Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Maiara.Alves 20/06/2021

Favorito da vida!
A obra, uma das mais importantes da literatura brasileira, é elogiada pela linguagem e pela originalidade de estilo presentes no relato de Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas lutas, seus medos e o amor reprimido por Diadorim.

A narrativa não é apenas ambientada no sertão, vai muito além disso. Em Grande Sertão: Veredas o sertão atua como um personagem que tortura, encanta e evolve os leitores com toda a sua misticidade, do mesmo modo que age sobre Riobaldo, Diadorim, Joca Ramiro e todos os outros personagens.

Confesso que as primeiras cento e cinquenta páginas foi de uma leitura difícil e lenta, porém mais a frente foi tudo se encaixando.
O desfecho não será contado, mas adianto que é forte e movido de muita emoção. É sensacional como uma obra dessa mexe com o emocional e no final, na ultima página a gente fica estarrecido.

O livro é simplesmente maravilhoso. Daqueles que não se esquece. Marca o leitor e João Guimarães Rosa não faz por menos, sua forma de contar histórias nos permite fazer parte de um universo totalmente diferente do nosso.


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Aline ig @escape.abacharel 14/08/2020

Grande Sertão é um livro que é narrado por Riobaldo, um velho sertanejo. Riobaldo está, o livro inteiro, conversando com um doutor, pois o nosso narrador fala o tempo inteiro que queria ser letrado como o ouvinte. Porém, no livro o tal doutor, a quem Riobaldo chama de Senhor ou Moço com muito respeito, não dá uma palavra em todo o livro. É um diálogo que na verdade é um monólogo! haha Riobaldo, então, vai narrando a história da sua vida para o doutor com uma inusitada linguagem, típica do interior do sertão. Riobaldo tece a história de sua vida em um discurso de descoberta e autoconhecimento, revelando não só o mundo imenso que é o sertão mas também revelando a si próprio.

O livro conta a história de dois personagens centrais, Riobaldo e Diadorim (personagem pelo qual Riobaldo mantém um grande amor impossível pelo fato de os dois serem homens). Diadorim é um amigo de infância de Riobaldo e filho de um chefe de um bando de jagunços chamado Joca Ramiro.

Riobaldo é um personagem que está sempre mudando. No começo do livro, ele faz parte do grupo de Zé Bebelo e depois é que passa para o grupo de Joca Ramiro. Porém, não é somente na travessia pelo sertão e no líder dos jagunços que vemos essa mudança de Riobaldo. Acompanhamos a mudança de pensamentos constantes que se passa no seu interior. A narração dele não é linear, às vezes ele volta no tempo e adianta muito no futuro da história, retomando em um fluxo de memória o fio de sua vida, narrando as grandes lutas dos bandos de jagunços.

É nessa perigosa travessia pelo sertão, pelas fazendas e pelo deserto, representado pelo Liso do Suassurão, é que Riobaldo confronta as forças do bem (Deus) e do mal (demo).

Grande Sertão: Veredas foi um livro muito difícil para mim! Fiquei lendo um pouco mais de dois meses, mas no final valeu a pena demais. Não por ter concluído mais um clássico, mas por conhecer o jeito que o Guimarães Rosa escreve... A gente passa a conhecer melhor o Brasil dos tempos antigos e de jagunçagem. Recomendo muito a leitura!
Jamile.Almeida 14/08/2020minha estante
Ja na minha lista de clássicos!


Aline ig @escape.abacharel 14/08/2020minha estante
É um clássico maravilhoso!




Luiz Felipe 23/01/2021

Eu só consegui me conectar verdadeiramente com a história depois de terminar de ler alguns textos de apoio, e com a conexão veio a vontade/necessidade de uma futura releitura. Acho que durante a leitura eu não conseguia me conectar porque eu estava hipnotizado pela capacidade do autor de brincar com a linguagem. Sobre a história, o leitor acompanha o personagem Riobaldo contando a um forasteiro sua história de vida, especialmente da época da jagunçagem no sertão de Minas Gerais, da Bahia e de Goiás. Nesse contexto, o personagem acaba focando em duas ramificações de sua história: a possibilidade de ter ou não ter feito um pacto com o Diabo, e os sentimentos confusos em relação ao colega jagunço, Diadorim. No mais, o leitor percorre com o personagem o grande sertão, com suas histórias de guerras entre jagunços, amores e vinganças. A linguagem é certamente um desafio, eu particularmente li as primeiras páginas acompanhando um vídeo da booktuber Isabela Lubrano que ajudou muito. Feliz por ter enfrentado essa leitura até o fim!
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15/04/2016

O melhor romance
Para mim, de tudo que li até hoje, Grande Sertão é o maior e melhor romance da literatura brasileira. Estou completamente apaixonada por Riobaldo.

Não há como amar literatura e não passar por Grande Sertão. Não há como passar por Grande Sertão e permanecer a mesma pessoa.
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Marcos 26/06/2016

Obra ímpar, de difícil leitura. Experiência inigualável
Este é provavelmente o livro mais difícil que já li em meu próprio idioma. Ao reproduzir o linguajar dos jagunços de tempos antigos, o autor impõe ao leitor um cenário linguístico tão rude e poético quanto o cenário que descreve. Confesso que não foram poucas as vezes que tive que recorrer ao dicionário, movimento esse facilitado pelos recursos do ebook Kindle. para entender do que o personagem estava falando, movimento esse muitas vezes vão, dado que muitos termos sequer existem no dicionário, sendo variações "incorretas" de termos existentes.
Sem divisões de capítulos ou cenas, o texto flui de uma única tacada.
Com narrativa em primeira pessoa pelo jagunço Riobaldo, o "Tatarana" ou "Urutu-branco", o texto prende do início ao fim.
Antes de ler "Grande Sertão - Veredas", meu bordão sobre leitura de ficção sempre foi "nenhum livro deve impor dificuldade ao leitor, ou deixa de ser um prazer e passa a ser um esforço. Após a leitura desta obra, precisei rever essa crença pessoal. Agora digo que vale a pena o esforço desde que seja coroado pelo prazer da descoberta de uma belíssima obra de arte.
Vale também comentar a introdução do livro, na qual o leitor é avisado sobre as dificuldades iniciais da leitura e os rumos do texto ao longo da leitura. Isso também foi um diferencial na insistência de levar à frente a leitura. Fez a diferença e sou grato por isso.
Concluí a leitura desta obra mais rico.
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Bárbara 16/02/2023

Persista
Eu queria muito ler esse livro, mas foi difícil demais engrenar. Todos os avisos que tive foi: PERSISTA!
Graças a Deus eu persisti!
É uma obra completa e rica, não só de linguagem, mas de enredo, cultura e é incrível

Se está difícil engrenar PERSISTA
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Lílian 01/12/2020

Memorável
Grande Sertão não é uma leitura fácil, isso eu já disse algumas vezes. É um livro para quem gosta de ler e, talvez principalmente, para quem gosta da arte da literatura, para quem se prende ao uso da língua, ao sabor das palavras, às descrições, ao ritmo do frasear, ao contar da história em todas as suas faces.
É a simplicidade elevada ao mais alto grau de complexidade apenas porque o contador conhece muito bem a arte do prosear e a arte de escrever.
Terminei o livro achando que por muitas vezes a história parece se repetir e ficar rodando no mesmo lugar. Tendo a impressão de que o tempo havia parado e que a leitura não terminaria nunca. Mas não é esse o sentimento de Riobaldo? O vai e vem das sua narrativa, o tempo transitando em passado, presente e futuro, o sertão sem fim, as paisagens que por tantas vezes se repetem e que de repente mudam, o caminhar e o recaminhar... A certeza de que viver é perigoso e a incerteza de tudo mais.
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nalannes 16/08/2020

?A lembrança de vida a gente guarda em trechos diversos.

De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte, ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse pessoa diferente.?

Grandes Sertões: Veredas é uma obra de arte completa. Linguagem, romance, ação, filosofia. Imagino que a cada leitura seja possível se envolver, se emocionar mais e descobrir novos pontos.

Uma travessia nem sempre fácil, mas extremamente engrandecedora. Muitas reflexões, teorias... uma história que fica conosco, não acaba na última página.
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Deghety 28/12/2020

Nonada, Mire e Veja
Literatura Sertaneja é pra mim o retrato cultural do Brasil, como também o cenário das melhores histórias.
Em "Grandes Sertão: Veredas", além de narrar os aspectos culturais, sociais e territoriais, a obra se aprofunda, em especial, nas personalidades e dramas da jagunçada.
O livro é narrado pelo jagunço Riobaldo "Tatarana". De início é um pouco estranho, pois é usado um "dialeto sertanejo", mas depois a gente se habitua e segue o ritmo.
Coisas as serem destacadas com mais ênfase são a filosofia popular sertaneja, os "causos" e as peculiares dos personagens, dando um aspecto de (por me fazer lembrar de Cem Anos de Solidão) Realismo Fantástico.
Outra coisa bastante enfática no livro é a relação entre Riobaldo e o jagunço Reinaldo "Diadorim". A profundeza da amizade, a incógnita de sentimentos, um ser ou não ser e um desfecho extraordinário.
Mire e Veja: todo culto e adjetivos exaltáveis a "Grande Sertão: Veredas" são indiscutivelmente merecidos.
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Luciana.Lourenco 07/05/2022

"Tem muito de épico, guarda aspectos da situação dramática, seu lirismo salta ao olhos". Único e genial. Vale a travessia. ??
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Murilo 01/11/2020

Um épico genuinamente brasileiro
Grande Sertão: Veredas é uma obra prima da literatura nacional escrita por
João Guimarães Rosa, importante personalidade que além de autor de
romances consagrados pela crítica, foi médico e diplomata brasileiro.
No livro acompanhamos o relato de vida feito por Riobaldo, suas amizades,
romances e aventuras como jagunço pelos sertões de Minas Gerais ao sul da
Bahia.
A obra é composta por subversões gramaticais, uso de neologismos e escrita
livre e poética, gerando simbolismos ambíguos que o torna um livro
obrigatório para estudiosos e apaixonados da nossa língua e literatura.
Há uma dificuldade em acompanhar a linguagem mais poética e coloquial
do livro, mas é justamente essa linguagem distinta e genial que nos prende à
leitura, tornando este um grande épico genuinamente brasileiro.
?Sertão. O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com às astúcias.
Deus mesmo, quando vier, que venha armado!?
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Nélio 18/06/2020

Terminada a leitura de “Grande Sertão: Veredas”, fico sem saber como me desligar da obra. Ainda gastarei um tempo remoendo o que li, mesmo não sabendo dizer direito o que achei dela!
A princípio, li o livro porque é um clássico, o que, para mim, sempre é motivo para se prestar atenção e ficar na curiosidade para saber o que tem de bom em um livro com essa característica.
Entretanto, li-o principalmente porque uma grande amiga, cuja opinião literária merece o meu respeito, afirma que este é o livro da vida dela! Vixi! O melhor livro que ela leu até hoje – e ela já leu muito, mesmo! Eu tinha que lê-lo!
Assim, encarei o calhamaço. E os sentimentos são vários. Não sei se conseguirei colocar no papel tudo o que senti e ainda sinto com ele.
O final dele valeu a pena.
Pronto, já disse tudo... Só carece de mais comentários meus, mas a verdade está aí.
Primeiro: ao final da obra, as emoções de Riobaldo ao ver Diadorim morto e ao descobrir aquela verdade que está lá no final do livro é de encher os olhos de qualquer leitor mais apaixonado. Gente, fiquei abobado com algumas de suas falas: “Eu não tinha competência de querer viver, tão acabadiço, até o cumprimento de respirar me sacava.” e “Para quê eu ia conseguir viver?”
Segundo: também a sugestão final sobre Deus, alma e existência humana coroa muito do que foi discutido ao longo do texto. Vejamos a fala final: “O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano. Travessia.” Vale um café para falar sobre esse ponto na obra. Minha amiga que me aguarde!
Terceiro: posso até apanhar, mas o que menos me agradou foi o uso da linguagem que o autor imprimiu em seu texto. Sei que justamente essa marca é o diferencial e um dos grandes valores de sua obra como um todo. Em seus contos, acredito que funcionou melhor o que G. Rosa aproveitou de suas anotações quando passeava pelo sertão brasileiro a respeito do uso da língua portuguesa em sua escrita. Aqui, no romance, em muitos momentos senti enfado, cansaço e dificuldade de entender. Isso me desagradou.
Paro, agora, a contagem, pois há tantas outras coisas a se dizer! E não falarei tudo aqui, hoje.
Destaco a vontade de Riobaldo de se entender enquanto ser vivente. Ele narra tudo de sua vida a seu compadre Quelemém, mas, na verdade, ele quer é revisitar sua consciência e sua existência para que ele melhor se entenda; e, com isso, ganhamos um narrador que joga sua alma para fora de si. E a resposta do compadre é perfeita para a dúvida final do rapaz; e que vale para todas as dúvidas que ele carregou até o fim de suas narrativas: “Tem cisma não. Pensa para diante. Comprar ou vender, às vezes, são as ações que são as quase iguais...” ..... Uau, que perfeição!
Sobre as questões existenciais e a relação do ser humano com Deus, lembro-me desta passagem:
“Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente perdidos no vaivem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo facilitar – é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois no fim dá certo. Mas, se não tem Deus, então, a gente não tem licença de coisa nenhuma! Porque existe dor.”
As passagens das lutas entre os bandos de jagunços são grandes momentos da obra, assim como as inserções sobre os sentimentos que Riobaldo carrega por Diadorim e que travam suas certezas e seus desejos. Há muita riqueza na obra, não se pode negar; porém, é preciso ter muita disposição para a leitura.
Ler o livro não foi fácil, eu admito. Mesmo assim, é enriquecedor conhecer um texto denso e cheio de passagens memoráveis como as que vamos nos deparando ao longo da leitura.
Há muito que poderia ser dito sobre o livro, mas vamos ficando por aqui. A travessia é longa!
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Julio.Argibay 25/06/2020

Graaaaande sertão.
Grande Sertão Veredas ? João Guimarães Rosa. Este romance é um épico sertanejo e conta de forma visceral o modo de vida dos jagunços, numa época bem remota, século XIX, donde esse povo quase esquecido pelo Estado, desenvolve relacionamentos próprios, endêmicos, de confiança, mas também de traições epicas. A estória eh relativamente simples, sem grandes reviravoltas. Na verdade, narra as brigas, os romances, as paixões e as desavenças entre bandos de jagunços no sertão nordestino. O bando de Joca Ramiro, ao qual nossos dois personagens principais: Riobaldo e Diadorim fazem parte e o bando de Hermogenes / Zé Bebelo, que tem uma ligação forte no passado com Riobaldo. Santa contradições. Esses dois amigos tem uma relação conflituosa. Há algum incomum entre os dois: admiração, companheirismo, desejos, etc e tal. Eh uma amizade, no minimo diferente. Um sentimento não convencional, principalmente, se inserida num contexto de sociedade na qual os dois estão inseridos. Esse eh o foco do romance, essa convivência entre esses dois jagunços. Destarte, como pano de fundo, aprendemos um pouco sobre a cultura do sertão, da caatinga (pelo amor de Deus, não estamos falando de banda sertaneja, aqui eh gente de verdade, com contribuições a dar a sociedade). O ambiente, por sua vez, é o mais hostil possível, urtiga, cansanção, cactos, terra, sangue, poeira, urubu, cobra e navalha. Entre eles, o modo de vida é bastante diferente. Tanto na culinária: carne do sertão, farinha, etc. A linguagem utilizada entre eles, eh muito regional, caracterizada por frases curtas e cheias de expressões próprias, muito difícil. No final das contas, torna-se muito maçante, pois exige muita atenção, é quase outro idioma. Carece de tradução. Sim, temos a bendita religiosidade também, em pleno cangaço. A fé em seus santos e entidades locais. As vestimentas são próprias e adaptadas a vegetação agreste e ao sol escaldante, ao qual os sertanejos estão submetidos. Todos estas características nos demonstram o quanto esse povo é rico em tradições, em costumes, tendo seu próprio modo de produção. O qual entra em choque com a sociedade urbana da época, o que faz com que sejam reprimidos pelo governo. Nesse ínterim, há muito tiroteio, brigas de faca, traições, camaradagem e amores proibidos. Terra de gente braba, viu. Mas, como tudo na vida tem um fim, pois as rixas são resolvidas na faca, na força bruta. A vingança se concretiza, eh verdade, mas o preço é muito alto para todos os lados. Vida que segue, viramos a página, mesmo com o coração doente...
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