Resenhas - Uma Duas

alice 14/12/2022

uma duas
de uma maneira sem limites e pudor eliane brum trouxe a história de uma relação doente, quebrada e simbiótica entre mãe e filha.
uma maneira quase cruel de nos fazer sentir a escrita, e mais além o quão -impressionantemente- humano é o sofrimento de ambas as personagens que vivem ele.

Júlia Gabriela 14/11/2022

o que tem de perfeito tem de incômodo. e esse livro é muito as duas coisas.
o primeiro movimento para se trabalhar algo é reconhecê-lo.

Victoria.Fabris 07/11/2022

doloroso e real
me conectei muito com o livro. escolhi ler ele exatamente por que falava sobre esse tipo de relação dolorosa. esse tipo de sentimento entre mãe e filha que ninguém fala sobre, pois relacionamentos entre mãe e filha sempre são estranhos. é muito bom ter um livro que expressa exatamente esse sentimento conflituoso de raiva, amor, inveja, dor e ódio.
a autora é criteriosa com as palavras, as usa muito bem, com destreza, conseguindo se aprofundar com exatidão nas entranhas dessa confusão. adorei o modo como está escrito. a leitura é incrivel!
o livro fez eu me encontrar mais em mim e entender meus próprios sentimentos.

Videsque 03/11/2022

Perfeito
É dificil falar sobre esse livro.
A autora conta em texto corrida sobre a relação de mãe e filha. As duas personagens travam um embate que vai além do útero, da carne e do corpo.
É impossível gostar de uma das duas, mas é fácil entende-las.

Júlia 06/09/2022

o que eu chorei com o final desse livro foi BRINCADEIRA. sacanagem pura.
o relacionamento entre mãe e filha aqui me engatilhou PRA 🤬 #$%!& . reviveu meus traumas? sim. leu meus pensamentos? sim. foi penetrante nos meus piores gatilhos? sim. então só pode ser um livro foda, é isso.

priscila.melo.9480111 26/08/2022

Necessário
Excelente obra que trata sobre a relação mãe-filha de forma humana e intensa. É uma leitura recomendada tanto para quem busca uma ficção de alta qualidade quanto para aqueles que querem se aprofundar nas entranhas de personagens complexos e muito bem construídos. Vale bons estudos de caso, com certeza!

Isabella 09/06/2022

Cara, que livro DIFÍCIL de dar nota, escrever resenha ou mesmo formular qualquer frase sobre... É uma leitura extremamente pesada, tem diversas cenas de embrulhar o estômago; entramos em contato com um relacionamento entre mãe e filha que é, na mais suave das descrições, extremamente tóxico. Eu não sei se esse é um livro que da pra dizer que eu gostei de ler porque as sensações que ele causa são bizarras, mas não da pra negar que a escrita da Eliane Brum é admirável, quase sem defeitos eu diria.

Morgana65 09/04/2022

!!!!
Incrível ?
Escrita parecida com a do Saramago. Impossível parar de ler. Amei o texto ser vermelho como o sangue tão presente na leitura. Tão visceral, que te repugina ao mesmo tempo que te emociona.
O que me impediu de dar 5 estrelas foi o último capítulo. Quando acabei o livro tinha um ponto de interrogação na última página feita em 2013 quando li pela primeira vez. 9 anos e o final ainda não fez sentido.

fertarp 04/04/2022

Sempre brinco com o amigo que me indicou esse livro: ele é traumatizante, mas é maravilhoso. Maravilhosamente escrito, você nao quer parar de ler pra fazer mais nada... mas gente! Pesado. Vale a pena? Vale. Mas se preparem rs

Mc Brendinha Carvalhão 29/03/2022

Mãezinha do céu
Amo livros sobre dramas familiares e essa história sobre a relação nada convencional de amor e ódio, dependência e repulsa entre mãe e filha foi bastante instigante. Muito bom, muito bem escrito e meio perturbador. Eliane, você me deu medo.

Mawkitas 12/02/2022

Amor e ódio
Visceral e angustiante, o livro retrata uma relação entre mãe e filha completamente fusionada e destrutiva. Não há palavras. Não há autonomia subjetiva. Não há nem o contorno de um corpo próprio. Neste livro amor e ódio ganham contornos mortíferos, passionais. Tudo parece extremo. É como se sair do estágio de indiferenciação com a mãe pelo qual passa todo bebê fosse vedado a essa filha sob pena da incapacidade de existência da mãe. Uma super obra de arte!

Paula Brindeiro 08/02/2022

Quotes do livro
"Na manhã seguinte, o homem que nunca esteve lá não estava lá." (página 40)

"E aquilo foi mais aterrorizante do que os filmes de terror que mais tarde eu veria um após o outro para tentar sentir um medo que não me ameaçasse." (página 89)

"Não, eu não daria minha vida pela de Laura, preciso dizer. Não sou esse tipo de mãe. E nem acho que esse tipo de mãe exista. Tenho raiva de tudo o que ela vai viver quando eu me for." (página 141)

"Minha mãe sempre esteve ali. Por pior que ela tenha sido, foi a única que ficou. E do jeito torto dela estava presente, ainda que fosse para tornar meus dias miseráveis. Não é mais um jogo entre nós duas. A morte encerra todos os jogos." (página 151)

"É isso afinal a vida. Só ao morrer descobrimos que essas cenas e esses dias patéticos são grandiosos. E que há poesia no cachorro que caga." (página 153)

"Me dou conta de que sempre chega o momento em que não podemos escolher viver, no máximo como morrer. Eu queria ter escolhido viver quando era possível." (página 162)

"Não consigo achar certo esse negócio de cremação. E se a pessoa precisar do corpo para onde ela for? Se precisar, ela vem buscar o meu." (página 172)

babi 06/02/2022

o angustiante pode ser prazeroso
um dos livros que mais gostei de ter lido, senti agonia e repulsa em todas as páginas, mas é uma obra com certeza. da metade pro final parece que vira outro livro. leiam!!

Samantha 31/01/2022

Colunista do El País, Eliane Brum traz em "Uma duas" a história de duas mulheres, mãe e filha, que vivem uma relação complexa de amor, ódio e dependência. No decorrer da história vamos conhecendo mais mãe e filha e descobrindo os motivos que levam as personagens a agirem de tal forma, a mãe, Maria Lúcia, pela forma como foi criada, sem muito carinho e sem a possibilidade de interagir, não conseguiu demonstrar o amor a filha, que sente-se sufocada. Um romance forte e belo.

Sandra.Fatima 31/01/2022

drama entre mãe e filha
É um livro que aborda a relação entre mãe e filho, tão complexa e ao mesmo tempo tão simples. A voz narrativa permeia entre mãe e filha, onde é dado a cada uma o direito de narrar a sua própria história, e a compreensão do leitor criando seu próprio julgamento de valores.
A escritora desenvolveu a relação entre Laura e Maria Lúcia com muita sensibilidade, fazendo o leitor não conseguir parar de ler, sempre querendo saber o que acontecerá na página seguinte.
É um livro em que o amor e o ódio andam juntos.