Os Trabalhadores do Mar

Os Trabalhadores do Mar Victor Hugo




Resenhas - Os Trabalhadores do Mar


147 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


DIÓGENES ARAÚJO 01/10/2013

Genial
Impossível ler um livro de Victor Hugo e não se impressionar com a capacidade narrativa do autor. Sem dúvidas um dos melhores dele.
comentários(0)comente



Marivaldo.Barreto 07/04/2016

A riqueza de detalhes faz a diferença.
Lendo outras resenhas, achei que não iria gostar do livro e ia acabar desistindo da leitura no meio do caminho. Mas foi bem diferente disso.
Muitas pessoas acham Os Trabalhadores do Mar um livro enfadonho. O motivo disso é a riqueza de detalhes do autor ao descrever os fatos, a natureza e também a própria natureza humana. Mas foi exatamente isso que me fez gostar tanto dessa obra. O leitor não só, se imagina na história, como a sente. O estilo de Victor Hugo, que compõe a ficção em um cenário real, faz a leitura ainda mais interessante.
comentários(0)comente



z..... 22/02/2017

A primeira vez que li o romance achei sublime e fiquei impactado com o enfoque altruísta, tornando Gilliatt um de meus personagens favoritos. Me identificava com a disposição desapegada e isso fortalecia o que já existia, pensava e me dispunha em relação a abnegação. Penso que o enfoque do romance é esse, de valorização humanista, se importando com o próximo e rompendo com egoísmos. Victor Hugo estava em exílio e o contexto de época talvez explique essa percepção.
Interessante que o altruísmo está presente também em outras obras. Não sei o espaço e nem as circunstâncias entre uma e outra, mas trazem percepção de mundo diferenciada nos protagonistas (diz aí se Gilliatt não tem algo de Jean Valjean, e vice-versa, o mesmo em relação à Quasímodo).

Na leitura atual, mais de dez anos após a primeira, a visão foi diferenciada. Existe o altruísmo, mas existe também um lado nada nobre ou atrativo que até então fugira de minha percepção. O romance mostra conformismo, desistência e entrega à derrota que, no caso de Gilliatt, culmina no suicídio. Uma autodepreciação que joga por terra sua luta e vitalidade tão extraordinariamente descritas. O trabalhador venceu o mar em diferentes tribulações, mas deixou-se naufragar no mar da desilusão. Parece até uma frase poética, mas é horrível, em atitude e consequências.

Para essa resenha não parecer tão idiota no meu jeito, às vezes, passional de me envolver com a leitura, vou registrar que o romance começa a embalar mesmo a partir da segunda parte, quando a vitalidade, a luta, o ideal, a esperança e a determinação tomam conta de Gilliatt. O texto torna-se mais objetivo e interessante, quando até então se desenrolava de maneira dissertativa enfadonha.
O duelo com o polvo é espetacular, afinal, não é só um molusco, é um "pieuvre", que na descrição do autor tem ares lendários, aterrorizantes dos sete mares, como um kraken. O bicho aos poucos vai dando seus ares, fosforescendo na água, cercando nas entrelinhas, até o embate. Achei sensacional.

Reiterando, o caminhar da história a seu desfecho fez com que, agora, tivesse outra percepção do protagonista. Eita! E pensar que ele me veio à mente em certos momentos, como uma inspiração, e que por abnegação fui capaz até de mudar de congregação por conta de sentimentos... Ah, o altruísmo é capaz de fortalecer, mas não destruir a pessoa. O egoísmo que foi renunciado acabou imperando na decisão final.
comentários(0)comente



Lais.Souza 31/01/2023

Victor Hugo tem uma maestria em utilizar recursos históricos e geográfico para seus romances, assim como criará personagens justos, honrados cujo a fraqueza maior é o amor ao outro.
comentários(0)comente



dan 31/01/2023

''... Só restava o mar.''
Eis aqui o meu primeiro contato com alguma obra de Victor Hugo; E que livro.
Apresentemos Gilliatt, ele é o nosso protagonista. Gilliatt é um rapaz bastante peculiar, considerado pela sua nova vizinhança ''um estranho esquisito'' que mora em uma casa considerada ''assombrada'', Gilliatt é amante da natureza e o seu fascínio se eleva quando o mesmo se muda para uma ilha - é importante ressaltar que o autor deste livro de fato vivenciou nesta ilha, estando preso; nesta experiência, o leitor recebe uma enxurrada de descrições da natureza, assim como descrição de embarcações etc - é preciso ter bastante persistência na leitura.

Em seu desdobrar, a história segue um ritmo bastante autoral e único, a vida em natureza está enraizado nos personagens, tendo em mente que é este o pano de fundo de toda história; aqui tem uma pitada de suspense, aventura, romance, terror? talvez; o livro pode ser arrastado muitas vezes, mas o seu final justifica tudo.

Ademais, vale o foco desta resenha no protagonista: Gilliatt, a sua construção é instigante, sua aventura principal é de tirar o fôlego, e mais do quê isso, ele é um rapaz referência no requisito ''posso aprender muita coisa com essa pessoa'', ele é destemido, corajoso, confiante e visionário; ele é o Jô do oceano. Seu nome pode até ser apagado na neve, mas na nossa memória não.

Por fim, você poderá ou não encontrar percalços na leitura, mas não desista dela, pois a reta final valerá muito muito a pena. É emocionante!

Pra te dar um gostinho, essa é uma das minhas frases favoritas do livro: ''...Quase todo o segredo dos grandes corações está nesta palavra: PERSEVERANDO...''
comentários(0)comente



Natália | @tracandolivros 20/04/2019

Decepção define o que eu senti lendo ele depois de ler Miseráveis
Há muitos anos, uma mulher desconhecida e uma criança, que ninguém sabia se era seu filho ou não, chegaram em Guernsey. Esta mulher sempre foi isolada, e taxada como bruxa. O menino cresceu, e com o tempo passado a mulher morreu, deixando tudo o que tinha para ele. Este homem era Gilliat.

Gilliat cresceu sendo tão julgado quanto sua mãe. Também imaginavam que ele era um feiticeiro, pois ele conseguiu pescar peixe em época e em lugares onde outros pescadores não conseguiam, entre outros motivos. E na parte de sua vida contada no livro, é o momento em que ele se apaixona por uma moça que não está ao seu alcance. Assim sendo, ele faria qualquer coisa para poder tê-la como sua esposa, e esta oportunidade enfim aparece.

A escrita do Victor Hugo é excepcional, porém à mim ela não agrada. Muitos são extremamente apaixonados pela riqueza de detalhes, e devaneios que ele percorre, contudo, eu não gosto. E nesse livro eu senti muito isso, algo que em Miseráveis também existia, mas não em tanto grau. O protagonista mal aparece até metade do livro, o início todo gira em torno de outros.

Após este ponto da escrita, digo que outro ponto que não me agradou de forma alguma foi o final. Ao terminar eu falei “Sério que li tudo isso apenas para terminar assim?”. Fiquei completamente incrédula com o fim.

Entretanto, não estou dizendo que este seja um livro ruim, ele contém pontos de críticas à sociedade bem relevantes. Eu li este livro em grupo, e devo dizer que dos dez que estão lendo, apenas eu e mais um não gostamos do livro em si. Então não levem que só porque o livro não funciona comigo ele não irá funcionar com você. Se você já leu algo do Victor Hugo e ama a escrita dele, ou já leu outro autor que fica tendo seus devaneios e não se importa com isso, com certeza irá adorar este livro. E mesmo o final eu vi muitas pessoas que amaram.

Minha conclusão é basicamente, se achas que vai gostar, só leia. Mas se és como eu, e não gosta de tanta enrolação, passe longe.

site: https://www.instagram.com/p/BdSeRqjAJZv/
Thaianne 01/07/2019minha estante
Nem cheguei ao final, e o título da sua resenha já me contempla hahaha... Eu até gostei da maior parte dos devaneios dele em "Os Miseráveis" (talvez porque no final eu sentia uma conexão, mínima que fosse, com o resto da trama), mas aqui estou me sentindo arrastando como um barco à deriva com vento contrário kk


Natália | @tracandolivros 01/07/2019minha estante
Exatamente, mas isso é porque tu ainda não chegou no final então, porque o final da ainda mais essa sensação te ter se perdido tudo, eu fiquei muito triste e decepcionada com esse livro.


EstantedaLili 30/10/2020minha estante
Sou como você é confesso que após um tempo passei a pular as descrições excessivas. Mas é uma boa história afinal.




Jorge.Lira 24/08/2019

O livro é bom, mas necessita de uma nova tradução com linguagem atualizada.
O livro é muito cansativo pelo uso de metáforas e delongas em demasia na descrição de pequenos e grandes detalhes, além de ser usado muitos termos técnicos sobre navios, mares e navegação. Além da linguagem rebuscada, acredito que a tradução de Machado de Assis com linguagem de épocas passadas contribui para tornar muitos trechos longos e enfadonhos, apesar de que no todo ser um bom livro. Devo dizer que uma nova tradução adaptada à linguagem atual seria muito bem vinda.
comentários(0)comente



Anienne 10/11/2019

Os Trabalhadores do Mar
Ao ler esse livro, corre-se o perigo de achá-lo monótono e até enfadonho.

O livro divide-se em três partes: a primeira conta sobre o lugar, Guernesey, uma ilha do arquipélago anglo-normando da Mancha, além de descrever a vida de seus habitantes; a segunda parte vai trazer com mais detalhes o personagem principal Gilliat e seu feito heróico, esta foi a mais cansativa para mim e a terceira é um fechamento, na qual Victor Hugo traz uma certa dramaticidade, percebida também por mim, em "O corcunda de Notre Dame".

A história acontece na primeira metade do século XIX, o que é muito diferente da atualidade e como estou numa vibe muito interessante para ler sobre a vida e o viver de verdade, no duro (hehe), agradou-me bastante, pois é algo que está bem distante da minha própria realidade. Gosto de mergulhar nesses mundos opostos ao meu, talvez por buscar meu ponto de equilíbrio, meu fluir, equilibradamente, com a vida. Isso é uma questão bem pessoal, enfim...

O livro é leve e toda a história segue numa só melodia. E até o final, que tem esse tom mais dramático, consegue ser delicado e tranquilo.

"Na viagem da vida, a ideia é o itinerário." (Os trabalhadores do mar, Victor Hugo).
comentários(0)comente



Julia 10/02/2020

null
"O homem é o paciente dos acontecimentos. A vida é um perpétuo sucesso, imposto ao homem. O homem não sabe de que lado virá a brusca descida do acaso. [...] Nada pode ser previsto. Vivemos de atropelo. A consciência é a linha reta, a vida é o turbilhão. O turbilhão atira à cabeça do homem caos negros e céus azuis. A sorte não tem a arte das transições. Às vezes a vida anda tão depressa que o homem mal distingue o intervalo de uma peripécia a outra e o laço de ontem a hoje." (p. 348)

Primeiro livro que li do Victor Hugo, e que automaticamente despertou meu interesse em ler outros. O livro não apenas apresenta uma história fantástica, mas também impressiona pela eficiência do autor para contar essa história. O livro se divide em seções relativamente curtas, que o autor vai costurando pouco a pouco para montar um quadro completo e bem amarrado. Desta forma, prende o leitor do início ao fim, instigado a prosseguir com a história, ao mesmo tempo em que mal percebe o quanto está avançando no livro. Contando com os capítulos curtos (em média 10 págs), a cada "só mais um pouquinho" quase não se dá conta de que o livro está chegando ao fim. Livro incrível, ganhou um espaço entre meus favoritos!
comentários(0)comente



Leila.Cavalcante 10/04/2020

Eu gostei do livro. Ele fala, como sugere o título, de trabalhadores do mar, logo, marinheiros, e não é uma temática que me atrai, normalmente, sinceramente, as descrições detalhadas (características nas obras de Victor Hugo), dos barcos me deixa com um pouco de preguiça. Mas gostei dos personagens. Gilliatt chegou a me dar pena, porque ele tinha uma mistura de brutalidade com gentileza bem tocante; tem uma cena que eu achei bem interessante, onde o Gilliatt tá todo sujo, de barba grande, cheio de feridas, e a moça com quem ele deveria se casar até desmaia assombrada com a ideia, sendo que ele tinha acabado de mover o mundo por ela, o que contrasta bem essa dualidade da personalidade dele.
Mas o que me chamou a atenção nesse livro foi a tradução e eu não poderia deixar de comentar sobre isso. Geralmente, a gente pega um livro pra ler e nem se preocupa com quem traduziu (hoje em dia eu presto atenção a isso, mas antes era indiferente). Pois bem, chegou um momento que eu estava lendo e pensei: parece muito com o estilo de Machado de Assis, até a ironia do narrador, então me deu o estalo de ver o nome do tradutor, que não era outro senão o próprio Machado! Victor Hugo e Machado de Assis juntos é uma combinação boa demais pra ser verdade, no entanto existe, e só esse detalhe já vale a leitura.
comentários(0)comente



Felipe 02/06/2020

Victor Hugo e o Elemento Natural
A história de Os Trabalhadores do Mar se passa em meados do século 19. Gilliatt é um estranho habitante da ilha de Guernesey, no canal da Mancha. Tido como feitiçeiro pela supersticiosa população local, ele leva uma vida solitária e reclusa até se apaixonar por Deruchette, a sobrinha do famoso armador local, Mess Lethierry. Quando Durande, o navio a vapor de Lethierry, vai a pique, Gilliatt empreende uma jornada improvável a fim de resgatar sozinho o motor da embarcação e obter, assim, a mão de sua amada.

Publicado em 1866 pelo aclamado escritor francês Victor Hugo, Os Trabalhadores do Mar compõe a tríade de seus mais famosos romances, ao lado de Os Miseráveis e Notre-Dame de Paris. Como o próprio autor disse, a obra retrata a relação conflituosa e tensa entre homem e natureza. Nessa senda, mostra que, apesar de este dispor de enormes capacidades e poderoso engenho, é ainda deveras impotente diante dos caprichos naturais, os quais podem subjuga-lo sem esforço. Não obstante, há espaço para conquistas, estas reservadas aos bravos e intrépidos espíritos. Gilliatt é um desses, e é capaz de lutar contra os priores elementos a fim de obter aquilo que mais almeja: o amor de Deruchette.

O livro inicia despertando a curiosidade do leitor a respeito do peculiar povo da ilha de Guernesey. A história se torna cada vez mais interessante, ainda que não se apresente um enredo central bem definido. À medida que se aproxima da metade, o enredo toma forma e o descritivismo que domina praticamente oitenta por centro da obra é intensificado.

Vários recursos de linguagem são utilizados, como a gradação, assíndeto, metáforas e prosopopeias, a fim de estabelecer uma ilustração de como se dá o imaginário daquele povo insular. Importa destacar que o autor viveu em um período de exílio em Guernesey, podendo ser o livro interpretado como uma espécie de homenagem aos seus habitantes.

O principal ponto negativo do romance e o descritivismo extenso. Seria possível abreviar um pouco a obra, retirando um pouco desse peso, sem que houvesse empobrecimento. Essa característica acaba por tornar a leitura forçada e enfadonha aos leitores que não são apreciadores do lirismo típico do autor, poeta por excelência. Para compensar, vale dizer que o final é surpreendente e tocante.

Por fim, compete ressaltar o valor que a obra possui, tanto para expor as reflexoes acerca da relação homem/natureza, quanto como uma descrição sociológica do pensamento de um povo. Ademais, o livro claramente serviu de inspiração a outras obras primas, como o excelente 20 Mil Léguas Submarinas de Julio Verne, estabelecendo um marco na literatura classica francesa.
comentários(0)comente



Jose Antonio 14/10/2021

Gilliatt o finório
Não somos obrigados a gostar, ou concordar com um clássico simplesmente por que ele é um clássico e não concordo com diversos fatores dessa obra.

Penso que Vitor Hugo divaga muito em suas ideias e monólogos, além de demasiada descrição de coisas que poderiam ser breves e que não alterariam no desenvolver da história.

Há também o fator principal que decorre na história, que provoca uma necessidade de urgência catastrófica que na verdade, se prova não tão urgente assim.

Confesso que estou com medo de embarcar em Os Miseráveis agora...

Mas devo ressaltar que os últimos arcos da história são muito divertidos e instigantes com um desfecho surpreendente e inesperado.

Talvez tenha criado uma grande expectativa em cima desse livro, mas me recordarei com carinho e entendo quem o considera seu livro favorito, com certeza vale a leitura.
comentários(0)comente



Elianne.Franchella 03/01/2022

Um Ulisses frances
Acompanhar essa Odisseia, ver o herói vencer desafio a após desafio e um final inesperado. A confiança que o personagem tem de que vai conseguir e ao mesmo tempo a aparente tranquilidade com que se entrega aos mais desafiadores e desgastantes combates com a natureza.
comentários(0)comente



Daniel.Alcantara 30/04/2022

Tudo acabou; só restava o mar
Os trabalhadores do Mar de Victor Hugo
Tradução de Machado de Assis
Editora Nova Cultural
Título original Les Travailleurs de la Mer

Impressionante é a sensação de se sentir visto. Mais impressionante ainda é o poder que infantis coqueteries como de Déruchette ao escrever o nome de Gilliatt na neve podem ter.
Até então ela não era nada além de uma rosa no meio de uma roseira. Para então se tornar a música de seu bagpipe, o trajeto de seu destino e o sentido de sua vida.
E o que lhe acontece quando lhe roubam o sentido de existir? Quando lhe negam a paixão que lhe faz respirar e motiva seu coração a bater?
comentários(0)comente



Bruno.Santos 13/05/2022

Simplesmente prefeito!
Lendo o livro e me afundando em tentas terminologias marítimas, foi simplesmente imersivo demais.

Personagens tão complexos, tão singulares,as Gilliatt não tem comparação, e durante todo o processo de retirada da máquina em alto mar, na mais completa solidão, foi muito angustiante, mas o final do livro é de arrasar com o velho coração, apesar de conseguir tentar entender todo espírito de abnegação, mas ainda assim fica aquela dor no peito "vendo" a maré subir na cadeira.
comentários(0)comente



147 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR