Resenhas - Hollywood

Antonio.Miguel 26/04/2022

É o quinto romance do autor que eu leio e achei que é o que foi escrito melhor, mas não é o que eu mais gostei.

Sammy 27/03/2022

"Eu sei que pareço estar fazendo discurso, mas é isso aí"
O sofrimento sublime!

Isso é meio autoflagelante. Acho que já há um tempo ? tempo esse grande suficiente pra não ser mais possível localo ? tenho fossilizado que ser feliz é ser imbecil. É ilógico que um indivíduo tenha vivido apenas em um paraíso e não seja uma pedra inane esculpida em superficialidades.
Quando falo em imbecil, não me refiro a alguém com baixa capacidade cognitiva, quero referir-me a alguém insípido. Schopenhauer exemplifica bem isso:

"Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência."

Acredito que o sofrimento é o único catalizador e potencializador de nossa latente natureza comovisionaria. Penso que reduzir as coisas ou ignorá-las apenas para assim subsequentemente atenuar a dor é uma escolha covarde. Não que seja uma escolha fácil, quando se para para pensar a respeito, logo torna a aparecer o pensamento de apenas não existir, de desistir desse ensaio sádico.
Concordo que a escolha do sofrimento sublime é bem mais fácil para aqueles que já estavam predispostos a serem miseráveis. Mas tenho certeza que caso pudessem escolher entre isso e uma felicidade barata todos escolheriam a dor ? "todos" se refere aos genuinamente pertencentes a classe ?. No caso de uma sublime felicidade, isso é mais tentador, eu estaria em um empasse, talvez mais tensionado para o lado a que já pertenço, talvez seria à hipocrisia.

Enfim, isso é uma dramática despedida pra mim, não de um livro, mas de uma primeira experiência. Só se faz a primeira vez uma única vez. Bem óbvio.

É interessante o estilo de escrita do Bukowski, se existe um antagonismo para pedantismo, tá escondido nas palavras dele.
O caráter autobiográfico é algo que me prende, por vezes já conjecturei escrever algo, se o fizesse acho que seria um pouco autobiográfico também. Apesar de tudo, eu amo um eruditismo e rebuscamento na sintaxe, quanto mais complexo e condensado o texto, melhor.

Até mais, baby.

Dd/Ju 22/03/2022

Se você quer ler Bukowski não procure uma história
Basicamente os ramances do Buk são relatos, ele simplesmente escreve baseado na vida dele e tudo que acontece.
Como se dissesse "E é isso aí", e ele diz. Mas nesse relato você recebe toda a carga do Buk, cru e seca, como sempre.
Nesse livro ele já está velho e simplesmente se resume a um bêbado. Já tem alguns títulos publicados, não vive mais nas ruas, come bem e é chamado pra escrever um roteiro.
O Buk relata o que ele passa, o choque dele diante de Hollywood e das pessoas de lá. Vê sua história nas telas de cinema e apesar de toda dor e desprezo do passado ele sente falta daquela época. E nesse meio tempo ele conta as coisas por trás do cinema, a loucura das pessoas, os vícios, essas coisas. Também faz de vez em quando uns reflexões legais e a gente dá risada.
É o escritor escrevendo como é ser escritor.

etnoelisa 28/12/2021

o primeiro livro que eu li do bukowski.

intrigante e interessante, bukowski eu não sei se seria um elogio ou algo preocupante mas eu te entendo e quando crescer eu não sei se vou ser tão diferente de vc.

*não posso esquecer de assistir Barfly*

Ton 29/11/2021

O tempo chega para todos
Hollywood é a história de um Chinasky mais cansado, casado mas tão ácido quanto nunca.
Aqui suas críticas é mais direcionada a high society da sétima arte.
Temos aqui muitos personagens excêntricos, com os hábitos mais insanos onde todos tem uma meta: produzir um filme escrito por Chinasky.

Gostei demais desse livro pois temos um Chinasky sexualmente bem tranquilo.
Aqui ele está "casado" com Sara, uma mulher que tem feito de tudo para que ele possa viver mais uns 5 anos e com saúde.

E ainda assim é aquele Chinasky tecendo seus comentários ácidos e certeiros (o que achei ótimo pq tira essa imagem do Chinasky de apenas um papa bct)

Recomendo demais (assim como tudo do Bukowski)

Adelson 04/11/2021

O cara era insano.
Nosso querido escritor bêbado conta nesta narrativa louca como foi escrever um roteiro de filme e a loucura que é os bastidores de um filme. O que acho genial nessa obra que ela incia com Bukowski recebendo a ligação de um diretor e termina após o filme ser lançado. Um gênio que faz falta.

Matheus 29/08/2021

Hipocrisia, bebedeiras e o sonho americano
Hollywood é um passeio, oferecido por Chinasky, para destruir e desmistificar o sonho americano, dos romances que li do autor esse foi um dos que menos gostei, vemos um Chinasky mais velho e cansado, mas não menos [*****], a grande discussão do livro é sobre como escritores e artistas muitas vezes se vendem por dinheiro, fama ou status, deixando de lado sua verdadeira essência... É um livro que vale a pena ser lido como parte de uma possível conclusão do que se inicia em "misto quente" .

hspaiva_ 12/08/2021

Bukowski puro
Mais um livro de Bukowski, todos me trazem a mesma sensação, uma risada interna mas de consciência pesada. Todos os livros deles me trazem essa sensação de sujeira da sociedade, da melancolia da rotina porém esse me trouxe menos, talvez por se tratar de um livro em que ele estava mais velho com melhores condições financeiras. Não leiam esse livro esperando um clímax ou reviravoltas, não, Bukowski escreve seus livros como se estivesse contando uma história ao leitor, paulatina e detalhadamente porém sem clímax, somente o desenrolar de sua vida. Gostei muito dos personagens desse livro e de como ele retratou bem Hollywood e suas porqueiras.

Leticia 05/05/2021

O velho perdeu sua energia
Esse é um dos livros do Bukowski onde ele já está mais velho, e vemos que as coisas mudam , ele já não tem aquele pique de antes, ele só quer uma cerveja e descansar.
Mesmo assim acho que ele não perde totalmente sua essência.
Aliás preciso assistir ao filme .

Brenda.Balk 03/04/2021

Romance mediano, mas interessante
Bukowski escreveu um bom romance com essa obra, sem dúvida alguma... Porém, nada surpreendente. Trouxe ao leitor a realidade da hipocrisia recorrente em Hollywood, sua forma de perceber tudo o que acontece ali, e isso foi bem genuíno. Recomendo a leitura, mas há obras melhores dele para se ler antes dessa.

Carlinha 28/02/2021

Gostei!
Gosto bastante da narrativa do Bukowski. É uma escrita crua, sem floreios, transparente! Muito bom!
Aqui temos a história de um escritor que nunca fez muito sucesso. Esse cara é levado a escrever um argumento para um filme.
Acompanhamos as situações deveras interessantes desde o nascimento do argumento até a finalização do filme.
Os personagens são muito bem construídos, alguns bem engraçados e verdadeiros. A história me cativou.
Recomendo!

Buda 15/02/2021

Barfly
O livro é sobre o tempo em que ele escreveu um roteiro para o filme Barfly dirigido por Barbet Schroeder em 1987, bem Bukowski, só que mais velho sobre quando ele ainda era novo.

Andy 06/01/2021

o filme foi cancelado
Hollywood é um romance onde bukowski retrata como recebeu o convite para escrever um argumento para um filme, onde tem personagens únicos e adoráveis com suas particularidades, como a sua querida amada esposa, Sarah, o adorável e ferrenho diretor Jon Pinchot, que não era tal igual aos demais diretores hollywoodianos porque não tinha medo de fazer o que fosse preciso até mesmo cortar partes suas para que o filme fosse produzido. O francês François e suas galinhas.
O argumento foi inúmeras vezes rejeitados, uma ida e volta para a empresa Firewoork, seus cancelamentos e estamos no jogo novamente para a produção do filme "A Dança de Jim Beam.
Bukowski com o seu jeito direto e cativante de dizer coisas massantes nos leva a ver um lado mais pessoal e curioso , nos levando a ser mais um espectador por dentro da descrições que Buk fazia durantes suas idas as gravações, as festas com vinho. No fim a representação de um bebum, era mais sobre bebuns que poderia se imaginar, pois quem se interessaria por algo assim, além de outros bebuns? Modéstia ou não, é mais um dos livros cativante de Charles Bukowski.

Hiago J 20/07/2020

Que espetáculo!
É difícil fazer uma análise desse livro. Qualquer adjetivo vira brincadeira de criança.
Hollywood marca um tempo. Uma época. Uma passagem. Uma vida.

Achei que seria impossível ler algum livro do velho safado que não tivesse putaria, sexo, drogas e violência com a mesma vontade.
Enganei-me. E muito.

Isso ocorre pois em Hollywood, Buk transcreve uma fase de sua vida onde a juventude já ficara para trás. Nessa obra, o velho já é um escritor famoso, conhecido e cumprimentado nos lugares onde vai. A carreira já estava consolidada.
Aí é chamado para escrever um filme, coisa que ele odeia.

A selvageria mesclada com putaria já ficou para trás. Do início ao fim, Chinaski e Sarah estão juntos. E que baita dupla.

Ao que me parece, esse é o último romance com seu alter ego, Henry Chinaski, o Hank.
Já não vejo a hora de ler Pulp e me surpreender novamente.

Enfim, que espetáculo de obra!