Resenhas - Ratos

keni :-) 04/04/2021

logo no início, simpatizei bastante tanto com a Shelley quanto com a sua mãe, por conta do que acontecera no passado delas. As primeiras páginas foram um pouco difícil de digerir, visto que aborda explicitamente sobre o bullying que a adolescente passara (o que me deixou com um grande gatilho).

porém, depois de um tempo, a leitura foi ficando mais arrastada e sem graça. A Shelley, que narra a história, se tornou uma personagem um tanto quanto confusa, com as suas teorias de conspiração. E isso já estava me deixando um pouco cansado.

mas, depois de um tempo, a história ficou aceitável para mim, e foi apenas isso. Uma história apenas boa.

Joy - @criativoocio 31/03/2021

A primeira parte do livro não é nada estimulante fiquei tentada a desistir várias vezes, pouca coisa acontece e eu achava a Shelley bem chata, mas quando o livro entra em seu ápice é difícil largar e a curiosidade de saber o que vai acontecer com mãe e filha é incontrolável, apesar das cenas um pouco confusas.
Para mim foi aquele tipo de livro que quando a leitura acaba, ela ainda fica na sua cabeça te fazendo pensar nas pessoas que vivem em situações semelhantes à dessas mulheres, que são menosprezadas e intimidadas
Com final surpreendente esse thriller psicológico vai te fazer pensar se você é um rato ou um gato.

Mari 21/03/2021

Ganhei o livro de um amigo, ele logo me disse que apenas no final que a história ficava interessante, pensei ser um exagero da parte dele, mas ele está a certo... Só no final q a história fica legal e mesmo assim nada muito interessante

A personagem principal é CHATISSIMA e não consegui ter nenhum apego a ela, a trama é enrolada e na maioria das vezes não me animava em continuar, oq salva, é q o autor em alguns (poucos) momentos conseguia instigar uma curiosidade, onde aquilo tudo ia dar, como tudo terminaria....mas até chegar no final é chão viu, nem parece q foram só 240 pags

Mabel22 18/03/2021

Esse livro mexeu comigo em muitos aspectos, definitivamente é uma obra que te faz sentir coisas, questionar o errado e o certo, se somos vítimas de uma sociedade cruel ou tomamos ciência de nossas próprias escolhas. Shelley e a mãe eram ratos, e terminaram o livro como leões, a força e determinação das duas faz parecer como se tivessem morrido e se tornado outras pessoas, mas acho que isso acontece quando se tira uma vida, a pessoa e você morrem. Leitura incrível, amei!

Myrandha 17/03/2021

Até os ratos podem ser cruéis
"? ??talvez o mais brilhante a respeito de Macbeth é que, de certa maneira, ele não tem um caráter. Ele é leal, ele é traiçoeiro; ele ama sua esposa, ele não se preocupa quando ela morre; ele é corajoso na guerra, ele é um covarde na noite do assassinato; ele mata uma mulher e uma criança indefesas, ele morre como um herói? Sha?espeare parece dizer que nós, pessoas reais, não somos o que nossos caracteres determinam, somos nossas ações. Os corajosos são, na verdade, covardes;
os covardes são corajosos; os cruéis podem ser gentis; os gentis, cruéis??-"
Essa frase, descreve toda a narrativa maravilhosa,tocante e filosofica desse livro.

lica 15/03/2021

Agradável surpresa.
Iniciei a leitura sem saber exatamente do que se tratava. Li por indicação e no desenrolar da história fui ficando mais curiosa e torcendo cada vez mais por Shelley e sua mãe.
Leitura gostosa, rica em detalhes me trouxe variados sentimentos. Gostei muito.

Milena 04/03/2021

"Talvez a crueldade tenha uma lógica própria"
Minha primeira impressão foi de que o autor tem uma escrita simples e fluida, que agregada à premissa do livro, tornou a leitura muito ágil, tendo em vista o meu interesse em descobrir os desdobramentos da história. É um livro que, se eu não tivesse lido em um clube de leitura, provavelmente terminaria em 2 dias.

Quanto à história, a violência do bullying logo nas primeiras páginas foi impactante e inesperado, mas necessário para compreender os comportamentos futuros da Shelley. Como ela cita diversas vezes, ela e a mãe eram ratos, pessoas fracas incapazes de se impor: "Ratos nunca são mal-educados. Ratos nunca são assertivos. (...) Ratos tem pavor de se impor".

No entanto, após um homem invadir a residência de mãe e filha, tudo muda. Shelley se revolta com tudo o que foi e decide deixar de ser um rato. A cena que se segue é muito poderosa, com a adolescente perseguindo o invasor, brincando com ele, o ferindo, até o momento em que a mãe o mata, com igual brutalidade ("Ele deu várias voltas ao redor da mesa e eu continuava a persegui-lo, golpeando-o, golpeando-o e golpeando-o. ?Vamos brincar de dança das cadeiras, agora! ?gritei. ?Vamos brincar de dança das cadeiras! Eu o acertei tantas vezes que perdi a conta"). A partir desse momento, a
imagem que mãe e filha tinham de si começa a mudar, enquanto compreendem ser mais fortes do que acreditavam.

Os momentos iniciais após o assassinato foram interessantes mas, infelizmente, logo a narrativa começou a desandar. Sinto que a história poderia ser mais densa do que de fato é, tendo em vista o tema abordado. Contudo, as discussões internas e entre as personagens são rasas e sem muita profundidade, considerando as circunstâncias.

Mas o que realmente me incomodou foram as páginas finais, com a chantagem clichê e a resolução conveniente. Foi um final muito fácil e apressado, que não fez jus ao início da história. Merecia algo mais elaborado, sem dúvida alguma.

Por outro lado, a cena final nas roseiras foi estranhamente satisfatória, pois é difícil não torcer pelo bem das protagonistas depois de tudo o que passaram. Mesmo que Shelley tenha perdido um pouco da minha simpatia durante o livro, eu fiquei contente em saber que ela e a mãe não teriam mais medo de se impor perante o mundo.

Karol 04/03/2021

Favoritado com louvor!
Certamente não consigo expressar em palavras o quanto achei esse livro espetacular.

Se você gosta de histórias eletrizantes e envolventes, leia, logo! ?
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Mãe e filha decidiram se mudar para uma casa afastada, em um lugar isolado, sem vizinhos. Não estavam à procura de um lar, mas de um esconderijo, afinal, elas eram "ratos". ?
Quando pensavam que finalmente tinham encontrado a paz no novo lar, uma situação perigosa e inesperada acontece: um "gato" invade a toca dos "ratos". Esse episódio irá mudar drasticamente a vida das duas. ?

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A partir daí, é tensão atrás de tensão. Tentei não me ater muito aos detalhes para não antecipar nenhum spoiler. ?
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Gostei demais da analogia que o autor fez com os ratos. Assim como esses animais, as personagens mostravam ser frágeis, indefesas e tentavam se esconder de tudo e de todos, principalmente dos problemas. ?
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"Docilmente, aceitamos, submetemo-nos, calamo-nos, não dissemos nada, não fizemos nada, porque a mansa submissão é tudo o que os ratos conheceram".?
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"Todos temos um limite - até mesmo os ratos -, e quando ele é ultrapassado algo se transforma dentro de nós".?
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É uma história bem visceral, reflexiva, toca lá fundo em assuntos delicados. Faz a gente ficar super envolvida com a história de dores das personagens. Mesmo achando errado algumas atitudes, é impossível não torcer por elas. O fim do livro não é o mais bonito e nem o mais correto, mas achei compreensível. ?
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Alerta gatilho: Bullying e violência ?
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Até agora foi o melhor suspense que li neste ano. Gostei do início ao fim. Indico muito! ?
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Aura 21/02/2021

Moral
Ok, sim eu torci para que elas se dessem bem no final mesmo sabendo que era errado.
Gostei muito do ritmo de leitura e da metáfora por trás do comportamento submisso das personagens.
Eu esperava alguma resolução melhor no final quanto ao bullying sofrido por Shelley, mas tudo bem, gostei mesmo assim.
Só achei que perdeu o gás após a morte do ladrão e de toda a solução que elas encontraram quanto as provas, ficamos numa zona de calmaria por muito tempo, por isso não dou mais estrelas, mesmo assim foi uma leitura satisfatória e gostei de ler e ter ficado nessa dúvida entre certo e errado, não dúvida, mas uma reflexão moral haha.

Carolina165 20/02/2021

ESPETACULAR é pouco
Não sei nem como começar essa resenha. Não consigo pôr em palavras o quanto eu amei essa leitura. Nada do que eu disser será suficiente para expressar tudo que senti lendo esse livro e o quanto ele é ESPETACULAR.

Foi uma leitura visceral, intensa, dolorosa, prazerosa, surpreendente, profunda, impactante, e mais todos os adjetivos positivos que existem na língua portuguesa.

Não teve nenhuma ponta solta, foi tudo amarradinho com perfeição, não faltou nenhum detalhe.

A história toda foi bem construída e os plots twists muito inteligentes. Quando eu achava que sabia onde um acontecimento ia chegar, o autor me surpreendia com um caminho inesperado mostrando o quanto essa história está longe de todos os clichês.

As protagonistas são personagens profundas e complexas e torci muito por elas. Fiquei triste com tudo que a Shelley passou e o impacto que isso teve nela. Fiquei pensando no quanto o mundo pode "estragar" uma pessoa.

Recomendadíssimo!

"[...] eu não entendia, naquela época, que a crueldade não precisa de motivos para suas atitudes". Pág. 24

"Penso que quanto maior o trauma, menos adequadas as palavras se tornam, até enfrentarmos o maior de todos os testes, quando apenas o silêncio parece apropriado". Pág. 27

"Não conseguia entender realmente por que não era capaz de me abrir com ela. Tudo em que pensava era que não importa o quanto somos próximos de alguém, sempre existirão limites - fronteiras que simplesmente não somos capazes de atravessar, questões que nos tocam tão profundamente que não podem ser compartilhadas. Talvez, pensei, aquilo que não conseguimos compartilhar com os outros seja o que realmente define quem somos". Pág. 33

Géssica 14/02/2021

Livro feito de tensão
A sinopse não faz jus ao livro, menina com vida ruim na escola e pais se separando, não é 1% do que acontece no livro, bullying, morte, traição, submissão, tortura, pra quem escrevia livro infantil o autor tem um lado sombrio

Nattacha.Iank 10/02/2021

Satisfatório
Obviamente que a violência nunca é a saída, mas o que fazer quando você vivenciou a violência sem motivo aparente na sua própria pele? Obviamente que isso te transforma. O conceito de bem e mal é abstrato quando falamos sobre relações humanas. Somos pessoas e temos atitudes condizentes com o que vivenciamos? O livro traz um debate interessante, porque apesar de simpatizar com a menina e a mãe, entender os motivos que as levaram a cometer tais atos, ainda me levaram a questionar não a índole, mas a proporção de seus atos.
Achei interessante o autor revelar a história da garota antes do desenrolar da história, nos levando a simpatizar com ela e até mesmo relevar alguns de seus traços. Ela é uma vítima que atuou de acordo com a violência que sofreu ou essa mesma violência fez florescer nela um comportamento de psicopatia? Melhor que isso, ela voltaria a cometer tais atos de livre e espontânea vontade?

AnaPah42 10/02/2021

Vítima/agressor
Bom, eu ja comecei lendo pensando "homem escrevendo mulheres vítimas de violência domestica, tem tudo pra dar errado", mas me enganei. As personagens demonstram niveis diferentes de trauma e culpa, mostrando diferentes modos que pessoas lidam com um mesmo problema em suas vidas. Só não recebeu 5 estrelas por que não tenho certeza se gostei da transformação da filha de vítima para agressor, pareceu muito automático e rápido. Tirando isso é uma ótima história. Leria de novo.

Cacadia 07/02/2021

Otimo
Realmente facinante. Suspense que te faz ler sem parar. Uma leitura fácil e ao mesmo rica em detalhes.

Dilalilac 27/01/2021

Um livro complicado de avaliar
Esse é um livro que segue por uma linha realista que me fez perceber o quanto a gente espera que livros ajam como livros. Mas na vida real é diferente. Nada é tão ritmado d'uma forma em que tudo vai ser eletrizante, conveniente ou conectado.
O início, onde se fala do passado, me prendeu muito. O meio, porém, por vezes me parecia maçante. Um meio real. Um meio com cara de meio. Não a explosividade de clímax para todo lado ou coisas assim.
Os pensamentos da personagem foram muito interessantes e tem muito de Macbeth (aliás, todos os spoilers do livro de Shakespeare, então se não quer spoiler desse último, considere deixar Ratos para depois).
A questão é... Quando terminei o livro, percebi uma coisa: o foco maior do autor não foi a história, a realidade nela talvez, mas principalmente o desenvolvimento da personagem narradora.
O desenvolvimento dela foi tão natural que eu só me dei conta de que não a vi mudar quando cheguei ao fim. Ela foi se transformando numa gradação tão natural que você não vê. Não é algo que vai escalando de repente. Não consigo pontuar momentos. Assim como o desenvolvimento realístico da história, o desenvolvimento das personagens, mas principalmente da garota, como narradora, é muito real.
Por isso digo ser complicado avaliar. Como já li em um livro, foi como jogar pimenta nos olhos de um elefante para distraí-lo enquanto se mexe em sua pata. Só me dei conta de sobre o que o livro realmente era ao fechá-lo.
Ps. Não fique esperando grandes plosts e criando expectativas. Como um livro real, você deve lê-lo sem esperar nada, bem como é a realidade.