Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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Raí 04/03/2021

Um novo favorito da vida
Eu já devo ter falado desse livro umas mil vezes (quem me conhece, sabe), do quanto fui surpreendido em tantos aspectos por essa leitura. Eu fiz questão de ler a conta-gotas, mas, ainda assim, estou bobo. Que livro incrível! Eu estou me sentindo tão pequeno e iniciante, intelectualmente falando, perto desse autor. A narrativa aborda tantas áreas da sociedade, tantos temas pelos quais me interesso - coronelialismo brasileiro, estado de exceção, história do Brasil, política, imprensa, liberdade e tantos outros - e o fato de ele se passar num período tão crucial da nossa história - a ditadura militar brasileira - só me fez amá-lo mais ainda, de modo que, agora que o livro terminou, embora completamente satisfeito, estou meio vazio da companhia de personagens tão incríveis. O livro é cheio de tiradas sarcásticas, repleto de ironia, porque o bom humor é uma ferramenta usada pelo autor para contar essa história tão pesada, baseada na nossa realidade, mas de uma forma mais leve, ou mais tragável. Antares é o Brasil condicionado numa pequena cidade que reflete todas as nossas mazelas históricas e contemporâneas. É brilhante. Certamente uma das melhores e mais originais leituras que já fiz na vida!
Dickson 09/03/2021minha estante
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Rafaela 16/08/2020

"[...] depois dessas transfusões todas, quando o sangue que me corre nas veias não é mais o meu velho sangue, mas o de centenas de doadores... acho que muitas outras pessoas, que nunca vi, estão falando agora pela minha boca..." (p. 104)

"A progressão social repousa essencialmente sobre a morte. Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos." (P. 312)

"[...] se por um lado o homem jamais se habitua à idéia da própria morte, por outro aceita sempre, e com admirável facilidade, a morte alheia." (P. 327)
Alê | @alexandrejjr 25/08/2020minha estante
Destacasse trechos incríveis, Rafaela! Que livro maravilhoso, chê!




Clio0 21/07/2023

O primeiro que li de Verissimo e ainda é o meu favorito.

Nesse livro, o autor traça a formação política-social das cidades pequenas no interior do Brasil. Não importa de que estado você é, a história é sempre a mesma.

Os personagens mortos são todos arquétipos conhecidos: a Matriarca, o Coronel, o Jornalista, etc. que voltam a vida e resolvem tomar parte daquele ato democrático que faz parte da vida de todo mundo - a greve. Assim, não confunda esse com um livro de zumbis, a trama não é sobre eles, e sim sobre como sua aparição mudou ou não a rotina de Antares.

Recomendo.
Mateus.Frota 29/03/2024minha estante
Também é meu favorito!




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Maria Paula 03/11/2021minha estante
A data ficcional, 1963, tem tudo a dizer do tema deste romance.




Victor 14/04/2014

O romance tem duas partes, “Antares” e “O incidente”. Na primeira, narra-se a história da cidade de Antares, no interior do Rio Grande do Sul, localidade dominada pela disputa entre duas famílias poderosas, os Vacariano e os Campolargo. Entre alianças e desavenças, as famílias vivem a história brasileira de uma perspectiva local.
A ação de “O incidente” tem início em 11 de dezembro de 1963, quando é decretada uma greve geral na cidade de Antares, iniciada pelos operários das indústrias da região. Os funcionários do cemitério declaram sua adesão ao movimento. Com isso, ficam sem enterro os corpos de sete mortos: D. Quitéria, matriarca dos Campolargo que morreu de enfarto; Dr. Cícero Branco, advogado envolvido em falcatruas com as duas famílias poderosas; o sapateiro Barcelona; o maestro Menandro, que se suicidou; a velha prostituta Erotildes, vítima de descaso médico; João Paz, agitador político morto depois de ter sido torturado pela polícia; e, por fim, o bêbado Pudim de Cachaça, assassinado pela mulher, cansada de suas bebedeiras e agressões.
Cleuzita 24/03/2017minha estante
Zero estrelinhas? Poxa :(




Isabella.Lubrano 07/08/2015

“NUM PAÍS TOTALITÁRIO ESTE LIVRO SERIA PROIBIDO”
Imagine uma faixa vermelha com esta frase aqui em cima estampando a capa de um livro.

Imagine agora que o livro em questão foi publicado em 1971, durante o governo do general Médici, que ficou conhecido como o auge, os “Anos de Chumbo” da ditadura militar brasileira.... Pode ser que o governo tenha caído na provocação da editora, pode ser que a censura tenha feito vista grossa, pode até ser que eles não tenham entendido nada.

Mas o fato é que o livro “Incidente em Antares”, o mais político e mais satírico do escritor gaúcho Erico Verissimo, miraculosamente conseguiu driblar a censura oficial da época e foi um sucesso de vendas naquele ano de 71.

O livro pertence ao que se costuma chamar de literatura fantástica, porque o evento central da história é um incidente completamente sobrenatural.

Na pequena e pacata cidade de Antares, no interior do Rio Grande do Sul, os trabalhadores estão em greve e os coveiros do cemitério municipal se recusam a enterrar 7 cidadãos que faleceram naquele dia.

Indignados, os sete defuntos se levantam dos seus caixões e, mesmo quando começam a apodrecer a olhos vistos, cheirando mal e tudo, eles voltam pra cidade pra reivindicar o direito de serem enterrados com dignidade.

E aí começa uma lavação de roupa suja entre os vivos e os mortos. E tanta coisa podre é revelada na vida pública e privada dos cidadãos de Antares, que o apodrecimento dos mortos não chega nem aos pés tanta sujeira.

Nessa grande obra da literatura brasileira, Erico Verissimo fala da hipocrisia, da violência e do autoritarismo que sempre estiveram presentes na história do nosso país.

Uma obra que furou a barreira da censura e que ainda ainda hoje, mais de 40 anos depois, continua atual e necessária para todos o brasileiros.

Ficou curioso? Veja a resenha completa no meu canal, através do link aqui embaixo:

site: https://www.youtube.com/watch?v=XEZQYOt0hmE
Cleuzita 24/03/2017minha estante
Pena que a frase título da sua resenha saiu desconfigurada.




Lucas.Costa 26/10/2023

Como não virou filme?
Foi leitura obrigatória na época da escola. Mas a premissa, os personagens e as conclusões. Não perde pra nenhum filme de Hollywood, essa história tinha que ser mais conhecida
#Anafox 26/10/2023minha estante
Eu li pq fiquei curiosa de ter achado na biblioteca da escola um livro com o mesmo nome da minissérie que estava passando na TV. A inocente não sabia que a obra da TV vinha justamente do livro ?




Camilla 08/08/2010

Depois de terminar o livro é que a gente vê quão fiel é o retrato da sociedade feito pelo Erico. E quão profunda é a análise dos personagens e quão rica de detalhes é a história.
Um romance bem embasado, sóbrio e com um toque de fantástico. Muito bom.

Mas isso a gente só vê depois de terminar o livro. Apesar do quê já era de se esperar: a magnitude do Erico se revela em seus romances.
Cleuzita 24/03/2017minha estante
Você deu zero estrelinhas mesmo?




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rhuancsl 22/01/2022minha estante
sabia que iria gostar hihi




Elânio 10/04/2015

Incidente em antares
O livro Incidente em antares do autor Erico Verissimo( Companhia de bolsa ,2006 ,496 paginas) se passa na época do coronelismo , onde os coronéis quem decidiam a vida em suas fazendas ou em suas cidades.
Tudo começa contando a historia de uma pequena e pacata cidadizinha do rio grande do sul, a pequena antares, pacata ate haver um grande acontecimento, que mudou a vida de antares e de seus residentes.
Por conta das greves causadas por alguns problemas entre os coronéis e a classe de proletariados(trabalhadores) de antares, os corpos de 7 pessoas, entre elas uma residente ilustre de antares, não foram sepultados e resolveram se vingar dos vivos, os mortos levantaram-se de seus caixões e fizeram uma revolta no coreto da praça principal da cidade, o que causa revolta e aflito nos moradores de antares.
se essa revolta deu algum resultado ou não?, só lendo a obra para descobrir.
Cleuzita 24/03/2017minha estante
Poxa, você deu zero estrelinhas :(




Alexandre 03/04/2014

O romance é dividido em duas partes, “Antares” e “O incidente”. Na primeira, narra-se a história da cidade de Antares, no interior do Rio Grande do Sul, localidade dominada pela disputa entre duas famílias poderosas, os Vacariano e os Campolargo. Entre alianças e desavenças, as famílias vivem a história brasileira de uma perspectiva local.
A ação de “O incidente” tem início em 11 de dezembro de 1963, quando é decretada uma greve geral na cidade de Antares, iniciada pelos operários das indústrias da região. Os funcionários do cemitério declaram sua adesão ao movimento. Com isso, ficam sem enterro os corpos de sete mortos: D. Quitéria, matriarca dos Campolargo que morreu de enfarto; Dr. Cícero Branco, advogado envolvido em falcatruas com as duas famílias poderosas; o sapateiro Barcelona; o maestro Menandro, que se suicidou; a velha prostituta Erotildes, vítima de descaso médico; João Paz, agitador político morto depois de ter sido torturado pela polícia; e, por fim, o bêbado Pudim de Cachaça, assassinado pela mulher, cansada de suas bebedeiras e agressões.
o massa da estoria e que tem zoonbi na cidade, quando os mortos se levantam de suas tunbas e vão visitar seus parentes pondo medo na cidade inteira.
Os grevistas resolvem suspender seu movimento e atacam os defuntos no coreto. Os mortos resolvem então se recolher ao cemitério, onde são finalmente sepultados. Repórteres de diversas localidades visitam a cidade querendo saber detalhes do incidente. Alguns moradores confirmam o ocorrido, mas sem conseguir apresentar provas. As autoridades afirmam que tudo não passa de boato para promover a feira agropecuária local. Essa versão é a que acaba por predominar, relegando ao esquecimento o estranho incidente de Antares.
Cleuzita 24/03/2017minha estante
Você deu zero estrelinhas mesmo?




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Cleuzita 24/03/2017minha estante
Você deu zero estrelinhas mesmo?




Luconto 25/12/2020

Ótimo livro, me surpreendi com a descrição tanto histórica da primeira parte, quanto com o incidente, nos detalhes críticos, trágico, mas cômica, absurda.
Lucas 25/12/2020minha estante
Esse livro é divertidíssimo!
Pena que poucos se dão conta disso.
A antiga minissérie que passou na Globo também foi muito boa! ;)




jjuniorig 03/12/2020

Incidente pessoal coletivo nacional
?Um povo como o nosso adora meias soluções, as compressas d?água quente. Nada é sério mesmo neste país.? Um livro lançado em plena ditadura e com verdades que até hoje são difíceis de se dizer sem ser censurado. A primeira parte do livro é sobre a história do Brasil, extremamente necessária e quase um requerimento do autor para se ler o livro, a segunda parte é intensa e surpreendentemente bem escrita! Leia!
Dtorreshp 03/12/2020minha estante
Queria muito ler esse livro.




Bruna 08/07/2021

Dentre os autores brasileiros que deixaram uma profunda marca em mim, Erico Verissimo talvez seja o que mais se destaca. Sua riqueza de detalhes e minuciosa pesquisa com personagens e informações históricas mescladas com maestria aos personagens fictícios são traços que me conquistaram e admiro desde a leitura de O tempo e o vento.

Há tempos planejava a leitura de Incidente em Antares, especialmente pela temática. Sete defuntos que, ao não serem sepultados em meio a uma greve, levantam-se de seus féretros, marcham até a praça principal da cidade e expõem as hipocrisias, as mentiras e mesmo os crimes - em suma, os podres - dos cidadãos da alta sociedade de Antares. Sem pender exatamente para o fantástico, a obra trata de uma alegoria à época em que foi escrito, isto é, 1971. Com causas mortis diversas (algumas, inclusive, não corretamente esclarecidas aos cidadãos), os insepultos mortos de Antares encontram-se em uma posição de certa forma privilegiada, pois podem informar tudo o que sabem aos antarenses presentes na praça central no fatídico 13 de dezembro de 1963 (uma sexta-feira), sem temer represálias. Casos extraconjugais, corrupção, torturas em interrogatórios policiais, entre tantos outros fatos, escandalizam os moradores da pequena cidade fronteiriça à Argentina, assim como o público apodrecimento e a infestação de ratos trazida pelos sete.

Após o reestabelecimento da normalidade, pouco a pouco, de forma não tão pacífica e muito menos natural, a cidade volta a apresentar os mesmos problemas, os mesmos aspectos de hipocrisia denunciados pelos mortos. Especialmente pelos acontecimentos do ano seguinte, 1964.

Mais do que um livro escrito durante o período da ditadura que conta com diversos trechos em que o discurso permanece tristemente semelhante à atualidade, Incidente em Antares diverte e faz observar o funcionamento da sociedade, especialmente em pequenas cidades (mas não apenas). Recomendo a leitura para quem tem interesse em temas como história, sociologia e antropologia, mas também em uma narrativa bem construída, com personagens bem desenvolvidos e facilmente identificáveis. E, claro, para apreciar a maestria de Erico Verissimo na construção de romances.
Alê | @alexandrejjr 03/09/2021minha estante
Belíssima resenha, Bruna.




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