A Arma Escarlate

A Arma Escarlate Renata Ventura




Resenhas - A Arma Escarlate


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Will 30/12/2011

À brasileira
Eu havia pedido até para comentar aos pouquinhos, enquanto ia lendo, acerca da minha opinião sobre a obra, o que eu faria com gosto, se não tivesse lido tudo de um só golpe.

Não querendo me fazer de crítico literário, embora estudante de letras, farei os comentários de maneira pessoal e subjetiva, pois me parece muito mais produtivo tanto para o autor como para os leitores em potencial.

A princípio (as primeiro 50 ou 100 páginas), pensei que não gostaria, por algumos recursos que costumo não apreciar muito (nada): tentativa de aproximação dos diálogos com a fala real (ao estilo de Guimarães Rosa), o tema aparentemente batido da vida nas favelas cariocas; mas especialmente a minha tentativa de um paralelo direto entre A Arma Escarlate e Harry Potter me causaram alguma frustração. Eis o meu grande erro! Quis ler aquele como se fosse este, desprezando as riquezas que a história de Hugo tinha de per si. Em verdade, apreciei até algumas colocações que em outras situações eu não gostaria, como algum brasileirismo acima do comum, um protagonista que me irrita frequentemente (anti-herói), e até algumas defesas e críticas que sei pertencer à Renata - só ela para falar de Esperanto no meio de um livro como A Arma Escarlate!

Dou a vós, potenciais leitores, a chave para se ler este livro: esqueçam Harry Potter, esqueçam o estilo de J. K. Rowling, esqueçam corujas, trouxas e casas. Leiam como se entrassem num novo mundo! Certamente este terá muito a proporcionar.

Outros vários comentários poderiam ser feitos, mas então eu daria spoilers e não seria proveitoso aos que ainda não leram, então deixo para uma outra possível ocasião.

(Meu personagem preferido é o Capi, Renata! Não consegui responder a enquete... Dê mais espaço a ele no próximo livro. Estou no aguardo.)
RPGventura-2 31/12/2011minha estante
Pode deixar, Will! O Capí vai aparecer mais no próximo! :-D
(apesar de ele já ter aparecido pra caramba nesse, né? rsrs)

Ele também é meu personagem favorito.

É verdade, o Viny realmente exagera no brasileirismo dele. rsrs. Mas o Capí tenta sempre amenizar um pouco isso. ;-)

Adorei sua resenha!




Gert 04/01/2012minha estante
É muito bom ter por perto alguém que realmente entende do assunto, pra expressar de maneira concreta o que eu tinha em mente de uma forma inexata, subjetivamente intuitiva.
Will, traduziste meu sentimento em fatos palpáveis. :-)




Princesa.Leia 23/05/2022

Li esse livro em 2018 e embora goste mto do plot e de como a história e personagens é desenvolvida, o livro e cheio de estereótipos sem contar com o racismo velado na sinopse. Se poe um lado a autora valoriza a postura negação aos padrões eurocêntricos que as escolas de magia do norte e nordeste adotam, ela trata as mesmas como atrasadas ou preguiçosas, como se em relação as escolas que seguem as normas européias fossem mais evoluídas. Fora os estereótipo ridículos no personagem baiano??.
Fora que não faz sentido o protagonista fazer críticas tão inteligentes e querer entrar na bandidagem pra pegar garotas (kkkkk?)
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Carol 29/03/2021

Quanta coisa
Ai você começa um livro com aquela ideia de "isso vai ser igual ou pior que um fanfic" e termina com "meu deus, por que todos já não leram antes essa obra prima?!". Sim, esse livro é quase hp, mas com o nosso jeitinho brasileiro. A autora utiliza nosso folclore com uma riqueza diferente e formosa, e se apropria dos nossos problemas sociais de 2011 (e atuais ainda) de uma forma natural e leve; lembrando que ela ta falando do tráfico e do quanto ele é brutal. Eu não sei mais oque dizer, só leiam, por favor e passem ódio das personagens comigo.
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Renata 16/01/2015

Brilhante
Estava passando por alguns sites e vi a resenha desse livro onde me chamou pelos simples fato que tinha algo a ver com "Harry Potter", a princípio não gostei da ideia, e bem como o livro critica: damos mais valor as coisas de fora do que as que vem do Brasil, acabei perdendo um pouco a vontade de ler o livro pelo simples receio de "ser brasileiro". Muito tempo passou e finalmente tomei coragem e fui de mente aberta ler o livro (mas sempre com um pé atrás).
Nos primeiros capítulos já senti aquela euforia de ter encontrado um mundo novo e mágico, a mesma sensação de quando eu li Harry Potter lá aos meus 11 anos, achei impressionante o modo que o livro se adapta a realidade brasileira e ao mesmo tempo trás toda a magia que um mundo bruxo tem a oferecer.
A principio não gostei de Idá, fiquei me perguntando que raios de nome é esse ri muito no começo, mas logo Idá posteriormente Hugo não obteve muito a minha simpatia, pois tinha meio que o dom de querer se aproveitar das pessoas, e mostrar-se além do necessário para todos que conheceu, me prendi ao livro a partir do quinto capítulo em que olhei e pensei "tá isso não é nada a ver com Harry Potter" aquele site não tava muito certo não quando disse que era uma espécie de HP brasileiro, por que Hugo tem mais cara de Draco Malfoy(não que ele seja uma má pessoa como Draco é só por não ter muito objetivo e nem muitas escolhas no que tange a sua vida, querer sempre mostrar-se mais do que realmente é, se aproveitar das pessoas a seu modo e não dividir seus problemas para com os outros).
Simplesmente acho que Renata Ventura conseguiu trazer mais magia para a minha vida, e fez um trabalho brilhante, emocionante, e muitas vezes cruel ao mostrar a triste realidade do nosso país de: atrasos, drogas e de sempre as pessoas fazer do jeitinho brasileiro as coisas.Só tenho a agradecer a Renata (minha chará hahaha) pela maravilhosa leitura e aventura que pode me proporcionar nessas 552 paginas. Adorei!!
Por fim posso dizer que ainda espero a minha carta de Hogwarts trazida por uma coruja, Porém agora também espero que apareça um pombo com uma carta, mas não aqueles pombos-correios branquinhos e bonitos dos filmes mas sim um pombo de rua cinza e perbento.
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Claudinei Menez 15/01/2021minha estante
Vc tocou meu coração de tão linda foi essa resenha, mas:
"traumas de infância da autora para que ela queira criar esses personagens com papéis tão centrais no livro"
Será mesmo que a Renata deve algum trauma pra escrever tão mal assim? Essa eu quero ver!




Leandro | @obibliofilo_ 09/06/2012

http://www.leandro-de-lira.com/
Eu tentarei ser bem sincero nesta resenha — não que eu não tenha sido nas anteriores. Nada disso. Eu esperava muito da história e ao concluir a leitura, eu senti uma certa decepção. Não foi fácil escrever esta resenha e eu tentarei — de alguma forma — deixar bem clara minha opinião.

"O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, um menino de 13 anos descobre que é bruxo. Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar por descobrir o quanto de bandido há dentro dele mesmo."

Hugo é um personagem completamente diferente e interessante. Ele mora em uma favela, ao lado de traficantes e bandidos e quase sempre vive correndo perigo. Não é fácil viver na favela. E é justamente por isso, por viver em um ambiente completamente perigoso, que ele se destaca no meio de tantas outras pessoas da comunidade. Ele é um garoto esperto, que sabe ser ambicioso e que muitas vezes foge daquele perfil "protagonista bonzinho". Esse é um dos pontos positivos do personagem e até mesmo do livro.

"Hugo foi atrás sem pensar duas vezes e os dois se embrenharam floresta adentro na semiescuridão de fim de tarde. Apesar da ótima velocidade que Hugo alcançava em corridas, o ladrãozinho conseguia ser ainda mais rápido. Talvez por fazer parte do time de Zênite; talvez por estar completamente cheirado. Provavelmente a segunda."

Em meio a este cenário, surge um universo completamente diferente. E é justamente aí que a magia entra na história. Em alguns momentos, a semelhança com Harry Potter foi inegável. O livro faz também várias referências ao Brasil e suas culturas — e eu achei legal e interessante.

O livro também envolve outros assuntos — que de certa forma — eu os considero polêmicos, como: bullyng, tráfico e uso de drogas, falta de ética nas escolas etc. De certa forma, a autora uniu ficção e realidade de uma maneira diferente. Porém, eu acredito que a história poderia ter sido melhor.

"Vender trinta daqueles em quinze dias... para um bando de ignorantes que nunca haviam ouvido falar em cocaína. Talvez fosse até mais fácil, quem sabe. Eles não suspeitariam do perigo. Se Hugo superfaturasse, ganharia mais, e daí talvez não precisasse vender tudo."

Eu sinceramente nutri grandes expectativas em relação a esse livro. Mas nem todas foram superadas — o que é compreensível. Eu acredito que a autora possui um grande talento, porém — nesse livro — ela não soube explorá-lo tanto. Gostei da maneira como ela construiu cada um dos personagens. Mas eu senti que faltou algo na história; algo que me impulsionasse e que me surpreendesse.

A autora também usou diversos elementos do folclore brasileiro na história. Em alguns momentos, a leitura ficou um pouco cansativa, mas eu sempre tentava não abandoná-lo. E foi justamente por a Renata ser uma autora brasileira e possuir um talento inegável, que eu não abandonei o livro.

No cômputo geral, o livro é razoável. Quero deixar bem claro — e até mesmo enfatizar —, que esta é apenas a minha opinião — o que não quer dizer que você não vá gostar. Até porque eu vi que várias pessoas adoraram o livro. Eu agora esperarei o segundo livro e acredito que será melhor.

Fica a dica!
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giordanna 09/07/2022

a arma escarlate
peguei esse livro imaginando que seria uma cópia barata de Harry Potter, mas me impressionou muito a originalidade da história.

a trama é divertida e tem uma escrita bem fluida, mas tiveram várias coisas que me incomodaram, como os personagens que são cheios de esteriótipos.
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Nay 25/05/2020

Amigos leitores e fãs de Harry Potter, atenção!
Concluí recentemente a leitura do livro A Arma Escarlate (que li pois estava free na Amazon) e tive que vir aqui gritar que é um livro que deve ser lido!

No resumão, é uma versão brasileira de HP. O protagonista é de uma favela do Rio, convidado para uma escola de Magia aqui do Brasil.

"Era um sonho de consumo seu, que agora se realizava. Todos os barracos pareciam luzes de Natal lá do alto. Nada de pobreza, nada de violência."

Iniciei a leitura pensando "pqp, que plágio!", mas a construção de referências que situaram a história no mesmo universo de HP direcionou a minha percepção para ver o livro como uma fanfic, depois uma ótima fanfic (e não gosto de fanfic) e depois um ótimo livro.

Houveram alguns detalhes que deixaram a leitura desgostosa, como:

- momentos de extrema infantilidade presente no personagem principal e em alguns diálogos esporádicos (justificado pela idade dos personagens)
- a escolha de termos como "Abra-te Sésamo" e "Saravá", atalhos para os feitiços ensinados na escola apresentando-se como feitiços válidos no mundo bruxo (a trama justifica que algumas magias são tão comuns que acabam se tornando popularmente conhecidas, mas não me convenceu).

Algumas vezes Hugo é tão maduro para a idade dele (super apropriado pela história de vida) mas outras vezes é a pessoa mais ridiculamente imatura que eu já tive o desprazer de encontrar em uma leitura... momentos que me fizeram ter vontade de abandonar o livro.

Esses pequenos detalhes deixados à parte, Renata Ventura escreve muito bem e sabe nos prender a sua história. O livro já tem sequências que estão na minha lista de leitura.

Indico! Espero que leiam e espero que gostem!
“O que estou querendo dizer, Hugo, é que amigos se ajudam. E isso não é caridade. Não é manipulação. É simplesmente a definição do que é ser amigo."

site: https://www.facebook.com/fnayanderson/posts/2896594623786459
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Isabela Xavier 12/09/2013

Um livro que merece ser lido.
Quero deixar claro que eu não sei fazer resenhas. Escrevi essa porque preciso compartilhar o quanto esse livro é bom, para dizer que essa é uma história que merece ser lida. Nem farei uma sinopse, porque isso todos conhecem. Só quero dizer o quanto o livro é esplêndido.

Fiquei impressionada com a criatividade e o talento da Renata Ventura. Primeiro, que a escrita da autora é muito cativante, o tempo inteiro. Segundo, que a história é muito bem construída, nos seus mínimos detalhes. O resultado disso é que você fica tão preso à história do Hugo, que devora as páginas do livro sem perceber. Eu fiquei totalmente encantada pela construção dos personagens. Eles são TÃO reais, que parecem seus amigos, é como se existissem de verdade! Eu mal acabei de ler o livro e já sinto saudades deles, como se tivesse convivido com todos. E informo que é dificílimo um livro me passar essa extrema sensação de realidade dos personagens.

Renata Ventura definitivamente soube dar vida aos personagens. Preciso falar rapidamente do querido protagonista. Hugo Escarlate é um personagem de personalidade forte, índole por vezes duvidosa, teimoso, orgulhoso e cativante. É um menino que carrega marcas de sua dura realidade, o que justifica muitos de seus atos e pensamentos. Muitas vezes, durante o livro, você tem vontade de dizer Ô moleque, para de fazer besteira!. Mas você ainda ama o Hugo, você ainda torce pelo Hugo e você sempre perdoa o Hugo. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. Eu o vi como um irmão mais novo, de quem nunca guardei ressentimento, apenas zelei pela sua integridade. Os outros personagens também são cativantes, cada um a sua maneira. Outros propositalmente irritantes. Todos incontestavelmente bem construídos.

Além disso, a história é cheia de ação, o que muito me agrada. Isso significa que as coisas não demoram para acontecer, não há enrolação nem cenas desnecessárias. Ah, e há várias surpresas pelo caminho. Outro ponto alto: o final não poderia ter sido melhor.

Enfim, não vou me prolongar nem soltar nenhum spoiler. Só posso dizer que recomendo esse livro para qualquer pessoa. Ele se tornou um dos meus favoritos e já estou muitíssimo ansiosa para ler a continuação. Que venha logo o segundo! Meus parabéns à Renata Ventura pelo grande talento e desejo muito sucesso na carreira dela.
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Apollo Souza 06/05/2013

Uma vida estava fadada ao fracasso, seu destino era o mesmo de muitos meninos da favela, uma carta e uma aposta maluca mudam o rumo de sua trajetória, mergulhando em um novo mundo ele vai aprender novos truques para enfrentar a vida no morro, embarque com i Hugo Escarlate nessa emocionante aventura.
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Domingas.Beatriz 04/01/2021

Mundo bruxo no Brasil
Inspirado em Harry Potter, mas vai além disso.
Além de mostrar como seria uma escola de magia e bruxaria no Brasil, nos mostra como não valorizamos nossa cultura. A leitura é divertida e um pouco tensa, já que Hugo (personagem principal) é um cabeça dura kkkkk, acho que todos deveriam ler. :)
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Thiago 30/05/2013

Uma crítica social com o tom de fantasia que todo mundo quer para a vida
A Arma Escarlate trata de uma história muito e nada clássica, trazendo a imaginação inerente a todos que sonham com um mundo melhor, com mais cor e possibilidades, a uma dolorosa realidade, pesada e cheia de rachaduras. Mas fugindo ao modo figurativo de explicar, A Arma Escarlate é um romance pouco convencional e feito às modas brasileiras, com temas recorrentes num tom anti-didático porém sem fazer apologia a qualquer tipo de criminalidade ou atitude "imoral".

Os personagens são complexos e bem construídos, cada um tem a sua própria aura e Renata é muito feliz nas descrições que dá de cenários, personalidades, etnias, culturas e sotaques. Um bom exemplo é justamente o protagonista, Hugo Escarlate, que guarda dentro de si um menino imaturo e carente de atenção e respeito. Hugo evidentemente se sente inferior e se esconde numa casca de rebeldia e atitudes agressivas, cometendo pequenos e grandes deslizes no decorrer do livro, sendo que Renata Ventura tem a grande sacada e de deixar ao leitor uma liberdade de julgar seu próprio protagonista, mostrando que o garoto não é um personagem unidimensional, e sim uma pessoa completa cheia de erros e acertos - mais erros que acertos, vale salientar.

Outro grande acerto da autora sobre o protagonista é como ela dimensiona o cenário que ele vive e descreve as pessoas que lhe influenciam e ajudam a moldar o caráter - o caráter de um menino de 13 anos, ainda descobrindo o que é - e como ela descreve delicadamente cada gesto, cada reação, cada arfar, usando de estudada expressão literária e corporal para fazer de tudo muito mais real, muito mais tangível. A Arma Escarlate é tão consistente que por vezes, durante a minha leitura, cheguei a acreditar que existia mesmo uma Nossa Senhora do Korkovado.

É legal também como ela discorre naturalmente sobre sexualidade, drogas, política e até poesia nas poucas 552 páginas, e é muito bom que o segundo volume da saga saia logo, porque eu estou arrancando meus cabelos por ele!

Para finalizar, vou deixar essa citação:

"Hugo parou, hesitante. Mas precisava continuar. Nem que fosse apenas para acalmar sua consciência torturada. “Se algum dia eu te decepcionar de novo,” ele repetiu, “você promete que não vai desistir de mim?”"
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Asheley1 20/01/2023

eu amei muito a história!! confesso que fiquei receosa no começo, mas a verdade é que foi ótimo ver o mundo de harry potter no contexto nacional. a escrita da autora é super fluída e envolvente. meu personagem favorito, com toda certeza, é o Capí, todo cheio de bondade e doçura, me lembrou muito o Hagrid??
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