Uma, duas

Uma, duas Eliane Brum




Resenhas - Uma Duas


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Rafa 01/02/2023

Visceral
Esqueça tudo o que você já leu sobre maternidade! Principalmente sobre relacionamento entre mãe e filha.

É uma leitura que incomoda, que rasga sua alma e que faz você refletir sobre a sua relação com o mundo!
Há diversos gatilhos, não é uma leitura fácil de digerir e mexe bastante com o psicológico, se decidir ler...esteja preparado(a). É uma leitura crua, direta e reta e que toca profundamente. Já está na lista dos meus favoritos apesar das emoções fortes que vieram à tona durante a leitura!
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helen pinho 10/08/2015

simples assim.
um livro que dói. acho que li tão rápido para parar de doer.
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thaw 18/07/2021

Você nasceu quando olhou pra mim, e eu me vi no seu olhar. E desejei que você vivesse. Você é tudo o que eu sinto de vivo em mim agora que morro.

Fazia tempo que um livro não me incomodava e machucada tanto assim. Que escrita incrível, que livro magnífico. Sem dúvidas um dos mais marcantes da minha vida.
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Lely 27/04/2020

Pesado
Cheio de reviravoltas que te deixam sem saber que é certo e quem é errado. A leitura flui muito bem e cada página te deixar mais curioso para saber mais sobre as personagens. Recomendo
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spoiler visualizar
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Thais CardBeg 12/09/2021

Entranhas reviradas
Queria este livro em destaque nas prateleiras de livrarias. Sobre dores e plavras, as estranhas são reviradas.
Provavelmente não venderia. O preço da leitura é bem caro.
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Natalia 19/11/2023

Cru
Esse devorei. Que delícia é poder ler de maneira voraz, intimamente convidada por uma autora anteriormente desconhecida para mim. Uma, Duas é um livro muito bem escrito. Parece ter uma aura mística ao redor, simplesmente porque estamos ali observando pensamentos tão profundos que o sentimento é de invasão. Deveríamos estar chegando nesse nível? As personagens estão nuas. E essa nudez escancara.

Lendo essa obra, entramos em uma relação de mãe e filha tão complexa que dificilmente pode ser entendida. Se identificar com as humanidades ali despejadas choca, porque as vilanias também são grandes em cada uma delas. Como posso ter compaixão de duas pessoas que são, se olhadas de maneira convencional, simplesmente más? Aí é que está: não é possível ler na perspectiva da normalidade.

Uma, Duas subverte o normal. Conhecemos uma filha que parece odiar a mãe, que ressente a mãe por sua doença, que desejava, apenas, continuar longe. Esse não é o padrão dos romances ou das descrições do tipo de relação mais romantizado da existência. Isso causa uma ambivalência, que se perpetua ao longo das páginas. Nada é cor de rosa ou cinzento. Assim como a vida.

Para aumentar a ambiguidade do leitor, depois de algumas páginas temos contato com os pensamentos e a história da mãe. Ela, que era um plano de fundo às acusações da filha machucada, se torna Maria Lúcia. Bem-vinda, entender sua vida e se impressionar com os caminhos tomados torna mais palpável a crise do seu existir... E pensar o seu morrer.

A escrita de Eliane Brum é crua, direta, às vezes até demais. Chega a ser incômoda e a envergonhar. Desperta sentimentos de nojo e raiva com uma frequência grande para um livro tão curto. Me lembra um pouco de Clarice Lispector: corta. Fundo como as facas de Laura. Nas ranhuras da carne, chegamos embaixo das peles das personagens; ainda teríamos longo caminho para atingir as vísceras.

Quanto se esconde dentro das relações humanas?
Se entender as pessoas fosse simples, viver seria insuportavelmente chato.
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Caroline Rezende 12/04/2020

Preferido do ano e da vida
Como eu amei descobrir essa leitura, gosto muito de histórias familiares reais, que envolvem todos os defeitos do relacionamento e nessa história eu conheci um lado de fora da minha bolha que me surpreendeu.
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Camila 17/01/2022

Não convencional, insano, e incrível.
Foge a todos os conceitos pré estabelecidos sobre relação mãe e filha, a escrita é muito boa e carrega força ao descrever essa relação tão complicada.
A primeiro contato as metáforas causaram espanto, até repulsa, mas cumpriram o objetivo de trazer angústia, nunca tinha lido nada parecido (se é que isso vale de algo).
Visceral seria um bom adjetivo para descrever a obra, a narrativa é pesada, dá ânsia, ademais achei o final um bom desfecho para essa relação de amor e ódio, e tão íntima, ainda que seja tudo insano e elas não tenham alcançado o entendimento mútuo, em uma relação em que nada se mostrou saudável, e por vezes foi perturbadora.
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Lidos e Curtidos 29/12/2016

Não se enganem com essa capa Rosa e Laranja
Eu já vou adiantando que esse livro não é nada fácil de se ler por ter um conteúdo beeem pesado. Não se enganem com essa capa rosa com laranja, cores amenas. Aqui você confere a história de mãe e filha. Maria Lúcia e Laura. A filha é a mais presente na história, a mãe entra volta e meia como narradora como se estivesse se intrometendo para contar também a versão dela dos fatos (importantíssimos para que a gente entenda o porquê dela fazer tudo que é narrado aqui).
A história começa com Laura atendendo um telefonema de alguém informando que a mãe dela (que mora sozinha) não atende aos chamados na porta do apartamento. Laura vai até o prédio da mãe pra saber o que está acontecendo e no caminho vai pensando mil coisas, que podem parecer pra gente fora de hora, mas que são uma forma de fuga daquela realidade que ela está prestes a enfrentar. E ela vai com uma certa má vontade, sempre achando que a mãe está fazendo aquilo para chamar a sua atenção.
Quando ela chega com a cópia da chave que tinha do apartamento da mãe e abre a porta, se depara com a mãe semi-inconsciente, com o gato de estimação comendo parte de um dos pés da mãe.
O tempo todo Laura se preocupa com o que os outros estão pensando dela, afinal de contas, a mãe já estava naquela situação a semanas, e na visão deles, só uma filha muito ingrata não teria descoberto a mãe naquela situação antes.
A partir daí ela começa a ter lembranças do passado dela com os pais, sua falta de amizades na escola que estudava, mas principalmente um abuso que ela sofreu na infância. A gente fica sabendo de coisas terríveis que aconteceram com Laura e com Maria Lúcia na juventude delas, e, se a princípio a gente fica a favor de uma, logo mais conseguimos enxergar o lado da outra com mais compaixão. É difícil ter qualquer empatia por uma das duas personagens principais do livro. Ambas são densas e amarguradas, cada uma com a sua razão, mas ao mesmo tempo, na medida em que as coisas vão se explicando e ficando mais claras na nossa cabeça, a gente pensa em ambas com uma certa ternura e, para os mais sensíveis, também pode haver uma certa identificação.
Temos nesse livro também um tabu (até os dias de hoje) retratado de maneira rápida mas eficaz.
É muito complicado falar sobre esse livro, afinal mexe com temas fortíssimos em poucas páginas, ou seja, mal estamos nos despedindo de um tema e já entramos em outro. Por isso mesmo, cuidado. Esse livro não é daqueles que a gente pode ler em qualquer momento da nossa vida. Muito pelo contrário, você precisa escolher o momento oportuno.
Dito tudo isso, eu só tenho elogios a esse livro. Ele simplesmente entrou pro Hall de Favoritos meus, poucos entram. O tema dele é forte, ele vem com a proposta de chocar, sim, mas não de forma gratuita, você sai da leitura dele com mil questionamentos, eu pelo menos pensei em muita coisa da minha vida, sério gente, muuuito! Foi o primeiro romance da jornalista e escritora Eliane Brum, uma das maiores jornalistas da nossa época, e eu achei simplesmente SENSACIONAL! Ganhou 5 estrelas!

site: https://youtu.be/hhPuoyBCC2Q
Zeh 29/12/2016minha estante
Sensacional!




graziiffraga 10/02/2024

Simplesmente Eliane Brum
É por isso que eu amo a literatura nacional. Que escrita absurda, que forma incrível de colocar sentimentos em palavras. Nunca tinha lido algo da autora, mas nossa, me tocou. É absurdo. Me chcou em várias páginas. Mas é um absurdo bom.

Na maioria dos livros sobre relações de mãe e filha, a visão da filha que é abordada. Mas esse livro deu voz à mãe também, com um final que te dilacera. Absurda Eliane.
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Priscilla Akao 02/10/2013

Eu gosto da Eliane Brum. Gosto de ler sua coluna na revista Época. Eu gostei deste livro,mas não me "horrorizei"...quem tem ou teve uma mãe diferente sabe do que estou falando.
Talvez o que resuma melhor o que senti foi o que uma amiga minha enfermeira me disse uma vez: "Eu não tenho pena daqueles velhos que nunca recebem visitas da família. Sempre tem um motivo."

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Laura Cazarini 06/07/2021

Li esse livro por estar na lista do Leia Mulheres que acompanho. É surpreende. A cada página seus sentimentos e julgamentos sobre cada um dos personagens muda. Em alguns momentos você os odeia, outros tem dó, outros apenas compreende. Eu amo qualquer história que me faz ver como a gente julga as coisas dependendo da informação e do viés que foi dado, mas que seu sentimento muda por completo ao ter novas informações ou conhecer o outro lado. Esse livro faz isso de forma fantástica.
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fev 13/01/2021

ALERTA: Esse livro contém automutilação, estupro, infanticídio e maus-tratos.


Uma Duas mexeu muito comigo. É um livro extremamente pesado e totalmente diferente daquilo que a gente está adaptado a esperar de uma relação entre mãe e filha. Talvez pareça exagerado, mas as notícias do mundo real lhe garantem um quê de realidade.

Eliane Brum mostra nesse livro o quanto a maternidade é muitas vezes compulsória a nossa sociedade. Não há motivo ser mãe quando você não o deseja. A autora deixa isso extremamente explícito. Brum também mostra como o passado e falta do sentir, do sentimento positivo na vida de uma pessoa pode transformar e arruinar a vida dos outros.

Ser amado, bem cuidado faz toda a diferença na trajetória de vida do ser humano. Eu não quero justificar os atos das personagens, mas acredito que a falta disso em certa medida acarretou nos acontecimentos.

As personagens são tenebrosas ou será que estou julgando demais? Tanto Maria Lúcia, a mãe, e Laura, a filha, são antagonistas entre si. No meu entendimento, não são pessoas boas. Elas sabem disso. E o passado tem culpa nisso.

Senti nojo, fiquei assustado e surpreso. Esse livro mexeu comigo. Talvez Brum tenha tido necessidade de provocar e escrachar mostrando um lado não tão bonito dos sentimentos humanos. Comigo deu certo.

Um ponto da escolha de como narrar foi um jeito que me surpreendeu de maneira positiva. O momento que a terceira voz em primeira pessoa aparece foi um espetáculo.

Uma Duas é estranho e que exige da gente mesmo sendo pequeno porque não é uma leitura agradável. O lado ruim do ser humano sempre nos chocará. Mas deixo aqui a minha indicação alertando que não é um livro para todos.
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Bia 29/04/2021

MEU DEUS, QUE LIVRO INCRÍVEL! A trama que Eliane Brum tece, costurando a história de Laura e sua mãe, Maria Lúcia, é ímpar: uma história bizarra, envolvente, intensa, amorosa e odiosa ao mesmo tempo, viciante e, enfim, simplesmente visceral. Laura nos envolve da primeira às última página com sua narrativa ácida e amarga, e nos deixa querendo sempre mais: saber mais sobre ela, entender mais sobre o seu passado estranho e conturbado, compreender mais dos sentimentos e ressentimentos que existem entre ela e sua mãe e porquê, e, claro, nos deixa querendo desesperadamente saber o que vai acontecer. Li em dois dias, sendo um deles a véspera de natal (quando terminei o livro, às três da manhã, já não sabia nem meu nome). Vale a pena cada página!
Há um pouco de violência contra animais no livro, coisa que eu gostaria de ter sido avisada antes de ler. Por mais que sejam poucas páginas, me deixou bastante enjoada.
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