificará como muito belas?.
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Carina109 29/07/2020

Desafiador e sensacional
Confesso que no início do livro, não estava entendendo nada, pois a narrativa é de grande complexidade. Com o passar das páginas, acostumei com o ritmo do autor e começou de fato meu interesse pela trama. Digo com certeza que é gratificante acompanhar a travessia de Riobaldo e Diadorim pelo sertão brasileiro e o desfecho é surpreendente. Com certeza, essa leitura vale muito à pena.
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Guacira.GonAalves 31/07/2020

O que dizer de uma leitura tão consagrada e difícil? O livro é um diálogo entre o narrador (Riobaldo) e alguém que não se tem certeza de quem seja, talvez um homem da cidade, alguém mais jovem, ou uma pessoa que não conhece as dificuldades de se viver no sertão. Riobaldo foi jagunço, estudou, não teve pai (apenas um padrinho) e viveu no meio do sertão e de suas veredas (rios, caminhos). Ele é um homem dividido, controverso, não se decide sobre a existência de Deus e do diabo, não sabe se quer essa vida de jagunço ou se deseja ser líder. Seu coração também é dividido entre o amor por Otacília (e outras mulheres que conheceu pelas veredas da vida) e Diadorin, um jagunço lindo, conhecido por Reinaldo. Nessa história temos conhecimento dos pensamentos dele por Diadorin e do seu desejo pelo rapaz, no entanto, ele nunca cogitou a hipótese de se declarar.
Riobaldo conta suas aventuras na jagunçagem e o desejo de vingança. Mas, por ele, talvez fosse melhor ter abandonado tudo e voltado para sua terra com Diadorin, mas este deseja vingança e isso faz com que nosso narrador continue nesse mundo perigoso.
O livro é muito bom, porém Guimarães Rosa criou palavras para representar a fala do sertanejo, o que dificultou a leitura, ao mesmo tempo, o fato de ser um livro extenso e sem divisão de capítulos, não ajuda o leitor nessa empreitada de compreender a história.
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Raissa Barros 18/01/2023

GRANDE SERTÃO: VEREDAS <3
Em ?Grande Sertão: Veredas?, Riobaldo, já velho, decide relatar a um tal doutor as suas antigas aventuras como jagunço pelo sertão de Minas Gerais. 

Dentre tantas batalhas, vinganças, amores e pessoas que cruzaram o seu caminho durante esse período, alguém marcou profundamente a sua vida: Reinaldo, mais conhecido por Diadorim, seu fiel companheiro.

Riobaldo não se envergonha de dizer que o amava, por toda lealdade, confiança e conselhos que recebeu de Diadorim... ?aquela amizade pontual, escolhida para toda a vida.?

O final guarda uma surpresa que deixa os nossos corações em frangalhos após acompanhar a amizade de Riobaldo e Reinaldo, mas também porque nos apegamos a tudo da história, nos sentimos quase um membro do bando de Riobaldo. 

?Grandes Sertão: Veredas? não é de fácil leitura, mas não é um bicho de sete cabeças. Exige uma dose de determinação da parte do leitor. E, às vezes, um dicionário como amigo durante a leitura. Esse livro é o único romance de Guimarães Rosa e contém as suas marcas registradas: dialetos mineiros, neologismos e descrições minuciosas das paisagens mineiras.

A narração de Riobaldo sobre os seus tempos de jagunçagem segue uma ordem cronológica não-linear. E entre as suas memórias, divulgações e filosofias, ele conta casos bem interessantes que aconteceram nos vilarejos sertanejos. 

O termo que melhor define ?Grande Sertão: Veredas? para mim é ?Poetagem?, usado pelo próprio Riobaldo e que desde que meus olhos bateram nessa palavra senti compartilhar da mesma impressão.

Esse livro é uma obra-prima e vale a pena o esforço para trilhar o sertão rosiano através das palavras de Riobaldo. É uma experiência inesquecível. É sobre o sertão e seus segredos. Sobre o Bem e o Mal. Sobre Deus e o Diabo. Mas, sobretudo, sobre amor. 
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Leticia.Santos 30/05/2021

Uma leitura marcante : Travessia
Não sei o que escrever sobre este livro. A narrativa é simplesmente linda. Foi minha primeira vez lendo Guimarães Rosa e estou completamente rendida pela beleza e genialidade da sua escrita. É bem difícil, a príncipio. As duzentas primeiras páginas foram uma luta, somente a pura força de vontade me fez continuar. Mas depois a história te envolve, te toca de uma maneira surpreendentemente profunda. Terminei a leitura com lágrimas nos olhos e o coração apertado. Nunca pensei que sentir todo o que senti lendo. Uma leitura que me marcou pra vida toda.

"Digo: o real não está na saida nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da Travessia"
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Karina 11/03/2020

"A vida é muito discordada. Tem partes. Tem artes. Tem as neblinas de Siruiz. Tem as caras todas do Cão, e as vertentes do viver."
Uma das mais belas reflexões de todos os livros que eu já li. A obra cercada por uma aura mística, traz o personagem principal narrando suas memórias da época de jagunço. Em sua história ele descreve além do dia-a-dia do bando, também as paisagens do Sertão com sua fauna e flora, fazendo com que o leitor viaje e sinta suas emoções na narrativa. Excepcional do início ao fim, só nos resta agradecer ao autor por compartilhar conosco essa obra prima.
Jose 09/05/2020minha estante
O tanto que eu amo Diadorim...




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