O Céu Está em Todo Lugar

O Céu Está em Todo Lugar Jandy Nelson




Resenhas - O Céu Está em Todo Lugar


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Joelma 27/06/2022

A brilhante percepção: o céu esta de fato, em todo lugar
Esse é um dos meus livros favoritos na vida. Uma história sobre luto, perdão, descoberta, crescimento e sobretudo, um livro que fala lindamente de amor
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Maria 16/09/2022

O céu está em todo lugar
Se fosse pra dar uma nota de 1 a 100 daria 1000. O livro tem bastante páginas mas achei a leitura até bem rápida.
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AngelaS.DiasNagami 20/08/2022

Sútil
o luto é um processo lento, dolorido e cada pessoa reage de uma forma. Todos sabem disso. Admitir que podemos viver e tirar grandes alegrias durante esse processo que é difícil de acreditar. Nem só de tristezas se faz o luto. Se adaptar e ver que o mundo continua a girar é o que você tem que fazer logo após a perda. Não é fácil. Mas é necessário. Esse livro me fez bem no momento que passo. Após 2 meses sem uma grande amiga, pude ver que as vezes é mais normal do que pensamos continuar a sorrir. E vou continuar sorrindo, mesmo a saudade doendo sempre... ?
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Tielle | @raposaleitora 12/07/2013

Resenha Livromaníaca
Primeiramente devo comentar sobre o maravilhoso kit que a Editora Novo Conceito enviou. Contendo uma linda caixa, o livro e um marcador. O livro parece uma capa dura, com uma textura mais grossa e as imagens dentro do livro são muito lindas.

Em o Céu está em todo lugar conhecemos Lennie Walker uma adolescente de apenas 17 anos que perde sua irmã mais velha abruptamente. Em total luto, ela só pensa sobre tudo o que havia acontecido e sobre tudo o que ainda deveria acontecer com elas.

Enquanto Lennie sempre foi a nerd, romântica e até um pouco introvertida, Bails era aquela que chamava a atenção por onde passava, o centro das atenções. Mas com sua morte, Lennie se vê nos holofotes pela primeira vez e é forçada a amadurecer rapidamente.

Lennie se vê dividida entre dois rapazes e dois sentimentos que se confundem. Um deles é Joe Fontaine, um garoto que chegou a pouco tempo de Paris, amante da música, romântico e completamente apaixonante, ao seu lado ela conhece a paixão e tudo o que nela envolve; O outro é Toby, ex-namorado de Bails, que está em completo luto e consegue compreendê-la mais do que todos os outros, mas se aproximar dele é uma traição à sua irmã e isso a deixa confusa sobre o que ela deveria fazer.

No meio de romances, superações, tristeza e alegria. O leitor é envolvido nesse mundo, onde nos sentimos parte do cenário. Big e a vovó são personagens super divertidos e cativantes, não tem como não sentir falta deles agora que o livro terminou.

Um livro que trata de perda, mas também do ganho do amadurecimento e do amor.

site: http://girlfreakbooks.blogspot.com/
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Rose 30/04/2014

Gente, nem sei como vou falar deste livro para vocês, realmente, me faltam palavras para descrevê-lo. Esperei muito tempo para ler, na verdade, me apaixonei por ele desde a primeira vez que vi a capa dele. Então vocês podem imaginar a alegria quando o consegui através de uma troca feito pelo Skoob. A expectativa era enorme, e mesmo já tendo lido várias resenhas sobre ele, não estava preparada para a beleza da história.
Bailey e Lennie são duas irmãs que foram abandonadas pela mãe ainda quando pequenas. Elas foram criadas pela avó e pelo tio. Juntas dividiam o quarto e a vida, até o dia em que Bailey morreu aos 19 anos e Lennie teve que aprender a seguir sua vida sozinha, sem sua adorada irmã.
Perdida em seu sofrimento, ela tenta encontrar seu caminho, pois apesar da morte da irmã, a vida a sua volta continua. Aliás, é engraçado isso, amamos tanto uma pessoa e sem mais nem menos ou algum tipo de aviso prévio ela vai embora para nunca mais voltar, e nós ficamos com uma vida a ser vivida quando na verdade o que mais queremos é que o tempo pare.
Com Lennie não foi diferente, ela não aceitou a morte da irmã (mas quem aceita?), ela nem aceita mexer nas coisas da irmã, deixando o quarto que ambas dividiam do mesmo jeito que estava quando Bailey morreu.
Para ter um pouco de sua irmã, ela começa a espalhar pela cidade inúmeros bilhetes, em copos descartáveis, guardanapos, folhas de caderno, árvores... onde desse para escrever ela escrevia. Tudo para que de alguma forma Bailey estivesse de volta, ou então uma forma de extravassar o que sentia.
E então sem precerber ela se vê apaixonada. Mas será que ela tem o direito de se apaixonar e ser feliz diante da morte da irmã? E o que é pior, será que mesmo apaixonada por um, ela pode se sentir atraída por outro? Será que sua irmã lhe perdoaria?
Eram tantas as perguntas, tantos medos e incertezas que Lennie vivia, e o que era pior, ela tinha que enfrentar tudo sozinha, sem sua irmã. Afinal, uma coisa é certa, quem morreu foi a Bailey, e Lennie está viva e tem que seguir em frente.
É uma história linda, que merece ser lida. Todo o livro é encantador, desde a capa, passando pelas letras azuis (o livro não é feito com letras pretas), até a divisão dos capítulos ou as imagens dos bilhetes escritos pela Lennie e jogados ao vento que depois foram recolhidos pelo Joe. Mas quem é Joe, bem, isso eu não conto, vocês vão ter que ler para saber, e tenho certeza que ao lerem gostaram.

site: http://www.fabricadosconvites.blogspot.com.br/p/minhas-resenhas.html
Clarice.Castanhola 27/06/2015minha estante
Amei a maneira que vc usou para se expressar, me fez se interessar pelo livro....um livro arrebatador :D




BIA 07/02/2012

Eu não esperava absolutamente NADA desse livro, tanto é que eu acabei ganhando e coloquei apenas um sorriso amarelo porque achei que não combinava comigo e que ia passar muito tempo até dar a mínimo vontade de lê-lo.
Peguei um dia desses pra folhear, nao deu outra, no dia seguinte eu já o havia acabado e sinceramente, não tem como descrever.
É ambientado maravilhosamente bem, as coisas são tão puras e tão mágicas, tão detalhadas e tão apaixonantes. As pessoas são reais, mesmo que você sequer consiga imaginá-las, as paisagens são lindas, a simplicidade e a magia estão entrelaçadas em todas as páginas do livro.
É tudo mágico e super sincero e até quando você não consegue entender as atitudes da Lennon, quando você fica completamente "wtf" você vê que não é maldade, não é sequer burrice. É desespero, tão profundo, tão puro que é quase palpável, você se sente tão conectado ao mundo dela, à sua família, à sua cidade, ao amor que ela sente e principalmente à sua tristeza. Quase chorei em diversas partes porque o livro é assim.
Um ressalve pra essa edição MARAVILHOSA que a Novo Conceito fez, o livro por si só é um obra prima, e o conteúdo corresponde!
Só achei que as frases que colocaram pra chamar atenção do leitor foram muito apelativas, não pegam a verdadeira natureza do livro, não é sobre se apaixonar pra esquecer a dor, é sobre sofrer o que você tem que sofrer e quando você for capaz de abrir os olhos de novo, aproveitar todo o resto que a vida tem a lhe oferecer, é sobre esperança. Claro que o romance é uma parte fundamental do livro, mas não é o bote salva vidas, é só o primeiro momento de fé que ela vê depois de tanto tempo presa, é o que a faz abrir os olhos novamente.
Provavelmente eu estou meio emotiva nessa resenha, e nem tem nenhum motivo especial, mas foi um livro tão lindo, tão fofo e tão puro que eu simplesmente não consegui evitar.
Comentário Away: Como estudante eu fiquei maravilhada com a escrita do livro e ainda mais satisfeita em saber que a Jandy é editora! Me inspirou completamente!

mais resenhas em: http://sellingyourbooks.blogspot.com/
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SahRosa 18/10/2013

Após perder sua irmã mais velha, Lennie Walker vê sua vida perder o sentido, a alegria. Abandonadas ainda crianças, Bailey e Lennie foram criadas pela avó e o tio. Duas irmãs inseparáveis, que enfrentavam juntas a ausência de sua mãe. Até que o inevitável acontece, aos 19 anos, Bailey morre subitamente e Lennie não consegue aceitar esse fato, diante de cada detalhe da irmã, ela se vê ainda mais perdida. Como continuar? Como suportar o fato de que a cada dia, tudo que um dia sua Bailey foi, tudo que era, esta desaparecendo?

Diante de uma perda dolorosa, Lennie ainda precisa encontra seu próprio caminho, mas como fazer isso se sua mente e coração estão em uma completa confusão? A frente dela aquele que a faz feliz, trazendo um pedaço do céu para sua vida, do outro, a pessoa que ajuda a trazer um fragmento de sua irmã de volta para sua estória.

***

A perda de um familiar, nunca é fácil de superar, a dor permanece viva a todo instante, não queremos seguir em frente, a ferida parece estar aberta a cada dia e acreditar que o tempo cura tudo, é impossível. É isso que Lennie nos mostrada ao longo do livro, uma dor arrebatadora, que ela quer a todo custo guardar dentro de si e muitas vezes esquecendo-se que há outras pessoas passando pela mesma situação. Lennie se torna um tanto mesquinha e egoísta, mas que aprende com os seus próprios erros, percebendo que amor pode florescer mesmo na tristeza, sendo o único antídoto para tanta magoa.

Narrado em primeira pessoa, Jandy Nelson, nos brinda com um romance tocante, sua escrita é envolvente, mas infelizmente, a estória somente engata na segunda parte do livro, onde vemos uma Lennie mais madura, disposta a seguir seu caminho, a finalmente sonhar seus próprios sonhos. Antes de chegar à segunda parte do livro, eu considerava Lennie deprimente, e pelo fato de ser ela a narradora, mostrando seus sentimentos, sua visão dos acontecimentos, não adiantava o quanto eu li, parecia que a estória não caminhava e dava apenas volta no mesmo ponto. Mas ao longo das 423 páginas, foi ficando mais fácil de compreendê-la e o livro começou a fluir, fui me afeiçoando aos personagens e torcendo pela felicidade de Len.

No entanto, o final deixou a desejar, virei a ultima página sentindo que havia algo mais a ser dito, como se ainda faltasse alguma coisa. Reli uma, duas, três vezes, para ter certeza que era apenas aquilo e nada mais, fiquei decepcionada com o desfecho, principalmente ao ver o último poema de Lennie e a nota por detrás do mesmo. Esses poemas escritos por Len, abrem alguns capítulos, onde somos apresentados aos seus versos, que são espalhados pela cidade, um modo que ela encontrou de desabafar e contar partes de sua própria estória.

Quanto ao trabalho da editora em relação ao livro, o leitor é brindado com folhas amareladas, letras em azul e uma diagramação bela, somente a capa que deve ter um cuidado especial, pois seu material é bem frágil.

O Céu esta em todo lugar, é uma leitura com altos e baixos, que requer certa paciência e compreensão em alguns momentos, que pode frustrar quando finalmente fechamos o livro.


site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/
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Sarah Malta 20/02/2013

O céu preso em 424 páginas
Lennon (sim! Por causa do cantor ilustre John Lennon) Walker é uma garota de dezessete anos comum. Tímida, loucamente apaixonada por livros (especialmente O Morro dos Ventos Uivantes) e por música. Leva uma vida comum para uma moradora do nordeste da Califórnia. Mora com a avó e o tio, toca clarinete para a banda da escola, trabalha meio período em uma lanchonete e tem uma melhor amiga (chamada Sarah!), e, assim como todas as garotas de seu colégio, fica encantada com a chegada do novo aluno, Joe Fontaine, um belo músico francês que se parece com Heathcliff.
Apenas uma coisa diferencia Lennie dos demais: ela está de luto.
A pessoa que mais significava para ela neste mundo, sua irmã Bailey, morreu enquanto ensaiava para o papel de Julieta, subitamente. Como uma dessas doenças que acomete a pessoa de repente e a leva desse mundo, sem nos dar uma chance de nos despedir.
Para a surpresa de Lennie, o mundo não para com o coração de Bailey, e ela se pega obrigada a seguir sua vida normalmente mesmo sem a sua irmã, a pessoa em que mais confiava, amava e acreditava. É claro que a tristeza acomete-a tão forte quanto deveria ser. Mas parecia que ninguém entendia o que ela passava.
Ninguém, a não ser Toby, o namorado de Bailey.
Espalhando seus poemas tristes e sentidos pela cidade, rabiscando seu exemplar de O Morro Dos Ventos Uivantes, e tão triste quando uma brisa fria, Lennie se vê enfiada em um arremedo de problemas e frustrações.
E mesmo assim se apaixona.
A história, em si, é uma coisa loucamente angustiante e perfeita e infiel e culposa e gostosa e malvada e sensível e linda. Por favor, perdoem as adições. Eram necessárias. Não conseguiria mostrar meu desespero (por que O céu está em todo lugar também é profundamente desesperador) se não adicionasse tantos "e's". Só quero que vocês entendam a imensidão dessa narrativa, desse enredo, a complexidade dos personagens e da tristeza acometida nesse livro.
Jandy Nelson, nerd suprema que é (poetiza fanática, formada em Brown, Cornell e Vermont, sintam a responsa), ensina nesse livro o quão complicado é... crescer. Sobretudo quando isso acontece no meio de uma tragédia, ainda que, de certa forma, todos nós vivamos nossos problemas e decepções. Não somos, enfim, muito diferentes de Lennie, a garota que escreve poemas em papéis de pirulito e copos descartáveis e os enterra ou esconde em cascos de árvore.
Digamos apenas que o livro intensifica tudo. Ao nível duzentos.
E quem diria que Lennie Walker só descobriu a si mesma depois de perder tudo?
Bom, essa história me fez rir e chorar, e eu amei demais. Não é só uma história de amor. É uma história de vida, de como aprender a viver com a dor inebriante da perda de um ente querido. Por muitas vezes você vai se surpreender com o nível de pensamentos que está formulando durante a leitura. Muitas vezes você vai ficar confuso, e não vai saber do que gostar, em quê acreditar.
Apenas bons livros fazem isso.
HOLE CRAP! Os poemas!
Esse livro é repleto de gravuras de poemas que Lennie simplesmente espalha pela cidade. Ela escreve onde bem entender e, então, joga por aí. No jardim de sua avó, na floresta, no banheiro da lanchonete onde trabalha, preso a uma árvore, enterrado, na sola de seu sapato... Não importa. Lennie escreve o que sente, mas, ao contrário da maioria dos poetas (ou talvez de todos eles), dá seus poemas de presente para o mundo do jeito mais improvável e sensível.
É claro que isso enevoa a história ainda mais. Tudo é muito tangível, gostoso. Ler O céu está em todo lugar é como entrar em um novo mundo, viver e encarnar uma nova história, triste, sentida. É como colocar todos os seus sentimentos em uma cúpula e sacudir até doer. Seu espírito fica leve. E, mesmo triste, você se sente feliz.
(contextuando.blogspot.com.br)
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Aline Anjos 15/06/2016

O Céu Está em Todo Lugar
Este foi o primeiro livro de Jandy Nelson do qual eu li. Foi uma boa leitura, mas devido a algumas resenhas lidas anteriormente eu esperava mais deste livro, que confesso não ter prendido minha atenção totalmente. Quanto a diagramação/estrutura do livro, é simplesmente linda a cada página.
Lennie Walker sofre uma sucessão de perdas durante sua vida. Mesmo com tão pouca idade se vê desorientada no mundo após a sua maior perda, sua irmã Bailey. Para completar, Lennie está prestes a iniciar sua vida amorosa de forma conturbada entre dois garotos, dos quais mexeram com uma explosão de sentimentos.
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Tarsila 17/07/2012

Uma leve história sobre luto
Fiquei interessada neste livro não pela sinopse, mas por causa de recomendações, embora sem tantas expectativas por causa de alguns comentários negativos que li.
O livro chegou e não teve como não ficar encantada. É realmente lindo como todos dizem; a textura da capa e o formato das orelhas são diferentes, a cor da fonte do texto é azul, no início de cada capítulo há uma página com a imagem de um pedaço de céu, e, o que mais chama atenção, há várias páginas com escritos irregulares, que imitam letra manuscrita, nos mais diversos fundos: papéis amassados, copos, galhos, paredes etc.
É claro que isso me deixou completamente curiosa. Li o primeiro capítulo e deixei-o lá, jurando que ia conseguir só voltar a lê-lo quando terminasse os livros que estava lendo. Na tarde do dia seguinte acabei não resistindo e voltei ao livro. Resultado: quando fui dormir, de madrugada e revoltada pelo sono não me deixar terminar a história, havia passado da metade do livro. Na tarde seguinte, terminei O Céu Está em Todo Lugar.
Não tem como parar de ler. Sério. Já faz certo tempo que eu não tenho tão forte essa sensação quase doentia de preciso continuar lendo.

A protagonista e narradora é Lennon Walker, chamada comumente de Lennie, uma clarinetista de 17 anos meio neurótica. Sim, por que quem é que lê o mesmo livro 23 vezes? O livro em questão é o clássico (campeão em citações em livros americanos) O Morro dos Ventos Uivantes, que ela lê para “se acalmar”.
Lennie sente-se perdida; sempre viveu à sombra de sua irmã mais velha, Bailey, que morreu recentemente. A mãe de ambas é uma “exploradora”, como a avó, que as criou, explica, e não voltou para casa desde que saiu, quando Lennie tinha um ano. A ausência dos pais – nenhuma das duas conheceu o pai – só fez com que as irmãs se tornassem mais próximas, dividindo o quarto, as roupas e os sonhos.

“Nas fotografias em que estamos juntas, ela está sempre olhando para a câmera, e eu estou sempre olhando para ela.”

A família Walker é excêntrica. A avó dedica-se a cuidar de um belo jardim, possuidor de efeito sonífero e afrodisíaco. O tio Big, que depois do quinto divórcio veio morar com Lennie, é um homem grande que fuma maconha e tenta ressuscitar insetos.
Lennie sempre se encantou com o amor como o de Heathcliff e Cathy, de O Morro, porém até então não havia se interessado por garotos. O que acontece depois do falecimento da irmã.
Toby é um garoto de feições felinas, silencioso com pessoas mas idôneo para se entender com animais. Ex-namorado de Bailey, parece o único a compreender a dor de Lennie; e os dois veem-se envolvidos, buscando desesperadamente a irmã e a namorada que perderam.
E há Joe Fontaine, que Lennie conhece quando volta a frequentar a escola, um músico talentoso que, com seu sorriso enorme e constante, contagia a todos, até mesmo “John Lennon”, como chama a clarinetista enlutada, com sua alegria espantosa.

“Quando Joe toca seu trompete eu caio da minha cadeira de joelhos quando ele toca todas as flores trocam de cor e anos e décadas e séculos de chuva voltam para o céu”

Os personagens são cativantes e originais, às vezes caricatos; algumas das situações são inverossímeis, mas a autoras declarou as estranhezas “verdadeiras”. A história é permeada por poemas, frases e diálogos escritos por Lennie que nos fazem conhecer mais sua irmã e são lançados ao acaso, conteúdo este presente nas páginas “diferentes” que mencionei. As situações vivenciadas por Lennie são bastante envolventes, e a leitura ganha um ritmo célere.
A linguagem é o melhor de tudo, sensível, delicada e poética, repleta de figuras de linguagem. A autora Jandy Nelson, aliás, é também poetisa, e conta essa história belamente, criando imagens que chamam atenção não só pelas emoções que transmitem mas pela construção bem-elaborada.


“É como se alguém tivesse aspirado o horizonte enquanto estávamos olhando para outro lado.”

“(...) quando eu passo, as conversas fluem, os olhares demonstram uma compaixão de me dar nos nervos, e todos me encaram como se eu estivesse segurando o cadáver de Bailey em meus braços, o que, por sinal, acho que estou.”


É difícil para Lennie descobrir como prosseguir sem ser acompanhando sua irmã cheia de vida, é extremamente difícil se desfazer de seus objetos pessoais, retirar suas coisas do quarto, o que ilustra sua relutância em existir sem ela. Depois da morte de Bailey, com a família Walker desolada, Lennie sente a vida mais intensamente, por ter sentido a morte à espreita. Sente a perda da irmã o tempo todo, em tudo que faz e vê a lembrança dela volta, a ausência permanece. Chegando a sentir culpa por continuar viva, Lennie precisa amadurecer e descobrir como ser autora de sua própria história.
Eu resumiria o livro como extremamente envolvente; não cansa em momento algum, pelo contrário, sentimos a dor de Lennie em cada linha, em cada lamento; somos transportados para ela mediante uma linguagem admirável, e o romance faz que a história, que também contém humor, adquira uma dose de leveza.
O Céu é o romance de estreia de Jandy Nelson; fiquei bastante interessada em ler outras obras suas, não só romance como também poemas...
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 03/12/2015

"Sou loucamente triste e, em algum lugar lá no fundo, tudo o que quero é voar."
"E acabei de perceber que posso ser a autora da minha própria história, mas todo mundo também é dono da sua própria história e, às vezes, como agora, as histórias não se sobrepõem." (página 314)

Num livro que ganhei, veio um folheto com um trecho de O céu está em todo lugar. Normalmente não presto muita atenção nesses folhetos, mas esse eu li, e fiquei com muita vontade de ler o livro, mas muita vontade mesmo! Coloquei na minha lista de desejados. Consegui emprestado e gostei tanto da história quanto suspeitei que gostaria ao ler o folheto. O céu está em todo lugar se tornou um dos meus favoritos! E preparem-se para uma resenha cheia de quotes!

Lennie Walker, a protagonista, tem 17 anos, é clarinetista, já leu O morro dos ventos uivantes mais de 20 vezes e gosta de escrever bilhetes e escondê-los em qualquer canto. Ela tem uma família pouco convencional, mora com sua avó e com Big, seu tio com voz de trovão. A avó e o tio tem uma aparência marcante, são altos se comparados as outras pessoas. Bailey. A irmã mais velha de Lennie, também morava com eles, até seu coração parar de bater e ela morrer de forma inesperada.

"Mas então, de repente, começo a perder o fôlego, afundando-me no cimento duro e frio que é a minha vida agora, pois me lembro de que não posso correr para casa depois da escola para contar a Bails sobre o novo garoto da banda." (página 21)

Com a morte de Bailey, a vida de Lennie virou de pernas pro ar. Lennie sempre se sentiu confortável na sombra da irmã. Desde que a mãe das duas sumiu no mundo, quando elas ainda eram bem pequenas, uma se apoiava na outra. Lennie está em uma fase muito difícil, nem sua avó, nem seu tio, nem Sarah, sua melhor amiga, parecem ser capazes de entender a dimensão de seu sofrimento. Toby, o cowboy skatista namorado de Bailey, e Lennie se aproximam, um parece encontrar algum conforto na presença do outro, já que ambos amavam Bailey profundamente. Mas dessa aproximação, começam a surgir sentimentos inesperados, uma atração louca.

"A última gaveta está cheia de cadernos da escola, anos de trabalho agora inúteis. Pego um deles, deslizo meus dedos pela capa, seguro-o contra meu peito e então o coloco na caixa. Todo o seu conhecimento não vale mais nada. Tudo o que ela aprendeu a vida toda e ouviu e viu. A sua forma específica de ver Hamlet ou as margaridas, ou a sua ideia sobre o amor, todos os seus complexos pensamentos escondidos e as consequentes reflexões secretas - tudo isso se foi também. Um dia ouvi esta máxima: 'Toda vez que alguém morre, uma biblioteca se incendeia'. Estou vendo uma ser queimada diante de mim." (página 234)

A vida amorosa de Lennie era extremamente parada até então, mas além de Toby, surge Joe, um garoto novo na escola, excelente tocador de violão. Joe traz uma lufada de ar fresco para vida da família Walker, ele começa a frequentar a casa deles, é como se nos momentos em que ele está presente, Big, a vovó e até Lennie conseguissem voltar a viver.

Lennie, com sua paixão pelos livros, pela música e por escrever, precisa aprender a viver sem a confortável proteção de sua irmã, precisa aprender a suportar a dor da perda e enxergar e compreender as pessoas ao seu redor. Tenho dificuldade para identificar se um personagem evoluiu ou não durante um livro ou uma série, mas a evolução de Lennie é evidente.

"Como foi que, de aficionada por livros e nerd de banda passei a ser a levada-com-dois-caras-no-mesmo-dia?
A vovó sorri, sem saber da bile súbita que vem à minha garganta, do meu estômago que se contorce. Afaga meu cabelo novamente.
- No meio dessa tragédia toda, você está crescendo, e isso é uma coisa maravilhosa.
Suspiro." (página 210)

Narrado por Lennie, O céu está em todo lugar fala sobre a morte, sobre as descobertas da adolescência, sobre o amor e sobre famílias. A história é intensa, emocionante, reflexiva e também divertida. Minha vontade era ler e ler sem parar! Era como se eu estivesse ao lado de Lennie o tempo todo, no Refúgio (como ela chamava seu quarto), no rio (onde ela ia passear), em todos os lugares onde as cenas aconteciam. Todos os personagens são marcantes e bem construídos, estão longe de serem perfeitos, mas nos cativam. Preciso falar mais sobre o Joe, talvez seja o garoto mais encantador que já conheci nos livros, impossível não se sentir vivo perto dele.

"Ele praticamente pula em cima de mim. Seu quociente de felicidade me deixa impressionada. Na fábrica de humanos, alguém deve ter se enganado e colocado uma dose a mais nele do que no resto de nós. - Pensei em um dueto que podíamos fazer. Só preciso alterar alguns arranjos..." (página 195)

"Mais tarde, enquanto toca sem cessar, toda a névoa desaparece. Ele tem razão. É exatamente isso, sou loucamente triste e, em algum lugar lá no fundo, tudo o que quero é voar." (página 112)

Talvez eu me identifique demais e goste muito de personagens assim, loucamente tristes e com vontade de voar, talvez eu seja assim, mas nem todas as pessoas gostam. Acho que há pessoas que entendem e há pessoas que não entendem e nem querem entender o que os outros sentem, o grupo dos que não entendem talvez não goste de um livro tão intenso assim.

Um ponto que achei interessante foi sobre o fato de a mãe de Lennie ter deixado a garota com a avó, no livro é questionado se fosse o pai que tivesse abandonado a filha, se essa situação causaria tanto espanto.

"- Toda família tem suas coisas, certo? E essa tendência, seja lá o que for, por alguma razão, é típica da nossa família. Seria pior, se sofrêssemos de depressão ou alcoolismo ou amargura. Nossos familiares aflitos apenas caem na estrada..." (página 284)

Gostei da capa, é bonita e relacionada com a história. A revisão está boa, as páginas são amareladas, com bom tamanho de letras, espaçamento e margens, e as letras são azuis, e não pretas, como na maioria dos livros. Ele é dividido em capítulos, e tem reproduções dos bilhetes que a Lennie escrevia, essas reproduções parecem tão reais que cheguei ao ponto de passar a mão em uma página, tentando desamassar as bordas de um bilhete em um pedaço de papel! Foi um trabalho admirável da Editora Novo Conceito!

"Estou anotando um poema na sola do sapato quando eles voltam.
- Acabou o papel? - Joe pergunta.
Abaixo o pé. Argh. Qual a sua especialidade, Lennie? Ah, é: idiotologia.
Joe senta-se com todos os seus membros em graciosos movimentos, um perfeito polvo.
Estamos olhando para ele novamente, ainda incertos sobre o que fazer com o estranho no meio de nós. Contudo, o estranho parece estar bem confortável conosco." (página 107)

Tomei essa frase para mim:
"... pergunto-me como um imenso amor por alguém pode caber dentro do meu corpo franzino." (página 372)

Detalhes: 424 páginas, ISBN: 9788563219374, Skoob (média de notas: 4,2/5). Onde comprar online: Americanas, Submarino.

Enfim, acho que deu para notar pelo tamanho da resenha e pelo tanto de citações que coloquei, que eu amei O céu está em todo lugar, tanto que dei 5 estrelas na minha classificação no Skoob e coloquei na minha lista de favoritos, algo que acontece com poucos livros que leio (mas eu adoraria que acontecesse com mais frequência, que todo livro que eu lê-se me encantasse tanto que se tornasse meu favorito).

Em 2015, foi lançado no Brasil, um outro livro da autora, com o título de "Eu te darei o Sol" (que estou com muita vontade de ler; e o que dizer dos títulos poéticos dos livros dessa autora?), e vi muitos elogios à autora nas resenhas que li sobre ele. Então, recomendo para os leitores de "Eu te darei o Sol", que também leiam O céu está em todo lugar. E recomendo também para todos os leitores, para que possam conhecer e serem tocados pela história da Lennie.

"Sempre me senti parte de uma narrativa, mas não como autora dela, ou como se tivesse algo a contar sobre ela, qualquer que fosse.
Você pode contar a sua história da maldita maneira que quiser.
É o seu solo." (página 287)

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/12/resenha-livro-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html
Cinthia 03/12/2015minha estante
Leia Maria, você vai amar. O livro é muito lindo, muito!


Cinthia 03/12/2015minha estante
Ambos os livros citados por você são lindos. Amei os dois, mas ainda prefiro O Céu está em todo lugar.




Gab 06/04/2015

Bailey nunca vai saber o que acontece no fim
Bailey morreu. É a única coisa que Lennie pensou nos últimos meses, e ela tem tentado aprender a lidar com a partida da sua irmã, na qual era tão próxima. Se vendo pela primeira vez sozinha e com todas as atenções para ela – já que Bailey era a irmã que sempre se destacou mais, sempre foi extrovertida e sempre chamou a atenção -, Lennie não imagina que, como diz na sinopse, precisaria “se equilibrar entre dois garotos”.

Logo no início, vemos Lennie se envolvendo com Toby, o rapaz que era namorado de sua irmã quando ela ainda era viva. O envolvimento dos dois é mais voltado para o sofrimento de ambos da perda do que de qualquer outro sentimento de paixão ou amor; é uma necessidade de apagar aquele sofrimento, de sentir alguma coisa que não seja aquilo e está bem claro que é algo conduzido às cegas pelos dois. Nenhum deles sabe exatamente o que está fazendo. Eles estão, de alguma forma, tentando se consolar.

E então, temos o – pisca, pisca, pisca – Joe, um garoto novo na cidade que compartilha do mesmo amor pela música que Lennie tem. O carinho entre os dois é tão brilhante que pensei que estivesse em um filme da Disney quando comecei a ler. É difícil não se apaixonar pelos dois, juntos, shippando eternamente esse casal.

Mas Lennie não se conforma com o fato de ela estar se apaixonando por Joe e se envolvendo cada vez mais com Toby – principalmente com Toby – enquanto ela deveria estar de luto pela sua irmã. Por mais que Lennie tentasse encontrar a felicidade e a vontade de continuar seguindo em frente, toda vez que ela se pega lembrando da irmã ou descobrindo e encontrando algo que ela não imaginaria deparar com sobre Bailey, ela acaba voltando sempre para a estaca zero.
O Céu Está em Todo Lugar é um lindíssimo livro que fala sobre a superação de uma garota na perda de sua irmã, assim como também o desabrochar do primeiro e verdadeiro amor. Ele se tornou o meu livroterapia preferido, no qual pego para ler sempre que preciso relaxar ou encontrar alguma razão para não esganar alguém ou fazer besteira. O livro é inteiramente narrado por Lennie Walker em uma narrativa doce e poética, que flui com facilidade e te dá uma visão ampla de tudo o que está acontecendo ao redor dela, inclusive sobre os seus sentimentos em relação a tudo: Toby, Joe, Bailey… A história também traz um ar peculiar, explorando um cenário diferente, personagens diferentes, personalidades diferentes. Principalmente as situações. Em alguns pontos, posso dizer que é bem estranho encontrarmos certos elementos assim na história, mas nem por ele ser estranho significa que é ruim. Eu, particularmente, adorei essa peculiaridade do livro.

Uma das coisas que eu definitivamente amei e que, pra mim, se tornou a identidade do livro, foi a diagramação única. As páginas eram amareladas, mas a fonte era azul-escuro com uma margem generosa. Apesar de eu não ter gostado da fonte a princípio, vi que ela conversava bem com a história. E agora, tcharã, temos o especial: os poemas a cada quebra de capítulo. Sempre no final e algumas vezes no início de um novo capítulo, existe uma página ilustrada em fotografia com um poema escrito por Lennie Walker: em uma árvore, em um copo de café, em um pedaço de papel, uma nota fiscal. A ideia é maravilhosa e os poemas e textos são indiscutivelmente lindos.
Para mim, é um livro muito emocionante. Eu chorei rios, principalmente com os poemas e textos da Lennie que são, indiscutivelmente, as melhores partes do livro. Não que a história seja ruim, muito pelo contrário: ela é maravilhosa. Os textos e os poemas a elevam a um nível muito maior do que apenas maravilhosa. Sem dúvida é um dos meus livros preferidos.

site: www.pandorafairel.com
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Má Contato 26/07/2014

Resenha do blog www.minhaalmapedelivros.blogspot.com
No meio de dois amores, é preciso escolher aquele que a faz melhor, o certo pra ela.

Por quê eu esperava outra coisa do livro? Ao ler a resenha, imaginei uma história forte, pesada, apesar de a capa ser bem leve. Pelo fato de ler sobre a morte, sobre uma garota abandonada pela mãe e que acabou de perder a irmã. Mas, realmente, me surpreendi. O livro é leve, é fácil de ler, é lindo!

O que sobressai é o amor. Como se descobrir? Como se sentir em pleno amor logo após a morte de sua irmã? Como lidar com a culpa de estar feliz logo após da morte da irmã?

No fim, decidi: muito fofo!
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RUDY 31/03/2012

RESUMO SINÓPTICO:
Lennie na verdade é Lennon (homenagem feita a John Lennon) mora com a avó, considerada excêntrica que cuida de plantas, além de ter 1,80m e com o tio Big. A mãe desapareceu enquanto era criança e agora enfrenta a morte de Bailey, sua irmã mais velha, a quem tinha como ídolo. Escreve poesia, é clarinetista e gosta de ler, mas está totalmente perdida, sem saber o que fazer da vida.
Toby era o namorado de Bailey e acaba confundindo e transferindo para Lennie o sentimento que tinha pela irmã e por ambos amarem muito a falecida, acabam envolvendo-se de forma incontrolável, mesmo sabendo que era errado...
Joe Fontaine é novo na escola e toca na mesma banda de Lennie na escola. Extremamente feliz e com sorriso irresistível, faz que Lennie sinta-se ‘viva’ e acaba por conquistá-la cada vez mais; com Joe ela descobre o que é o amor... Porém, por fazer tudo de forma errada em sua concepção, acaba por perdê-lo e descobre-se desesperada por poder conquistá-lo novamente...

Para ler a resenha completa, análise e avaliação, visite e comente nos blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/03/resenha-20-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html

BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/03/o-ceu-esta-em-todo-lugar-jandy-nelson.html
Juliana Soares 06/04/2012minha estante
É uma bela historia, daquelas que temos vontade de ler em poucas horas, sem parar pra nada.
Gosto das tuas resenhas por isso.
Minha filha, que ama ler, já está louquinha pra "devorar" o livro.
obrigada, Juliana Soares


Michelle 15/02/2023minha estante
história lindaaaa




Elis 09/05/2012

Estou apaixonada pelo livro.
Quando li a sinopse do livro, pensei "Quero ler esse livro", mas meses e meses se passaram sem que eu sequer cogitasse lê-lo. Só que minha cabeça de bookaholic funciona assim mesmo, leio uma sinopse, penso que vou querer ler e compro. Pode levar um minuto ou um ano, irei ler no momento que o livro me chamar. Então porque não comprar só quando quiser ler? Simples meu caro Watson, preciso tê-lo a mão, como vou ouví-lo me chamar se ele estiver na livraria em vez de na minha casa? Louco? Sim, é. Assumo. rs
Ontem esse livro me chamou, coloquei na bolsa e o levei para o trabalho, dentro do ônibus, vivendo meu sempre longo engarramento de todo dia, comecei a ler e pronto. Fui fisgada.

A morte me assusta muito, não ter mais a pessoa ao seu lado, deixar de partilhar o dia a dia, deixar de contar as coisas, ou decidir não contar por saber que não precisa, já que a pessoa está ali mesmo. Isso me apavora. Pensar em acordar e saber que aquela pessoa não fará parte do meu dia, me causa calafrios de horror.

O que fazer quando morre alguém que você ama muito?

Eu não sei e na verdade, duvido que alguém sabia. Perder alguém importante na sua vida é inevitável, algum dia irá acontecer, mas como sobreviver a isso é tão pessoal e diferente para cada um que quando leio sobre isso penso, "eu não sobreviveria". Assustador não?

O livro é sobre a jornada da Lennie, em o que fazer agora que sua irmã mais velha não está mais ali. Com o grande vazio que ficou. Porque para Lennie, Bailey era a protagonista. Sua vida era acompanhar a vida da irmã. Ela que possuía luz e brilhava, estava contente somente em estar com ela.
Ler as lembranças da Lennie sobre a vida com a irmã é tão agridoce. Porque me sentia com vontade de dizer "Olha Lennie, você pode ser assim também, pode ser protagonista e brilhar", mas sentia aquele coisa gostosa quando alguém fala sobre a pessoa que ama, então a desculpava.
Percebi claramente como a morte da irmã a afetou ao seu nível mais básico, remexeu com toda sua estrutura. Somente isso já seria o bastante para manter uma garota ocupada mas então surge Joe. O romance deles é tão lindo e fofo. O amor surgindo e crescendo, as descobertas... Mas a tristeza infinita ainda a esmaga, Toby parece ser o único que compreende e isso os leva a criarem uma baita confusão.
Tudo que aconteceu, eu considerei necessário. Vi como cada momento, cada bilhete escrito, foram importantes. Sua avó, seu tio, Joe, Toby e inclusive sua mãe. Tudo construiu a base para a vida dela sem a irmã.

Li e reli os bilhetinhos várias vezes, são tão cheios de emoção que chorei algumas vezes, tenho que admitir.

O livro é lindo, tudo segue como um rio, flui bem a escrita. Em nenhum momento eu pensei, essa autora surtou. Muito pelo contrário, só lembrei que a autora existia quando terminei o livro.
Dou sempre nota mil ao livro quando isso acontece. Fisgar um bookaholic é difícil, podemos parecer uma raça que é enrolada por qualquer livro, só que devo desiludi-los. Somos um povo que vai além do "ler". Então o livro dever ter algo a mais para realmente nos fisgar.

Espero que você possa ler esse livro algum dia e me contar. E se você já leu, adoraria saber o que você achou. Estou tão envolvida que quero falar sobre ele com todo mundo! rs
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