Contos de Meigan

Contos de Meigan Roberta Spindler
Oriana Comesanha




Resenhas - Contos de Meigan


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Ju 08/09/2012

Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos
Achou a sinopse gigante? Concordo, é mesmo... rs... Mas o livro é bem maior!! O que me deixou imensamente feliz!! Ele tem 618 páginas! As folhas são mais grossas que o habitual, o que facilita bastante a leitura. Não é fã de livros gigantes? Pois só digo uma coisa: depois de ler esse livro, você tem grandes chances de se tornar um. Ele é maravilhosamente escrito e a leitura flui muito bem. Eu li em dois dias! Simplesmente não consegui largar antes de chegar ao final.

Recebi Contos de Meigan devido à parceria com as autoras, Roberta Spindler e Oriana Comesanha. E estou extremamente surpresa com ele!!! Eu sempre achei que fosse gostar (ou não teria pedido a parceria, né?), mas não pensei que fosse gostar tanto!! Os autores nacionais me encantam mais a cada dia. Foi o primeiro livro brasileiro de literatura fantástica que li e tenho que dizer que é um dos melhores do gênero, se não o melhor, que já li em toda a minha vida!! Portanto, Brenda, volto a dizer que você precisa ler urgentemente! E não só a Brenda, gente, mas todo mundo que gosta deste tipo de literatura, ou que quer se iniciar nela. Tenho certeza que vocês vão amar!

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos é o primeiro livro de uma trilogia. Quando faltavam umas 200 páginas para o livro acabar, já comecei a me desesperar porque não ia dar tempo de nada se resolver! rs... Quando faltavam duas páginas, o desespero se tornou absurdo!! E quando terminou... eu fiquei enlouquecida!!!!! Como assim o próximo livro ainda não está disponível? Eu preciso dele com urgência!

Vou tentar falar do livro, apesar de achar uma missão quase impossível!! hehe... Vamos começar pelo título: é um livro de contos? Não, não é. Começou a ser escrito com a criação de contos relacionados a Meigan pelas autoras, depois esses contos se tornaram uma coisa só e nasceu o livro. Aliás, eu admiro demais a Roberta e a Oriana por escreverem um livro juntas. Deve ser muito difícil!!

Chegamos a Meigan. O que é isso? É um mundo paralelo à Terra, formado pelos magis. Hein? Magis? Sim, magis, seres semelhantes aos humanos, mas que se relacionam com os mantares de uma forma muito próxima. Ah, o que são mantares? São elementos da natureza e, além da terra, do fogo, da água e do ar incluem coisas como o controle absoluto do corpo e do tempo. Os magis interagem com esses elementos e retiram deles sua força.

Ok, entenderam a primeira parte? Agora a segunda: A Fúria dos Cártagos. Cártagos?? Sim, cártagos. Cártagos nada mais são que magis que traíram seu povo em uma guerra que aconteceu há muito tempo, bem antes da história de Maya começar. Foram expulsos de Meigan e condenados a viver em uma outra dimensão. Bem, de alguma forma, eles conseguiram voltar e querem seu lar de volta. É aí que a história começa.


O livro conta a saga de Maya Muskaf, filha da Shyrat. A Shyrat é a principal governante do povo e, o cargo, transmitido aos descendentes. Maya, no início do livro, está voltando a Katur, a principal cidade de Meigan, disposta a retomar seu relacionamento com sua mãe e sua antiga vida.


É muito difícil MESMO falar desse livro. As autoras criaram um novo mundo, com novos termos. É um mundo fascinante, mas muito complicado de descrever em uma resenha.


A gente percebe no livro o lado publicitário da Roberta, com frases curtas, bem escritas, capítulos do tamanho certo e um jeito de narrar que prende o leitor. E percebe também o lado da psicóloga Oriana, as personagens foram muito bem trabalhadas e a gente sente que são realmente vivas. Sinceramente, acho que elas conseguiram a união perfeita, cada uma dando o seu melhor e trabalhando em equipe para gerar esse trabalho fantástico.


Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos, é um romance épico. No prólogo há a contextualização da história. Depois dele, passamos a acompanhar Maya em sua jornada. Uma jornada repleta de suspense, aventura, reviravoltas, traições, amor e amizade. Não tem como alguém não se apaixonar por essa narrativa.

Originalmente publicada em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/06/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
Lua 04/03/2013minha estante
Fantasia, mistério como eu adoro isso, aquele livro que te faze viajar, te faz se sentir parte da história hahaha bem interessante, e ele toma o bom tempo (muitas páginas) EU QUERO o/


Adriane Rod 01/04/2013minha estante
Eu sei como é difícil escrever sobre livros assim, só quem já leu entende.
Fico encantada com tanta criatividade.

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Baah 14/04/2013minha estante
que capa linda , ficou incrivel e perfeita. gostei demais de tudo na sua resenha!


Thaís 14/04/2013minha estante
A resenha simplesmente me fez apaixonar por esse livro! Ainda bem que ele tem muitas paginas pois isso faz a leitura valer a pena eu estou lendo As cronicas de Narnia (volume unico) que tem 750 paginas e estou amando (e enrolando um pouqinho pra ler kkk keria q ele durasse pra sempre)


Dani 16/04/2013minha estante
A resenha me deixou dependente literária de ler esse livro rsrs A Capa é linda e o enredo é mega épico *-*




Nat 30/07/2012

Maya Muskaf está voltando para Meigan após um longo período de ausência. Há um tempo ela e sua mãe não se falam, ambas magoadas por brigas do passado. Agora, ela está de volta, ansiosa para ver Katur, capital de Meigan, e sua mãe Liza mais uma vez. No entanto, durante a viagem, a caravana da qual faz parte encontra um dos portões no Solo Sagrado destruído e corpos por todo o lado. Um dos mortos Maya reconhece muito bem e percebe que a situação é grave: os cártagos conseguiram invadir Katur, mesmo com os guardiões lutando para impedir. No meio da luta, a garota é salva por um deles e ambos correm para a cidade, mas acabam chegando tarde demais. Com a morte de sua mãe, Maya deve assumir o cargo de Shyrat, mas não se sente preparada para isso. Na verdade, o que ela mais queria era se vingar pelo assassinato da mãe, Embarcando em uma viagem louca, ela conhece Keyth e descobre mais do que gostaria sobre o guardião que a protege.Quando finalmente se sente preparada para assumir o cargo de sua mãe, um acontecimento inesperado faz com que seu mundo vire de cabeça para baixo. Será que Maya conseguirá derrotar os cártagos e assumir seu lugar como Shyrat? E o que será dos guardiões e Seth?

Preciso falar desse livro por partes. Eu o descobri em um dos anúncios da editora Dracaena e de cara a capa me chamou a atenção. Fiquei muito mais surpresa quando vi que, além de um título nacional, as autoras eram paraenses (minhas conterrâneas!). E quando, em uma conversa pelo facebook com a Roberta, descobri que ela era fã de Tolkien, aí não teve como. Comprei em mãos com ela porque queria autografado (aliás, obrigada, Roberta, por ir me encontrar onde eu estava, já que o normal era eu ter ido onde você se encontrava. Só me arrependi de não ter tirado uma fotinho...), mas ainda demorei um pouco pra ler (a pilha de livros é grande). Comecei a ler e terminei em 3 dias. Amei a história toda. O livro contém todos os elementos que uma excelente fantasia deve ter: lugares sagrados, poderes sobrenaturais que regem o mundo, personagens enigmáticos e cativantes, dimensões paralelas, um romance proibido... Ok, essa última parte é mera suposição (que eu quero MUITO que se torne realidade). Talvez por saber que a Roberta é fã de Tolkien, eu vi muita influência do autor na história (na descrição de Anahat e Katur, por exemplo). Uma história que prende a atenção desde o início e deixa um gosto de quero mais, torna esse livro uma excelente leitura para os apaixonados por fantasia. Mil estrelinhas.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2012/07/contos-de-meigan-roberta-spindler-e.html
Rafael 19/08/2012minha estante
Excelente resenha! Também, né? O livro merece.




Lids 14/08/2012

Minhas reflexões durante e pós a leitura
Pontos positivos:

- A perceptível influência de Garth Nix (A Sétima Torre, Arquivo X) na construção do universo e na narrativa.

- A inegável criatividade das autoras ao não elaborar situações previsíveis, envolvendo o leitor na trama exatamente por não ter a mínima ideia do que pode acontecer em seguida.

- Cenas de lutas medianas, porém não desapontantes. Apenas não são marcantes; os movimentos são bem descritos (o que me faz parabenizar as escritoras mais uma vez), mas nada que faça você se impressionar realmente.

- Talvez eu esteja vendo coisas onde não têm, mas senti influências de Harry Potter quanto ao personagem Avatar, que inicialmente é tratado como um vilão em potencial, semelhante ao querido Severo Snape.

- Nenhuma cena é desnecessária, cada detalhe posto no livro é reutilizado em algum ponto; até coisas que são mal explicadas do porquê de sua existência no mundo de Meigan, mais tarde, prova-se algo útil à situação da personagem perante aos seus aliados em potencial.

Defeitos:

- O modo com que alguns elementos são introduzidos. Como disse anteriormente, de início estranhamos que algumas coisas aconteçam tão facilmente para Maya. Soa meio forçado como ela simplesmente consegue se dar bem com todo mundo; parece que todo mundo já está pré disposto a ser simpático com ela e à adorá-la instantaneamente após conhecê-la.
Fato que me lembrou o filme A Branca de Neve e o Caçador onde todo mundo acaba de conhecê-la e já quer ajudá-la. Não há muita dificuldade, afinal ela é querida por grande parte, ou pelo menos uma pessoa influente, no ambiente em que ela se encontra.

- Como disse anteriormente, cada cena é essencial para o desfecho final, assim, você acaba com a impressão de que tudo passa rápido demais, afinal tudo está conectado; uma coisa que leva a outra e a outra... Isso acontece inclusive nas relações pessoais entre os personagens.
Rafael 19/08/2012minha estante
Adorei sua resenha. Eu citaria como pontos negativos a revisão do livro. Achei muitos pontos fora do lugar e até um VIAGEM com J. Isso doi um pouco na vista de quem trabalha com a Língua Portuguesa, que é o meu caso. Acho que a ed. Dracaena deixou um pouco a desejar nesse caso.
Quanto ao seu comentário de perceptíveis influências de Arquixo X, as próprias autoras declararam em uma entrevista ao SEM CENSURA aqui da TV CULTURA de Belém que era fanáticas pela série e que começaram escrevendo episódios dela. Um abração!




Biah @garotapaidegua 22/02/2012

Fantástico!
O livro tem mais de 600 páginas e nos conta uma estória fantástica. Nesse novo mundo chamado Meigan, os magi são descendentes dos manarcus, seres poderosos que tinha domínio sobre um mantar - um elemento da natureza. Com o passar do tempo, as tribos de manarcus foram se relacionando entre si, gerando seres capazes de controlar vários mantares, mas não com a perfeição que os manarcus controlavam apenas um, e esses seres foram chamados de magi.

Maya Muskaf é uma magi , filha de Liza Muskaf, a atual shyrat - um líder-governante - de Meigan. Ela fugiu para a Terra a fim de fugir das pressões que o cargo de sua mãe exercia sobre ela e das lembranças de um infância afetada por uma misteriosa doença. Mas ao chegar a Meigan se depara com o caos: fumaça, gritos e corpos espalhados diante dos sete portões que protegem a entrada de Meigan. Mal ela sabe que está prestes a enfrentar as maiores batalhas de sua vida.

A partir de então nos vemos em meio a intrigas, conspirações rebeldes, magia e batalhas que te fazem querer pegar algum tipo de arma e defender uma causa também! Sentimos raiva de alguns personagens, pena de outros, e vontade de sacudir a Maya até entrar juízo na cabecinha dela. E rimos muito dos comentários de Keyth, o personagem mais hilário de todos!

O final do livro é muito surpreendente! Sério, eu duvido que alguém adivinhe como a jornada através de Meigan acaba. Tudo bem que eu não agüentei de curiosidade e li o final antes de terminar - NÃO façam isso! - mas mesmo quando eu voltei a ler a parte em estava não consegui parar de pensar no final. Ele estava lá, no fundo da minha mente, mesmo enquanto eu lia sobre batalhas fantásticas. E mesmo quando eu realmente cheguei ao final não fiquei menos surpresa. Só conseguiu pensar em OMGs e COMASSIMs . E estou pensando nele enquanto escrevo essa resenha.

É que ele foi muito bem escrito e serve a dois propósitos: ter uma continuação ou não. É porque o livro todo te transmite a sensação de estar lendo um conto de fadas sabe? Não pelas características da estória, mas porque tem todo aquele ar fantástico e antigo, como algo que foi repassado durante gerações. Então quando chegamos ao final temos a sensação de conto de fadas ainda mais reforçada: o que o 'Felizes Para Sempre' te diz de verdade sobre os futuros acontecimentos? Não muita coisa, certo? Mas é, de certa forma, definitivo, e te deixa especulando e imaginando e te traz uma sensação boa, tipo de 'missão cumprida', mesmo que ainda haja perguntas a serem respondidas. Uma sensação difícil de descrever. Mesmo assim eu espero uma continuação. Pra ontem!

Eu não pensei que fosse gostar tanto. Já falei diversas vezes que estórias em novos mundos me deixam com um pé atrás por causa do comum excesso de descrições. Contos de Meigan não é assim. O ambiente em que é narrada de forma clara e direta. Em nenhum momento a estória é chata ou maçante, e o que eu mais pensava é que foi necessária muita imaginação por parte das autoras. Por falar nisso, apesar de ter sido escrito por duas pessoas, em momento algum eu senti mudanças no estilo da narrativa. Realmente pareceu ter sido escrito por uma pessoa só e sua grande imaginação. Grande parceria!

É um dos melhores livros da literatura nacional que eu li até agora. Creio que os fãs de Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos vão adorar! Adorei, adorei !!! Difícil de explicar o quanto, só lendo para entender ;)

Mais resenhas em www.garotapaidegua.com
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Swan 11/05/2012

http://bempramente.blogspot.com.br/2012/05/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
Quando criança, Maya enfrentara uma grave doença. Não se lembrava de muitos detalhes, nem sequer sabia o que tivera, mas lembrava de como sentia-se fraca e dos terríveis pesadelos que a atormentavam. Após a morte de seu querido pai, Oliver Muskaf, Maya também sentia-se solitária visto que sua mãe, Lisa Muskaf, envolveu-se de corpo e alma com cargo de Shyrat, governante de Meigan, dedicando-lhe muito pouco de seu tempo.
Com o passar dos anos, Maya estava aparentemente curada de sua misteriosa doença, mas o relacionamento com sua mãe estava indo de mal a pior. Ela sabia que um dia teria que assumir o lugar de Lisa, mas repudiava essa ideia e desejava jamais ter que levar uma vida como a de sua mãe, tão atribulada, cheia de problemas e responsabilidades que nem lhe permitia dar a devida atenção a seus parentes. E, pensando nisso, Maya resolveu abandonar tudo, refugiando-se na Terra.
Passados alguns anos, ela sabia que era chegada a hora de retornar. Não podia negar que sentia saudades de Meigan, de seus amigos e, principalmente, de sua mãe. Mas o momento de sua volta não poderia ter sido pior. Num ataque cruel e sanguinário, os Cártagos destruíram os sete portões que separavam e protegiam Meigan do mundo humano, e invadiram a capital Katur. Maya não conseguira chegar a tempo de salvar sua mãe, o que a deixou, além de muito ferida, arrasada.
Confusa e com desejo de vingança pulsando em suas veias, Maya não estava preparada para ser a nova Shyrat. Julgava-se incapaz de governar tão bem quanto Lisa fizera. Tinha medo de decepcionar aqueles que depositavam sua confiança nela, mas agora já não era mais possível fugir das suas responsabilidades.
Terríveis acontecimentos põe-na na linha de fogo e Maya terá que provar a sua inocência. A verdadeira guerra aproxima-se. Será Maya capaz de evitar a destruição de seu mundo?

Minha opinião? Ao receber este livro não posso negar que me surpreendi com o tamanho, pois não esperava que fosse tão volumoso. Torci muito para gostar da estória, a fim de não atrasar a leitura, e, para a minha alegria, minha expectativa foi prontamente superada. Não canso de falar sobre como tenho sido surpreendida com o talento dos novos autores nacionais e Roberta e Oriana merecem os parabéns, pois realizaram um trabalho fantástico.
Fico encantada quando me deparo com estórias em que se cria um mundo diferente, com sua linguagem, sociedade e cultura singulares, suas próprias leis e tradições. E Contos de Meigan não me decepcionou. Adorei entrar nesse mundo novo e, junto com seus personagens, mergulhar nessa incrível aventura.
A estória realmente me cativou, não queria interromper a leitura em momento algum, nem mesmo quando o livro terminou. A narrativa em 3ª pessoa, desenvolve-se num tempo ideal - sem atropelos ou embromações, - é envolvente e nos proporciona acompanhar os passos não apenas da protagonista, como também de outros personagens importantes para o desenrolar da trama. A descrição das cenas é minuciosa, sem chegar a ser chata, e preciso ressaltar que as cenas de ação são simplesmente espetaculares.
Os diálogos são criativos e os personagens são bem definidos. Dentre eles, destaco especialmente 3 que, junto com Maya, protagonizam muitos momentos marcantes na trama:
* O guardião do sétimo portão: Um homem extremamente poderoso e cercado de mistérios, que ajuda e protege Maya inúmeras vezes;
* Keyth, O Sábio: Um homem vivido e geralmente bem humorado que guarda segredos poderosos. Ao longo da trama torna-se um amigo fiel da protagonista;
* Allan: Um garoto que, assim como Maya, passa por diversas provações e tem sua vida transformada para sempre.
É claro que há também outros personagens que são essenciais na saga de Maya, como seus melhores amigos Anya, Artur e Ayka, e seus mestres Alicia, Iash e Avatar, dentre outros. Alguns me agradaram muito, outros nem tanto e houve ainda aqueles que despertaram um pouco de antipatia, mas encaro isso de uma forma positiva, pois significa que eles conseguiram despertar minhas emoções. Isso, para mim, é um quesito fundamental para gostar de uma estória.
Numa analise mais técnica, a obra como um todo agradou-me bastante. A capa é impactante e provocativa, a diagramação é cuidadosa, os parágrafos foram distribuídos de forma ideal. O trabalho de revisão foi caprichoso, há pouquíssimos erros e estes não interferem na inteira compreensão nem na fluidez da leitura. O único real incômodo que senti foi devido ao peso, afinal livros volumosos têm essa característica mesmo, não há como evitar.
Enfim, no geral não tenho do que reclamar. Pelo contrário, só tenho a agradecer pela oportunidade que tive de deliciar-me com essa leitura esplêndida. Sem falar daquele final arrebatador, que me deixou desejando avidamente a continuação dessa estória fascinante. As minhas humildes palavras não são suficientes para traduzir a grandiosidade desta obra, mas espero sinceramente ter-lhes inspirado com o meu entusiasmo, pois um livro como este não é todo dia que se lê! Nem preciso dizer que é muito mais que recomendado, né!
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Lola 20/02/2012

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos
Você acha que o escritor de Guerra dos Tronos é o rei internacional da ficção fantástica? Então hoje venho apresentar a vocês as rainhas nacionais deste gênero: Roberta Spindler e Oriana Comesanha. Em 617 páginas de puro talento, ação, magia, batalhas, traições e mistérios elas conseguem criar com maestria um mundo novo e em nenhum momento perdem o foco. Prepare-se para noites em claro onde o Mundo de Meigan vai roubar cada porção do seu fôlego. E com certeza vai roubar também o seu coração.

Eu poderia começar essa resenha de muitas formas diferentes, mas é impossível conter minhas emoções. Por quê? Eu li um livro que me fez sentir frio na barriga, vontade de chorar, estapear a protagonista, depois abraçá-la, eu me diverti com o senso de humor de um dos personagens mais completos que já tive o prazer de conhecer, eu fiquei apreensiva com um talvez futuro triângulo amoroso e confesso, torci para que acontecesse. Eu li um livro incrível que em momento nenhum me cansou, apesar de suas 617 páginas, eu me surpreendi tanto com o desfecho final que estou anestesiada até agora. Você consegue entender o quanto eu gostei de um livro que mesmo sendo enorme, se dependesse de mim não teria fim?
Caros leitores, é assim que tento descrever um pouco das emoções que tive ao ler Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos.
Um enredo que surpreende já no prólogo que tem uma construção que eu achei perfeita. Ele funciona como uma introdução ao Mundo de Meigan, descrevendo sua criação em termos práticos, sem enrolação ou divagações desnecessárias.
A princípio você poderá estranhar os nomes que não são nada casuais, contudo isso é mero detalhe. Em algumas páginas você já se considera um habitante desse mundo fantástico e em muitos momentos se pega chamando os personagens pelos nomes e dando conselhos. Ou passando sermão. É gente, Meigan faz isso com você.
A garota Maya é a filha da atual soberana de Meigan, Liza Muskaf. Devido a relação conturbada com a mãe, ainda jovem Maya saiu de Meigan e veio viver entre os humanos. Abalada por uma estranha doença que a acometeu na infância após anos afastada de seu mundo ela engole seu orgulho e decide partir de volta para o seu mundo na próxima caravana. Mas ela não poderia ter escolhido um momento pior para retornar.
Em meio ao caos de um ataque surpresa dos violentos Cártagos, traidores dos Magis que há muito tempo foram banidos para outra dimensão, Maya se desespera ao imaginar a possibilidade de não ter a chance de encontrar sua mãe viva.
Durante sua luta para chegar ao seu destino ela ganha a proteção do Sétimo Guardião, um dos responsáveis por garantir a segurança dos portões do Solo Sagrado.
Em um enredo bastante intrincado, com inúmeros personagens bem construídos não posso deixar de destacar um: o Sábio.
Em sua fuga pela Floresta dos Condenados Maya encontra esta figura engraçada, misteriosa e muito gentil. O senso de humor dele agita boa parte do livro.

“-Nossa, eu não sei por que se preocupar tanto com isso, eu não vi nada. Ou melhor, quase nada. (...) Bom, eu vi tudo sim, mas não precisa me olhar desse jeito. Eu juro que não contarei que você está com umas gordurinhas... Ei, calma! Estou brincando!” – Capítulo 11, página 161.

A relação de amizade que surge entre Maya e o Sábio emociona. Ele apesar de idoso tem uma alma jovem, ainda que seus segredos o impeçam de se abrir totalmente com Maya.
Seth, o guardião, acompanha os dois em grande parte da jornada, e sua relação conturbada com Maya me deixa em êxtase.

“Ele deu um passo para trás, atordoado com aquela mudança de comportamento. Era tão difícil assim perceber que a única coisa que ele queria era protegê-la? Agora tinha certeza de que fora um idiota por se preocupar com aquela garota. Sem dar explicações, deu as costas para ela e voltou para a extremidade do pátio. Só queria sair dali.” – Capítulo 25, página 303.

É necessário destacar dois aspectos que saltam aos olhos durante a leitura.
Um deles é que sendo um livro escrito a quatro mãos poderiam ocorrer mudanças sutis na forma de escrita ou alterações bruscas de estilo. Isso não acontece em momento algum. Oriana e Roberta funcionam perfeitamente escrevendo juntas, formam uma dupla entrosada que não falha.
O segundo aspecto a ser apontado é que neste livro não existem páginas descartáveis. Sem enrolação nem parágrafos e mais parágrafos recheados de inutilidades. Sabe aquela velha mania que alguns autores têm de, com todo respeito, encher lingüiça? Pois é, Contos de Meigan está livre desses males.

Feitas todas essas observações só tenho uma coisa a dizer: depois de quase surtar com o final totalmente enigmático e surpreendente e de quase enlouquecer a Roberta Spindler com meus e-mails super sutis do tipo: “Fala que a continuação sai esse ano? Por favor? Pooor favoor!” ela prometeu que ela e a Oriana estão se dedicando bastante para seguir com o nível de qualidade da história e que assim que for possível a continuação estará disponível.
Leitura total e incondicionalmente recomendada. Estou roendo os dedos de ansiedade para ler o próximo volume.

Resenha originalmente postada em http://adventurerpenelope.blogspot.com/2012/02/contos-de-meigan-furia-dos-cartagos.html
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Rafaela 29/10/2012

Resenha do blog: silencioqueeutolendo.com.br
A história começa com um relato misterioso sobre um mundo intrigante chamado Meigan e guerras ocasionadas pela cobiça de seus povos pelo poder. Daí vem a minha primeira observação, as autoras capricharam muito nesse relato que é o prólogo do livro, nele estão todos os fatos históricos de Meigan, esses fatos são essenciais para entender o decorrer da história, mas confesso que fiquei um pouco cansada com tantos pequenos detalhes inclusive tive que recomeçar alguns trechos para poder acompanhar bem o raciocínio das autoras.

Depois da retrospectiva contada no prólogo, a história segue para os dias atuais na Terra, onde conheci Maya, que é natural de Meigan e se refugiou na Terra depois de ter brigado com sua mãe Liza Muskaf, a Shyrat (um tipo de governante suprema) de Meigan. Nesse momento, Maya está decidida a voltar para casa, pois está com medo de ter uma recaída de uma doença de infância e também para tentar resolver os conflitos com sua mãe. Após passar por um portal que divide a Terra de Meigan, ela percebe que terá que ser escoltada pelos guardas mandados por Liza e depois de galopes, pensamentos e nostalgia, Maya e os guardas deparam-se com uma devastação em um dos 7 portões, que até então eram impenetráveis por serem protegidos por Guardiões sinistros, habilidosos e poderosos que zelam pela paz de Katur.

Passando pelos portões de Katur e vendo toda a devastação provocada pelos Cártagos (antigos povos traidores que foram banidos de Katur), Maya começa a perceber que tudo está muito diferente dos seus tempos de menina e o caos que ela presencia faz ela se arrepender de ter ficado tanto tempo longe do seu povo e principalmente da sua mãe. A partir daí a história começa a ficar mais agitada, pois os acontecimentos que vieram juntos com a volta de Maya fazem com que ela tenha que mudar seus pensamentos e amadurecer para as novas responsabilidades. E é com personagens amorosos, astutos, mágicos e sutilmente engraçados, que as autoras vão desvendando e nos presenteando com os mistérios do Mundo de Meigan e seus povos.

No geral a história me surpreendeu de uma forma muito positiva, fui sendo conquistada aos pouquinhos e quando me dei conta já tinham se passado 617 páginas de batalhas, histórias, um romance bem encantador e um final que deixou um gostinho ansioso de “quero mais”.
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Neyara 27/07/2012

Capsula de Banca - Contos de Meigan
Lançado no finalzinho de 2011, Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos é um livro de fantasias escrito em parceria das paraenses Roberta Spindler e Oriana Comesanha e lançado pela Editora Dracaena. Conheci a obra devido o Book Tour do blog da Rapha, apesar de ter ficado um pouco receosa com a leitura, pois livros de fantasias não é o meu forte, me surpreendi muito e AMEI a leitura.

Maya Muskaf é a herdeira do governo de Meigan, depois de passar 3 anos afastada de casa devido sua misteriosa doença e suas diferenças com a Shyrat Liza, sua mãe, ela decide voltar pois está perdendo o controle de seus Mantares, porém é uma péssima hora para o seu retorno. Meigan está em guerra, os Cártagos invadiram o solo sagrado e está destruindo as cidades.

Meigan é um mundo de seres diferentes e poderosos, os Magis, que possuem controle sobre os Mantares (elementos da natureza), controle esse adquirido devido muitos estudos e determinação. Os Cártagos é um grupo de Magis traidores, que devido outras guerras foram proibidos de entrar em Meigan, banidos para uma dimensão paralela. O solo sagrado é a entrada de Meigan, formada por 7 portões, cada um com um guardião, protegido por muito mágia, que só um Magi muito poderoso para conseguir ultrapassa-lo sem permissão.

Em meio ao caos, Maya encontra sua mãe sendo assassinada por um Cártago, tomada pelo desejo de vingança, ela promete que vai até o Inferno pra conseguir vingar a morte de sua mãe, porém o que ela não lembrava é que ela mesmo teria que tomar conta do governo de Meigan, mesmo tendo passado tanto tempo fora. Tomada de medo e ódio ela se aventura na Floresta em busca do inimigo, é lá onde ela conhece o Sábio Keyth, e revê o sétimo guardião Seth e seu apoc Kaos.

Uma trama cheia de intrigas, ódio, traição e poder, Contos de Meigan é um livro espetacular, com leitura fácil e envolvente, que te deixa extasiado com cada palavra, cada passo. Não é só uma história sangrenta, mas uma história de garra, de aprendizado, que demostra que você só consegue as coisas se você correr atrás, se você estudar, se você lutar, se não desistir dos seus ideais. É um livro sobre disciplina, sobre leis, sobre tradições, sobre perfeição, sobre a vida.

Em um ambiente medieval, cheio de magia e muito mistério Meigan me conquistou, perdi o fôlego com algumas cenas e desejei ter um amigo como o sábio Keyth, com suas piadas e sua espiritualidade. Além de ter uma capa linda ilustrada por César Oliveira. Super recomendo essa leitura apaixonante que em breve terá continuação. Ansiosa por mais aventuras e mistérios da Maya, Keyth, Seth e Kaos. *.*

http://capsuladebanca.blogspot.com.br
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@apilhadathay 18/02/2012

*.*
Este é o momento em que você diz: "É por isso que eu amo o que faço". Talvez a minha resenha nunca chegue ao patamar do livro que acabei de ler, mas como dizem que "menos é mais", vou tentar resumir minha opinião da melhor forma.


"- Você está na Sala dos Livros há quase dois dias - Avatar comentou com fingido desinteresse - Um Sábio não deveria precisar de tanta leitura.
- É claro que deveria - Keyth respondeu na mesma hora - Afinal, a sabedoria não se ganha de presente..."

A ausência do número da página foi proposital. O desfecho deste diálogo eu deixo para vocês conferirem na leitura, porque Keyth é um personagem espetacular, especialmente quando se trata de Maya e de Avatar.

CONTOS DE MEIGAN é épico: o melhor livro de LitFan nacional e mesmo da estrangeira que li desde O Senhor dos Anéis, até hoje. Com muitas influências importantes, como do próprio J.R.R. Tolkien, C. S. Lewis, de George R.R. Martin - e arrisco dizer que também da própria J.K. Rowling, de Riordan e de Victor Hugo - entre os que identifiquei, não posso deixar de mencionar que é uma história original, cativante e arrebatadora. Esta é a narração de duas brasileiras, paraenses de Belém, que passei a admirar profundamente a partir do fim da leitura deste livro, como grande fã da ficção e da fantasia, que sou.

"Maya suspirou, fitando o céu. Não sabia mais o que pensar. Ela se sentiu extremamente cansada, como se carregasse o peso de todo o mundo em suas costas. Sorriu desmotivada. Pensou que só uma Shyrat tivesse que lidar com tanta responsabilidade, mas estava enganada... Já era hora de trilhar o caminho de sua mãe." (P. 290)

Dor, família, guerra, paixão e amor; disciplina, ordem e hierarquia; o treino pela perfeição; um ambiente medieval com o toque da magia tradicional e do mistério; o dinamismo de uma linguagem acessível, mesmo quando formal; o mistério dos guardiões mascarados, um toque de suspense e toda a filosofia envolvida com sua condição. CONTOS DE MEIGAN é um livro de movimento, cujas páginas vibram nas mãos da gente junto com a leitura. A nossa sensação é a de estarmos correndo, mesmo sentados.

Os personagens são simples, mesmo que tenham poderes além dos humanos. Eles são verdadeiros e apaixonados, especialmente Maya, que é uma Grande protagonista, uma líder nata que só precisa aprender um pouco mais; e Keyth, meu personagem favorito: inteligente, engraçado, espirituoso e amável. Suas melhores tiradas eu não posso relatar aqui, porque elas merecem ser lidas no contexto. Seth e Sebastian exercem um outro tipo de atração nas leitoras, mas senti que poderiam ter sido um pouco mais explorados no sentido de relacionamentos - embora entenda bem as razões de cada um para agirem assim. Já Allan, para mim, representa um big ponto de interrogação. Preciso ler mais!

O livro conta uma história séria sobre invasão e vingança, jogos de poder e traição, mas não deixa de ter seus deliciosos momentos de diversão, como tudo na vida. Especialmente com relação a Keyth - que deve ser uma pessoa maravilhosa de conviver!

"Viu sem reação um braço masculino afastar as colchas.
- Sebastian, eu realmente não sei o que dizer... - ela começou com a voz relutante.
- Que tal não dizer nada? Minha cabeça está estourando.
Aquela voz rouca, aquele tom tão conhecido. Maya franziu o cenho e teve certeza de que havia perdido completament o juízo.
Ou então o mundo só podia ter virado de ponta-cabeça.
- Eerrr... Keyth?
O Sábio, com os cabelos completamente arrepiados e a barba embaraçada até a raiz, fitou-a com seus olhos semiabertos." (P. 506)

O livro trata de forma interessante a questão das diferenças sociais: posição não é tudo, mas o respeito à hierarquia e/ou às leis é importante- especialmente quando se trata dos Guardiões dos Sete Portões. Existe um belo "duelo" entre o certo e o errado, e a quem devemos obediência: às regras ou ao bom senso? Há questões sociais, filosóficas e políticas que foram abordadas de forma leve, acessível e dinâmica. A riqueza do movimento está nos ótimos diálogos e no texto, em si, que voa em nossas mãos. Ainda levei muito tempo para ler o livro, 7 dias! Se não fossem o trabalho e os estudos, certamente teria terminado antes. Eu me peguei pensando que essa história renderia um jogo muito, MUITO legal: de RPG, de tabuleiro ou no formato virtual.

O único ponto que eu preciso mencionar é a revisão, que poderia ter sido mais generosa. No início do livro, não vemos muito isso, mas no decorrer do texto, há várias crases que não deveriam existir e pontos finais de menos, o que ligava frases que deveriam estar separadas. Nada que atrapalhe a leitura, no entanto.

É a única observação que faço, porque amei o livro. Como eu já mencionei antes, ele é bárbaro, muito mais do que eu já esperava dele: uma ótima história que une portais dimensionais (já me apaixonei aí), elementos medievais, conflitos, liderança, e ao mesmo tempo diversão, juventude e amadurecimento. Não deixemos de fora o amor, mesmo que haja cenas de ação e terror de arrepiar os cabelos e nos fazer pular. Os públicos jovem e adulto, feminino e masculino vão adorar, porque ele une ação e amor sem ser exageros, tudo na medida. Ah, e esperem reviravoltas já no início: Amo!

"Percebendo que ela havia despertado, Sebastian quebrou o beijo. Encarou-a com um olhar arrebatador. Atordoada, Maya demorou a conseguir formular algum pensamento coerente. Suas pernas tremiam tanto que não sabia como ainda conseguia ficar de pé. Não havia sido apenas um beijo. Ainda sentia o calor do fogo em seu interior, arrepios tomavam seu corpo sem aviso. Perguntou-se mentalmente se beijar um magi de fogo seria sempre assim. Como podia ter esquecido da noite anterior?" (P. 510)

A capa, de César Oliveira, ficou um espetáculo, e o final do livro me deixou refletindo sobre ela. As ilustrações do João são um charme a mais e dão vida aos personagens, inclusive os apocs (podemos sonhar com um Apoc só nosso? *.*)

Acho que tudo isso vai girar para um mistério interessante e um desfecho ainda melhor! Só tenho a agradecer a Roberta e Oriana pela oportunidade de encontrar um livro maravilhoso, vivo e que já tem lugar certo no nosso Top Nacional 2012 o//

Ansiosíssima pelo segundo livro da saga!

Recomendo!

No Canto e Conto:
http://canto-e-conto.blogspot.com/2012/02/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
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Marcelo 07/06/2014

Relato dinâmico e atraente
Curti pacas Contos de Meigan. Relato dinâmico e trama atraente, mesmo para quem não possui costume de ler fantasias. Autora possui habilidade para relatar batalhas e escolher nomes para personagens. Vou me juntar ao clube daqueles que estão aguardando parte II.
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danilo_barbosa 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Veja mais resenhas minhas no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.com.br

Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

É a esse mundo que pertence nossa heroína, Maya Muskaf. Filha da regente de Meigan, ela foge de qualquer tipo de compromisso com o reino, infiltrada em meio aos humanos, conhecendo seus costumes e histórias - apesar de nós não nos lembrarmos deles, eles tem livre acesso ao nosso mundo.

Mas o dever a a chama e ela decide voltar a Meigan.

Lá chegando, ela encontra o Caos. Os Cártagos conseguiram atravessar a mágica das fronteiras de Meigan e destruir os seus portões. Em um momento trágico, Maya vê sua mãe ser estuprada e morta pelos inimigos. Perdida e desamparada, uma estranha em seu próprio lar, Maya não sabe em quem confiar. Afinal, quem havia facilitado a entrada dos Cártagos? Quem planejava a destruição de seu mundo?
Guerra, vingança, sangue e magia marcarão o caminho de Maya em busca do seu amadurecimento. E o amor também, em um rosto escondido por trás de uma máscara...

Gente, a escrita dessas meninas só tem uma definição - Poderosa! Elas sabem prender a atenção do leitor com suas cenas de ação desenfreada. A gente não consegue tomar fôlego em meio as reviravoltas que Maya e seus companheiros passam durante o decorrer da trama. Toda o desenrolar é pungente, tenso, cheio de nuances e complexidades.

No seu enredo fantástico se mesclam preconceitos, amores e muita batalhas, numa época onde ninguém é de confiança e muitas são as surpresas. Em certos momentos, o livro consegue criar um clima parecido com o conceituado A guerra dos tronos, onde nada é o que parece ser. Isso acaba resultando em uma simpatia imediata de nossa parte por cada um dos personagens e a maneira como eles crescem durante a trama.

Meu personagem predileto, sem sombra de dúvidas é Seth, o guardião. Com um jeito que pode parecer meio turrão, sua imagem oscila entre leveza e a tristeza dos deveres que foram impostos em toda sua vida.

"Que tipo de pessoas os guardiões estariam protegendo por tantos anos? Pessoas que atiravam comidas e objetos em prisioneiros, que tratavam com crueldade a quem deviam respeito? Esse tipo de gente merecia sua proteção e lealdade?
Não conseguindo mais se controlar, Seth socou as paredes à sua volta. Não sabia muito bem quando, mas em algum momento, desaprendera a ser guardião."

O único defeito, na minha opinião, é o final em suspenso, depois da epopéia de ler o livro todo. Mas já fiquei sabendo que outro livro com a conclusão dessa saga será lançado em breve.
Resta aos leitores aguardarem com ansiedade tão esperada conclusão. Enquanto isso não acontece, leiam este livro. E se apaixonem com um mundo tão diferente e, ao mesmo tempo, tão parecido com o nosso.
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Thiago Rapsys 05/05/2012

[Resenha] Contos de Meigan - A fúria dos cártagos
É uma tarefa difícil fazer a resenha desse livro. É trabalhoso escrever sem causar spoiler, juntar partes para tornar a minha resenha compreensível e coerente e separar as (pouquíssimas) partes desinteressantes.

A história é verdadeiramente vibrante e intensa, num ritmo frenético. Quando você se dá conta, a história que estava muito calma, de repente muda totalmente! Aquilo que você estava imaginando ser, se transforma em tudo que você não pensou que aconteceria. Imprevisível assim.

Os personagens são únicos. Nenhum, pelo que consegui absorver do livro, é parecido com o outro (nem características e nem mesmo comportamentos - salve os Guardiões*, pois estes seguem regras rigosas de comportamento).

Maya Muscaf é uma nativa do mundo de Meigan*. Após passar um tempo na Terra, ela volta para o seu mundo através de uma caravana e um portal. Quando chega a Meigan, o pior e inimaginável acontece: a caminho de Katur*, descobre um cártago* morto. Esta notícia é absolutamente nada auspiciosa.
Os cártagos, até então, foram aprosionados em outra dimensão, porém conseguiram fugir e querem vingança.

A partir daí vem uma avalanche de informações, revelações, dúvidas, poderes, ensinamentos, escrituras, sangue, guerras, perseguições, e... só lendo para saber quantos outros tantos fatos intrínsecos do livro.
Maya, sendo descendente de shyrats*, necessita ficar no lugar de sua mãe, morta durante o ataque dos cártagos. Porém Maya não se acha na qualidade de tal poder e aceita ficar (aproximadamente) dois meses para ponderar e decidir se vai governar ou não Meigan.
Entre decidir ou não ser uma shyrat, muita coisa - eu disse MUITA coisa - acontece.

Os cártagos gritaram, comemorando a façanha, e iniciou-se então uma carreria desenfreada. Um grande grupo sobre aqueles que protegiam os destroços, encurralando-os e deixando o caminho livre para o restante do exército negro. Não havia mais como impedir que chegassem a Katur. A invasão era inevitável.
Os contos de Meigan | A fúria dos cártagos


Antes que pergunte o que palavriado é esse que usei na resenha, deixo aqui os significados:

* Mantares: são os poderes que os magis possuem. Variam entre água, terra, ar, fogo, sombras, tempo, etc.
* Meigan: um mundo diferente do nosso. Habital nele os magis.
* Magis: seres com características humanas, porém dotadas de poderes (os mantares).
* Shyrat: é o governante de Meigan. Com fortes poderes militares. Controla todos os mantares para ser melhor em combate.
* Katur: capital de Meigan.
* Guardiões: há sete Guardiões para guardar sete Portões. Estes Portões protegem o solo sagrado de Meigan.
* Cártago: traidores de Meigan. Seres dotados de pensamentos maus e vingativos.

Como você pôde ver, tudo tem um nome diferente e específico - e isto é uma das coisas que prezo num livro: originalidade.

O foco narrativo é em terceira pessoa. A introdução é um documento escrito há muito, muito tempo antes da Maya. A diagramação é ótima e revisão, excelente. A capa e o tamanho são as coisas que eu mais admiro de tudo. Livro recomendadíssimo!

Leia mais: www.ecolivros.com.br
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Literatura 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/wfSqkq
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Matheus Braga 01/04/2012

Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos - Roberta Spindler e Oriana Comesanha
Olá queridos leitores, tudo bem?

Se vocês, assim como eu, estão cansados daqueles YA que são "muito mais do mesmo", sempre envolvendo triângulos amorosos e vampiros que brilham no escuro. Este é o livro que eu recomendo. Diferente de tudo o que eu vi atualmente no mercado, Roberta e Oriana possuem todos os requisitos para se tornarem autoras BestSellers e Contos de Meigan é a prova disso.

APESAR DO NOME, ESTE NÃO É UM LIVRO DE CONTOS!!!

Antes de contar um pouco sobre a história e sobre como foi minha experiência de leitura, temos que fazer algumas definições já que as autoras criaram seres e lugares específicos para este livro.

Magis: Seres que fisicamente se assemelham a humanos. A diferença consta em que, os magis, podem dominar alguns elementos como fogo, água, ar, terra, sombras, tempo e a própria forma.

Cártagos: São magis que traíram sua própria raça e filiaram-se a humanos na tentativa de dominar Meigan.

Meigan: Dimensão habitada pelos magis. No passado, a linha que separava o mundo humano do mundo magi era muito tênue. Contudo, após a rebelião, sete magis, cada um dominava um elemento em sua plenitude, juntaram-se para criar o Inarion, uma espécie de barreira que separa os dois mundos e que é guarnecida por 7 portões e guardiões.

Katur: Cidade principal de Meigan (é como uma capital).

Shyrat: Governante.

Mantares: São os elementos que os magis podem dominar.

O livro começa com Maya Muskaf, filha da atual Shyrat, voltando de sua estadia na Terra. Ao retornar, Maya se vê no meio de uma invasão Cártaga e é salva pelo Guardião do sétimo portão que separa Meigan do mundo humano. Posteriormente, ao retornar para katur, Maya percebe que sua cidade natal também estava em estado de alerta e que vários Cártagos havia adentrado seus portões. Ao correr para casa, Maya presencia o assassinato de sua mãe, e, consequentemente, ela deve assumir o posto de Shyrat para manter a ordem em seu mundo. Só que ela não o fará até obter sua vingança.


"A cidade estava inquieta naquela noite. Nas docas, nenhum homem bêbado ficou pelas ruas e nenhuma mulher saiu para trabalhar. Todos foram retirados antes da abertura dos portais para a batalha."
Pág. 607

Como foi dito no Estante do Leitor, este livro foi uma deliciosa surpresa. Quando olhamos para um livro nacional já temos um certo preconceito e, quando este livro possui mais de 500 páginas, já pensamos: "Aposto que só tem enrolação!!". Me enganei completamente.

O livro é bem escrito e possui doses certas de descrição, ação e aventura. Temos presente também uma boa porcentagem de politica, mas este não é o foco central do livro. Os diálogos são bem construídos e os personagens são cativantes (com exceção de Allan ¬¬).

A história criada por Roberta Spindler e Oriana Comesanha é algo épico e, ouso dizer, em certo aspectos se equipara aos livros de Patrick Ruthffus (autor de um dos melhores livros da última década). Recomendo este livro para todos que desejam se perder em uma aventura envolvendo muita magia e seres fantásticos. Aproveito a oportunidade para dizer que um Apoc está em primeiro da minha Wish List. #Fikdik ^_^
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juliana 08/06/2012

Depois de ouvir as inúmeras críticas positivas que meus companheiros do PA Book Club teceram a Contos de Meigan e de ler inúmeras resenhas elogiando o livro, vocês podem imaginar a minha animação quando comprei meu exemplar e AUTOGRAFADO *-*

Meigan é um mundo paralelo a Terra, habitado pela raça magi (seres capazes de manipular elementos – os mantares - como terra, fogo e água) e outras criaturas diferentes. Meigan é rodeada por um Solo Sagrado, no qual nenhum magi ou cártago (traidor da raça magi) pode manipular seus mantares; este solo é protegido por sete portões, cada um vigiado por um Guardião. Os Guardiões são seres com habilidades mais evoluídas que os magis, no que diz respeito à força física e manipulação dos mantares, eles usam máscaras e seu padrão de comportamento segue, rigorosamente, às antigas leis e Meigan. Quanto á organização política, Meigan é governada pela Shyrat, que exerce suas funções com o auxílio de um Conselho, formado pelos magis mais habilidosos.

A estória de “Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos” começa quando a jovem magi Maya Muskaf, após passar alguns anos vivendo na Terra, retorna para Meigan e encontra seu mundo em um estado de calamidade, resultado da invasão dos cártagos. A capital Katur está um verdadeiro cenário de destruição e a moça logo tem de lidar com situações difíceis. A partir daí, segue uma série de acontecimentos que buscarão responder alguns questionamentos: como os Cártagos conseguiram invadir Meigan? Tiveram ajuda de alguém que deveria estar do lado de Maya? E o que Maya, futura Shyrat de seu povo, poderá fazer para vencer os cártagos e todas as conspirações que a cercam?

Tenho que fazer coro aos elogios que o livro tem recebido. Contos de Meigan é uma leitura esplêndida! Começar a ler esse livro é embarcar em uma sucessão de acontecimentos eletrizantes! Por isso, quando o clima no livro “esfriar”, aproveite pra respirar, tomar um copo de água e tals, porque depois vem mais e você simplesmente não quer largar o livro (papo sério)!

O mundo criado pelas autoras é bem original, mas sem exageros e sem passar uma imagem forçada. Todo o “fantástico” do livro pareceu ser bem dosado para não prejudicar a trama em si (os dramas dos personagens, os mistérios e afins). Os personagens foram bem construídos e uns me surpreenderam bastante! Falando em personagens, o que dizer deles?

Convenhamos que a Maya é insuportável no começo do livro, suas ações impulsivas mais atrapalhavam do que qualquer outra coisa. Eu entendo que ela estava movida por ódio e dor, mas teve momentos que eu não pude deixar de fazer You don’t say face pra ela. MAAAAS, até que em um dado momento ela começa a pensar racionalmente e para de fazer tantas besteiras. Gostei da evolução da personagem, achei que ela teve muita coragem para fazer certas coisas, considerando a idade dela e as perdas que sofreu. Além disso, Maya não é uma magi qualquer, ela tem alguns “poderes” que nem mesmo ela sabe que tem (mas que foram percebidos pelo sábio Keyth) que não foram muito bem explicados no volume um de Contos de Meigan, ou seja, haja dúvidas esperando para serem esclarecidas no segundo livro!

O Guardião do sétimo portão, Seth, é um personagem bem complexo. Ele se vê jogado em situações que colocam em cheque a função de guardião, o conflito pessoal desse personagem é bem evidente e, por mais que a gente torça pra ele seguir Maya e Keith em seus planos, não dá pra não sentir uma certa angústia em vê-lo ter que tomar decisões difíceis. Espero saber mais sobre a estória do Seth no volume dois de Contos de Meigan, pra mim ele ainda tem muitos mistérios a serem desvendados!

E Keyth? Ah Keyth! O sábio mais engraçado que já ‘conheci’ xD As partes mais divertidas do livro se devem a esse personagem, com certeza!! Um verdadeiro poço de senso de humor (ou não /brincadeira)! Acho que Keyth e Maya formam uma dupla e tanto! O conhecimento dele é de suma importância para ajudar jovem a desvendar seus poderes, torço para esses personagens continuarem juntos no próximo livro!

Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Allan, sério... ele sofreu uma mudança drástica!! Eu realmente não esperava que ele se tornasse o que se tornou e acho que foi um dos pontos mais originais do livro! Sinto que ele ainda vai me trazer muitas surpresas (aliás, não só ele, mas Joen e Isabel também).

O livro termina em um momento altamente eletrizante!! Sério, você está lá no calor da leitura e começa a perceber que o número de páginas não será suficiente para dar um ‘desfecho’ àquela situação e então... bate o desespero. Resultado, PRECISO do próximo livro pra ontem!!
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