Contos de Meigan

Contos de Meigan Roberta Spindler
Oriana Comesanha




Resenhas - Contos de Meigan


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Paulo Cezar 02/06/2012

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos
Disponível também no blog Fun's Hunter (www.funshunter.com)

Após três anos vivendo na Terra, Maya Muskaf irá retornar para Meigan e, finalmente irá rever sua mãe, a Shyrat Lisa Muskaf. Ir para a Terra foi a forma que Maya encontrou para fugir das constantes brigas com sua mãe.
A hora escolhida para voltar não foi uma boa escolha, Meigan está sendo invadida pelos Cártagos (magis traidores que foram exilados) que estavam destruindo os 7 portões de defesa. Nem mesmo os guardiões dos portões puderam impedir a invasão.
Com a ajuda do guardião do sétimo portão, Maya consegue chegar a Katur - capital de Meigan e local onde está sua mãe - e fica totalmente chocada ao contatar que a invasão da capital já ocorreu. Juntos eles vão a procura da Shyrat. Chegam tarde. Dois cártagos chegaram primeiro e Lisa não aguentou a tortura.

Isso é apenas o início dessa maravilhosa história. Maya, consumida pelo desejo de vingança, terá atos totalmente impensados.




Conheça os 7 guardiões -> http://migre.me/9kN8U

Cada guardião é responsável pelo seu portão. Os portões foram criados quando os humanos descobriram e começaram a entrar nos domínios de Meigan. Para separar Meigan da terra, 7 grandes magis, cada um dominando um elemento, criaram a barreira Inarion e, junto com a barreira apareceram os portões e seus guardiões. Cada guardião conta com o apoio de um apoc (criatura voadora, temida pelos magis).




Logo que o livro chegou, me surpreendi com a capa. Temos a ilustração de um guardião e também do elemento fogo (os magis são capazes de controlar os elementos, que não são apenas 4 =D) que, combinados, deixou a capa bem chamativa e misteriosa.
Acho que muitos leitores podem se assustar com a quantidade de páginas do livro. Eu fui um deles. Imaginei que encontraria muita enrolação na história pela quantia, que imaginei, exagerada.
Estava completamente enganado, a história criada pelas autoras, além de criativa, é surpreendente, mesmo utilizando como um dos assuntos, algo que já vimos em outras histórias - os elementos - o livro é excelente. Não se compara a qualquer outra história que eu já li. Se tornou o primeiro da minha lista de favoritos.

O livro é repleto de aventuras, magia e ação. Roberta e Oriana acertaram em cheio quando escreveram a história.
Durante a leitura, sem perceber, estava imaginando um filme. Isso mesmo, um filme. Por ter visto o booktrailer e as ilustrações divulgadas, não foi difícil. O livro é, com certeza, digno de um filme.
A minha leitura foi um pouco demorada, conseguia ler poucas páginas por dia devido ao trabalho e ao aniversário do blog. Agora que as coisas se acalmaram, consegui colocar a leitura em dia.
Ao desenrolar da história não queria parar de ler, queria descobrir qual o rumo a futura Shyrat iria tomar. Maya pode agir por impulso, mas além de esperta, é muito poderosa.

Maya ocupará o cargo de Shyrat? Que mistérios a invasão dos cártagos esconde? Quem foi o responsável pela invasão?
Curiosos? Muita coisa acontece com a história. Reviravoltas que te deixarão apreensivos e de boca aberta.

O livro está recomendadíssimo hunters. Vocês não se arrependerão e conhecerão uma história fantástica, surpreendente e única. Não se assustem com a quantidade de páginas. Quando perceberem já estarão terminando a leitura. Uma leitura prazerosa...
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Biah @garotapaidegua 22/02/2012

Fantástico!
O livro tem mais de 600 páginas e nos conta uma estória fantástica. Nesse novo mundo chamado Meigan, os magi são descendentes dos manarcus, seres poderosos que tinha domínio sobre um mantar - um elemento da natureza. Com o passar do tempo, as tribos de manarcus foram se relacionando entre si, gerando seres capazes de controlar vários mantares, mas não com a perfeição que os manarcus controlavam apenas um, e esses seres foram chamados de magi.

Maya Muskaf é uma magi , filha de Liza Muskaf, a atual shyrat - um líder-governante - de Meigan. Ela fugiu para a Terra a fim de fugir das pressões que o cargo de sua mãe exercia sobre ela e das lembranças de um infância afetada por uma misteriosa doença. Mas ao chegar a Meigan se depara com o caos: fumaça, gritos e corpos espalhados diante dos sete portões que protegem a entrada de Meigan. Mal ela sabe que está prestes a enfrentar as maiores batalhas de sua vida.

A partir de então nos vemos em meio a intrigas, conspirações rebeldes, magia e batalhas que te fazem querer pegar algum tipo de arma e defender uma causa também! Sentimos raiva de alguns personagens, pena de outros, e vontade de sacudir a Maya até entrar juízo na cabecinha dela. E rimos muito dos comentários de Keyth, o personagem mais hilário de todos!

O final do livro é muito surpreendente! Sério, eu duvido que alguém adivinhe como a jornada através de Meigan acaba. Tudo bem que eu não agüentei de curiosidade e li o final antes de terminar - NÃO façam isso! - mas mesmo quando eu voltei a ler a parte em estava não consegui parar de pensar no final. Ele estava lá, no fundo da minha mente, mesmo enquanto eu lia sobre batalhas fantásticas. E mesmo quando eu realmente cheguei ao final não fiquei menos surpresa. Só conseguiu pensar em OMGs e COMASSIMs . E estou pensando nele enquanto escrevo essa resenha.

É que ele foi muito bem escrito e serve a dois propósitos: ter uma continuação ou não. É porque o livro todo te transmite a sensação de estar lendo um conto de fadas sabe? Não pelas características da estória, mas porque tem todo aquele ar fantástico e antigo, como algo que foi repassado durante gerações. Então quando chegamos ao final temos a sensação de conto de fadas ainda mais reforçada: o que o 'Felizes Para Sempre' te diz de verdade sobre os futuros acontecimentos? Não muita coisa, certo? Mas é, de certa forma, definitivo, e te deixa especulando e imaginando e te traz uma sensação boa, tipo de 'missão cumprida', mesmo que ainda haja perguntas a serem respondidas. Uma sensação difícil de descrever. Mesmo assim eu espero uma continuação. Pra ontem!

Eu não pensei que fosse gostar tanto. Já falei diversas vezes que estórias em novos mundos me deixam com um pé atrás por causa do comum excesso de descrições. Contos de Meigan não é assim. O ambiente em que é narrada de forma clara e direta. Em nenhum momento a estória é chata ou maçante, e o que eu mais pensava é que foi necessária muita imaginação por parte das autoras. Por falar nisso, apesar de ter sido escrito por duas pessoas, em momento algum eu senti mudanças no estilo da narrativa. Realmente pareceu ter sido escrito por uma pessoa só e sua grande imaginação. Grande parceria!

É um dos melhores livros da literatura nacional que eu li até agora. Creio que os fãs de Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos vão adorar! Adorei, adorei !!! Difícil de explicar o quanto, só lendo para entender ;)

Mais resenhas em www.garotapaidegua.com
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Giselle Trindade 05/03/2012

Um ótimo exemplo da Literatura Fantástica Brasileira
Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi. Para tanto, deve-se, primeiramente, entender que tudo faz parte da mesma manifestação natural e que toda matéria e energia estão inseridas em um processo dinâmico e universal. Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Estava preocupada, pois algo afetava seu controle sobre os mantares, talvez algum resquício da misteriosa doença que a debilitou durante a infância. Com medo de estar novamente doente e para conseguir respostas, decidiu deixar de lado as diferenças com sua mãe, a principal governante do mundo magi. Voltaria a Katur, capital de Meigan, e pediria perdão por todas as brigas passadas. Assim, abandonou sua vida terrena e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. No caminho de volta, os soldados que a escoltavam acabaram encontrando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela. As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que a garota e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir responder as perguntas que tanto lhe afligem. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe?

Eu quis ler esse livro desde que fiquei sabendo do lançamento através da Editora Dracaena, muito obrigado a Roberta por ter me enviado um exemplar. Esse é um excelente exemplo de Literatura Fantástica Brasileira que vale a pena ser lido, eu adorei a história, e apesar de ser bem Grande, a leitura de forma alguma se torna cansativa ou maçante, é bem leve e agradável e as páginas passam bem rápido, mal percebemos e quando chega ao fim deixa aquele gostinho de quero mais.

Meigan é um Mundo Fantástico, onde os habitantes possuem poderes de controlar a Natureza. No Livro acompanhamos a história de Maya, que viveu bastante tempo na Terra e agora decidiu a Meigan para tentar se entender com sua Mãe, que é a Governante. Mas ao chegar ela a encontra à beira da Morte e se vê tendo que assumir a responsabilidade do Cargo da Mãe, que é passado pela Hereditariedade. E descobre que sua Mãe foi atacada pelos temidos Cártagos.

O Livro é Maravilhoso, eu super Recomendo, sem sombra de dúvida!!! Parabéns às Autoras e que venha logo a continuação!!!!

Beijos
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Barbara Sant 16/06/2012

Terça Sobrenatural #27 - Roberta Spindler e Oriana Comesanha - Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos
Oie Gente,

Bom, eu confesso que eu não sabia como começar essa resenha.
Pensei, pensei e nada do que eu escrevia parecia estar a altura da aventura que foi ler o primeiro livro da trilogia "Contos de Meigan" e nem representavam uma mínima parte do que foi a ansiedade de lê-lo.
Primeiro fiquei ansiosa porque o livro era enorme e eu não queria ler aos pedaços, o que atrapalharia a leitura. Levei uns dois meses para conseguir uma folga e ler ele com tranquilidade.

O outro grande motivo da ansiedade é conhecer a autora. E é um conhecer do tipo todo sábado/domingo estamos papeando na Saraiva. rs
Admito, vai... deu aquele medinho básico antes de começar a ler e aqueles fantasmas pairando na cabeça: "ih meu pai, e se eu não gostar?" "E se achar ruim?" E se isso... e se aquilo...
Vocês sabem como é, né?
Então quando surgiu aquela folguinha, respirei fundo e fui ler.

E, gente, foi uma viagem maravilhosa!

Ao contrário do que o título sugere, Contos de Meigan não é um livro de contos e nem Meigan é uma pessoa.
Meigan é um lugar, uma dimensão paralela à Terra, onde a magia é a regra e guerras terríveis definiram a sociedade atual.
É bem complicado explicar o início do livro, já que são muitos detalhes e seria preciso uma resenha inteirinha só para explicar as o que e como é Meigan.
Mas aqui você consegue ler o prólogo, que explica muito bem tudo isso.

Eu já resenhei fantasia infanto-juvenil de todo tipo aqui no blog, mas esse é o primeiro livro de fantasia adulta, que não é um romance, que eu resenho.
Então perdoem a resenha enorme, mas desde Senhor dos Anéis esse tipo de fantasia não me empolgava tanto.

Acho que todo mundo aqui viu ou ler Senhor dos Anéis e sabem o quanto a estória é diferente de tudo o que veio antes dela. Explicar Meigan seria como explicar SDA para alguém que nunca ouviu falar de hobites: um trabalhão. E com Meigan é a mesma coisa.
Apesar das pessoas parecerem com humanos os poderes que cada uma tem e as particularidades de cada poder e da estrutura política de Meigan são tão diferentes que é impossível dizer que se parece com qualquer outra coisa.
Vou tentar só dar as indicações básicas dos acontecimentos, para vocês entenderem mais ou menos o que vou comentar.

"A Fúria dos Cártagos", primeiro livro da trilogia "Contos de Meigan" começa com o retorno da Maya para Meigan no exato momento do início de outra guerra contra os Cártagos.
Ela é filha da Shyrat, que é a governante de Meigan, e fugiu para a Terra depois de muitas brigas com a mãe.
No início do livro eu realmente detestei a Maya.
Ela é cabeça-dura, teimosa e orgulhosa demais pro próprio bem, caracterizando muito bem uma pessoa que resolve fugir de casa só porque não consegue se entender com a mãe.
Achei que fosse entrar para o time das que detestam ela, mas no decorrer do livro você percebe que ela vai mudando, que deixa de ser tão egoísta e que começa a entender que nem tudo gira do redor dela.
Quando ela chega em Meigan, ainda em um estilo aborrecente de ser, se depara com seu mundo de pernas pro ar, uma guerra que nenhum magi tem esperança de ganhar sozinho e muitas, muitas dificuldades.

Além da Maya, a estória do primeiro livro nos apresenta os misteriosos e temíveis Guardiões. Todos em Meigan tem pavor deles e ninguém sabe explicar exatamente porque.
E isso tinha tudo para continuar exatamente assim, não fosse o encontro da Maya com o Guardião do 7º Portão. eu quero um pra mim, eu quero um pra mim!
Aí quando ela aparece na vida dele tudo, tudinho mesmo, vira de pernas pro ar.

Vocês não tem ideia de como está sendo difícil não falar de todos os personagens, mas isso faria dessa resenha um livro e aí ia estragar a graça, né? [risos]
Só vou dizer mais uma coisa sobre eles: vão fazer você sofrer. Muito.
Você vai adorar alguns, ficar torcendo por eles e, de repente, você percebe que eles não são nada do que você imaginava. Ou, pior ainda, vemos aquele personagem que adoramos serem arrebatados pelo outro lado e... errr... melhor parar, né? rs

Quando eu comecei a leitura e vi que não tinha um glossário pensei seriamente em ficar desesperada. Fiquei me imaginando no meio do livro totalmente perdida, tentando a todo custo gravar todos os termos, nomes e palavras diferentes que são apresentados pelas autoras.
Só que quando eu cheguei lá pelo sexto capítulo eu percebi que não ia precisar.
Elas foram reforçando cada um desses termos ao longo do texto, explicando um pouco mais sobre cada um e permitindo que você criasse sua própria definição.

Também tinha medo de ficar entediada nas partes explicativas do livro como eu fiquei em Senhor dos Anéis só que isso não aconteceu, já que depois do prólogo, todas as explicações sobre o mundo são entremeadas com cenas de ação e sangue. Muito sangue.
Acontecem tantas coisas no livro que é difícil falar sobre o que eu mais gostei.
E o mais incrível é que, mesmo com tanta coisa acontecendo, eu não me vi perdida no meio dos fatos.
Outra coisa bem legal é que o lado malvado do livro não é malvado só por ser.
Eles tem motivos relativamente justos para começarem a guerra (ao menos na teoria), já que Meigan é sua terra natal e tudo o que eles querem é voltar para lá.
O problema, é claro, são os políticos! Eta racinha terrível, minha gente! Até na fantasia eles conseguem desvirtuar as coisas e, na surdina, vão fazendo as coisas acabarem em vantagem para eles.
A trilogia é totalmente sequencial, então o final é de arrasar e deixar você insano.
O livro é muito bom, seja para quem gosta de fantasia , para quem curte uma boa aventura ou gosta de livros cheios de conspirações.
É muito difícil colocar no papel tudo o que senti enquanto lia, porque qualquer migalha de informação vai messsmoo estragar algumas surpresas.
Então só posso dizer que é cheio de mistério, magia e reviravoltas incríveis!
R-E-C-O-M-E-N-D-O!

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juliana 08/06/2012

Depois de ouvir as inúmeras críticas positivas que meus companheiros do PA Book Club teceram a Contos de Meigan e de ler inúmeras resenhas elogiando o livro, vocês podem imaginar a minha animação quando comprei meu exemplar e AUTOGRAFADO *-*

Meigan é um mundo paralelo a Terra, habitado pela raça magi (seres capazes de manipular elementos – os mantares - como terra, fogo e água) e outras criaturas diferentes. Meigan é rodeada por um Solo Sagrado, no qual nenhum magi ou cártago (traidor da raça magi) pode manipular seus mantares; este solo é protegido por sete portões, cada um vigiado por um Guardião. Os Guardiões são seres com habilidades mais evoluídas que os magis, no que diz respeito à força física e manipulação dos mantares, eles usam máscaras e seu padrão de comportamento segue, rigorosamente, às antigas leis e Meigan. Quanto á organização política, Meigan é governada pela Shyrat, que exerce suas funções com o auxílio de um Conselho, formado pelos magis mais habilidosos.

A estória de “Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos” começa quando a jovem magi Maya Muskaf, após passar alguns anos vivendo na Terra, retorna para Meigan e encontra seu mundo em um estado de calamidade, resultado da invasão dos cártagos. A capital Katur está um verdadeiro cenário de destruição e a moça logo tem de lidar com situações difíceis. A partir daí, segue uma série de acontecimentos que buscarão responder alguns questionamentos: como os Cártagos conseguiram invadir Meigan? Tiveram ajuda de alguém que deveria estar do lado de Maya? E o que Maya, futura Shyrat de seu povo, poderá fazer para vencer os cártagos e todas as conspirações que a cercam?

Tenho que fazer coro aos elogios que o livro tem recebido. Contos de Meigan é uma leitura esplêndida! Começar a ler esse livro é embarcar em uma sucessão de acontecimentos eletrizantes! Por isso, quando o clima no livro “esfriar”, aproveite pra respirar, tomar um copo de água e tals, porque depois vem mais e você simplesmente não quer largar o livro (papo sério)!

O mundo criado pelas autoras é bem original, mas sem exageros e sem passar uma imagem forçada. Todo o “fantástico” do livro pareceu ser bem dosado para não prejudicar a trama em si (os dramas dos personagens, os mistérios e afins). Os personagens foram bem construídos e uns me surpreenderam bastante! Falando em personagens, o que dizer deles?

Convenhamos que a Maya é insuportável no começo do livro, suas ações impulsivas mais atrapalhavam do que qualquer outra coisa. Eu entendo que ela estava movida por ódio e dor, mas teve momentos que eu não pude deixar de fazer You don’t say face pra ela. MAAAAS, até que em um dado momento ela começa a pensar racionalmente e para de fazer tantas besteiras. Gostei da evolução da personagem, achei que ela teve muita coragem para fazer certas coisas, considerando a idade dela e as perdas que sofreu. Além disso, Maya não é uma magi qualquer, ela tem alguns “poderes” que nem mesmo ela sabe que tem (mas que foram percebidos pelo sábio Keyth) que não foram muito bem explicados no volume um de Contos de Meigan, ou seja, haja dúvidas esperando para serem esclarecidas no segundo livro!

O Guardião do sétimo portão, Seth, é um personagem bem complexo. Ele se vê jogado em situações que colocam em cheque a função de guardião, o conflito pessoal desse personagem é bem evidente e, por mais que a gente torça pra ele seguir Maya e Keith em seus planos, não dá pra não sentir uma certa angústia em vê-lo ter que tomar decisões difíceis. Espero saber mais sobre a estória do Seth no volume dois de Contos de Meigan, pra mim ele ainda tem muitos mistérios a serem desvendados!

E Keyth? Ah Keyth! O sábio mais engraçado que já ‘conheci’ xD As partes mais divertidas do livro se devem a esse personagem, com certeza!! Um verdadeiro poço de senso de humor (ou não /brincadeira)! Acho que Keyth e Maya formam uma dupla e tanto! O conhecimento dele é de suma importância para ajudar jovem a desvendar seus poderes, torço para esses personagens continuarem juntos no próximo livro!

Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Allan, sério... ele sofreu uma mudança drástica!! Eu realmente não esperava que ele se tornasse o que se tornou e acho que foi um dos pontos mais originais do livro! Sinto que ele ainda vai me trazer muitas surpresas (aliás, não só ele, mas Joen e Isabel também).

O livro termina em um momento altamente eletrizante!! Sério, você está lá no calor da leitura e começa a perceber que o número de páginas não será suficiente para dar um ‘desfecho’ àquela situação e então... bate o desespero. Resultado, PRECISO do próximo livro pra ontem!!
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Matheus Braga 01/04/2012

Contos de Meigan: A Fúria dos Cártagos - Roberta Spindler e Oriana Comesanha
Olá queridos leitores, tudo bem?

Se vocês, assim como eu, estão cansados daqueles YA que são "muito mais do mesmo", sempre envolvendo triângulos amorosos e vampiros que brilham no escuro. Este é o livro que eu recomendo. Diferente de tudo o que eu vi atualmente no mercado, Roberta e Oriana possuem todos os requisitos para se tornarem autoras BestSellers e Contos de Meigan é a prova disso.

APESAR DO NOME, ESTE NÃO É UM LIVRO DE CONTOS!!!

Antes de contar um pouco sobre a história e sobre como foi minha experiência de leitura, temos que fazer algumas definições já que as autoras criaram seres e lugares específicos para este livro.

Magis: Seres que fisicamente se assemelham a humanos. A diferença consta em que, os magis, podem dominar alguns elementos como fogo, água, ar, terra, sombras, tempo e a própria forma.

Cártagos: São magis que traíram sua própria raça e filiaram-se a humanos na tentativa de dominar Meigan.

Meigan: Dimensão habitada pelos magis. No passado, a linha que separava o mundo humano do mundo magi era muito tênue. Contudo, após a rebelião, sete magis, cada um dominava um elemento em sua plenitude, juntaram-se para criar o Inarion, uma espécie de barreira que separa os dois mundos e que é guarnecida por 7 portões e guardiões.

Katur: Cidade principal de Meigan (é como uma capital).

Shyrat: Governante.

Mantares: São os elementos que os magis podem dominar.

O livro começa com Maya Muskaf, filha da atual Shyrat, voltando de sua estadia na Terra. Ao retornar, Maya se vê no meio de uma invasão Cártaga e é salva pelo Guardião do sétimo portão que separa Meigan do mundo humano. Posteriormente, ao retornar para katur, Maya percebe que sua cidade natal também estava em estado de alerta e que vários Cártagos havia adentrado seus portões. Ao correr para casa, Maya presencia o assassinato de sua mãe, e, consequentemente, ela deve assumir o posto de Shyrat para manter a ordem em seu mundo. Só que ela não o fará até obter sua vingança.


"A cidade estava inquieta naquela noite. Nas docas, nenhum homem bêbado ficou pelas ruas e nenhuma mulher saiu para trabalhar. Todos foram retirados antes da abertura dos portais para a batalha."
Pág. 607

Como foi dito no Estante do Leitor, este livro foi uma deliciosa surpresa. Quando olhamos para um livro nacional já temos um certo preconceito e, quando este livro possui mais de 500 páginas, já pensamos: "Aposto que só tem enrolação!!". Me enganei completamente.

O livro é bem escrito e possui doses certas de descrição, ação e aventura. Temos presente também uma boa porcentagem de politica, mas este não é o foco central do livro. Os diálogos são bem construídos e os personagens são cativantes (com exceção de Allan ¬¬).

A história criada por Roberta Spindler e Oriana Comesanha é algo épico e, ouso dizer, em certo aspectos se equipara aos livros de Patrick Ruthffus (autor de um dos melhores livros da última década). Recomendo este livro para todos que desejam se perder em uma aventura envolvendo muita magia e seres fantásticos. Aproveito a oportunidade para dizer que um Apoc está em primeiro da minha Wish List. #Fikdik ^_^
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Literatura 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/wfSqkq
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Julia G 11/07/2012

Contos de Meigan - Roberta Spindler e Oriana Comesanha
Resenha postada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

“- Certo, esqueça as piadas. Vamos ao conselho. Não deixe seus medos dominarem seu espírito. Seja forte.
Maya sorriu de maneira melancólica. Keyth se aproximou e pôs a mão em seu ombro.
- Tenha mais confiança em si mesma – ele sorriu e voltou para sua cama.
Maya deitou, mas permaneceu de olhos abertos. Keith observou seu semblante abatido por alguns instantes. Queria fazer com que ela se alegrasse, sorrisse.
- Maya, você tem certeza de que não quer ouvir minha piada?” (pág. 148)

“Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis têm uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo.”

Não vi maneira melhor para começar a falar da história do que copiar uma parte da sinopse original do livro. Meigan é um outro mundo, com outros seres, onde as regras e a própria natureza diferem bastante de tudo aquilo que conhecemos. E sua essência vai tão além disso, tem tantos outros detalhes, que é impossível não perdê-los ao fazer uma sinopse minha. É um mundo onde a mágica faz parte da vida de cada um, que, na maioria dos casos, concentra em si poderes de dominar vários mantares. Maya, filha da Shyrat (como se denomina uma espécie de rainha do lugar), fugiu desse mundo para viver na Terra, tentando deixar para trás seus problemas, permanecendo lá por três anos. Mas os sonhos a estavam atormentando novamente, e ela precisava descobrir o porquê.

Só que voltar para casa pode não ter sido a melhor decisão que tomou, já que se depara, antes mesmo de atravessar o Solo Sagrado e os sete portões, com uma guerra que se trava entre os guardiões, auxiliados pelo exército, contra os cártagos - magis banidos de seu mundo. O fato de terem entrado no Solo Sagrado é, à princípio, incompreensível, mas Keyth, o sábio, logo percebe a verdade: isso só pode ter acontecido com ajuda de algum magi, e isso implica em algo ainda mais grave: alguém entre eles é um traidor.

Agora, sem sua mãe, Maya deveria se encarregar de governar o seu mundo, assumindo a posição de Shyrat, mas há muito mais em jogo. É quase como uma luta silenciosa pelo poder, e Maya sabe que pode contar apenas com alguns poucos. Junto a Keyth e ao guardião Seth, ela procura por vingança, mas percebe que essa busca deveria ser por respostas, e essa viagem a leva a um lugar singular: ao conhecimento de si própria e a uma nova visão de seu mundo, Meigan.

Não, Contos de Meigan, de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, não é um livro de contos, como muitos devem acreditar ser. A palavra foi usada mais no sentido "histórias de Meigan", ou algo nesse sentido. E a maneira mais transparente que há para tentar traduzir o que essa história representa é que ela é verdadeiramente ousada, ainda mais se considerar que, até onde sei, é o primeiro livro das autoras.

Meigan é um lugar incrível e apaixonante. O trabalho das autoras, na criação de um mundo novo e com seres totalmente desconhecidos para nós, foi extremamente detalhado, sem deixar espaço para furos ou dúvidas de que aquilo poderia ser "real". Ainda se fazem desconhecidos os limites de tudo o que pode acontecer nesse lugar, até porque há muita novidade acontecendo para os próprios personagens.

No início, a entrega lenta das informações e acontecimentos da história faz com que nos perguntemos o tempo todo se aqueles detalhes seriam mesmo necessários. E eu ainda não me decidi sobre isso, mas depois que se acostuma com o ritmo da leitura, a entrega é total, e cada detalhe ou informação velada é essencial e imprescindível para os acontecimentos da narrativa.

A narrativa, por sinal, é feita em terceira pessoa, o que permite conhecer mais profundamente cada personagem, no limite estabelecido pelas autoras daquilo que se pode saber em um determinado momento. Isso porque, para aqueles que têm coração forte, os mistérios permeiam todo o livro. Quando algumas poucas respostas nos são dadas, três vezes mais dúvidas aparecem; e quando eu disse que há mistérios em todo o livro, eu não menti: ficamos com o coração na mão até o epílogo, que só nos diz que teremos as respostas que queremos no próximo livro. Fiquei um pouco triste pelo livro terminar assim, já que não vi nada do que eu queria acontecer, mas ao menos sei ainda há muito por vir.

Outro aspecto que também me agradou na escrita das autoras foi a construção dos personagens. Eu os via fisicamente, bem como entendia seu jeito e aspectos psicológicos. Cada um tinha características próprias, sentimentos conflitantes e dúvidas, como qualquer pessoa. Mesmo os guardiões, que eram intocáveis e tidos quase como objetos, possuiam suas dúvidas e anseios, muito bem transmitidos pelas autoras.

Não gostei muito de Maya no início, e também não sei se gosto agora; ela tentou parecer determinada, mas a impressão que tive é que ela apenas não gostava de ser contrariada, e que tudo o que ela não podia parecia um desafio para ela. Tanto assim que desrespeitou todas as regras que protegiam Seth. Seth, por sua vez, tornou-se meu personagem favorito; primeiro, por causa das poucas palavras que usou por todo o livro, mesmo que conseguisse dizer exatamente aquilo que queria sem usá-las; depois, por causa de sua força, ao mesmo tempo em que parecia tão vulnerável. Keyth era Keyth: excêntrico, mas talvez o mais lúcido. Sebastian, Anya, Ayka, Artur, e todos os outros também conquistaram seu espaço, mas desses eu ainda preciso esperar o que virá.

O romance, definitivamente não é o foco da obra; a aventura e a ação é que são. É um épico, com cores quase visíveis, bem como as sensações de frio e calor, ou qualquer outra, advindas do uso de mantares. Só fico apreensiva por tantos personagens e mistérios, já que, quando é assim, fica fácil perder a linha em uma continuação. E eu preciso compreender tantas coisas ainda, e sei também que muitas outras virão.

Peço desculpas pelo tamanho da resenha, mas são mais de 600 páginas com muita história para contar e escritas com a perícia de escritores profissionais. É um obra que com certeza vale a pena ler, e que me deixou totalmente ansiosa para conhecer a continuação. Para os que quiserem conhecer um pouco mais, Roberta Spindler disponibiliza outras informações e imagens em seu Tumblr.
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Thiago Rapsys 05/05/2012

[Resenha] Contos de Meigan - A fúria dos cártagos
É uma tarefa difícil fazer a resenha desse livro. É trabalhoso escrever sem causar spoiler, juntar partes para tornar a minha resenha compreensível e coerente e separar as (pouquíssimas) partes desinteressantes.

A história é verdadeiramente vibrante e intensa, num ritmo frenético. Quando você se dá conta, a história que estava muito calma, de repente muda totalmente! Aquilo que você estava imaginando ser, se transforma em tudo que você não pensou que aconteceria. Imprevisível assim.

Os personagens são únicos. Nenhum, pelo que consegui absorver do livro, é parecido com o outro (nem características e nem mesmo comportamentos - salve os Guardiões*, pois estes seguem regras rigosas de comportamento).

Maya Muscaf é uma nativa do mundo de Meigan*. Após passar um tempo na Terra, ela volta para o seu mundo através de uma caravana e um portal. Quando chega a Meigan, o pior e inimaginável acontece: a caminho de Katur*, descobre um cártago* morto. Esta notícia é absolutamente nada auspiciosa.
Os cártagos, até então, foram aprosionados em outra dimensão, porém conseguiram fugir e querem vingança.

A partir daí vem uma avalanche de informações, revelações, dúvidas, poderes, ensinamentos, escrituras, sangue, guerras, perseguições, e... só lendo para saber quantos outros tantos fatos intrínsecos do livro.
Maya, sendo descendente de shyrats*, necessita ficar no lugar de sua mãe, morta durante o ataque dos cártagos. Porém Maya não se acha na qualidade de tal poder e aceita ficar (aproximadamente) dois meses para ponderar e decidir se vai governar ou não Meigan.
Entre decidir ou não ser uma shyrat, muita coisa - eu disse MUITA coisa - acontece.

Os cártagos gritaram, comemorando a façanha, e iniciou-se então uma carreria desenfreada. Um grande grupo sobre aqueles que protegiam os destroços, encurralando-os e deixando o caminho livre para o restante do exército negro. Não havia mais como impedir que chegassem a Katur. A invasão era inevitável.
Os contos de Meigan | A fúria dos cártagos


Antes que pergunte o que palavriado é esse que usei na resenha, deixo aqui os significados:

* Mantares: são os poderes que os magis possuem. Variam entre água, terra, ar, fogo, sombras, tempo, etc.
* Meigan: um mundo diferente do nosso. Habital nele os magis.
* Magis: seres com características humanas, porém dotadas de poderes (os mantares).
* Shyrat: é o governante de Meigan. Com fortes poderes militares. Controla todos os mantares para ser melhor em combate.
* Katur: capital de Meigan.
* Guardiões: há sete Guardiões para guardar sete Portões. Estes Portões protegem o solo sagrado de Meigan.
* Cártago: traidores de Meigan. Seres dotados de pensamentos maus e vingativos.

Como você pôde ver, tudo tem um nome diferente e específico - e isto é uma das coisas que prezo num livro: originalidade.

O foco narrativo é em terceira pessoa. A introdução é um documento escrito há muito, muito tempo antes da Maya. A diagramação é ótima e revisão, excelente. A capa e o tamanho são as coisas que eu mais admiro de tudo. Livro recomendadíssimo!

Leia mais: www.ecolivros.com.br
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Danilo Barbosa Escritor 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Veja mais resenhas minhas no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.com.br

Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

É a esse mundo que pertence nossa heroína, Maya Muskaf. Filha da regente de Meigan, ela foge de qualquer tipo de compromisso com o reino, infiltrada em meio aos humanos, conhecendo seus costumes e histórias - apesar de nós não nos lembrarmos deles, eles tem livre acesso ao nosso mundo.

Mas o dever a a chama e ela decide voltar a Meigan.

Lá chegando, ela encontra o Caos. Os Cártagos conseguiram atravessar a mágica das fronteiras de Meigan e destruir os seus portões. Em um momento trágico, Maya vê sua mãe ser estuprada e morta pelos inimigos. Perdida e desamparada, uma estranha em seu próprio lar, Maya não sabe em quem confiar. Afinal, quem havia facilitado a entrada dos Cártagos? Quem planejava a destruição de seu mundo?
Guerra, vingança, sangue e magia marcarão o caminho de Maya em busca do seu amadurecimento. E o amor também, em um rosto escondido por trás de uma máscara...

Gente, a escrita dessas meninas só tem uma definição - Poderosa! Elas sabem prender a atenção do leitor com suas cenas de ação desenfreada. A gente não consegue tomar fôlego em meio as reviravoltas que Maya e seus companheiros passam durante o decorrer da trama. Toda o desenrolar é pungente, tenso, cheio de nuances e complexidades.

No seu enredo fantástico se mesclam preconceitos, amores e muita batalhas, numa época onde ninguém é de confiança e muitas são as surpresas. Em certos momentos, o livro consegue criar um clima parecido com o conceituado A guerra dos tronos, onde nada é o que parece ser. Isso acaba resultando em uma simpatia imediata de nossa parte por cada um dos personagens e a maneira como eles crescem durante a trama.

Meu personagem predileto, sem sombra de dúvidas é Seth, o guardião. Com um jeito que pode parecer meio turrão, sua imagem oscila entre leveza e a tristeza dos deveres que foram impostos em toda sua vida.

"Que tipo de pessoas os guardiões estariam protegendo por tantos anos? Pessoas que atiravam comidas e objetos em prisioneiros, que tratavam com crueldade a quem deviam respeito? Esse tipo de gente merecia sua proteção e lealdade?
Não conseguindo mais se controlar, Seth socou as paredes à sua volta. Não sabia muito bem quando, mas em algum momento, desaprendera a ser guardião."

O único defeito, na minha opinião, é o final em suspenso, depois da epopéia de ler o livro todo. Mas já fiquei sabendo que outro livro com a conclusão dessa saga será lançado em breve.
Resta aos leitores aguardarem com ansiedade tão esperada conclusão. Enquanto isso não acontece, leiam este livro. E se apaixonem com um mundo tão diferente e, ao mesmo tempo, tão parecido com o nosso.
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Bruno 26/06/2012

Contos de Meigan
Palmas para Roberta e Oriana que conseguiram criar um livro ótimo que nos prende desde do começo e nos deixa com um gostinho de quero mais depois que acaba principalmente pelo fim que...Opa! Sem Spoiler para não perder a graça.
A estória se passa em Meigan(oohhhhh que descoberta) um mundo paralelo a terra onde vivem pessoas iguais a nós só que ele possuem poderes, não como no X-Men, mas poderes afiliados as forças da natureza que denominam-se mantares. Quando forem ler, não estranhem alguns termos. No começo é claro que ficará confuso todavia no decorrer do livro você já vai afiliar cada palavra com o seu significado.
Maya é a personagem principal do livro. Ela é a filha da governante de Katur, capital de meigan, que qu ando chega é surpreendida por uma guerra que ocorre entre os moradores e os cártagos, magis expulso, que moram em mundos paralelos. Sua mãe é morta na batalha e Maya é a principal acusada do assassinato. Com medo de ser presa e também por ter que ficar no trono de sua mãe, ela foge em busca de vingança.
É inevitável não ficar com raiva das autoras, brincadeira, pelo fim que tem o livro. Para nós que falamos com a Roberta Spindler quase toda semana em eventos literários é pior. Porque estamos perto de saber o que aconteceu e ao mesmo tempo longe porque a única que solta é que " Estamos escrevendo e tem mais de 100 páginas" Poxa. Mas fazer o quer? Vamos esperar para saber a continuação incrível de Contos de Meigan
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@apilhadathay 18/02/2012

*.*
Este é o momento em que você diz: "É por isso que eu amo o que faço". Talvez a minha resenha nunca chegue ao patamar do livro que acabei de ler, mas como dizem que "menos é mais", vou tentar resumir minha opinião da melhor forma.


"- Você está na Sala dos Livros há quase dois dias - Avatar comentou com fingido desinteresse - Um Sábio não deveria precisar de tanta leitura.
- É claro que deveria - Keyth respondeu na mesma hora - Afinal, a sabedoria não se ganha de presente..."

A ausência do número da página foi proposital. O desfecho deste diálogo eu deixo para vocês conferirem na leitura, porque Keyth é um personagem espetacular, especialmente quando se trata de Maya e de Avatar.

CONTOS DE MEIGAN é épico: o melhor livro de LitFan nacional e mesmo da estrangeira que li desde O Senhor dos Anéis, até hoje. Com muitas influências importantes, como do próprio J.R.R. Tolkien, C. S. Lewis, de George R.R. Martin - e arrisco dizer que também da própria J.K. Rowling, de Riordan e de Victor Hugo - entre os que identifiquei, não posso deixar de mencionar que é uma história original, cativante e arrebatadora. Esta é a narração de duas brasileiras, paraenses de Belém, que passei a admirar profundamente a partir do fim da leitura deste livro, como grande fã da ficção e da fantasia, que sou.

"Maya suspirou, fitando o céu. Não sabia mais o que pensar. Ela se sentiu extremamente cansada, como se carregasse o peso de todo o mundo em suas costas. Sorriu desmotivada. Pensou que só uma Shyrat tivesse que lidar com tanta responsabilidade, mas estava enganada... Já era hora de trilhar o caminho de sua mãe." (P. 290)

Dor, família, guerra, paixão e amor; disciplina, ordem e hierarquia; o treino pela perfeição; um ambiente medieval com o toque da magia tradicional e do mistério; o dinamismo de uma linguagem acessível, mesmo quando formal; o mistério dos guardiões mascarados, um toque de suspense e toda a filosofia envolvida com sua condição. CONTOS DE MEIGAN é um livro de movimento, cujas páginas vibram nas mãos da gente junto com a leitura. A nossa sensação é a de estarmos correndo, mesmo sentados.

Os personagens são simples, mesmo que tenham poderes além dos humanos. Eles são verdadeiros e apaixonados, especialmente Maya, que é uma Grande protagonista, uma líder nata que só precisa aprender um pouco mais; e Keyth, meu personagem favorito: inteligente, engraçado, espirituoso e amável. Suas melhores tiradas eu não posso relatar aqui, porque elas merecem ser lidas no contexto. Seth e Sebastian exercem um outro tipo de atração nas leitoras, mas senti que poderiam ter sido um pouco mais explorados no sentido de relacionamentos - embora entenda bem as razões de cada um para agirem assim. Já Allan, para mim, representa um big ponto de interrogação. Preciso ler mais!

O livro conta uma história séria sobre invasão e vingança, jogos de poder e traição, mas não deixa de ter seus deliciosos momentos de diversão, como tudo na vida. Especialmente com relação a Keyth - que deve ser uma pessoa maravilhosa de conviver!

"Viu sem reação um braço masculino afastar as colchas.
- Sebastian, eu realmente não sei o que dizer... - ela começou com a voz relutante.
- Que tal não dizer nada? Minha cabeça está estourando.
Aquela voz rouca, aquele tom tão conhecido. Maya franziu o cenho e teve certeza de que havia perdido completament o juízo.
Ou então o mundo só podia ter virado de ponta-cabeça.
- Eerrr... Keyth?
O Sábio, com os cabelos completamente arrepiados e a barba embaraçada até a raiz, fitou-a com seus olhos semiabertos." (P. 506)

O livro trata de forma interessante a questão das diferenças sociais: posição não é tudo, mas o respeito à hierarquia e/ou às leis é importante- especialmente quando se trata dos Guardiões dos Sete Portões. Existe um belo "duelo" entre o certo e o errado, e a quem devemos obediência: às regras ou ao bom senso? Há questões sociais, filosóficas e políticas que foram abordadas de forma leve, acessível e dinâmica. A riqueza do movimento está nos ótimos diálogos e no texto, em si, que voa em nossas mãos. Ainda levei muito tempo para ler o livro, 7 dias! Se não fossem o trabalho e os estudos, certamente teria terminado antes. Eu me peguei pensando que essa história renderia um jogo muito, MUITO legal: de RPG, de tabuleiro ou no formato virtual.

O único ponto que eu preciso mencionar é a revisão, que poderia ter sido mais generosa. No início do livro, não vemos muito isso, mas no decorrer do texto, há várias crases que não deveriam existir e pontos finais de menos, o que ligava frases que deveriam estar separadas. Nada que atrapalhe a leitura, no entanto.

É a única observação que faço, porque amei o livro. Como eu já mencionei antes, ele é bárbaro, muito mais do que eu já esperava dele: uma ótima história que une portais dimensionais (já me apaixonei aí), elementos medievais, conflitos, liderança, e ao mesmo tempo diversão, juventude e amadurecimento. Não deixemos de fora o amor, mesmo que haja cenas de ação e terror de arrepiar os cabelos e nos fazer pular. Os públicos jovem e adulto, feminino e masculino vão adorar, porque ele une ação e amor sem ser exageros, tudo na medida. Ah, e esperem reviravoltas já no início: Amo!

"Percebendo que ela havia despertado, Sebastian quebrou o beijo. Encarou-a com um olhar arrebatador. Atordoada, Maya demorou a conseguir formular algum pensamento coerente. Suas pernas tremiam tanto que não sabia como ainda conseguia ficar de pé. Não havia sido apenas um beijo. Ainda sentia o calor do fogo em seu interior, arrepios tomavam seu corpo sem aviso. Perguntou-se mentalmente se beijar um magi de fogo seria sempre assim. Como podia ter esquecido da noite anterior?" (P. 510)

A capa, de César Oliveira, ficou um espetáculo, e o final do livro me deixou refletindo sobre ela. As ilustrações do João são um charme a mais e dão vida aos personagens, inclusive os apocs (podemos sonhar com um Apoc só nosso? *.*)

Acho que tudo isso vai girar para um mistério interessante e um desfecho ainda melhor! Só tenho a agradecer a Roberta e Oriana pela oportunidade de encontrar um livro maravilhoso, vivo e que já tem lugar certo no nosso Top Nacional 2012 o//

Ansiosíssima pelo segundo livro da saga!

Recomendo!

No Canto e Conto:
http://canto-e-conto.blogspot.com/2012/02/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html
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Neyara 27/07/2012

Capsula de Banca - Contos de Meigan
Lançado no finalzinho de 2011, Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos é um livro de fantasias escrito em parceria das paraenses Roberta Spindler e Oriana Comesanha e lançado pela Editora Dracaena. Conheci a obra devido o Book Tour do blog da Rapha, apesar de ter ficado um pouco receosa com a leitura, pois livros de fantasias não é o meu forte, me surpreendi muito e AMEI a leitura.

Maya Muskaf é a herdeira do governo de Meigan, depois de passar 3 anos afastada de casa devido sua misteriosa doença e suas diferenças com a Shyrat Liza, sua mãe, ela decide voltar pois está perdendo o controle de seus Mantares, porém é uma péssima hora para o seu retorno. Meigan está em guerra, os Cártagos invadiram o solo sagrado e está destruindo as cidades.

Meigan é um mundo de seres diferentes e poderosos, os Magis, que possuem controle sobre os Mantares (elementos da natureza), controle esse adquirido devido muitos estudos e determinação. Os Cártagos é um grupo de Magis traidores, que devido outras guerras foram proibidos de entrar em Meigan, banidos para uma dimensão paralela. O solo sagrado é a entrada de Meigan, formada por 7 portões, cada um com um guardião, protegido por muito mágia, que só um Magi muito poderoso para conseguir ultrapassa-lo sem permissão.

Em meio ao caos, Maya encontra sua mãe sendo assassinada por um Cártago, tomada pelo desejo de vingança, ela promete que vai até o Inferno pra conseguir vingar a morte de sua mãe, porém o que ela não lembrava é que ela mesmo teria que tomar conta do governo de Meigan, mesmo tendo passado tanto tempo fora. Tomada de medo e ódio ela se aventura na Floresta em busca do inimigo, é lá onde ela conhece o Sábio Keyth, e revê o sétimo guardião Seth e seu apoc Kaos.

Uma trama cheia de intrigas, ódio, traição e poder, Contos de Meigan é um livro espetacular, com leitura fácil e envolvente, que te deixa extasiado com cada palavra, cada passo. Não é só uma história sangrenta, mas uma história de garra, de aprendizado, que demostra que você só consegue as coisas se você correr atrás, se você estudar, se você lutar, se não desistir dos seus ideais. É um livro sobre disciplina, sobre leis, sobre tradições, sobre perfeição, sobre a vida.

Em um ambiente medieval, cheio de magia e muito mistério Meigan me conquistou, perdi o fôlego com algumas cenas e desejei ter um amigo como o sábio Keyth, com suas piadas e sua espiritualidade. Além de ter uma capa linda ilustrada por César Oliveira. Super recomendo essa leitura apaixonante que em breve terá continuação. Ansiosa por mais aventuras e mistérios da Maya, Keyth, Seth e Kaos. *.*

http://capsuladebanca.blogspot.com.br
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Rafaela 29/10/2012

Resenha do blog: silencioqueeutolendo.com.br
A história começa com um relato misterioso sobre um mundo intrigante chamado Meigan e guerras ocasionadas pela cobiça de seus povos pelo poder. Daí vem a minha primeira observação, as autoras capricharam muito nesse relato que é o prólogo do livro, nele estão todos os fatos históricos de Meigan, esses fatos são essenciais para entender o decorrer da história, mas confesso que fiquei um pouco cansada com tantos pequenos detalhes inclusive tive que recomeçar alguns trechos para poder acompanhar bem o raciocínio das autoras.

Depois da retrospectiva contada no prólogo, a história segue para os dias atuais na Terra, onde conheci Maya, que é natural de Meigan e se refugiou na Terra depois de ter brigado com sua mãe Liza Muskaf, a Shyrat (um tipo de governante suprema) de Meigan. Nesse momento, Maya está decidida a voltar para casa, pois está com medo de ter uma recaída de uma doença de infância e também para tentar resolver os conflitos com sua mãe. Após passar por um portal que divide a Terra de Meigan, ela percebe que terá que ser escoltada pelos guardas mandados por Liza e depois de galopes, pensamentos e nostalgia, Maya e os guardas deparam-se com uma devastação em um dos 7 portões, que até então eram impenetráveis por serem protegidos por Guardiões sinistros, habilidosos e poderosos que zelam pela paz de Katur.

Passando pelos portões de Katur e vendo toda a devastação provocada pelos Cártagos (antigos povos traidores que foram banidos de Katur), Maya começa a perceber que tudo está muito diferente dos seus tempos de menina e o caos que ela presencia faz ela se arrepender de ter ficado tanto tempo longe do seu povo e principalmente da sua mãe. A partir daí a história começa a ficar mais agitada, pois os acontecimentos que vieram juntos com a volta de Maya fazem com que ela tenha que mudar seus pensamentos e amadurecer para as novas responsabilidades. E é com personagens amorosos, astutos, mágicos e sutilmente engraçados, que as autoras vão desvendando e nos presenteando com os mistérios do Mundo de Meigan e seus povos.

No geral a história me surpreendeu de uma forma muito positiva, fui sendo conquistada aos pouquinhos e quando me dei conta já tinham se passado 617 páginas de batalhas, histórias, um romance bem encantador e um final que deixou um gostinho ansioso de “quero mais”.
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Lola 20/02/2012

Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos
Você acha que o escritor de Guerra dos Tronos é o rei internacional da ficção fantástica? Então hoje venho apresentar a vocês as rainhas nacionais deste gênero: Roberta Spindler e Oriana Comesanha. Em 617 páginas de puro talento, ação, magia, batalhas, traições e mistérios elas conseguem criar com maestria um mundo novo e em nenhum momento perdem o foco. Prepare-se para noites em claro onde o Mundo de Meigan vai roubar cada porção do seu fôlego. E com certeza vai roubar também o seu coração.

Eu poderia começar essa resenha de muitas formas diferentes, mas é impossível conter minhas emoções. Por quê? Eu li um livro que me fez sentir frio na barriga, vontade de chorar, estapear a protagonista, depois abraçá-la, eu me diverti com o senso de humor de um dos personagens mais completos que já tive o prazer de conhecer, eu fiquei apreensiva com um talvez futuro triângulo amoroso e confesso, torci para que acontecesse. Eu li um livro incrível que em momento nenhum me cansou, apesar de suas 617 páginas, eu me surpreendi tanto com o desfecho final que estou anestesiada até agora. Você consegue entender o quanto eu gostei de um livro que mesmo sendo enorme, se dependesse de mim não teria fim?
Caros leitores, é assim que tento descrever um pouco das emoções que tive ao ler Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos.
Um enredo que surpreende já no prólogo que tem uma construção que eu achei perfeita. Ele funciona como uma introdução ao Mundo de Meigan, descrevendo sua criação em termos práticos, sem enrolação ou divagações desnecessárias.
A princípio você poderá estranhar os nomes que não são nada casuais, contudo isso é mero detalhe. Em algumas páginas você já se considera um habitante desse mundo fantástico e em muitos momentos se pega chamando os personagens pelos nomes e dando conselhos. Ou passando sermão. É gente, Meigan faz isso com você.
A garota Maya é a filha da atual soberana de Meigan, Liza Muskaf. Devido a relação conturbada com a mãe, ainda jovem Maya saiu de Meigan e veio viver entre os humanos. Abalada por uma estranha doença que a acometeu na infância após anos afastada de seu mundo ela engole seu orgulho e decide partir de volta para o seu mundo na próxima caravana. Mas ela não poderia ter escolhido um momento pior para retornar.
Em meio ao caos de um ataque surpresa dos violentos Cártagos, traidores dos Magis que há muito tempo foram banidos para outra dimensão, Maya se desespera ao imaginar a possibilidade de não ter a chance de encontrar sua mãe viva.
Durante sua luta para chegar ao seu destino ela ganha a proteção do Sétimo Guardião, um dos responsáveis por garantir a segurança dos portões do Solo Sagrado.
Em um enredo bastante intrincado, com inúmeros personagens bem construídos não posso deixar de destacar um: o Sábio.
Em sua fuga pela Floresta dos Condenados Maya encontra esta figura engraçada, misteriosa e muito gentil. O senso de humor dele agita boa parte do livro.

“-Nossa, eu não sei por que se preocupar tanto com isso, eu não vi nada. Ou melhor, quase nada. (...) Bom, eu vi tudo sim, mas não precisa me olhar desse jeito. Eu juro que não contarei que você está com umas gordurinhas... Ei, calma! Estou brincando!” – Capítulo 11, página 161.

A relação de amizade que surge entre Maya e o Sábio emociona. Ele apesar de idoso tem uma alma jovem, ainda que seus segredos o impeçam de se abrir totalmente com Maya.
Seth, o guardião, acompanha os dois em grande parte da jornada, e sua relação conturbada com Maya me deixa em êxtase.

“Ele deu um passo para trás, atordoado com aquela mudança de comportamento. Era tão difícil assim perceber que a única coisa que ele queria era protegê-la? Agora tinha certeza de que fora um idiota por se preocupar com aquela garota. Sem dar explicações, deu as costas para ela e voltou para a extremidade do pátio. Só queria sair dali.” – Capítulo 25, página 303.

É necessário destacar dois aspectos que saltam aos olhos durante a leitura.
Um deles é que sendo um livro escrito a quatro mãos poderiam ocorrer mudanças sutis na forma de escrita ou alterações bruscas de estilo. Isso não acontece em momento algum. Oriana e Roberta funcionam perfeitamente escrevendo juntas, formam uma dupla entrosada que não falha.
O segundo aspecto a ser apontado é que neste livro não existem páginas descartáveis. Sem enrolação nem parágrafos e mais parágrafos recheados de inutilidades. Sabe aquela velha mania que alguns autores têm de, com todo respeito, encher lingüiça? Pois é, Contos de Meigan está livre desses males.

Feitas todas essas observações só tenho uma coisa a dizer: depois de quase surtar com o final totalmente enigmático e surpreendente e de quase enlouquecer a Roberta Spindler com meus e-mails super sutis do tipo: “Fala que a continuação sai esse ano? Por favor? Pooor favoor!” ela prometeu que ela e a Oriana estão se dedicando bastante para seguir com o nível de qualidade da história e que assim que for possível a continuação estará disponível.
Leitura total e incondicionalmente recomendada. Estou roendo os dedos de ansiedade para ler o próximo volume.

Resenha originalmente postada em http://adventurerpenelope.blogspot.com/2012/02/contos-de-meigan-furia-dos-cartagos.html
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