Resenhas - Hollywood

mooony 14/02/2023

?Estamos num tobagã para o inferno.?
Receio é a palavra que melhor descreve essa leitura. não soube o que esperar e nem como lidar com meus pensamentos ao ver o que recebia, e acredito ser o motivo de ter ficado tão encantada. quando decidi que iria ler bukowski, selecionei o livro que mais me chamou a atenção e ?Hollywood? foi a escolha mais óbvia.
mesmo a história não sendo tão cativante, por ser uma história meio biográfica e sem grandes acontecimentos, a escrita e o jeito que o charles escreve torna tudo mais prazeroso. a cada parágrafo, eu me sentia na obrigação de marcar, mesmo sendo partes bobas, mas que no livro torna a frase mais impressionante que eu poderia ter lido. tive momentos de compaixão por situações que nunca imaginei. a versão nua e crua da Hollywood dos anos 60 me encanta, os diálogos icônicos que trazem reflexões sobre coisas do dia a dia, os personagens curiosos. tudo me fascina.
pretendo continuar com seus livros, e espero que me impressionem tanto quanto esse.

hesher 07/02/2023

gigante
inspirador mas não acrescentou nadica de nada na minha vida por isso que eu amei de verdade mesmo, obrigada bukowski

Gi Santos 04/02/2023

De todas as obras, achei esse livro mais maçante e repetitivo. A impressão que tive é que a história não evoluiu, do primeiro ao último capítulo, parecia a mesma coisa. Mas Bukowski é Bukowski. Continua sendo uma boa leitura, especialmente dentro da cronologia de Chinaski.

Henrique 24/01/2023

O lado mais fofo (????) de Bukowski
Definitivamente Sarah acrescentou alguns anos de vida ao velho Buk. Por mais que o livro seja sobre a escrita de um argumento cinematográfico, não consigo ver de outra forma.

Nilson 21/01/2023

FÚTIL
Mas como todos os outros que li é envolvente por por espelhar uma boa parte dos famosos que se tornam pela inspiração através da das drogas e neste caso específico pela bebida. Acho FÚTIL e ao mesmo tempo gostoso de ler, tanto é verdade que já li outros quatro deste bêbado.

Pam Garcia 21/01/2023

Hollywood
Os livros do velho Buk eu demoro um pouco mais na leitura, mesmo sendo pequenos, porque eu gosto mais de sentir as palavras, refletir nos assuntos abordados e reparar nas críticas.
O livro é muito interessante porque conta a história de como Bukowski, ou seu alter-ego, foi convidado para escrever um argumento pra um filme. Sou suspeita a falar dos livros dele, já que é meu autor preferido, mas eu gostei muito desse livro.
Ele vai mostrando uma realidade diferente da que conhecemos sobre Hollywood e sobre uma produção cinematográfica, já que o filme para o qual Bukowski escreveu o argumento chegou a ser cancelado e retomado várias vezes até, finalmente, ser lançado.
Bukowski traz uma realidade crua, mostrando além da fachada Hollywoodiana de perfeição. Ele nos mostra as dificuldades, as birras de atores e os problemas econômicos para uma produção.
Para finalizar, achei muito interessante as reflexões que buk mostra sobre a escrita e os motivos de escrever, a invisibilidade dos escritores e a diferença no tratamento deles, como um todo, para as outras partes de uma produção.
Para finalizar, achei genial a sacada final do livro, onde Hank, alter-ego de Bukowski, é questionado sobre o que vai fazer, já que o filme acabou, e ele responde "vou escrever um romance sobre como se escreve um argumento e se faz um filme."
E escreveu.

Luiz Miranda 17/01/2023

Barfly
Li Hollywood há 20 anos, na época me pareceu o livro mais engraçado do mundo, não conseguia parar de rir. Bem, hoje ele continua engraçado, mas de forma discreta e sóbria. Uma experiência diferente.

É um roman à clef que narra o envolvimento de Bukowski na realização do filme Barfly, Condenados Pelo Vício (aqui chamado de A Dança de Jim Beam), onde escreveu o roteiro original. De forma bem humorada, a história vai das primeiras investidas do diretor Barbet Schroeder (Jon Pinchot, aqui), passando por problemas de orçamento, cancelamento, elenco, até o derradeiro lançamento.

Vi o tal Barfly nos anos 80 e achei péssimo, mesmo com grandes talentos envolvidos, como o confiável Schroeder no comando, Mickey Rourke (Jack Bledsoe) e Faye Dunaway (Francine Bowers) nos papéis principais. Curiosamente, Bukowski repete várias vezes que gostou do resultado, o que me deixou até interessado em rever.

Hollywood nos apresenta um Bukowski já idoso e bem menos amargo, mais feliz que em qualquer outro livro, que até arrisca uma ou outra filosofia de boteco. O humor peculiar continua presente, bem como a escrita econômica e cuidadosa, sempre buscando o máximo de efeito com o mínimo de palavras.

Um ótimo livro que vai divertir mais ainda quem se interessa por cinema. Bukowski, como sempre, é uma aposta segura.

4 estrelas

Clio0 11/01/2023

Hollywood de Charles Bukowski lembra um pouco aqueles antigos filmes estilo Perdidos na Noite, onde os tipos encontrados são mais importantes do que os acontecimentos em si.

A história, um tanto quanto autobiográfica, gira em torno das experiências e conversas que o personagem principal tem enquanto tenta pensar num roteiro para filme que foi contratado para fazer, e anda pelas ruas de Hollywood.

É um texto rápido, cheio de um humor ácido e deboche. Não que não haja uma certa ternura pelas caricaturas encontradas, da prostituta ao amigo íntimo, todos são apreciados. O alter ego do autor, Hank Chinaski, é a grande atração pois apesar de ter características especiais (força de vontade, inteligência, percepção) é de um amargor e cinismos insuportáveis.

Recomendo para quem queira ler algo diferente.

Alice 08/01/2023

Hollywood
No livro Hollywood, Bukowski é convidado para escrever um argumento de um filme. Gostei muito do livro, pudemos perceber o amadurecimento do autor e, ao mesmo tempo, conseguimos ver Hollywood a partir do seu ponto de vista.

srlucast 13/11/2022

Santo padroeiro dos bêbados escritores
Hollywood foi escrito a partir da experiência de Bukowski ao fazer o argumento para o filme Barfly - dirigido por Barbet Schroeder, com Mickey Rourke e Faye Dunaway, onde ele narra a história de um escritor que ganha um bom dinheiro para escrever um roteiro para o cinema.

A diferença entre Bukowski e outros malditos é que ele não é um mártir, nem um anjo caído. Às vezes, quando cai, cai atirando, sem autopiedade. Alguns de seus diálogos são memoráveis e a violência de sua linguagem geral- mente oculta uma indisfarçável ternura pelos perdedores e excluídos.

João Castilhos 12/11/2022

Muito bom! O meio do livro tava bem monótono, o que fez com que eu desanimasse pra continuar lendo, mas insisti e acabei de uma vez hoje. Gostei do final, principalmente do último diálogo do livro, mas nada de tão surpreendente ;)

Isadora Lima 09/09/2022

eu amo o velho.
talvez melhor livro que eu li do buk, em Hollywood, é perceptível como o autor amadureceu com o tempo, cara quem diria que o velho safado falaria bem de feministas? eu comecei lendo mulheres e amei também,mas Hollywood vai além do romance, é a evolução do próprio escritor.

Ricardo de Andrade 25/07/2022

Confins de Hollywood
Primeiro romance que leio de Bukowski. Um professor meu de português sempre citava e venerava esse autor. Decidi ler pelo título. Hollywood. Há poucos dias também terminei um livro de história de cinema, sobre esse mesmo título.

E tive uma boa leitura. É bem corrida, narrada em primeira pessoa. É baseada em fatos reais. Dá para perceber nas entrelinhas. Foi uma leitura agradável. Por vezes, estranha, mas interessante.

Paula1735 26/06/2022

Chinaski e seus 15 minutos de fama
Finalmente nosso querido Chinaski teve o que merecia: um filme sobre alguns dias de sua vida.
Hollywood é a descrição de como a escrita de um argumento e a produção de um filme nada convencional ocorreram na vida de Henry Chinaski, o famoso e odioso velho safado.
Não foi o meu favorito de Buk, mas ainda assim sua filosofia e forma de vida me serviram de inspiração para lembrar de dar o [*****] para tudo o que acontece.

"Um dos meus sucessos na vida foi que, apesar de todas as loucuras que fiz, era perfeitamente normal: escolhi fazer essas coisas, não foram elas que me escolheram."

Johnny 24/06/2022

Neste livro Buk conta como foi escrever um filme para Hollywood, que ele tanto despreza, mas aceita o trabalho, não sem uma relutância, pela bolada de dinheiro que vai lhe render.
Aqui ele relata o caos e hipocrisia que permeia o ambiente nos bastidores das gravações, festas, vida dos astros e etc... Pra mim é o mais fraco dos seus livros, em alguns momentos pensei em desistir e só persisti pela curiosidade de saber como termina e pq em alguns momentos somos premiados pelo Bukowski sendo Bukowski. Fiquei curioso para ver o filme, mas só recomendo o livro para quem realmente gosta das obras do Buk e queira acompanhar mais essa "aventura".