Dupla Falta

Dupla Falta Lionel Shriver




Resenhas - Dupla Falta


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Misa 30/12/2022

Competitivo?
Lionel sempre trás um escrita muito interessante e intrigante, o defeito deste livro é que ele acaba,
Ele questiona ola visão da sociedade na luta sobre igualdade de gênero, de uma forma que nunca tinha visto.
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Leandro | @obibliofilo_ 02/07/2019

Apenas um breve comentário sobre o livro:
Mais um livro lido da Lionel. Conheço a escrita da autora, já sou familiarizado com seu jeito mordaz e doloroso de falar sobre determinados temas. Em Dupla Falta não foi diferente. É uma história sobre uma mulher ambiciosa, sobre buscar seu espaço entre os/as melhores, mas deparar-se incessantemente com obstáculos (por vezes duros demais, principalmente por ser mulher). Willy é uma protagonista com defeitos aparentes, consegue ser detestável (quem não?), mas é possível compreendê-la, enxergar suas razões, e isso é o mais incrível nas histórias da autora: a possibilidade de conhecer inteira e profundamente suas personagens. Mesmo apresentando passagens cansativas, considero satisfatória a leitura. Sigo não sabendo como jogar Tênis, mas sei que no jogo da vida, cada ação gera uma reação, e nem sempre sabemos como fazer ou tentar a melhor jogada, apenas somos obrigados a jogar para chegarmos a algum lugar, e isto, talvez, seja o mais difícil se você almeja ser reconhecido/a.
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Hewe 28/06/2019

❝Quando o conhecimento tinha valor apenas como arma, todas as informações eram desprezíveis e substituíveis. ❞
Dupla Falta é uma história de um casal que está tentando individualmente deixar sua marca no Tênis internacional. Enquanto Willy brinca com uma raquete desde os cinco anos, Eric pegou em uma raquete pela primeira aos dezoito anos. Contra o conselho de seu treinador, Willy se casa com Eric e então uma rivalidade entre o casal começa a adoecer a relação.

À medida que o casal passa pelo namoro, casamento e suas tensões, o leitor sente toda a alegria e angustias.
Essa foi minha segunda experiência com a escrita complexa e envolvente de Lionel Shriver e eu gostei muito. Eu realmente sou fã de personagens antipáticos e ranzinzas que podem ser considerados vilões, portanto a minha parte favorita da narrativa foi quando tudo finalmente desmoronou. Tanto Willy quanto Eric eram pessoas terríveis. Eles eram terríveis um para o outro e não tinham nenhum tipo de conexão empática, porque eles não faziam ideia de como manter um relacionamento saudável.

O livro não é sobre quem está errado. É sobre um casamento que começou a azedar. É essa generalização que torna o livro interessante. Shriver não desperdiça palavras para justificar as ações de uma personagem e/ou culpar outra personagem, ela apenas narra a história e o leitor é deixado para ler sua própria versão.

No final, não se trata apenas de casamento - isso pode ser aplicado a qualquer relacionamento que exista. Quando um relacionamento azeda, não é necessariamente culpa apenas de uma pessoa - é culpa dupla. O livro não poderia ter um título melhor.

site: https://www.instagram.com/p/BzQqjAjjppG/
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Douglas 14/08/2012

Amassado
Esse é o segundo livro que leio de Lionel Shriver, e não, não li Precisamos falar sobre o Kevin, apenas assisti ao filme, mas se existe algo que prevalece nos livros da escritora (pelo menos nesses três) é a depressão profunda. As leituras são amargas, dão nó nas entranhas.

Ao terminar qualquer uma dessas histórias, você se sente meio amassado, meio doente, com a vista pesada e cansado. E o pior é que as histórias são muito boas, os personagens são críveis, reais mesmo e com certeza que é daí que vem o sucesso expressivo de Shriver. Ela consegue mostrar os piores defeitos do ser humano de maneira imparcial e é claro que eu ou você vamos nos identificar com algum personagem.

Em Dupla Falta, a protagonista é a rivalidade. O pano de fundo da história é o tênis, paixão da personagem central Willy Novinsky, que o pratica desde seus cinco anos e luta para subir no ranking dos melhores tenistas profissionais. No meio do percurso, conhece seu futuro marido Eric Oberdorf, um matemático prodígio recém-formado, que se supera em qualquer atividade que pratica, e quando se conhecem ele está começando a praticar tênis, e galgar também seu caminho no ranking. A interferência do treinador de Willy, Max, com quem teve um affair é ponto importante no contexto da formação da personagem, bem como sua família, considerada por ela uma família de perdedores.

O que acontece é que a rivalidade passa a ser uma constante na vida do casal, seja no tênis, nas palavras cruzadas ou mesmo no plano emocional, daí se inicia uma derrocada na vida da competitiva Willy, repleta de infortúnios no tênis e no amor, enquanto Eric, o prodígio, segue como uma grande revelação no esporte.

É fácil talvez numa análise rasa pintar Willy como uma doida varrida, egoísta e lunática. Mas, o buraco é mais embaixo. O processo de autocomiseração de Willy é reflexo de uma sequência de fatores que não são expostos com clareza, mas que definem a personagem como ela é.

O que dói mais nessa história é Willy conseguir fazer uma autoanálise, enxergar todos seus erros e mesmo assim continuar imutável. Por mais que ela pareça apenas uma menina mimada fazendo mimimi, a verdade é que mesmo vendo diversas faces de Willy (a guerreira, a competente, a feminista), a que prevalece é a face da tristeza e da depressão!

Minha nota: 8,0
Helder 08/07/2013minha estante
Ótima resenha, mas para mim foi difícil não detestar Willy. Que Deus me proteja da companhia de pessoas assim.




Thyeri 05/11/2011

www.restaurantedamente.com
Esse foi um livro que me surpreendeu pela densidade dos personagens, e pela simplicidade da escrita da autora. Escrito em terceira pessoa, a estória foca a vida de Wilhelmina Novinski, ou se preferir, Willy, que desde os seus 5 anos de idade tem uma paixão pelo tênis.

Uma pessoa sem amigos, pois com a competitividade do tênis e o tempo que ele toma para treinamento, foi algo dispensável em sua vida; e com uma família crítica: uma mãe subserviente, um pai que não acredita que ela consiga se sustentar como jogadora profissional, e com uma irmã que ela considera levar uma vida medíocre; vemos Will se envolver num romance avassalador com um cara que ela acabou de conhecer quando estava jogando uma partida de tênis numa quadra pública.

Por mais que seu treinador falasse que esse romance não iria dar certo, para Will estava as mil maravilhas, afinal Eric Oberdorf a entendia perfeitamente, pois ele também está lutando para se tornar um jogador profissional. Mas será que Max, seu treinador, estava certo? Num ambiente de extrema competição, ter um outro jogador como marido é a coisa certa a se ter? É isso que vamos ver nessa incrível narrativa.

Achei impressionante o jeito como a autora disseca a dinâmica familiar dos dois personagens principais, com a história de vida de cada um dos membros, seus dramas, medos, angústias e desejos. Sentimos na pela toda a angústia vivenciada por Willy, tanto em relação a sua carreira quanto ao seu casamento; e acompanhamos a história do casal, Willy e Eric, ao longo de, mais ou menos, 4 anos.

Com uma narrativa avassaladora, vemos uma história de amor, nua e crua, com seus altos e baixos, superações e desentendimentos. Sem floreios, a autora nos mostra o desafio de um casal para sobreviver ao jogo da vida.
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Marianna 30/06/2012

Bendita Lionel!
Depois de ter lido "Precisamos fala sobre o Kevin" e o "Mundo pós aniversário", comprei o livro "Dupla falta" sem medo de ser feliz.
Por já conhecer o estilo da autora e por gostar muito da forma realista e sincera que ela escreve, já sabia mais ou menos o que iria encontrar.
"Dupla falta" me fisgou no primeiro capítulo, uma história de amor que tinha tudo pra dar certo, tinha tudo pra ser feliz, se não fosse as qualidades "humanas" de ambos os personagens. Ambos não suportam perder, ambos são extremamente competitivos e pagam caro por isso durante todo o casamento.
Quando se mistura amor e carreira o que prevalece?
A Lionel, como característica marcante em todos os seus livros, trás novamente à tona todos os sentimentos "podres" que nós tentamos a todo custo esconder, ela desnuda seus personagens de uma forma tremenda, que muitas me gerava um certo incômodo, me perturbava, mexia comigo. Pois a autora mostra o que muitas vezes não temos coragem de admitir!
O livro trás a tona a inveja, a raiva, o rancor, a dor.
Como as mulheres modernas acabam lidando com o fracasso?
Antes era comum as mulheres trabalharem somente pra ter o que fazer, hoje elas tem seu lugar no mercado, trabalham, repartem as despesas e se deparam todos os dias com a terrível concorrência, tanto masculina, quanto feminina.
Mais do que tudo o livro fala do fracasso e do ressentimento.
Como conviver com seu próprio fracasso e com a sua derrocada ao lado da personificação do sucesso, alguém que é bom em tudo que faz, que é sempre o melhor? Como não sentir inveja? Como conseguir ser feliz pela carreira de alguém, quando a sua esta desabando?
Os livros por aí sempre contam histórias de vencedores e pessoas bem sucedidas, que muitas vezes através do esforço e da superação conseguem atingir suas metas, seus objetivos, mas a Lionel vai mais fundo, ela vem trazer o foco para as pessoas que não conseguem, que simplesmente não se realizam e se tornam frustradas e deprimidas. Arrepiante!
Enfim, Dupla Falta é um livro instigante, angustiante, impossível de parar de ler.
O motivo para não ter a minha pontuação máxima, foi que apesar do livro não se tratar do tênis em si, mas sim do casamento e da competição, por não gostar nem um pouco desse esporte, algumas vezes me senti incomodada de falar tanto do contexto do tênis. Mas isso, tudo porque não entendo muito do esporte e nem me identifico. Mas nada que apague o brilho desse livro!
Vale à pena ler e se deliciar com mais uma obra de arte da Lionel.
Lica 22/08/2016minha estante
Lionel é ótima mesmo! Tb iniciei com " Precisamos falar sobre kevin " e " mundo pó aniversário "... Ela é viciante!




Pâmela. 09/01/2017

Sobre ser mulher num mundo de homens
Esse livro é um golpe, um soco. Não entendo nada de tênis, saí do livro entendendo apenas um pouquinho mais, mas isso não importa. O tênis não importa.
Acho que muitas mulheres que se preocupam muito com a carreira, que baseiam a personalidade em parte no sucesso profissional, se identificam às vezes com Willy. É como querer se destacar num jogo no qual as regras não foram criadas para você ou por você. Se as regras não te favorecem, jogue ainda mais pesado, não descanse, não tire folga.
É como se nascessemos precisando compensar nossos corpos, nossos desejos. Precisamos brigar primeiro contra a nossa natureza ou algumas de nossas tendências, como fingir que TPM não existe para que não sejamos julgadas fracas ou frescas, ou que não queremos chorar, como se chorar fosse sinal de que não estamos preparadas, não estamos prontas para o mundo. Chorar só diz que estamos vivas, que sentimos.
Precisamos lutar contra as regras e pódios que privilegiam parâmetros nos quais estamos em desvantagem (em geral). Força e velocidade, por exemplo, que são importantes nos esportes. Não alcançarmos os números dos homens quer dizer apenas que os parâmetros não nos favorecem, não que somos intrinsecamente ruins. Alguém disse que você precisa jogar uma raquete contra uma bola e que você vence quando o adversário não rebate (terminam aí meus conhecimentos do tênis), e isso diz não apenas sobre quem joga, mas sobre quem criou o jogo.
Precisamos lutar, quando o sucesso chega, por fim, contra a desconfiança do imerecimento, da sedução involuntária e da condescendência disfarçada de cavalheirismo. Quantas vezes nós mulheres não nos deparamos com um sucesso, um elogio, que logo descamba para questionamentos ferozes: fui eu quem venci, ou foram meus seios? Foi minha capacidade ou meu sorriso atraente? A medida usada foi meu desempenho ou o pau dele?
E não digo isso para defender a personagem, odiável em muitos momentos. Nem defender a mim mesma, odiável em outros tantos. A questão é o quanto essa personagem crua e egocêntrica é apenas a versão suja e feia do sucesso, independentemente do gênero, mas que fica mais nítido quando o insucesso se mistura à sua condição de mulher.
"- Você gostaria de se sentir homem?
- Claro que sim. Toda mulher que é boa no que faz gostaria." (p. 294)
E aí estamos sempre brigando contra o que nos parece feminino demais. Inclusive contra as outras mulheres. Quantas vezes mulheres que tem como plano de vida coisas diferentes de família e relacionamentos precisam o tempo todo reforçar que não parece com as OUTRAS, que não faz o que as OUTRAS fazem. Até mesmo abdicar de certa vaidade, de usar maquiagem, de se sentir bonita porque isso é sinal de fraqueza (não minha gente, se importar com a opinião alheia sobre a sua aparência só quer dizer que você virou adulto). É preciso se enturmar com os homens, se parecer com eles, ganhar o respeito e conseguir quem sabe 5 segundos de olhares nos olhos, ao invés de no decote.
E aí, quando o fracasso vem (e ele vem para quase todo mundo que deseja algo tão difícil quanto o primeiro lugar), a reação é de desprezo consigo mesma. Porque talvez você não esteja pronta mesmo, talvez seja impossível vencer com cólica menstrual.
Os homens tem medo de falhar, é claro. E sofrem outros tipos de pressão do mundo. Até eu recebo com frequência spam das clínicas para problemas de ereção e nem tenho um pênis. Mas não é como se o corpo fosse o problema. O corpo está funcionando errado, mas ele pode ser consertado.
Ser mulher é não ter conserto. Quando ela aborta, quando assume as rédeas de si e de sua vida, ela encara o fato de que em nenhum momento Eric precisaria decidir entre os filhos e a carreira, se não quisesse. Ele diz que o faria, mas ele poderia desdizer. Ela carregaria as marcas no corpo, no corpo ingrato, em sua feminilidade.
Willy é egoísta, é invejosa e não merecia talvez a atenção que seu marido lhe devotava (a ambição não é um pecado, ninguém chega ao primeiro lugar de forma displicente, nem mesmo Eric). Mas eu queria que ela vencesse, torci por ela e fiquei triste quando ela foi derrotada não só pela sua inépcia e pelo destino, mas também por ter de suportar tudo isso com um treinador abusivo e uma vida solitária. Ela passou a vida presa entre os papéis sociais de gênero, tentando se ajustar, e desejando encontrar um espaço em que seria reconhecida. Aos 27 ela precisará se reinventar. Todos vivemos várias vidas, homens e mulheres. Em nenhuma delas, entretanto, ela conseguirá se sentir entre iguais no topo do mundo. Ela ainda menstrua.
Nay 24/03/2017minha estante
Cheguei aqui minutos depois de terminar o livro e não conseguir simplesmente chegar a um conceito sobre ele... sua resenha me ajudou em muito a digerir, talvez até enxergar tudo completamente diferente... obrigada !




Silvana (@delivroemlivro) 07/08/2013

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com/2013/08/dupla-falta-lionel-shriver.html

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Tks!
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ThaisTuresso 19/09/2011

"Mais que uma história de amor encenada no ambiente de alta-tensão do mundo do tênis profissional, Dupla Falta é um alerta sobre os limites da rivalidade e da paixão (...)"


Dupla Falta é um dos livros mais profundos que já li no tema que o descreve: esporte, neste livro o jogo de Tênis. Envolvendo um romance conflitante e confuso, também de muito egoísmo.


Willhemena tem 23 anos e é uma profissional do jogo de Tênis. Desafiou os pais largando a faculdade e se dedicando integralmente ao seu esporte, à sua vida que é competir neste esporte. Conhecida por todos como Willy, ela treina vigorosamente com Max que é seu treinador e patrocinador. Outrora tiveram um caso amoroso, mas ele era muito agressivo e a submetia a seus gostos como nos treinos, então decidiram por manter-se longe da cama do outro. Ele confia na sua aprendiz, sabe que, apesar de ela se encontrar em uma posição razoável no ranking mundial, ela têm futuro no esporte.
Um dia ela estava numa aprtida quando um moço a observava. Logo, ele a desafia para uma partida, ela topa, e mesmo vencedo-o set's depois, ela reconhece um outro profissional. Eric Underwood, eles e apresenta assim. Mas conforme os dias passam, ele confessa seu sobrenome: Oberdof. Apesar de ser um ano mais novo que ela, ele transmite experiência e inteligência, além de que, é matemático recém-formado pela Universidade de Princeton. Após um almoço juntos, treinos e partidas, eles casam-se.
Quando Willy conhecera Eric teve receio da sobrevivência de ambos, já que o pai dele o patrocinaria financeiramente por dois anos, para que ele fosse bem sucedido na carreira que escolhera: Ser um profissional do Tênis, assim como Willy. Apesar dela achar um desperdício um formando de Princeton ousar não seguir uma carreira estável, ela sabe que um sonho vale mais do que qualquer mérito, e ambos sonham ser bem sucedidos no Tênis e sobreviverem do mesmo. Os dias passam, os campeonatos transcorrem, e quando ela o conhecera, ele estava no Ranking dos 900 e pouco, subiu para a casa dos 700, dos 300 e logo estava juntos, quase iguais na casa dos 200 no Ranking Mundial, o que parecera improvável, se tornará evitável: A competição entre ambos.
Ela sabia que era irracional competir com o marido, mas logo se encontrou com bloqueio por causa dele, do sucesso do marido. Ele, despercebido ou não, viu que era inviável jogarem juntos, ele vencera contra ela pela primeira vez.

Com uma narração tensa e sem pudores, a autora traça personalidades fortes e determinadas em seus personagens, a rivalidade e a competitividade é extrema, na vida do casal e nas quadras. Antes era paixão e cumplicidade desde à cama aos jogos, agora é vencer ou morrer. Perdida em seu próprio egocentrismo, a protagonista mergulha no ódio irracional da competição, da ignorância e do medo. O enredo é construtivo e dinâmico, confesso que, o que me prendeu no livro foi tentar aprofundar-me no romance embutido no mesmo, pois como não sou fã do esporte, achava banal o valor moral que davam do mesmo, mas acredito que um admirador do Tênis ou praticante se deliciaria dos termos usados pela autora, dos set's, ranking's e campeonatos, da dupla-falta. Essas descrições eram demasiadamente cansativas, mas o romance conflitante foi interessante de conhecer, nessa visão acirrada da competição matrimonial.
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juh 13/05/2013

resenha do livro Dupla Falta
Link da resenha no blog: http://juhartesanato.blogspot.com.br/search/label/dupla%20falta

Dupla Falta – Lionel Shriver




Título: Dupla Falta.
Título Original: Double Fault.
Escritora: Lionel Shriver.
Editora: Intrínseca.
Páginas: 368 páginas.
ISBN: 978-85-8057-055-7
Classificação: Tenistas, Ficção, Casamento, Romance Americano.

Breve Resumo:

Tênis sempre foi a maior paixão de Willy Novinsky, desde que ela pegou em uma raquete pela primeira vez aos 5 anos. “Ame a mim, ame meu jogo”, dizia, aos 23, quando galgava o ranking, entre os tenistas profissionais medianos. Ate que conhece Eric Oberdorf: matemático recém-formado pela Universidade de Princeton, capaz de chamar atenção não só pela beleza, mas também pela habilidade em diversas habilidades em diversas atividades, como a atenção nas quadras e em torneios de menos destaque.
Mesmo a sombra da antiga relação de confiança e dependência entre a esportista e seu treinador, Eric torna-se a nova paixão de Willy.
Os dois se casam. Assim como à esposa, Eric batalha para alcançar o glamour do circuito internacional. Logo, a vida em comum, repleta de cumplicidade e desejo, dá lugar a uma competição cada vez mais acirrada por uma colocação em meia à elite do esporte, entre os chamados Top 100.
E o casamento tende a provar-se uma jogada com efeitos imprevisíveis no desempenho de Willy.
A medida que seu rendimento decai, as habilidades do marido levam- no mais longe no ranking mundial. Narrado com o controle de ritmo e velocidade de um campeão de tênis em uma partida, Dupla Falta investiga os medos, as esperanças e as traições de uma relação amorosa.
Lionel Shriver nos oferece uma visão magistral e provocante do jogo romântico de um homem e uma mulher que não conseguem sobreviver ao próprio egoísmo.

Resenha e Opinião:

No começo eu achei a historia do livro meio chata e desinteressante.
Mas quando cheguei no meio do livro, a historia foi ficando mais interessante, o que fez com que a leitura fluísse facilmente.
Não recomendo o livro a menores de idade, pois em algumas partes tem um pouco de erotismo.
Bom eu gostei e não gostei da historia do livro.
Ele nos mostra que o orgulho e egoísmo podem levar as pessoas fazerem escolhas definitivamente absurdas.
O Eric fiquei com certa pena dele.
Ele é um homem amoroso, carinhoso e de muita paciência.
A Willy só pensava e vivia 24 horas por dia de sua vida para o tênis.
Isso a deixou uma pessoa egoísta, não suportando os avanços do marido no tênis.
Uma pessoa ranzinza e chata, descontando toda sua frustação no tênis no pobre do marido.
Não achei certo ela fazer um aborto para poder voltar a jogar tênis.
Pra mim filho é motivo de alegria, mas para a Willy foi motivo de mais tristeza e angústia.

Sobre a Autora:




Lionel Shriver é autora de O mundo Pós-Aniversário e de Precisamos Falar Sobre o Kevin.
Este último vencedor do Prêmio Orange de 2.005, foi eleito o melhor dos livros contemplados com essa premiação.
A autora nasceu com o nome de Margaret Ann Shriver, em 1957, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e mudou de nome aos 15 anos.
Formada e Pós-Graduada pela Universidade de Columbia, viveu em Nairóbi, Bangcoc e Belfast.
Entre seus livros ainda não publicados no Brasil estão: So Much For That, Game Control e A Perfecty Good Family.
Ela vive em Londres e é colunista do jornal britânico The Guardian.

Citação Favorita:

“Willy deixará uma única lembrança na parede do quarto: o fio da sombrancelha de Eric, arrancado do mesmo lugar que agora era marcado por uma cicatriz rosa, como se aquele fio desgarrado fora um dia puxado para lhe provar a advertência do pai: certos troféus não podiam ser ganhos ou procurados, mas sim oferecidos”. (pág. 356).
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Lili 26/08/2016

Dupla falta
Um bom livro. Mas, em se tratando de Lionel Shriver, foi uma decepção. Li outros quatro livros dela (Precisamos Falar Sobre o Kevin, O Mundo Pós-Aniversário, Grande Irmão e Tempo É Dinheiro) e nunca tinha me pegado contando quantas páginas ou posições do Kindle faltavam para o fim. Talvez o problema seja que eu simplesmente não gosto de ler sobre esportes e por isso, na minha opinião, ela exagerou na dose do tênis, mas realmente este livro não foi o que eu esperava. Os 10 a 15% finais melhoram um pouco - acho que justamente porque o esporte fica um pouco de lado.

Quanto à protagonista, tão odiada pela maioria nas resenhas que li, não achei que ela seja tão horrível assim. Ela é uma pessoa muito egocêntrica, com certeza, e fez algumas coisas horríveis, mas no geral os sentimentos dela são bem compreensíveis. Como acontece grande parte dos personagens criados por Shriver, ela tem sentimentos obscuros que todo mundo tem (notadamente inveja e egoísmo), mas a autora leva essas características ao extremo, para deixar claro o que quer mostrar. As situações limite em que a protagonista se colocou, por ser tão egoísta e estar visivelmente desequilibrada, obviamente não acontecem o tempo todo com as pessoas na vida real. Mas o dia a dia do casal e os sentimentos dela, acho perfeitamente possíveis e até prováveis. A maioria das pessoas com certeza se ressente ao ver que alguém consegue com menos esforço ser melhor em algo que significa muito para ela mesma e nem tanto para este outro alguém.

O livro aborda questões como a inferioridade velada (ou não) da mulher, a rivalidade no esporte (inclusive entre casais) e principalmente a versão dos "não-brilhantes". Sabemos como um esportista famoso parece ser feliz com suas conquistas e por poder viver fazendo aquilo que ama. Mas para cada um dos bem-sucedidos, quantos fracassados ficam para trás? O que acontece na vida de quem nunca pensou em um plano B?

Shriver nos faz refletir e, como sempre, traz à luz questões muito interessantes. O livro só foi decepcionante para mim porque em vários momentos pensei "tá bom, já entendi. Podemos ir adiante agora?".

Apesar de minhas críticas, recomendo. Se possível, leia antes de qualquer outro dela, então vá "subindo", até chegar ao perfeito "Precisamos Falar sobre o Kevin".
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Gustavo 02/07/2017

Extremamente rico na questão de relacionamento humano, casamento e mazelas do esporte de alto rendimento. Peca um pouco por se arrastar demais na crise do casal, no tempo e na intensidade, de um modo que soa irreal e exagerado. Mas ainda assim não deixa de ser uma obra interessante.
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joaoaranha 05/04/2017

Não pareceu ser o que aparenta.
Até entendi o sentido da discussão sobre relacionamentos doentios e paranoias, que Lionel Shriver usou como pontos para "Dupla Falta", da intrinseca, que tem o tênis como pano de fundo. Mas a doença ficou exagerada e melodramática, tornando alguns trechos do livro arrastados demais, com um fim que, quando viu, já foi. Pra quem gosta desse tipo de temática, vale a leitura. Senão, nem vale tanto.
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