Claraboia

Claraboia José Saramago




Resenhas - Claraboia


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pulsaodemorte 22/12/2020

É um livro bem tranquilo, meio massante as vezes mas bem poético também, algumas histórias são mais envolventes que outras porém todas tiveram um final espetacular, não tem muito o que dizer sobre mas é um livro muito bom pra passar o tempo sem ter que pensar demais.
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Ricardo 16/01/2019

Vidas Simples Tornam-se uma bela História.
Saramago é o mestre da narração e do romance! Nesta obra ele trás o cotidiano de famílias simples de Portugal, vai contando essas vidas e entrelaçando pequenos acontecimentos e torna o que parecia uma história monótona em um grande livro que a gente não consegue largar até saber o próximo acontecimento no pequeno universo dos personagens! Saramago mostra que nos pequenos acontecimentos do cotidiano há muito história pra contar! E faz isso de forma majestosa! Se você ainda não leu nenhuma obra deste romancista Prêmio Nobel não perca seu tempo, escolha uma e apaixone-se por Saramago!
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giovana 13/01/2019

digressões
do começo da carreira do saramago (mas só publicado mais tarde) esse livro traz as características que o autor desenvolveria e tornariam-se suas marcas.
antes mesmo da ?janela indiscreta?, ?claraboia? cria uma vida dentro de um prédio ? e nós somos os espectadores imparciais de dentro de cada um desses lares.
as histórias em si trazem temas polêmicos e ótimas reflexões para época (1952), mas eu acho que a força do livro está nos momentos em que o narrador adentra a cabeça dos personagens, contando minuciosamente seus pensamentos e raciocínios.
a melhor parte é, sem dúvida, o final, no qual abel e silvestre tem uma conversa sobre a natureza humana que, a meu ver, é atemporal.
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Mauricélia 15/09/2018

Saramago do início
Livro muito bom, mas para quem já leu Saramago na sua fase áurea, fica a desejar um pouco, mas também é importante notar como suas qualidades narrativas já aparecem no início. Profundidade psicológica, análise social, detalhes comportamentais da época, o ser humano a e seus sentimentos são ênfases já notadas aqui.
Ainda não aparece sua pontuação peculiar e também tem formato particular, por ter diversas narrativas em uma só, mais ou menos entrelaçadas, por se passarem no mesmo "cortiço", podemos assim chamar.
Ficou-me aparente a situação da mulher na época, porque por diversas vezes a análise do comportamento feminino vem a tona, as diferenças entre homem e mulher e a posição subalterna em relação a ele e a toda a sociedade, ainda pior se for uma mulher casada. Há diversas comparações negativas em que a mulher é a aba ruim da comparação. O leitor pode entender como um Saramago crítico a isso ou um Saramago machista.
Para mim, algumas histórias não tiveram o final que o autor levou o leitor a imaginar, ou pareceram incompletas. Ficou a decepção de querer saber mais sobre algumas situações não esclarecidas.
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L&S 01/07/2018

Primeiramente, devo começar dizendo que Claraboia, apesar de ter sido escrito na década de 50, ficou perdido por décadas após a recusa de um editor e por isso Saramago não deixou o exemplar ser publicado enquanto estivesse vivo.

Ambientado em um prédio na cidade de Lisboa, Claraboia apresenta o dia a dia e os dramas familiares dos diversos personagens que estão presentes, sem dar muito enfoque nos deveres da vida lá fora. Com isso, ele explora as atitudes e o psicológico dos personagens, nos fazendo refletir sobre a importância dessas ideologias e rotinas, além das críticas sociais demonstradas na época, como tabus sexuais, preconceitos e conservadorismo.

"- Não tenha medo. Só quero dizer que aquilo que cada um de nós tiver de ser na vida, não o será pelas palavras que ouve nem pelos conselhos que recebe. Teremos de receber na própria carne a cicatriz que nos transforma em verdadeiros homens. Depois, é agir...

Página 259.

Como todo ótimo livro de Saramago, mensagens internas e filosóficas são tragas entre as conversas de Silvestre e Abel, como o questionamento sobre a forma em que se deve levar e aproveitar a vida, para que não fique à deriva (Claraboia).

site: livroseriados.com.br
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Dani Ramos 21/01/2018

Amei!
?Que tinham elas a dizer todo o santo dia, que não estivesse já dito mil vezes??
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O livro mostra a história dos residentes de um prédio em Lisboa e conta a partir daí, o contidiano desses vizinhos um pouco peculiares. Cada família com seus problemas, segredos e atitudes, fazem o enredo ser equilibrado e coerente no que transmite ao leitor. Os personagens são muito bem desenvolvidos e interessantes, cada qual, com seu valor e profundidade.

A história começa com a conversa do inquilino Silvestre com sua esposa Mariana, sobre como eles conseguiriam uma renda extra. E o resultado foi a escolha de alugar o quarto que estava vago em sua casa. Com esse início, o livro se desenrola sobre as perspectivas dos outros vizinhos, cada um monstrando ao leitor seu íntimo mais profundo e pensamentos. A cada capítulo, ficamos curiosos e ansiosos para desvendar o desfecho de cada família e como eles conseguiram ultrapassar cada obstáculo que apareceu em suas vidas.

A escrita de José Saramago é incrível, e com essa segunda experiência com o autor, começo a me apaixonar pela sua forma de enxergar as coisas e como consegue com tão pouco esforço, expressar em palavras o que pensa sobre moralidade, sociedade e frustações daquela época. E devo até admitir, que com esse segundo livro, José Saramago realmente é um escritor autêntico e único, que mesmo com o passar dos anos, continua com uma escrita transcedendo gerações.
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?Há palavras que se retraem, que se recusam ? porque significam de mais para os nossos ouvidos cansados de palavras.?
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Estou super animada com esse projeto e afirmo que jamais esperaria gostar tanto da escrita e história como estou. As opiniões sobre seus livros são bem relativas (uns amam demais, outros odeiam demais), mas em relação à mim, estou a amar!
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Andreia Santana 09/05/2017

Um Saramago iniciante e atual
Claraboia é um livro póstumo, mas foi escrito no começo da carreira literária de José Saramago. Concluído em 1953, é o segundo romance do autor, escrito logo após o lançamento da sua obra de estreia, Terra do Pecado (1947). O livro ficou perdido por décadas, após um editor recusar publicá-lo e sequer responder ao autor ou devolver-lhe os originais. Quando Saramago consagrou-se, nos anos 1980, com os romances Levantado do Chão e Memorial do Convento (este último, na minha modesta opinião, sua obra-prima), foi procurado para a publicação de Claraboia, mas respondeu que enquanto vivesse, o livro não seria publicado. O lançamento aconteceu em 2011, um ano após a morte dele, em junho de 2010.

Claraboia é um Saramago atípico para quem conhece a produção da maturidade do autor. O estilo inconfundível de narrativa, com longas digressões filosóficas e o sistema de pontuação peculiar, privilegiando vírgulas ao invés de pontos, não existe aqui. Mas há um vislumbre, uma semente de vir a ser. São os primeiros passos do autor que ele se tornaria no futuro. É lindo! Porque se em Alabardas, Alabardas…, outra obra póstuma e a última que ele escreveu e deixou inconclusa, vemos detalhes do seu processo criativo após décadas de experiência; nesse quase recém-nascido Saramago de Claraboia, percebemos o florescer de um grande talento não só da escrita, mas do humanismo.

Ambientado em um prédio de apartamentos de classe média baixa, na Lisboa de 1952, Claraboia apresenta diversos dramas pessoais e familiares. O edifício é o fio que une as histórias particulares e coletivas de seus moradores. Tudo de interessante se passa nesse microcosmo. Para fora do edifício existe a cidade e as rotinas de cada morador, como ir ao trabalho, à escola, à mercearia; mas elas são apresentadas de forma difusa, de propósito, porque o que interessa é mostrar-lhes a vidinha cotidiana e as mesquinharias guardadas entre as quatro paredes de casa.

As digressões filosóficas aqui aparecem em forma de diálogos entre os personagens Silvestre e Abel, moço misterioso que aluga um quarto no apartamento onde o velho sapateiro vive com a mulher Mariana. As longas conversas dos dois revelam um Saramago já familiarizado com as lutas operárias e com a rotina dos trabalhadores pobres. O próprio autor foi serralheiro mecânico, não cursou o ensino superior, apenas escola técnica, mas era leitor ávido e frequentava diversas bibliotecas, onde formou seu pensamento crítico e as convicções políticas e sociais.

Silvestre é uma espécie de alter-ego mais velho do autor (Saramago estava com 31 anos quando concluiu Claraboia), que coloca na boca do sapateiro as suas ideias sobre a humanidade. Mas é também uma das muitas recriações do avô Jerônimo, figura icônica na vida e na formação do jovem José. Quando o escritor recebeu o Nobel de Literatura, em 1998, iniciou seu discurso de agradecimento louvando o avô. Ficou célebre o trecho inicial, em que ele diz que o homem mais sábio que conheceu, ‘não sabia ler nem escrever’, referindo-se a Jerônimo.

Os outros moradores do edifício são: a bela e sedutora Lídia, que por seu estilo de vida livre e por ser sustentada pelo amante Paulino Morais, enfrenta os julgamentos velados da vizinhança; as costureiras Adriana e Isaura, as sonhadoras irmãs solteiras que vivem com a mãe Cândida e a severa tia Amélia; o caixeiro viajante Emílio e a esposa Cármen, espanhola da Galícia, junto com o filho deles de seis anos, Henriquinho; o linotipista Caetano e a mulher Justina, em luto fechado após a morte da única filha; e, por fim, o empregado do comércio Anselmo, com a mulher Rosália e a filha Claudinha, que é fascinada pelo glamour da vida da vizinha do andar de cima, Lídia.

As mágoas e ressentimentos dos personagens entre si e pelos vizinhos, o que faz com que alguns deles tenham atitudes eticamente condenáveis, demonstram a crítica social incutida nas páginas de Claraboia. Os anos 1950 e seus muitos tabus sexuais e sociais, são representados nesse microcosmo do edifício, com seus moradores cheios de preconceitos e do conservadorismo típico da cultura do período, seja na histórica Lisboa, no Brasil colonizado pelos portugueses ou nos Estados Unidos do american way of life.

Ler Claraboia é como transpor para a Europa do pós-II Guerra aquele cenário das donas de casa entediadas e fofoqueiras, com seus maridos hipócritas e metidos a baluartes da moral e dos bons costumes, que vemos tão bem representados nos filmes de época. No entanto, embora seja a crônica de uma geração, muito do que o livro mostra, principalmente sobre o provincianismo da classe média mundo afora, persiste nesse avançar do século XXI.

Como as demais obras de José Saramago, Claraboia, com seus 64 anos, não envelhecerá enquanto a humanidade, lamentavelmente, for do jeito que é!

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
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do subsolo 21/04/2017

No livro a sensação é essa, que você é um observador.
Na verdade parecem mais cronicas misturadas em capítulos.
Os moradores que mais me agradaram foram o Abel e o Anselmo. De resto achei vulgar.
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Cho 26/12/2016

Vidas que se ligam por claraboias
Diferente de tudo que já li de saramago, a obra surpreendeu. Escrita em 1953, sob o pseudônimo de Honorato, Saramago nos apresenta um texto de estilo completamente diferente das suas obras: parágrafos e diálogos bem definidos. Não só o estilo é diferente como também a maneira de abordar o tema. Nada alegórico como em Ensaio sobre a cegueira e também nada místico como em o Homem duplicado, Saramago surpreende ao tratar do tema da vida quotidiana com tamanha maestria e sem se apoiar em surrealismos ou universos apocalíticos. O livro perdido de José Saramago aborda a vida de seis famílias que vivem num mesmo prédio, cuja a vida parece mudar com a chegada, coincidência ou não, do andarilho Abel que aluga um quarto na cada do Sr. Silvestre. As vidas dessas pessoas serão narradas e interligadas pelas claraboias do prédio, que nada mais são que as janelas, portas e paredes e os ouvidos, bocas e olhares dos próprios vizinhos, é claro. A história deixa-nos ainda alguns mistérios e dúvidas que podemos deduzir até facilmente, mas que sempre vão nos intrigar. Saramago realmente encanta! E soube sabiamente dividir as atenções e capítulos a cada personagem ou cada morador desse prédio que vamos também nós nos familiarizando. E cada história que ele conta não tem uma resolução ou mesmo um final concreto é apenas a vida no seu correr, corriqueira.
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