Memórias do subsolo

Memórias do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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roninhowv 05/05/2024

Uma leitura desafiadora?
Confesso que achei o início da obra um pouco confuso e tedioso, tive que lê-lo novamente para conseguir entender, mas, depois da releitura, fluiu.

A obra é introduzida com a apresentação do narrador-personagem, o qual, aos seus 40 anos se pega reflexivo sobre sua vida, sobre todas as suas arrogâncias, todas as dores e vergonhas passadas. Logo em seguida começa a dissertar acerca de sua perspectiva mundana, principalmente, da justiça, vingança e de como as ações -ou a ausência delas- podem interferir nos arrependimentos e nos caminhos da vida.

O narrador remete ao Subsolo como um lugar de refúgio dos ?Homens Camundongos?, ou seja, a metáfora funciona da seguinte forma: esses homens do pensamento acabam se ?entocando? quando são postos diante de situações de estresse ou na necessidade de vingança, acovardando-se no subsolo, nos devaneios.

A segunda parte do livro é mais fluída e se dá início contando a história da vida do personagem a partir de seus 24 anos, e este, conta situações diversas das vezes em que queria escapar de seus devaneios/sonhos e ficava diante de dilemas entre vinganças e perdões. Além disso, relata o motivo de estar escrevendo, segundo ele, nenhum homem é capaz de escrever sobre si mesmo sem contar mentiras que visem seu próprio enaltecimento, logo, a escrita desse livro é feita com o objetivo de contar sua história de forma transparente, sem mentiras, apresentando as suas vergonhas, sucessos, tristezas e desavenças da forma mais honesta possível, com todos os fatos e arrependimentos.

São diversas histórias de como o narrador-personagem se sentiu diante de situações em que foi considerado indiferente, invisível, inferior por pessoas que se consideravam superiores a ele.

Frases que me chamaram atenção:

1 - ?As nossas vontades são, na maior parte, equívocos devidos a uma concepção errada sobre as nossas vantagens.?

2 - ?O homem é uma criatura volúvel e pouco atraente e, talvez ame apenas o processo de atingir o objetivo, e não o próprio objetivo.?
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De Amendola 05/05/2024

Um livro muito bom e bastante reflexivo.
Me lembrou muito A Morte de Ivan Ilitch.
Vale a pena a leitura!
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Paula 02/05/2024

O livro, pra mim, foi sobre olhar pra dentro. Olhar pra denteo e encontrar o personagem dentro de si algumas vezes. P roposta do livro é afundar no próprio interior e entender os desejos e vontades mais obscuras, e se propor a refletir de onde elas vem. Sem se afundar no próprio eu e chegar ao subsolo de forma irreversível, tão aterrado no próprio eu e incapaz de ver o mundo com um filtro de distorção.
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Ãsis 02/05/2024

Eu amei o desafio, o livro em si me desafiou o durante toda a leitura.O anti-herói me deixou em situação de desconforto quase físico, um misto de reprovação com identificação. Afinal, o subsolo humano foi bem retratado.
As reflexões são lindas, a proposta é incrível, o anti-herói, introspectivo e com altos níveis de insegurança me trazem reconhecimento, mas acho que é o tipo de livro que você precisa estar pronto pra absorver o subsolo que se encontra, neste momento a forma da escrita me fez questionar as 5 estrelas, talvez não fosse meu momento para lê-lo.
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LuccySwan 02/05/2024

"Memórias do Subsolo", de Dostoiévski, é uma obra que me conduz a uma viagem pelas profundezas da mente humana, um mergulho no abismo de nossos pensamentos mais íntimos. Cada página é uma experiência que me faz afundar ainda mais no sofá, imerso em uma narrativa que me envolve por completo. A leitura dos russos torna-se, para mim, uma jornada sem retorno, uma vez iniciada.

Este livro não é uma leitura fácil, mas é exatamente essa complexidade que o torna tão cativante. Dostoiévski habilmente entrelaça elementos filosóficos com momentos de humor, desafiando-me a cada página. Ao longo da obra, ele nos confronta com a tendência humana de buscar a infelicidade, mesmo quando todas as condições para a felicidade estão ao nosso alcance.

Uma das grandes satisfações dessa leitura é a defesa fervorosa da liberdade individual. Dostoiévski nos convida a enxergar a realidade de maneira mais profunda e crítica, questionando as convenções e os padrões pré-estabelecidos. Ele nos faz refletir sobre o paradoxo humano de buscar o sofrimento, mesmo quando temos tudo o que precisamos para ser felizes.

Ao longo das páginas, surge a sensação de que Dostoiévski está nos alertando contra a tentativa de catalogar ou padronizar a complexidade da natureza humana. Ele nos lembra que a verdadeira liberdade reside na aceitação de nossa imperfeição e na recusa em ceder à pressão de uma perfeição artificial.

Recomendo fortemente a leitura de "Memórias do Subsolo" a todos aqueles que buscam uma experiência literária profunda e enriquecedora. Esta obra não apenas desafia nossas concepções sobre a vida e a existência, mas também nos recompensa com insights e reflexões que ecoam muito além das páginas do livro. É uma leitura que fica gravada na mente e no coração, convidando-nos a contemplar o mundo de uma maneira totalmente nova.
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Marley,comY 01/05/2024

Denso e úmido
Sinto ainda o gosto da terra molhada pela neve. O narrador e personagem se esconde dentro do seu subsolo e lá deixa com que seus pensamentos tomem conta de suas ações e sentimentos. Apesar de tudo, apesar da ignorância dele, do orgulho exacerbado, ainda é um ser humano, e desaba em pranto.
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Solange.Pereira 01/05/2024

Confuso
Confesso que não entendi muito coisa, uma narrativa diferente do que costumo ler, porém consegui concluir a leitura e compreender porque o sucesso de Dostoiévski se perdura até os dias de hoje.
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Tata 30/04/2024

Envolvente!
Começo essa resenha com a frase do próprio narrador que mais descreve o livro: ?[?] sobre como eu fiz fracassar a minha vida por meio do apodrecimento moral a um canto, da insuficiência do ambiente, desacostumando-me de tudo o que é vivo por meio de um enraivecido rancor no subsolo.?

Dostoiévski sabe como ninguém capturar a profundidade e explorar os lados mais obscuros da psique humana. Além de nos deixar expostos às nossas próprias contradições e conflitos internos. Durante a narrativa dessa novela, ele constrói o personagem e nos deixa enfurecidos por ele ser tão insensível, amargurado, infeliz e ao final do livro nos mostra que estamos todos no subsolo em algum momento da vida.

Lembra muito a obra Crime e Castigo, não finalizei ainda, mas pelo que li a profundidade é a mesma. Não é atoa que ele é um dos escritores russos mais importantes da literatura mundial!
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mariaribeir 30/04/2024

Memórias do subsolo
Depois de um tempo que li, digeri melhor e posso resenhar de maneira mais satisfatória.

De fato, é meu livro mais surrado e rabiscado, pois incessantemente me via nas linhas de Dostoievski. Me surpreendi ao ver que o estigma colocado na literatura do autor não passava de rumores, não foi difícil de ler, e sim de largar o livro!

Me senti em paz ao perceber que não sou a única com pensamentos ?subsolianos?, me espantei ao me identificar tanto com este homem asqueroso, e tão coitado, fui todas suas metáforas.


Atenciosamente,
Maria Ribeiro.
ste.azvdo 30/04/2024minha estante
Agr quero muito ler por causa da crise dos 20 kkk


mariaribeir 30/04/2024minha estante
LEIAAA




Javalis de Chernobyl 29/04/2024

“Senhores, admiramos que o homem não seja estúpido […] Mas, ainda que não seja estúpido, é monstruosamente ingrato! […] Penso até que a melhor definição do homem seja: um bípede ingrato. Mas isto ainda não é tudo, ainda não é seu maior defeito; o seu maior defeito é a sua permanente imoralidade […] e, por conseguinte, também a falta de bom senso […] Experimentai lançar um olhar para a história do gênero humano: o que vereis? […] Numa palavra, pode-se dizer tudo da História Universal - tudo quanto possa ocorrer à imaginação mais exaltada. Só não se pode dizer o seguinte: que é sensata.”(Pag.42/43)


Memórias do subsolo talvez seja a mais clássica das obras curtas do Dostoiévski. Uma história tão icônica, que o arquétipo do personagem principal originou outros personagens, como Travis Bickle, protagonista do longa de Scorcese, Taxi Driver.

O livro se divide em duas partes: A primeira consiste na apresentação das filosofias do personagem, pouco se sabe sobre quem é, além de ser um ex-funcionário público da administração czarista, aposentado. Um homem que vive do rancor e da mágoa acumulados ao longo da vida, e que se orgulha de ser um sujeito vil. Que despreza as fundações de sua sociedade e as crítica ao passo que fomenta sua forma de pensar. É um moralista. Nesse sentido, Dostoievski se mostra uma clara influência pra obras freudianas como Mal-estar na civilização, além de uma importante referência e fonte para historiadores pensarem a história contemporânea em meados do século XIX.

Por exemplo, no capítulo VII, entre as páginas 32 e 39, o personagem tece uma crítica a ideia ingênua da sociedade moderna, de que a civilização abranda os instintos de violência e maldade humanas, trazendo exemplos à sua época de que a civilização europeia produzia atos de violência tanto quanto qualquer período do passado (ele cita Napoleão III e a guerra de secessão). A civilização europeia, portanto, seria ainda mais bárbara, vil e sanguinária do que as outras, já que no passado a violência era um modus operandi pouco questionado, enquanto que a civilização moderna, avançada científica e moralmente - do ponto de vista eurocêntrico - julgava a violência um recurso da barbárie, e ainda assim o produzia em larga escala. Esse trecho é fundamental pra entender a critica a civilização ocidental e suas bases fundamentais, como a ciência e a filosofia iluminista. Dostoievski, aqui, se torna atemporal, ao pensarmos, se nos distanciarmos de seu tempo, no século XIX e as guerras que produziu, e também na própria Rússia do século XXI. Ele também ensaia uma leve crítica a teorias econômicas positivistas, como o socialismo.

A segunda parte narra algumas memórias da juventude do narrador, onde ele fala mais sobre sua vida social e dialoga com um interlocutor imaginário, no qual ele sempre imagina que este ri de seus relatos. Está sempre sugerindo que o leitor lê suas palavras com deleite, que ri de cada frase desesperada que ele deposita. Essa parte é onde Dostoiévski brilha, pra mim, apesar de que o final não me agrada tanto.

A grande ironia de Dostoievski nessa obra está na palavra do narrador, que claramente tem uma visão deturpada da realidade e de si mesmo: Diz pra nós que não é um covarde, quando se acovarda a todo tempo, declara seu desprezo por todos ao seu redor, quando muitas vezes apenas desejava ter amigos. O narrador é um homem amargurado, por ser excluído. É o que nós hoje conhecemos na internet como "incel".
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Pegorelli 26/04/2024

Icônico Dostoiévski
Apesar de sua obra prima ser, indubitavelmente, Crime e Castigo, "memórias de um Subsolo" mostra uma parte da essência humana, que está presente hoje em dia. De maneira simples pode-se dizer que o protagonista é como um jovem de hoje. E como serão os seus arrependimentos no futuro.
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Guilherme 26/04/2024

Fudido
O protagonista é um fudido, top10 pessoas mais fudidos do mundo dos fudidos, 🤬 #$%!& que cara fudido, em uma escala de não fudido para muito fudido ele está no muito fudido para um 🤬 #$%!& .
O livro é foda
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spoiler visualizar
Athis 25/04/2024minha estante
Você assistiu um vídeo de Jordan Peterson falando sobre esse livro?


literalyne 26/04/2024minha estante
não, mas vou assistir




wouters 23/04/2024

é uma leitura profunda, densa e cheia de detalhes, te faz refletir bastante e te deixa bem pensativo em algumas partes. o livro é ridiculamente bom, recomendo do leitor iniciante até o mais experiente. PERFEIÇÃO PURA!
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Angelica.Shihara 23/04/2024

Minha primeira leitura de Fiódor Dostoiévski, eu achei que seria pesado e com palavras rebuscadas, mas não foi.
Com pensamentos profundos, o autor chega ao seu ?fundo do poço? e aí ele coloca pra fora seus piores pensamentos e comportamentos, ele se coloca numa posição de super inteligente e isso faz com que ele não se importe em viver de forma harmoniosa em sociedade, é bem doido, mas eu gostei.
Achei bem reflexivo.
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