Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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Daniel 18/06/2012

Uma história que assume muito bem o papel de criticar a podridão da elite que comandava o poder político na primeira metade do século passado. Uma metáfora que continua atual.
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Gabii 23/12/2012

Um livro e tanto de um autor e tanto, “Incidente em Antares” tem componentes que agradam a todos os gostos: desde humor, até fatos macabros sem esquecer é claro da critica a sociedades, economia e política.
A primeira metade do livro trata praticamente só da formação da cidade fictícia de Antares, das famílias que ali habitam e das pendengas que rolam entre elas, já depois a história passa por uma mudança um tanto macabra, uma vez que em uma fatídica sexta-feira 13, alguns mortos resolvem dar uma passeada e rever os amados – ou não – amigos e familiares.
O livro é bem interessante e muito engraçado, eu recomendo.

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Francieli.Tonello 22/01/2013

Só reforçou meu aprecio pelas obras do Érico Veríssimo. Mesmo gostando muito do autor, fazia alguns anos que eu não lia nada dele, mas hoje, com um olhar um pouco mais maduro com relação à literatura, não posso deixar de afirmar que o Veríssimo é um autor completo, à frente do seu tempo. Não teve um livro, inclusive “Incidentes em Antares”, que por algum momento eu pensasse em desistir de ler, muito pelo contrário, a história te prende, e você não vê a hora de chegar ao final para descobrir o que vai acontecer.
Bem, em “Incidente em Antares” tem zumbis, tem história política nacional e rio-grandense, tem poema do Quintana, tem uma passagem em que um personagem apresenta opinião, “não muito simpática”, sobre o próprio Érico Veríssimo. É um livro muito bom.
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Carla 08/02/2013

Um livro de leitura leve, quando se leva em consideração a complexidade linguística, porém ricamente povoado por personagens densos.
Diria altamente recomendável para aqueles que apreciam o estudo do interior humano: frieza e máscaras sociais.
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Magda14 02/06/2024

Adorei esse livro!! Érico Veríssimo tem umas sacadas geniais e um humor ácido bem cativante. Só não achei que o livro é perfeito porque, na primeira parte, passou-se muito tempo para falar dos Vacarianos e dos Campolargo, que foram praticamente esquecidos na segunda parte. A D. Quitéria Campolargo, então, deixou de ser uma matriarca altamente politizada e passou a ser só mais um dos que estavam no coreto (não vou dizer quem eram esses que estavam lá, para não dar spoiler). E o Tibério Vacariano foi quase esquecido após a ocorrência do incidente. Apesar desses deslizes, super recomendo a leitura deste livro!
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Nélio 12/11/2016

A escolha do livro foi do nosso grupo local de leitura, mas já de início fiquei feliz, pois adoro ler livros de autores que considero clássicos – e este é um desses casos.
Não é necessário dizer que gostei do livro, o que devo dizer é o porquê de ter gostado. E as razões são várias...
A principal é que ele trouxe elementos que me agradam sempre (pela ordem de preferência): humor (ironia, sarcasmo...), base histórica, apelo social, relação com o hoje, verossimilhança (o livro faz sentido!) e uma boa escrita. Esse não é o melhor livro do autor, mas é daqueles que lemos com prazer!
Divido em duas partes, o livro até poderia ser considerado como dois livros. E isso é da marca de escrita do autor, pois sua produção parece partir de algo que vai além da criação literária (as razões históricas que “explicam” os fatos e as ações de suas personagens) para se chegar ao texto literário propriamente dito. Dito de outra forma: Erico busca a história do país, do estado e de formação político-social da cidade de Antares para justificar os fatos que giram em torno da sexta-feira 13, de dezembro de 1963. Quando os mortos insepultos por causa da greve geral voltam ao convívio com os ‘vivos’, o autor já nos deixou com um ótimo desenho histórico-social-literário de todas aquelas personagens. E o desenrolar dos fatos tornam-se um primor, posto que encontramos um mix equilibrado entre aqueles elementos citados acima...
Foi agradabilíssimo de se ler a primeira parte do livro em que vamos encontrando os fatos históricos do Brasil anteriores a 1960 misturados à “guerra” dos Campolargos com os Vacarianos. Sem muito notarmos, estamos a conhecer por exemplo, a entrada e a saída de Getúlio no poder juntamente com algumas de suas ações que vão refletir tanto na greve em Antares quanto nas relações trabalhistas que perduram até hoje. Eis um jeito legal de se conhecer nossa história sem a formalidade didática de um livro de História, por exemplo. Vamos conhecendo as mudanças políticas em meio às brigas de famílias tradicionais rio-grandenses criadas pelo autor.
Quanto à segunda parte da obra, destaco o quanto a “verdade” incomoda! Com o “retorno” dos mortos, o povo teve a desagradável surpresa de se ver cara a cara com verdades que não desejavam. São traições amorosas, crimes, falta de afeto familiar, ganância etc... E esse encarar a verdade foi tão indesejável que até para fingir que essa verdade não existia, gastou-se tempo.
Não sei se pela efervescência política que vivemos hoje em dia, mas o fato é que gostei muito do contraponto do hoje com o ontem, proporcionado pela leitura do livro. Como é realmente cíclico o embate entre povo e governantes. Só para cutucar:
“- Mas o povo ficou sabendo.
- O que é o povo? Um monstro com muitas cabeças, mas sem miolos. E esse ‘bicho’ tem memória curta.”
Há tantas passagens memoráveis no livro que só lendo para conhecermos a fundo o que a notável escrita de Erico Verissimo nos oferece. Deixo a seguinte passagem, com gostinho de quero mais:
“E eu acho, meu caro, que cada um de nós tem nas suas mais remotas cavernas interiores um troglodita adormecido que, submetido a um certo tipo de estímulo, vem rapidamente à tona de nosso ser e se transforma num déspota totalitário capaz de todas as bestialidades.”
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Franco 15/12/2016

Retrato do Brasil
'Como falar dos absurdos da política nacional? Ora, vamos usar o próprio absurdo como ferramenta!'

É mais ou menos essa a premissa de Incidente em Antares, um livro sutil, irônico e cheio de sarcasmo, e que alcança um preciso retrato da sociedade brasileira (tomem essa, seus acadêmicos chatos com suas escritas chatas!).

Não que Veríssimo tente alcançar a grandiloquência de quem escreve um tratado definitivo. Ao contrário, sua escrita é leve e tranquila durante as quase 500 páginas. Nem parece dizer nada muito sério, tamanha é a irreverência com que vai tecendo os dramas de uma pequena cidade que se vê invadida pelos seus mortos.

E aqui, talvez, muitos leitores escorreguem: o livro tem um profundo diálogo político, e a degustação da narrativa exige saber do contexto da escrita e, claro, da própria História do Brasil (caso contrário, fica-se mesmo com a impressão de que o livro não chegou a lugar nenhum, sendo somente uma história curiosa sobre uns mortos indignados com a morte).

Outro momento em que os leitores podem escorregar é na primeira parte do livro, em franco contraste com a segunda parte. A primeira é como uma revisão das aulas de História que temos no ensino médio, só que a partir do ponto de vista de personagens fictícios (fica a dica pro seu próximo vestibular). E isso pode ser meio chato para alguns leitores, o que os levaria a deixar o livro de lado. Para outros (tipo eu), pode ser uma grande isca para continuar a leitura.

Mas, garanto, se chegares na segunda parte não vais te decepcionar (a partir daí é que o livro mostra toda sua carga de sutileza, ironia e sarcasmo, com detalhe especial para os diálogos nunca vazios, bobos ou gratuitos).

Quanto à mensagem geral do livro em si... bem, eu diria que é um misto de humor e medo (ainda mais lido em 2016, quando, mais do que nunca, a nossa História ameaça repetir-se reclicando eternamente nossos coronéis e suas políticas reacionárias). Humor, pois é engraçado reparar que há décadas atrás um escritor conseguiu sintetizar tanto, mas taaanto, os figurões da sociedade brasileira. E medo, pois é terrível perceber que trilhamos um caminho muito próximo ao do passado e sem muitas esperanças de fazer diferente.

É, a cidade de Antares é essa coisa que não existe em lugar nenhum mas que Veríssimo demonstra existir em cada um de nós. Basta olhar para o lado, para o vizinho, para dentro de nós mesmos; ou então para os jornais, para a TV, para a nossa timeline do Facebook. Estão lá os mesmos prefeitos, delegados, políticos, toda a mesma nata da sociedade; estão lá as mesmas ideias, os mesmos conservadorismos, a mesma desconfiança contra tudo que foge da coleira do 'bom-para-poucos'. Trocam-se as pessoas, nomes e rótulos, mas ficam-se os tipos e as suas funções.

Em Antares, os mortos voltam, jogam a podridão no ventilador, e o cheiro ruim é também o cheiro de uma brecha de verdade e, quem sabe, brecha para novos caminhos, para uma revolta aguardada desde há muito tempo. Mas aí vem a Operação Borracha, os jantares comemorativos, as festas de final de ano, o jornal que não publica o que deve ser publicado, a força 'pacificadora' da polícia... e os mortos e toda a podridão (junto das brechas de verdade e novos caminhos) ficam relegados a uma alucinação coletiva, coisas que nunca existiram, não de verdade.

Isso lá em Antares, só lá... né?
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Simone Brito 28/12/2016

Frustante
Livro: INCIDENTE EM ANTARES
Autor: Érico Veríssimo
Literatura Brasileira
Um livro bem diferente que envolve os mistérios acontecidos em uma pequena cidade brasileira, fictícia, chamada Antares durante uma greve geral ocorrida nessa localidade. A cidade torna-se um caos, o que desencadeia o tal incidente.
O livro não me agradou muito, mas não posso negar que foi muito bem escrito. Mistura, brilhantemente, momentos históricos verídicos, vivenciado pelo povo brasileiro, com fantasia. Apesar disso, minha leitura foi arrastada e o tema usado para descrever o incidente não me agradou.
No entanto, Érico Veríssimo é Érico Veríssimo, por isso, lerei outros livros seus para poder avaliar melhor.
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Ana Ponce 03/01/2017

Incidente em Antares
Oi, tudo bem com vocês??? Hoje irei compartilhar com vocês minha experiência de leitura de Incidente em Antares de Erico Veríssimo. O livro foi lançado em primeiramente em 1971, e aborda a temática do fantástico e do sobrenatural, o chamado Realismo Fantástico.
Embora a cidade seja fictícia, as críticas abordadas são feitas a uma sociedade bem real, tal como nós conhecemos. O livro é dividido em duas partes.
Na primeira parte, “Antares”, nos é contado à história de Antares, e também a do Rio Grande do Sul e do Brasil, com suas lutas e suas lendas, tudo isso através da história das duas famílias que controlam a política da cidade e a rixa entre elas, os Campolargo e os Vacariano, que começou com Anacleto Campolargo e Chico Vacariano. Existem algumas cenas repulsivas, outras apimentadas. A primeira parte nos conta também o fim dessa rixa, em face da ameaça comunista, como é conhecida na cidade a classe operária, que reivindica seus direitos.
Antares é como qualquer cidade pequena do Brasil, economia agropastoril, teve seus coronéis, que mandavam e desmadavam, nesse caso os Campolargo e Vacariano.
Na segunda parte, “O Incidente”, é narrado o "incidente" propriamente dito, que se passa no ano de 1963, ou seja, pouco tempo antes do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil, que durou quase 20 anos.
O clima político e econômico do país nessa época está muito tenso e conturbado. A inflação é “galopante”, o aumento dos preços é constante, e os trabalhadores decidem deflagrar uma greve geral, mas geral mesmo, até os coveiros entram na greve. Nesse período de greve acabam falecendo 7 pessoas, um número alto para uma cidade tão pequena, com menos de 20.000 habitantes:

- Quitéria Campolargo: a matriarca da cidade, que morreu do coração.

- Barcelona: o sapateiro anarquista, também vítima de um ataque cardíaco.

- Cícero Branco, o influente advogado vitimado por um AVC.

- João Paz, jovem pacifista que foi impiedosamente torturado até a morte pela polícia.

- Pudim de Cachaça, bêbado envenenado pela mulher.

- Menandro Olinda, o genial pianista, gravemente deprimido, que se suicidou, cortando os pulsos.

- Erotildes, prostituta, vítima de tuberculose.

Durante o cortejo de Dona Quitéria, os Campolargo são impedidos de sepultá-la, pois os coveiros, em greve, cercam o cemitério, impedindo o enterro, e desta forma, aumentam a pressão sobre os patrões, até aí beleza. Mas os mortos não sepultados, por algum motivo não explicado, levantam e vão exigir que eles sejam sepultados... Mas devido à greve isso não é possível, como forma de protesto os mortos tomam o coreto da praça e acabam revelando, então, a podridão moral da sociedade, desde casos extraconjugais a roubalheira da politica local. Como as personagens são cadáveres, estão livres das pressões sociais e podem criticar à vontade a sociedade.
Pode parecer que eu contei todo o livro... ERRADO, esse ínfimo resumo, não chega nem aos pés desse livro MARAVILHOSO, muito bem escrito, e não faz jus as incríveis críticas abordadas em suas páginas. Fica mega ultra super recomendado.
Em 1994, a Rede Globo apresentou a minissérie Incidente em Antares, adaptada por Charles Peixoto e Nelson Nadotti, e baseada no romance de Érico Veríssimo. A minissérie teve a direção de Paulo José e contou com os atores Fernanda Montenegro e Paulo Betti no elenco, entre outros, que traz apenas a segunda parte do livro, mas que ficou muito boa, recomendo.
Espero que vocês tenham gostado. Beijos e até a próxima.



site: viajandocompapeletinta.blogspot.com
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Lindsey 11/04/2017

Vamos falar de política..
Se você for um leitor desavisado e pegar esse livro pra ler baseando-se somente na sinopse, vixe, vai se sentir muito enganado. Nela diz que a história é sobre um evento ocorrido em 1963, onde defuntos se rebelam contra uma cidade que encontrava-se em greve, reivindicando o direito de serem enterrados. Pobre leitor! Até existe isso na trama, mas tá lá pro finalzinho. Só que não precisa ficar bravo, pois é um livro incrível, quase obrigatório se você for um ‘brasileiro que não desiste nunca’! Nessa história, Erico Verissimo conta através de metáforas inteligentíssimas toda a história política de nosso país, do coronelismo à ditadura. Mas não é uma daquelas histórias chatinhas que a escola quer que você decore. Verissimo conta tudo de forma irônica e contundente, através de relatos da vida do povo de uma cidadezinha do interior do Brasil chamada ‘Antares’. Agora, por que ‘Antares’? "Para mim quer dizer 'lugar onde existem muitas antas', disse Sr. Vacariano”. Poizé!
* Confira minhas outras resenhas no Instagram @livro100spoiler

site: https://www.instagram.com/livro100spoiler
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Julia 27/05/2017

Uma boa surpresa
Eu com certeza não esperava que fosse me apegar tanto à narrativa e ao enredo desse livro que, não acho palavra melhor para descrever, é simplesmente fantástico!
É claro que a primeira parte não foi muito fácil de engolir. O autor dedica praticamente metade do livro para construir uma trama sobre a cidade de Antares ? que é fictícia, seus personagens e suas respectivas personalidades. Com todo um contexto histórico e político brasileiro, essa com certeza não será a parte mais animada da sua leitura.
Quando, no entanto, fui apresentada ao "incidente" ? que dá nome à obra, a última metade me foi devorada! Surpreendente, tragicômico, satírico, crítico e algumas vezes poético, "Incidente em Antares" entrou para a lista dos meus favoritos e sem dúvida permanecerá assim por muito tempo.
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Carlos Nunes 27/08/2017

Simplesmente sensacional!
Surpreendente, bem-humorado, um livro magnífico! Apesar de um início que, à primeira vista, não tem muita importância na narrativa, mesmo sendo bastante interessante, quando terminamos a leitura, fazendo uma análise comparativa com a História do nosso país, entendemos direitinho as motivações do autor. E é aí que percebemos a magnificência dessa obra. Desde o preâmbulo (mais da metade do livro) até a resolução (aparentemente simplista) dos acontecimentos, é necessária uma leitura atenta, com muito mais nas entrelinhas do que aparenta à primeira vista. Porém, surpreendente mesmo é tentar entender como esse livro foi publicado, em plena Ditadura, sem que o autor fosse preso, exilado ou pior, morto...
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Polyana.Sousa 09/10/2017

Demais!!
Engraçadíssima exposição da hipocrisia social...livro demais!!!
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Gladston Mamede 15/01/2018

Li ainda no segundo grau (naquele tempo era segundo grau, não era médio, não). Imagine o desespero da turma, todos adolescentes, recebendo um livrão daqueles, grosso, leitura obrigatória. Então, comecei a lei: escorreguei para dentro da história apaixonadamente, impressionado, maravilhado. Agora, com 51 anos, vejo minha filha, com a mesma idade, no segundo ano do ensino médio (não é mais segundo grau) se maravilhar com o livro. Não tem preço.
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