Cláudia 04/02/2017Como é de se esperar de um título desses, este livro pode ser de maior interesse aos amantes de ficção histórica. Todavia, não sem toques de fantasia, afinal, é sobre o voivoda Vlad Ţepeş, que foi (ou ainda é?) tão real quanto eu e você, mas é amplamente cercado de folclore.
A princípio, não é possível saber se o livro é sobre vampiros folclóricos ou não, apenas uma brincadeira do Professor Rossi com seu pupilo Paul, para ver até onde seu aluno chega com seus conhecimentos e dons de pesquisador.
O interessante é que o trabalho não se limita ao texto do livro em si, quero dizer, o romance. O leitor que prestar a atenção (com alma de historiador/pesquisador, quem sabe...), notará a forma da narrativa que com estas características, é quase possível acreditar que se trata de um relato real vivido pela autora. A dedicatória da autora é para seu pai “que primeiro me contou alguma dessas histórias” e os agradecimentos são a colaboradores de pesquisa para o livro com sobrenomes dos acadêmicos personagens do livro.
A narradora, digamos ‘primária’ (pois há mais de um narrador-personagem, do qual ela retransmite o relato em sua narração) da história não revela seu nome, e é seu pai que lhe conta sobre o misterioso livro com a imagem do dragão com a palavra Drakulya (Drácula), a partir do qual partiu em sua jornada para resgatar seu mentor, prisioneiro na tumba de Vlad Drácula.
É realmente um livro para quem gosta de História, abrangendo uma insignificante parte dela. Em tamanho, é claro. Passando por países como Inglaterra (a descrição da biblioteca de Oxford *-*) mosteiros medievais no sul da França, na Turquia (afinal, Vlad lutou sua vida toda contra os otomanos) e atravessando a Cortina de Ferro, nos anos 1950: Hungria e Bulgária e Romênia.
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