Memórias do subsolo

Memórias do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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Lucas 19/04/2024

Um dos meus livros preferidos
O homem do subsolo mostra os paradoxos de um homem dos extremos. Extrema vaidade intercalada com extremo autodesprezo, como dois lados obrigatoriamente presentes, como se um trouxesse junto o outro. Por mais paradoxal que seja, a autoidealização exacerbada leva a constantes choques com a realidade.

Além disso, se autointitula ?livresco?, como se suas atitudes fossem oriundas de uma idealização do que se achava necessário ao momento em questão, para algum fim de exibição, ou dramatização? livresco.

Um dos pontos altos é o questionamento: ?Desde quando o homem sabe o que é bom pra si??, como um contra-argumento ao raciocínio de que existe um benefício maior que é atingível se todos fizessem ?o bem?. O questionamento é justamente sobre qual é esse ?benefício maior?? Existe um objetivo máximo ao qual devemos todos buscar unanimemente? Ou o homem deseja apenas ser livre? Livre inclusive para fazer ?más escolhas??

Esse é um dos livros com a melhor abertura que já vi. ?Eu sou um homem doente. Um homem mau. Acho que sofro do fígado?.

Me questiono se ele é de fato um homem mau, ou alguém que cometeu alguns erros e em sua escatologia, levou ao extremo seu autodesprezo. Independentemente disso, me parece que as barreiras impostas por si mesmo o impedem de ser feliz.

Muitas leituras. O homem do subsolo é um homem triste.
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vzmariz 19/04/2024

Bom
É um livro bom, mas não acho que tenha sido algo extraordinário, mas eu gostei bastante da leitura.
Li com calma, pois esse livro é para apreciar cada palavra dele, nao será a primeira leitura.
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Bia.y 18/04/2024

A leitura é complexa e demanda mais atenção do que aparenta. Se ler rápido ou com pressa, há o risco de permitir que algo escape.

A complexidade do personagem saí da curva do convencional, um dossiê de dilemas morais e questionamentos existenciais. Eu resumiria como conflituoso, tortuoso e repleto de significados ocultos, com um bom humor ácido para ajudar. Novamente, até que ponto desse livro existia dentro de Dostoiévski? Quanto de um personagem há em cada escritor?

Descrever o subsolo como ele fez requer, no mínimo, um pouco de experiência.


Se eu fosse avaliar com base no início e meio, 5 estrelas seriam insuficientes. Porém, todavia, entretanto, deixo 3.5 estrelas devido ao final que me desmotivou. Embora eu saiba que Dostoiévski era um mestre em jogos de palavras e que as interpretações se tornem ambíguas, prefiro considerar que interpretei o final de forma errada. Extremamente errada.
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shellenmunique 18/04/2024

É um livro de se ler várias vezes.
Não é um livro de fácil leitura e confesso que só quando li um resumo por fora, fui entender melhor do que se tratava o personagem.

Apesar de não entregar uma leitura fluída, acredito que é um bom livro.
Ter acesso aos ?pensamentos intrusivos? do personagem foi divertido.
Me identifiquei em algumas coisas e isso me assustou kkkk mas também me fez mais próxima ao livro.

É um bom livro. Não indico a quem está iniciando no caminho dos livros.
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Lulu Villas 17/04/2024

Estranho e muito, muito doido
Depois de tudo, posso afirmar com mérito que não entendi bulhunfas desse livro. O narrador começa lacrador, desconstruindo todo o conceito de amor, determinação, conquista, civilização etc ? tirando conclusões do além e respondendo a perguntas que ele achou que alguém faria na esquizofrenia dele ? e termina enfim relembrando suas memórias do subsolo (ou seja, como ele foi do fundo do poço para um abismo ainda mais imoral).

No início, eu até conseguia me identificar com algumas situações descritas e compreender superficialmente o que o narrador queria dizer. Mas já nesse ponto eu não tinha sacado aonde ele queria chegar e de onde ele tinha tirado os montes de conclusões que ele fez, porque (essa é a única conclusão possível) Dostoiévski simplesmente estava muito louco quando escreveu isso. Sem contar que acredito que ele estava tão inconstante quanto o personagem dele, que muda de humor de cinco em cinco segundos e no final sempre parte para a violência irracional jogando a culpa da perdição dele na primeira pessoa que surgir na sua frente.

Enfim, não achei muito propósito e, tirando a relevância da obra para a vida literária do autor e análise do contexto russo na época, não sei por que esse livro é tão apreciado.
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Kworsb 15/04/2024

Memórias do subsolo
Eu me senti lendo um diário muito íntimo sem nenhum filtro de aparências, a consciência em seu estado nu e cru, foi como se eu estivesse nao na minha consciência mas na do protagonista e assim fizesse parte de cada pensamento. Subsolo, é a ilusão de autossuficiência, em que você tenta se justificar a si mesmo dos seus atos, já que a verdade te constrange, é possível talvez esconder a pequenez do seu ser dos outros, mas jamais de si mesmo, pensamentos por milissegundos, como se precisasse calcular cada palavra e esse cálculo saísse sempre com resultados incorretos. Livro muito profundo, um mergulho rápido e denso, ao que temos de mais sombrio dentro de nós, queremos nos identificar com grandes feitos,com heróis, com triunfos, mas este livro te faz refletir o quanto do ?subsolo? há em si. Obra convidativa a reflexão dos nuances da existência
humana.

?Meu Deus, o que me importam as leis da natureza e da aritmética, se, por um motivo qualquer, não me agradam essas leis nem esse ?dois e dois são quatro?? Claro, não vou ficar batendo a cabeça nesse muro se, de fato, eu não tiver força para derrubá-lo, mas também não vou me conformar com ele, só porque é um muro de pedra e eu não tive forças para derrubá-lo.?

?Para nós, é opressivo até ser gente ? gente com corpo e sangue próprios, de verdade; temos vergonha disso, consideramos isso uma humilhação e fazemos de tudo para nos tornarmos uns tais de seres humanos em geral, que nunca existiram. ?

?Final da história, senhores: é melhor não fazer nada! É melhor a inércia consciente! Portanto, viva o subsolo! Apesar de eu ter dito que invejo o homem normal até minha última gota de fel, ainda assim, nas condições em que eu o vejo, eu não quero ser ele.?
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Maara51 15/04/2024

?O fim dos fins, meus senhores: o melhor é não fazer nada! O melhor é a inércia consciente! Pois bem, viva o subsolo! Embora eu tenha dito realmente que invejo o homem normal até a derradeira gota da minha bílis, não quero ser ele.?
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rodrizoo15 14/04/2024

Tem já um tempo que li. Mas me recordo de ser um livro muito chato que sofri pra terminar. Dos Dostoievski que eu li até o momento, foi o pior. Eu já tinha lido Crime e Castigo, o Idiota e Noites Brancas.
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Giovanna1754 14/04/2024

Tão foda que me irritei a ponto de dar umas pausas na leitura pq me identifiquei com esse velho maluco
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Lucas1429 14/04/2024

Saindo do subsolo da alma
Neste pequeno livro, Dostoievski consegue, uma vez mais, nos mostrar o âmago da sua personagem, de forma que o "subsolo" pode ser visto como o próprio interior da personalidade, da psique, dela. No decorrer do livro, dividido em duas partes, conseguimos sentir a angústia, o rancor, a infelicidade, com pequenos lampejos de alegria, mas sobretudo a contradição interna do complexo personagem.
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sam (?) 13/04/2024

O quão perdido pode estar um homem?
Ler um livro do Dotoievski é sempre uma epifania e um exércício do que há em nós que se esconde (de propósito) no mais fundo poço de nossas consciências, é uma experiência única.
Nese livro o personagem principal é excepcionalmente mais miserável que em outros contos do autor, talvez justamente por ter uma escrita tão íntima e próxima, como ler o diário de um homem, ou seus próprios pensamentos mais sorrateiros. Os sentimentos se tornam muito individuais.
Ótimo livro.
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Tha 12/04/2024

Intenso e reflexivo
Memórias do Subsolo retrata o homem do subsolo, que, por curiosidade, não é lhe dado um nome.

Este personagem é uma pessoa desagradável, medíocre, soberba e invejosa. Durante vários momentos do livro é possível ter uma série de sentimentos ruins por esse personagem, pois ele tem essa mesma leitura sobre sua personalidade e comportamento e se delicia com isso, flertando com um autoflagelo.

O personagem é uma pessoa quebrada, que se encontra no subsolo física e mentalmente. Ele deixa aflorar o seu lado mais sombrio e não se esconde na sua perversidade. Isso nos traz a reflexão de que todos nós temos o nosso subsolo e cabe a nós tratarmos da maneira mais digna e plena.

OBS: incrível perceber a semelhança dos personagens de Dostoevsky. Sombrios, com um turbilhão de pensamentos e carregando uma enorme culpa.
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Rafael1603 12/04/2024

Todos temos um pé no subsolo
Me identifiquei com o protagonista em alguns momentos. O subsolo é a fuga da "vida vivida", das dificuldades, mas também das belezas, que o ato de viver proporciona. É tentador se refugiar de tudo e de todos para viver no seu mundinho. O subsolo não é a busca por conforto e bem-estar, mas a ilusão da autossuficiência.
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brrruna 12/04/2024

Isso não é um autor isso é uma garota!
Dostoiévski é um dos meus novos autores favoritos. Nesse livro especificamente, me senti tão representada (ele não CALA A BOCA, igualmente minha cabeça nos dias mais normais), pra tudo ele nos dá uma explicação enorme e acho muito engraçado como ele interage com o leitor e faz suposições que ele mesmo cria (paranóico). Apesar de tudo eu amo as reflexões que ele traz nesse livro, adoro abrir discussões com elas. He is just a girl! ??
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