Luciano Luíz 07/04/2015
ROSE MADDER de STEPHEN KING é o típico romance que contém altos e baixos. Mas, infelizmente, no caso da história de Rosie, os baixos são mais frequentes que os altos...
Rosie é casada com Norman, um policial completamente louco. Aos olhos da sociedade ele é um exemplo de profissional que combate o crime com maestria. Um homem que tem um cérebro extremamente veloz para elucidar todo tipo de caso. Mas, em casa, ele é um demônio.
O casamento de 14 anos, é constituído por agressões físicas e verbais. Até o bebê levou a pior enquanto ainda estava na barriga e Rosie adiou o sonho de ser mãe.
No entanto, um dia ela cria coragem, e sai com o cartão de crédito e mais nada.
No caminho, saca uns 300 dólares e se livra do cartão. Ela viaja para uma cidade distante, e assim chega a uma entidade que presta cuidados para mulheres vítimas de violência doméstica.
Quando Norman se dá conta, que está só em casa, ele simplesmente sai à procura de sua esposa. O cara tem o raciocínio tão rápido, mas tão rápido, que encontra o rastro de Rosie facilmente (e isso soa de forma tão tola... pois é fácil demais... Ele consegue ter os mesmos pensamentos que ela, por onde passa... Como parar aqui e comer...)...
Bem, enquanto Rosie está lá na outra distante cidade, compra um quadro que acha bonito.
Aí ela acaba entrando nesse quadro, tem um labirinto com um touro e blá, blá, blá...
Ou seja, a parte sobrenatural é muito, mas muito, muitíssimo ruim... A narrativa fica arrastada, sem motivação, nada que faça (ao menos eu) o leitor seguir em frente com vontade...
Quando os capítulos são voltados ao marido de Rosie, também são chatos pra cacete. Uma bosta mesmo.
Aí tem todas aquelas mortes pelas mãos de Norman em busca de Rosie.
Olha, se o livro não tivesse a parte de entrar no quadro, o Norman com seus pensamentos e outras cenas toscas, seria muito bom.
O que chega a ser engraçado é que os diálogos em diversos pontos são idiotas demais. A descrição das cenas beira ao ridículo.
14 anos sendo violentada, e de repente Rosie não tem mais traumas. Tá certo que há um certo período de tempo entre sua saída de casa e a nova vida com um novo possível amor.
Se assim fosse sem toda aquela mágica do touro, ah, o livro seria muito mais bacana.
Stephen King é um dos maiores escritores dos séculos XX e XXI, mas com ROSE MADDER ele deixou muito a desejar. Algumas cenas aqui foram reaproveitadas em LOVE - A HISTÓRIA DE LISEY (que apesar de ser ruim em alguns pontos, ainda assim é infinitamente superior a ROSE MADDER).
Se você quiser livros fabulosos do autor, procure por esses: CHRISTINE, O CEMITÉRIO, A DANÇA DA MORTE, A COISA, O ILUMINADO, SACO DE OSSOS, À ESPERA DE UM MILAGRE, CELULAR, CÃO RAIVOSO e alguns contos (pois a maioria dos contos são uma porcaria).
Enfim, o pouco que se salva em ROSE MADDER faz o livro valer a leitura. Mas é daqueles que você acaba esquecendo na memória e na estante...
L. L. Santos
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