Resenhas - Insônia

Marcus 22/11/2014

Sono
Decidi dar um tempo para Stephen King depois de ler esse livro. O autor parece ter-se perdido entre várias ideias. O resultado é uma trama confusa e desnecessariamente longa.

site: blogbeatnik.blogspot.com

Pennywise 02/10/2014

surpreendente
No inicio achei que seriabum livro bem parado e tedioso, e realmente foi, porem, os 3/4 finais se tornaram algo maravilhoso e intenso, aproveitando que esta ligado diretamente com a torre negra ( próximo livro que irei ler), já levo informações pra abrir minha cabeca pra essa SAG que tem me encantado, e já esta deixando saudade.

Luciano Luíz 11/08/2014

INSÔNIA é um livro grande.
Seu enredo é misterioso, assim como o sono.
KING tem mania de usar os personagens mais inóspitos.
Crianças, cães, mulheres amarradas, Policiais de Biblioteca, paraplégicos, pessoas com deficiências mentais... e velhos.
Por isso seus livros são tão ricos.
O que vemos em suas páginas, é o que encontramos na vida real.

E em INSÔNIA, o velho é um personagem e tanto. Conquista leitores e leitoras rapidamente.

E sem contar, que é bom ler este livro, antes do volume 7, da série, A TORRE NEGRA...

Recomendado!!

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804

João 14/05/2014

Ralph Roberts é um viúvo aposentado que subitamente começa a sofrer de insônia.
A cada dia que passa ela acorda mais cedo.Mesmo se sentindo muito mal,Ralph se recusa
a procurar ajuda médica.Um dia Ralph começa a enxergar um outro plano de realidade,onde ele pode
ver a aura das pessoas e seres pra lá de estranhos.Pensando ter ficado maluco pela falta de dormir,Ralph
acredita que isso seja apenas alucinação.Mas logo ele descobre que não foi por acaso que ele começou
a sofrer de insônia.E agora ele e todos os seus amigos correm grande perigo.

"Ralph olhou Nat e viu que ela observava o outro lado do cômodo,os olhos fascinados,pesados.
Acompanhou seu olhar e viu o vasinho no parapeito ao lado da pia.Arranjara-o com flores de outono
há menos de duas horas e agora uma névoa verde e baixa borbulhava das hastes,envolvendo as
flores em uma luz fraca e difusa.
_Estou vendo as flores darem o último suspiro_pensou Ralph._Meu Deus,nunca mais vou cortar
nenhuma flor na vida."

"A mocinha estava pulando corda no terreno baldio.Ela parecia errada.
Uma nuvem escondeu o sol e uma luz triste e verde transformou o dia.A pele de Ralph primeiro
esfriou,depois cobriu-se de arrepios.A sombra saltitante da mocinha desapareceu.Ela ergueu
o rosto para Ralph e ele descobriu que não era nenhuma mocinha.A criatura diante dele era
um homem de uma metro e vinte de altura.Transmitia a Ralph uma sensação de maldade,de malignidade
que ultrapassava a compreensão de uma mente sã.Os lábios da criatura se abriram num sorriso,ao mesmo tempo tímido e maldoso,como se ele e Ralph partilhassem um segredo desagradável."

Insônia é mais um romance sobrenatural do grande Stephen King.Como na maioria dos livros dele,tudo vai acontecendo aos pouquinhos.Vamos conhecendo a vida de Ralph,seus anseios,sua solidão e mesmo nesse ritmo lento apreciei e muito a leitura até a metade do livro.Desse ponto em diante o livro deixou um pouco a desejar.Não gostei muito do sobrenatural inserido no livro.Apesar de gostar muito das invenções sobrenaturais do autor,nesse livro não me agradou.E as conexões com a série a Torre Negra também são completamente desnecessárias ao livro(minha opinião).Mas é claro que em meio a tudo isso tem algo
muito bom.Os dois personagens principais:Ralph Roberts e Lois Chasse.Não tem como não gostar deles.
E o que mais chama a atenção neles é que são duas pessoas na terceira idade(ele tem 70 anos e ela 68).
Estou acostumado a ler livros onde geralmente os idosos apenas contam a sua história: no decorrer do livro são jovens vivenciando aquilo que irão contar depois.Aqui nesse livro não.Temos aqui um romance na terceira idade e também as limitações trazidas pela idade.

" A única certeza que tenho é que gostaria que fosse verdade Ralph.Quero ter um amigo.
Tenho vivido assustada,infeliz e solitária há muito tempo.Acho a solidão a pior parte da velhice....não
são as dores,o mal-estar,os intestinos preguiçosos ou a perda do fôlego quando se sobe uma escada
que se subia praticamente voando aos vinte anos...mas a solidão."

"É claro que havia a cicatriz entre o cotovelo e o pulso,mas Ralph chegou a se perguntar se não a teria feito
há muito tempo,naquela época da sua vida em que não havia fios brancos em seus cabelos e ele ainda acreditava no fundo do coração,que a velhice era um mito,ou um sonho,ou uma coisa reservada às pessoas
menos especiais que ele."

Achei muito interessante os mocinhos da terceira idade.Me apeguei muito a eles e meu coração dava
um salto toda vez que estavam em perigo.Ainda mais que os mocinhos desse livro são limitados,não podem simplesmente sair numa corrida diante do perigo.Ralph e Lois são encantadores e só para conhece-los já
vale a pena ler o livro.O final não foi o que eu queria que fosse mas foi o que Ralph gostaria que fosse,então só por isso já me agradou.
Leitura indispensável aos fãs do Stephen King.

Creba 22/09/2013

Indispensável
Insônia é um livro indispensável aos fãs de KING, simplesmente por ser um dos "reais", e por fazer uma ligação importante com a Torre Negra. Se colocar este livro como uma parte da Torre ele deveria ser lido antes do Volume VII da Torre, por conter uma explicação mais profunda do KA, e pela menção de um personagem de grande importância para a Jornada de Roland em Busca da Torre.

Li Insônia depois de ter concluído a Torre, por isso li o livro rapidamente, e com muito entusiasmo.

Como já disse indispensável aos verdadeiros fãs de KING, aos leitores que não são apaixonados por SK, recomendo não lerem, pois, acharão desgastante e irão perder grandes detalhes do grande teia de estórias que é a Torre Negra.

Maccairo 29/03/2013

Insone
Acredito ser bastante clichê o que direi agora, dadas as circunstâncias da resenha, mas esse livro, literalmente, me deixou insone.
Stephen King é um autor que, de uns tempos para cá, tem exercido verdadeiro fascínio sobre mim. Um homem que escreveu coisas como "O Iluminado", que pela minha vida toda - até conhecê-lo - julguei ser obra simplesmente de uma época frutífera para o suspense no cinema e um bom roteirista TINHA que ser incrível e não menos que isso.
Infelizmente, foi com um pouco de surpresa que percebi que esse livro estava durando um pouco mais do que eu esperava nas minhas mãos ávidas por virar mais páginas. O livro é um pouco arrastado e, por vezes, bastante cansativo e com passagens que eu considerei, particularmente, desnecessárias e repetitivas. E mesmo assim eu queria terminá-lo, tinha certa "pressa" para saber o que viria a seguir, mas era como se a história me prendesse pelos calcanhares no mesmo lugar e eu não conseguisse me movimentar. Como naqueles sonhos em que você corre mas sempre parece estar muito devagar. E isso me tirou o sono de diversas maneiras.
A história é um achado, vejam bem! Algo que eu não pensaria nem nas minhas mais loucas viagens noturnas! Mas por vezes se parece demais com o que eu imagino que seja um roteiro de cinema. Algumas partes ficam vagas, tanto em cenários como em ações de personagens, o que me fazia desejar ter o recurso da imagem, e isso não é algo que eu quero de uma forma geral quando estou lendo.
Não é, certamente, o melhor trabalho de Stephen King - o que não diminui o livro muito menos o seu autor.
Minha vontade de devorar mais de seus trabalhos ainda está presente, mas provavelmente é um livro que eu não releria, ou emprestaria "de cara" para quem quer conhecer seu trabalho melhor.

De qualquer forma, foi um presente de natal formidável!

Tatiane Buendía Mantovani 24/01/2013

Levei mais tempo para terminar do que gostaria. Fiquei com a impressão de que o autor poderia enxugado um pouco as extensas cenas explicando o inexplicável, extremamente gráficas e descritivas, que arrastou um pouco a parte objetiva da estória. No entanto, a estória em si é muito boa, a atmosfera\clima é aterrador, beira o claustrofóbico e as personagens, encantadoras. O livro traz uma reflexão profunda (talvez profunda demais?) sobre temas como velhice, aborto, ativismo, morte e luto.
Vibrei com a menção ao Gage Creed (numa tentativa leve de tentar ligar os fatos ocorridos em Pet Sematary (1983) com estes de Insonia (1994) - natura, já que este último aborda conceitos como Desígnio, Acaso, vida e morte e seus agentes.
Supervelhinhos salvando o dia é sempre uma aventura digna de ser lida.
E novamente, o epílogo é massacrante ao mostrar o destino das personagens, deu pra chorar e emocionar bastante.


Acabo de perceber que perdi uma importante conexão com outra série do autor (que eu não li), segundo a Wikipedia, a personagem a ser salva em Insonia é personagem central da série A Torre Negra.

ReLepage 28/10/2012

Com a linguagem típica de Stephen King, esse é um livro de enredo fantástico. Um dos meus preferidos do autor. Um casal de idosos, começa a escutar o tempo, e durante a noite veem personagens que as outras pessoas não veem. A partir desse inicio a história se desenrola, fantástica, imprevisível, com grandes mudanças de direção. Me prendeu até a última página.

Kézia 31/08/2012

No Mundo das Auras
Com o surgimentos de novos autores que nos conquistam com suas história, seus enredos simples, personagens cativantes que encantam, passamos a prioriza-los e lê-los com mais avidez, e a achar que suas escritas são bons, e na verdade são, são boas histórias, boas escritas, bons argumentos.
Porém quando paramos para ler as obras como as de Tolkien, Brontë e até mesmo o nosso popular George Martin, elas nos mostram o quão a literatura atual é desprovida de complexidade, profundidade, e até mesmo descrições mais detalhadas que nos dão uma visão mais ampla da história que se lê, que as histórias atuais são boas, mas não são ótimas ou até mesmo mais do que ótimas, são apenas boas.
E ler Stephen King é isso, é ler algo mais do que ótimo, é ler uma história que nos faça refletir sobre o que se está lendo, apreciar a forma de escrita, explorar os personagens em sua totalidade, erros, acertos, e claro um aprofundamento de personalidades complexas, com um enredo complexo e um desfecho complexo que fazem com que a nossa mente trabalhe, não fique apenas em uma zona de conforto a qual passamos a nos acostumar
Insônia, a obra de King que foi lançada em 1994, classificada como terror, mas que na verdade está mais para um romance sobrenatural, traz tudo isso, toda essa complexidade que nos força a parar e ler de uma maneira que estamos nos desacostumando, nos obriga a sair da nossa mesmice e ajuda a exercitar a nossa inteligência, a nossa sagacidade, o nosso raciocínio e nos faz embarcar em uma aventura surreal, que nos faz imaginar que se tudo isso pode ser real ou não.

O que está feito não pode ser desfeito

Ralph Roberts, é um viúvo aposentado, após alguns meses depois de morte de sua querida esposa, começa a sofrer de insônia. Ele lê livros, pede conselhos aos amigos e tenta todos os tipos de remédios recomendados para que possa acabar com sua Insônia, mas nada funciona.
A situação começa a se agravar, e depois que Ralph ajuda sua amiga Helen que foi espancada pelo marido Ed, ele começa a ver coisas, coisas que outras pessoas não podem ver, coisas invisíveis e intocáveis, uma manifestação de cores em cada pessoa que passa do seu lado, e acaba descobrindo que essas cores são as auras das pessoas.
Ele acha que está enlouquecendo, que há algo de errado com ele, pois depois de uma conversa surreal com seu ex-amigo Ed, acredita que pegou a loucura de seu vizinho. Porém ele descobre que sua querida amiga e amada Lois Chasse também está sofrendo de Insônia, e está vendo as mesmas coisas que ele. Assim ambos passam a ver os três doutorezinhos carecas, e descobrem que estes estão diretamente relacionados a algumas mortes em sua vizinhança e que o único doutorzinho malvado foi responsável pela mudança radical do temperamento de seu vizinho Ed.
O Casal fica sabendo que foram escolhidos por forças superiores para participarem de uma luta entre as forças do Desígnio e do Acaso e derrotarem o Rei Sanguinário. Apesar de não saberem porque estão nesse jogo, eles descobrem que tem estranhos poderes e que não está absolutamente sozinho nesta estranha batalha.
Em meio a tudo isso uma defensora do aborto e defensora de mulheres que são espancadas - Susan Day - está para vir a cidade e isso está causando um grande alvoroço na cidade, violências por toda a parte. E Ralph e Lois descobrem que a guerra estará começando com a chegada da mulher e que devem fazer de tudo para que uma tragédia terrível não aconteça. Ambos lutaram contra o tempo para que morte não chegue perto daqueles que amam.

Insônia tem como personagem principal um velhinho de 70 anos, que vive uma aventura muito louca. O enredo inicial pode não chamar a atenção de muitos leitores, principalmente de alguns jovens leitores, e tenho certeza que ao lerem os primeiros capítulos do enredo abandonarão logo em seguida, porque apesar de ser uma história muito boa, seu inicio é lento e cansativo.
Mas ao decorrer de cada página a história vai tomando forma, envolvendo e deixando o leitor apreensivo, tenso, assustado e muito curioso. Dessa forma King narra a história de um velhinho com virtudes e defeitos em uma aventura fantástica e o transformando em um herói formidável.
Além de uma trama recheada de ação, fantasia e mistérios, Insônia aborda assuntos deveras importantes que nos fazem pensar. Temas como aborto, violência doméstica, velhice, vida após a morte, a morte em si, um mundo detrás do nosso mundo, o limite entre a realidade e a loucura, quais sacrifícios podemos fazer em prol das pessoas que amamos, companheirismo, amor, a vida simples com os amigos e muitos mais.
Mas o foco principal é nos questionar se há algo além do nosso mundo real, além daquilo que estamos acostumados a vivenciar todo dia. Será que temos mesmo livre- arbítrio para decidirmos nossos destinos ou a nossa vida já está predestinada desde o início? Será que existe um mundo além desse que nosso olhos estão acostumados a ver?
Enfim, como escrevi anteriormente, Insônia é um livro inteligente e sagaz que leva o leitor a inúmeras possibilidades e questionamentos, e que nos presenteia com um final estarrecedor e empolgante.

pedro_alves 27/06/2012

Faz apenas alguns minutos que terminei de ler o livro que estou a resenhar e, sem brincadeiras, estou sem fôlego. Como sou um leitor meio tardio do titio King, novamente não sabia o que esperar dessa história. E isso foi uma das minhas melhores surpresas. Até agora os únicos romances que eu havia lido de autoria dele foram A Hora do Vampiro e Cemitério Maldito, porém, já possuía uma vaga ideia do que se tratava cada enredo das histórias anteriores. Com Insônia foi uma espécie de tiro no escuro. Achei na biblioteca e peguei para ler sem nem ao menos ler a sinopse ou qualquer outra informação sobre o enredo.

Vou dizer para você: adoro o dom que King tem de transformar a história de um livro em uma espécie de cebola. Vários personagens, várias camadas de histórias paralelas girando em torno de uma história central e fatos desconexos que só farão sentido quase no ultimo ato da trama. Adoro mesmo isso. A Hora do Vampiro transformou no meu livro favorito e no melhor romance-cebola que já tive a agradável chance de ler.

Pararei de divagações e irei me concentrar no livro Insônia. Tentarei ao máximo despertar sua curiosidade sem revelar spoilers grandiosos que farão sua diversão não ser tão completa assim.

A história principal do livro gira em torno de Ralph, que após a morte de sua mulher, acaba adquirindo insônia. A cada dia que passa, o sono do idoso vai diminuindo até o deixar no limiar entre a sanidade e a loucura. Por outro lado, a cidade onde ele vive começa a ser palco de uma nada pacífica discussão entre uma palestrante que defende o aborto e membros de um grupo denominado pró-vida que é definitivamente contra essa prática. Ralph acaba percebendo que a força motriz dos recentes acontecimentos em sua vida está muito longe de ser compreendida pelos humanos. Perguntas que aparentemente não possuem respostas rondam os pensamentos dele. Por que o aparentemente bondoso vizinho espancou a esposa? Quem são os doutorzinhos carecas que ele avistara saindo da casa de uma conhecida minutos antes de ela ser encontrada morta? Por que ele está começando a enxergar o mundo através de cores que o fazem sentir como se estivesse sobre efeito de LSD?

Indico sem pensar para todos que gostam de um bom suspense. A narrativa, ora unilateral ora neutra, vai fazendo você apegar-se aos personagens e torcer a favor deles. Além disso, as várias reviravoltas na história (incluindo uma ligação com outra saga do escritor) fazem com que seja quase impossível parar de se ler. Cada capítulo deixa um gancho para que você não consiga dormir sem ler o próximo. Quando você chega à redentora conclusão, sente-se que deixou velhos (sem trocadilhos) amigos para trás.

BruCe 17/05/2012

Insônia - Stephen King
Tristemente maravilhado.
Acho que define bem o meu humor acabado este livro.
Maravilhado com a obra, que definitivamente entra no "hall" dos melhores do King em minha opnião...
Triste por dois motivos, embora ambos relacionados ao fim do livro. Primeiro com seu término, por que deixará saudade e um sentimento de nostalgia toda vez que o ver em minha prateleira, onde terá lugar de destaque; segundo com o fim propriamente dito - sem spoiler.


Tic-tac, tic-tac... qual seria a sua reação se por "acaso" você começasse a escutar o relógio-biológico de um ente querido? É o que Ralph, um homem no entardecer de sua vida, passa a vivenciar já no começo do livro. E é a deixa perfeita para que King descorra com um cuidado e preciosismo sobre essa fase da vida que na maior parte do tempo, nós, seres egoístas e egocêntricos, tentamos retardar com todas as forças e fórmulas possíveis e imagináveis, ao ponto de rejeitarmos, desrespeitarmos e até ignorármos quem heroicamente já alcançou esta marca, a qual denomina-se terceira idade. Terceira idade? Quem determinou e estipulou as idades e a fiaxa etária que cada uma compõe? E quem deu a essa sociedade, tão loucamente meritocrática, o direito de deixar a terceira idade fora do pódio, da relevância? Considerações a parte, o autor consegue colocar no papel, com enorme perícia (como é do seu feitio), todo o clima de Ralph e ambientá-lo de forma sublime e até mesmo engraçada, devidos às situações corriqueiras que todos estamos sujeitos.

Você pode estar se perguntando onde a insônia entra na história e adianto que a privação do sono é o verdadeiro pontapé inicial para que nosso personage principal comece a experimentar, o que o autor denominou, hiper-realidade, Ou seja, o mesmo estado que se consegue numa aventura patrocinada pelo LSD. E entre visões maravilhosas e assustadoras, Ralph entra em contato com enidades outras realidades, paralelas a sua mas de uma maneira totalmente complemetar, descobrindo uma trama na qual foi envolvido sem seu consentimento, mas que assume com a coragem que lhe é inerente, sendo capaz de feitos memoráveis para alguém da sua idade. Outras questões humanas também enriquecem o plano de fundo dessa aventura, tais como violência doméstica, aborto e livre arbítrio.

E se, com o que foi citado acima, você ainda não se convenceu de que o livro vale a pena, talvez ajude saber que com grande imaginação King ainda consegue inserir na sua trama referências incríveis, sempre com um poema ou uma letra de música que se moldam ao seu livro (ou seu livro se moldam a elas?), ou insights e alusões a outros autores, como o caso da citação do Um Anel presente na obra de de J.R.R.Tolkien. E numa demonstração de maestria, é capaz de aplicar metalinguagem, fazendo referência às suas próprias obras, como a Torre Negra que contém o mesmo antagonista "Rei Sanguinário" = "Rei Rubro", entre outras passagem gosto muito dessa:

"Por um instante, ele pensou captar uma imagem da mente do outro, que achou excitante e perturbadora: uma enorme torre construída de pedra escura e fuliginosa, no meio de um campo de rosas vermelhas. Janelas muito estreitas subiam pela torre em sombria espiral."

O livro leva o carimbo King do começo ao fim, com as questões dos medos e anseios de todo ser humano presentes mesmo quando temas fantásticos e sobrenaturais estão em pauta. E no entanto, toda a descrição que o autor utiliza, pode deixar leitores que nunca se aventurou num aventura do King antes, um pouco perdido, logo, se você nunca leu King, talvez queira começar por outra obra; mas se ja leu, o que vc está esperando?

Contato: bruce.nov@gmail.com

Dossantos 13/04/2012

Após a morte da esposa Ralph Roberts em suas solitárias e cada vez mais longas noites sem dormir descobre algo terrível sobre a fria e implacável morte. Um mergulho nas entranhas do terror fará com que ele entenda e veja aqueles que estão responsáveis por interromper a qualquer momento nosso sinal vital.

Instagram: @leitor_eduardo 23/03/2012

Perfeito
Um dos melhores livros de Stephen King!