Uma, duas

Uma, duas Eliane Brum




Resenhas - Uma Duas


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sabrina 27/01/2022

uma duas - eliane brum
"tinham me contado que os escritores eram uma espécie de deuses. eles criavam um mundo em que podiam viver e escapavam deste pela porta dos fundos. me preparei a vida inteira para ser deus. e só o que faço agora é desinventar a mim mesma. acho que é isso. a realidade é uma ficção. e ao escrever eu vou quebrando essa criatura esculpida com amor e desespero. é o contrário. é preciso destruir a forma humana que está ali para alcançar a pedra."

eliane brum traz com seu romance palavras duras, intensas e que gostando ou não do livro, despertam emoções múltiplas. uma duas é uma história que além de retratar a relação complexa entre mãe e filha, desenvolve a perspectiva da mãe como da filha enquanto acontece a trama principal. não caracterizo como uma leitura leve e rápida, e sim densa, que pede por sensibilidade de quem está lendo e não entendo isso como algo ruim, muito pelo contrário. é difícil muitas vezes ler sobre algo que vc já passou ou está passando pela mesma situação. a sensibilidade da autora por retratar sobre a depressão me emocionou. realmente incrível.

apesar de poucas páginas, a narrativa se desenvolve ao ponto de nos fazermos entrar na história. o livro me marcou bastante pelas palavras terem me feito transbordar sentimentos, me deixou transtornada entre muitas coisas. e recomendo para todos que se interessam por leituras que desenvolvam muito os personagens e relações complexas entre familiares. (cuidado para gatilhos de estupro, cenas abusivas, sangue, automutilação)
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Camila 17/01/2022

Não convencional, insano, e incrível.
Foge a todos os conceitos pré estabelecidos sobre relação mãe e filha, a escrita é muito boa e carrega força ao descrever essa relação tão complicada.
A primeiro contato as metáforas causaram espanto, até repulsa, mas cumpriram o objetivo de trazer angústia, nunca tinha lido nada parecido (se é que isso vale de algo).
Visceral seria um bom adjetivo para descrever a obra, a narrativa é pesada, dá ânsia, ademais achei o final um bom desfecho para essa relação de amor e ódio, e tão íntima, ainda que seja tudo insano e elas não tenham alcançado o entendimento mútuo, em uma relação em que nada se mostrou saudável, e por vezes foi perturbadora.
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Danielle 16/01/2022

21 livros antes dos 21 anos
6/21

"Como ele pode saber que ela não é filha da mãe em nenhum sentido, que ela não quer ser filha e aquela mãe não quer ser mãe e afinal o que lhe importa o que o bombeiro clichê pensa"

A Eliane SABE escrever. Sabe jogar com as palavras. Sabe te tocar, te fazer pensar.  É uma leitura muito densa, não só sobre essa mãe e filha mas sobre todas as mães e filhas. É muito intimista, intimo. Creio que cada um vai se sentir de uma forma completamente diferente. Pois, é uma história sensível real e pouco falada, que vejo tão pouco nos livros. A maternidade. Ou o lado "obscuro" dela. A dor, a dúvida, a dificuldade.

"Com certeza a psicóloga também tem problemas com a mãe. Perdoamos tudo de quem jos deu a luz..."

A psicóloga da minha mãe me disse que quando nasce um bebe nasce uma mãe. Nós, mulheres não nascemos mães (nem mulheres) nos tornamos mãe. E mais uma vez, citando a psicóloga: as vezes as pessoas dão aquilo que elas tem. Aquilo que ela viveu e o que ela própria recebeu. Eu vejo tanto isso nesse livro. Eu fiz muitas marcações, como disse a Eliane sabe escrever, é uma escrita tão bonita e emersiva você sente as personagens tão claramente, o amor o ódio suas dúvidas suas repostas, por partes me sentia agoniada, sufocada e percebia que estava segurando a respiração.  Nao recomendo esse livro para todos é preciso estômago e cabeça. Mas eu quero, eu sinto que eu preciso de uma releitura para aproveitar melhor e pensar mais, no momento de leitura eu estava em períodos muito dissociativos.

"os livros sempre foram a janela por onde eu escapava desta mãe..."

Esse livro me fez amar mais a minha mãe. Pois ele é isso um livro sobre amor, o amor no meio do ódio. Ele é incrível, quem puder leia. Só leia.

"Quem perdeu muito sabe que há um certo alívio em não esperar nada de bom, em não desejar nada."

"Tenho mais químicos em mim que um pacote de miojo".
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Dilalilac 21/11/2021

"A vida humana é a única que acaba sem um fim, porque é a única que o espera."
Eu peguei esse livro sem nenhuma expectativa, acabei encontrando meu livro brasileiro favorito.
É estranho como um livro "pesado" ou "com gatilhos" é algo relativo. Eu entendo se alguém me disser que achou esse livro pesado e difícil de ler, mas ele me foi fluente. Me encheu de paz. Tem uma construção perfeita de personagens e ambientação. A escrita é muito agradável. E é bonito. É um livro bonito. Não digo que não é complicado, conturbado, porque ele é. Tem gatilhos, é pesado, mas aqueceu meu coração ao terminar. Os sentimentos humanos são vastos demais para se resumirem em palavras exatas.
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Liamar 20/11/2021

Intensidade em poucas páginas
Uma história escrita com sangue sobre uma relação conturbada entre mãe e filha que são interligadas pelo amor e ódio ao longo de suas vidas. É um livro curto mas intenso, centrado em duas personagens sofridas que vivenciam os afetos da maneira que conseguem e materializam seu grito de socorro na palavra. Vida/morte, desejo/sofrimento, ressentimento/culpa: todas essas interfaces traduzem o vínculo irreparável de mãe e filha retratada pela autora.
A autoria me convidou para leitura e mais uma vez minha confiança em sua escrita me recompensou positivamente. Em poucas páginas eu já estava completamente envolvida e incomodada com as circunstâncias. E a Eliane Brum vai desvelando do micro para o macro a história, nos fazendo compreender motivações e incapacidades. Enquanto somos conduzidos a nos despedir dessa conexão.
Definitivamente é um livro que não posso recomendar para todo mundo nem para qualquer momento de sua vida por se tratar de um drama repleto de assuntos gatilhos (depressão, automutilação, abuso e doença) que podem não ser saudáveis para sua experiência de leitor. Entretanto é uma história bem escrita, crua e que te convida a olhar com um pouco mais de gentileza para recortes situacionais.
Lilly 20/11/2021minha estante
Uau, não conhecia. Uma história dramática mas com várias nuances, sem serem menos interessantes


Liamar 23/11/2021minha estante
é uma hst pesada mana mas poderosa.


Danielle 16/01/2022minha estante
amei sua resenha ?




Vogel 17/11/2021

Só podia ser gaúcha essa autora!
Chorei, odiei, compreendi...
Esse livro mexeu muito comigo, a leitura embora trate de um assunto delicado que é a relação conturbada entre mãe e filha, flui super bem, devorei esse livro, a autora escreve com clareza, faz a gente sentir o que está lendo. Embora triste, é um livro mto bom e mto bem escrito!
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Raquel.Freire 14/11/2021

A dor em forma de livro
Essa leitura foi tão dolorida, mas ao mesmo tempo tão necessária para mim. Não é um livro pra todo mundo, porém é um livro que vc lê e fica totalmente perturbada acredito que essa foi a intenção da autora. Vc termina a leitura e não consegue parar de pensar ele te deixa uma marca. Eu simplesmente tô fascinada por ele e pela escrita da autora quero ler outras coisas dela e tô totalmente grata pela @Beatriz Paludetto por ter citado a autora em um dos vídeos dela o que me deixou curiosa. Enfim, o livro me machucou mas eu fiquei agradecida pela dor.
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wilzauu 06/10/2021

Paguem a terapia
Pelo amor de Deus como essa mulher conseguiu desenvolver tanta coisa em 170 paginas?

Visceral, repugnante, nojento e real, uma leitura imersiva e totalmente nauseante, que mesmo com personagens detestáveis e incapazes de ser afetivas entregou uma história de amor completa.

É sobre sentimentos, e a desmistificação da relação entre mãe e filha, que vai muito além de gostar ou não gostar e sim de um mãe que teve uma vida emocionalmente desestruturada em vários aspectos principalmente emocional, fazendo com que ela ame mas também odeie a filha pois nunca prendeu outra forma de amar.

Incrível evolução partindo do ponto em
que ficamos com ódio da mãe e seguindo a um em que nós vemos oque ela passou nas mãos do pai e toda a problemática que sua morte desencadeou, finalizando em um momento triste mas lindo de um amor que foi correspondido pela primeira vez entre mãe a filha.

Elas não eram capazes de co-existir ao mesmo tempo, mas o amor nunca deixou de existir e a morte só proporcionou um momento de paz e de vida finalmente, mas principalmente de amor.
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Mari 26/09/2021

WOW...
Eu realmente não tenho palavras. Eu não superei, e li ainda no começo do ano.
É um livro que ou você ama ou odeia (E o tanto de gente que eu vi que odiou...). É uma leitura MUITO pesada, MUITO nojenta, MUITO excrota, mas INFELIZMENTE é a realidade de muitas pessoas!

Quando pensamos em mãe e filha, a primeira coisa que vem a cabeça é aquela amizade, nosso ombro amigo, nossa melhor amiga. Mas esse livro vai contar uma relação de mãe e filha que se ODEIAM. Uma relação muito abusiva!

A mãe de Laura se deixou pra apodrecer no apartamento, e agora Laura tem que cuidar da mãe. Ela está escrevendo um livro sobre sua história. Mas um dia a mãe encontra os textos e decide abrir o jogo e contar a sua versão da história desde a sua criação.

Não é um livro que eu recomendo! Ainda mais se você tem estômago fraco! Mas eu adorei o livro.

E experiência literária é igual bunda, cada um tem a sua!
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Ana Tambara 16/09/2021

Meu primeiro contato com a autora e me impressionei. A história é tensa, mas também bela sobre a relação mãe e filha. Eu achei muito muito bom mesmo e recomendo!
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Thais CardBeg 12/09/2021

Entranhas reviradas
Queria este livro em destaque nas prateleiras de livrarias. Sobre dores e plavras, as estranhas são reviradas.
Provavelmente não venderia. O preço da leitura é bem caro.
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Luana 31/08/2021

Esse é um daqueles livros sobre os quais você não discute, só sente.
É visceral e cru, introspectivo e com todos os sentimentos existentes numa relação de mãe e filha levados ao extremo. Você quase sente sua carne rasgar junto com as personagens.
Eliane Brum talvez seja a autora nacional mais genuinamente talentosa que eu já tive o prazer de ler.
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Karol 30/08/2021

Dói, esse livro me dói
Tenho uma relação complicada com a minha mãe e li esse livro em um hospital, enquanto era companhia para o meu marido enterrado, o que tornou esse livro tridimensional para mim.

Terminei a leitura já em casa, minha mãe cochilando no sofá da minha sala. Coração apertado e chorando baixinho, pensando como um livro pode ser tão real...

Escritora brasileira, boa escrita, ótimo ritmo e realista. Por si só uma literatura brasileira de qualidade e sem for entrar no mérito de construção de história então... Primoroso! Virou um favorito que pretendo nunca mais voltar a ler porque me arrancou um pedaço
Karol 30/08/2021minha estante
PS: meu marido estava internado CORRETOR MALDITO




juliette 07/08/2021

Leitura muito doída, muita dor e tristeza, e também amor. Uma relação muito conturbada marcada por conflitos.
Mas achei interessante como a leitura me levou primeiro a não gostar da mãe, e logo em seguida, passou a mostrar o lado da mãe, nos dando o quadro completo da situação... É fácil julgarmos quando não sabemos todos os fatos...
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_andrezzasilv 19/07/2021

O livro aborda assunto muito importante e com um final extremamente triste. Se vc quer um livro q aborde assunto q prenda, ou onde vc possa tbm entender o lado de uma pessoa com depressão ou ansiedade e te faça chorar com o final, esse livro é perfeito.
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