Resenhas - Antes tarde que mais tarde!

Nina 01/12/2011

Antes Tarde Que Mais Tarde - Liana Cupini
"Duas meninas conversavam enquanto brincavam com suas bonecas:
- Nossa! Você viu aquela mulher?
- Vi sim. Velha ela. né?
- É, já deve ter uns trinta anos!"



Karla Kristina está prestes a completar trinta anos e percebe que sua vida é fracasso total. Ela está solteira, tem um emprego horrível de telefonista em um call center, e quase não tem amigos. Ele é muito tímida, fuma muito, seu cabelo é armado demais para que ela consigo arrumá-lo e está sempre enfiada em camisetas e confortáveis calças de moletom tamanho 44. E como se fosse uma piada do destino, ela descobre que nem seu signo é mais o mesmo, de acordo com os atrônomos, ela agora é de Serpentário.
Isso deveria ser um sinal de grandes mudanças ou do apocalipse, já que Karla é muito supersticiosa, do tipo que frequenta cartomantes e tudo o mais.

Porém, a busca por mudanças é uma das maiores características daqueles nascidos sob o signo de Serpentário, e Karla vai perceber que sua vida realmente vai mudar quando ela se vê participando do programa "Repaginada", onde ela ganha um novo look, com direito guarda roupas inteiro e uma nova decoração para seu apartamento. Qualquer pessoa ficaria radiante em participar de algo assim. Mas não ela, que se sentia exposta e com sua sua privacidade invadida. Mas, sua opinião muda rapidinho quando, terminada a transformação, ela finalmente se olha no espelho e vê uma mulher deslumbrante.

Mas mesmo depois de toda essa mudança, Karla demora a se adequar ao novo visual e ao apartamento redecorado. Ela se sente um estranho no ninho, e começa a perceber que mudança que ela precisa é interna. Mais do que o visual, ele precisa mudar de postura, mudar sua relação com a vida e com as pessoas que a cercam, antes que termine a vida sozinha.

"Foi aí que me dei conta do quanto estava sozinha, ou que tinha me isolado do mundo. E cheguei a uma conclusão: eu precisava mudar minha vida. O universo estava me enviando um sinal de que eu deveria mudar, e só eu não queria enxergar aquilo."

Ela então organiza uma lista de 30 coisas que gostaria de fazer antes de completar 35 anos e vai a luta. Busca um novo emprego, novos amigos, um novo amor... Karla vai aprender a viver!

O livro é um chick lit delicioso, que li numa tarde. Divertidíssimo, com uma linguagem dinâmica, é impossível não se identificar com pelo menos um dos personagens. E a Liana tem umas tiradas muito engraçadas, eu ria sozinha... como quando a Karla se vê envolvia com Max, muito mais novo que ela.

"Era um príncipe (mirim) em um pônei branco."
rsrs, rachei de rir!

A Liana consegue desenvolver a história muito bem, sem se enrolar com o tema e sem clichês. Ela fala das inseguranças e das neuras da Karla de forma direta e simples, sem lamúrias e sem ser exaustiva. Coisa que normalmente acontece em livros que tratam do assunto. É mesmo traumático chegar aos 30, falo por experiência própria, mas também não é um vale de lágrimas, né?

O único problema do livro é que ele é muito fininho, e eu queria mais, muito mais da Karla. Poderia ter tido um pouco mais de suspense no romance, terem aparecido mais candidatos, quem sabe? Se bem que ficaria ótimo um Antes Tarde Que Mais Tarde Ainda, com as novas aventuras de Karla. Eu seria a primeira a encomendar um exemplar.

RUDY 30/09/2011

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
A linguagem moderna e diálogos constantes, tornam a leitura aprazível da primeira a última página do livro, que de tão divertido, pode ser lido em poucas horas.
A autora colocou na personagem da Karla Kristina, os conflitos corriqueiros vividos pelas mulheres modernas e as virtudes necessárias para a atualidade, o que faz o leitor se identificar com as situações vividas e torna a leitura fluente, engraçada e peculiar. Traz o enredo bem próximo da realidade cotidiana, conquistando a atenção, ao tempo que, aguça a curiosidade do leitor e instiga a leitura contínua até se descobrir o final.
No fundo o livro demonstra a necessidade feminina em ter sonhos, amor, estabilidade profissional e espiritual, e, assim, conquistar a felicidade interior. É cheio de sensibilidade e percepção.
É um livro leve, descontraído e engraçado. Definição em uma palavra: HILÁRIO!

Dana 29/08/2011

Mais um livro brasileiro que curti muito.
O livro tem uma narrativa deliciosa! Comecei a ler e não quis mais parar. O fato da história ser ambientada em uma cidade brasileira é um estímulo para mim, amo essa identificação e ter um pouco da nossa cultura, do nosso cotidiano, nos livros.

A Karla tem tudo para ser uma pessoa super pessimista, chata e aqueles tipos que tão sempre na pior e fazem questão de querer contaminar todo mundo. Mas, felizmente, ela leva um "sacode" já no início e tudo fica mais divertido e bem mais "conto de fadas". Vejo muita gente reclamando desse aspecto de outras histórias, de muita coisa boa acontecer muito rápido, como se fosse impossível e nada realista, mas eu adoro e não me sinto nem um pouco incomodada. Livros são, também, para realizarmos nossas fantasias por outros meios.

A ideia da história é muito boa, também. Me motivou muitíssimo e me trouxe algumas lições. Principalmente, quando ela fala sobre o antigo amor da Karla, em como ela saiu desse relacionamento e, de igual modo, sobre a vida profissional dela.
Com destaque para a maravilhosa cidade do finalzinho do livro. Linda!

Somente tenho algumas críticas com relação à revisão. Me incomodo muito com erros de ortografia e digitação. Não sou expert no assunto e nem profissional, tampouco escrevo 100% corretamente, mas também não estou escrevendo meus errinhos em livros, por isso acho válido colocar aqui essa crítica, pois em uma próxima edição eles podem ser eliminados.
O uso do "aí" sem acento me dá angústia. Para mim, quando aparece "ai", muda todo o sentido da frase. Venerável em vez de vulnerável, cursar "direito", fazer uma "viajem"... uma pena.
Também não me agradei de algumas notas explicativas no rodapé. Em sua maioria, eram desnecessárias, no meu ponto de vista.

Amei a leitura e a recomendo. É uma história de autoconhecimento, superação e motivação. Para mim, essas foram as palavras que ficaram dessa leitura. Só tenho a agradecer pela oportunidade.

Este livro foi uma cortesia da autora para o grupo Livro Viajante.
Agradeço muitíssimo pela disponibilização, bem como a intermediadora, a Glau.

F. G. CARD 01/08/2011

Muito bom!
A escritora Liana Cupini, neste livro, conta a história de Karla, uma mulher que completa 30 anos instisfeita consigo mesma e, repentinamente, envolve-se sua vida em uma guinada!

A narrativa mostra, de forma leve e engarçada, as mudanças em todas as áreas da vida da protagonista. Novo emprego, novos amigos, novo amor e muitas outras novidades.

Neste livro delicioso o mais interessante não é o fim, mas os meios como as coisas acontecem na vida de Karla Kristina.

Recomendadíssimo para quem quer relaxar com uma leitura pra lá de despojada.

Bia09 17/05/2011

– Nossa, você viu aquela mulher. – Vi sim, velha ela, né? – É, deve ter uns trinta anos já!"
Fico muito feliz que minha primeira experiência positiva com um chick-lit tenha sido nacional.
Eu conheço a Liana de várias tricotadas no Gtalk e para mim ela é mais do que apenas talentosa, é um exemplo como escritora. Dedicada a seu sonho, incansável, por isso tenho prazer em resenhar seu livro, e posso afirmar com segurança que tive prazer em lê-lo também.
Risadas e mais risadas foram minhas companheiras durante a leitura, além de um sentimento de afeição por Karla. Ela é aquela mulher insatisfeita que há dentro de todas nós, talvez não com os mesmos problemas ou frustrações, mas verdadeira. Tão real que parece que a conhecemos de algum lugar.
E é essa sensação de familiaridade que nos toma durante o livro e é isso que o torna ainda mais gostoso, além da escrita simples, porém consistente de Liana. Os personagens divertidos conversam conosco e tornam-se nossos amigos, e gostaria de reencontrá-los em uma continuação. Será, Li?
Acho que esse livro tem tudo para ser um sucesso, por isso, dê uma chance a ele - a autora nos deu uma colher de chá e o publicou como e-book de graça. Segue o link: http://issuu.com/lianacupini/docs/antes_tarde_que_mais_tarde_free
Sério! Não perca!

Para mais resenhas e promoções:
www.amormisterioesangue.com

Vanessa Vieira 07/05/2011

Antes Tarde Que Mais Tarde - Liana Cupini
O livro Antes Tarde Que mais Tarde, de Liana Cupini, conta a história de Karla Cristina, uma moça que acaba de completar 30 anos e vê um turbilhão de coisas e fatos ocorrendo na sua vida. Karla ganha como presente de aniversário de seus amigos uma repaginada no visual e no figurino, sendo que todos os passos dessa mudança são transmitidos ao vivo em um programa de televisão, o que a deixa muito alarmada e envergonhada, e é impossível o leitor não se divertir com as trapalhadas dela! Outros acontecimentos norteiam a vida de Karla como novas amizades, o encontro de uma pessoa especial e apaixonante, um novo emprego, viagem com as amigas, entre outros.

Ela descobre que independente do que tenha ocorrido em sua vida, ela pode ser feliz, sonhar e fazer planos e não ficar estagnada, sofrendo e definhando pouco a pouco. Karla é uma personagem forte, independente e que anseia mais do que tudo a busca pela felicidade. Resumindo, ela nada mais é do que o retrato da mulher moderna, que busca sua independência e traça uma ideologia de felicidade e vivencia isso.

Afirmo com todas as letras, que amei o livro da Liana Cupini! Ele é repleto de sentimentalismo, amor, lição de vida e temperado com uma boa dose de comédia. Um chick-lit sensacional que não deixa a desejar em nada aos romances de Meg Cabot e outros autores do gênero. Vale a pena conferir!

http://newsnessa.blogspot.com/

M. Scheibler 09/05/2012

Um chick-lit que demonstra de maneira cômica as peripécias de uma mulher que chega aos 30 anos e vê sua vida totalmente mudada após consulta com uma vidente. Surge uma excelente proposta de emprego, novas amizades e amores.

A obra nos faz refletir sobre o fato de que nada é tarde demais para se fazer. Quem tem coragem e vontade deve correr atrás dos objetivos, mesmo que para isso certos hábitos do passado tenham que ser deixados de lado. A valorização tem que vir de si mesmo e o apoio de amigos e familiares é fundamental.

Cíntia Mara 20/03/2012

Uma história com potencial, mas não muito bem desenvolvida
A capa, o título e a sinopse do livro me chamaram a atenção desde a primeira vez que vi. Mas todo mundo sabe que eu tenho um pé atrás com novos autores nacionais, devido a experiências desagradáveis, então o ignorei até que a Laís propôs o Book Tour e me deu a oportunidade de conhecer.

Se eu tivesse que definir Antes tarde que mais tarde, eu diria que é uma história com potencial. É um chick-lit com ares de conto de fada, personagens legais e um final suspirante, mas que não foi bem desenvolvido. Eu entendo que é uma publicação independente e que, nesses casos, acontece de o autor ter que reduzir pra conseguir publicar. Por isso estou dizendo que tem potencial, que pode ser melhorado numa próxima edição. Gostei muito da importância dos personagens coadjuvantes, cada um deles tinha uma história própria a ser contada, mas foi tudo muito rápido.

Outra coisa que precisa ser melhorada é a revisão. Frases sem ponto final, palavras erradas (decido em vez de decidido, por exemplo) e erros de ortografia (Viajem = verbo; Viagem: Substantivo #ficadica). Coisas básicas que até o corretor do Word poderia acusar.

Por fim, devo falar dos "clichês chickilitianos". Eu não costumava me incomodar com isso, acho que estou ficando mais chata ultimamente. Então não falo nem como uma crítica, mas como uma observação: Prepare-se para encontrar a típica protagonista de chick-lit. 30 anos; formada em alguma coisa legal, mas com um emprego horrível; uma irmã mais nova linda, bem-sucedida e bem-casada; uma melhor amiga linda, bem-sucedida e bem-casada; um melhor amigo com uma namorada periguete; um ex-namorado que despedaçou o coração da mocinha. Eu dispensaria alguns desses itens - o que, talvez, até ajudasse a desenvolver melhor os pontos restantes.

Enfim, não é um livro fabuloso e super inovador, mas é bonitinho. Lembra um pouco Nove Minutos com Blanda, na questão da personagem ter que tomar uma atitude de mudar. Se algum dia a autora lançar uma segunda edição com mais páginas e uma revisão mais apurada, certamente irei conferir o resultado ;)
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www.cintiamcr.com.br

Marcia-Rios 02/08/2011

Nunca é tarde!
Karla Kristina levou a maior parte de sua vida perguntando-se o que havia de errado com ela (não sabia onde estava seu otimismo, alegria, bom humor) até descobrir que tudo poderia ter sido ocasionado simplesmente por ter nascido sob o signo errado.

A partir desse momento surge a esperança de uma grande mudança em acabar definitivamente com suas carências e insegurança. Através das suas reflexões e novas metas impostas para o início de uma nova vida embarcamos em uma narrativa leve, engraçadíssima (que li em apenas algumas horas) de uma linda mulher (ela ainda não sabia disso) em busca da tão sonhada felicidade.

Clícia 06/07/2011

Resenha do Blog: Silêncio Que Eu To Lendo
http://www.silencioqueeutolendo.com.br/2011/06/antes-tarde-que-mais-tarde-liana-cupini.html

“Juro, existem pessoas que são autossuficientes e confiantes. Pessoas que não ligam a mínima se estão a mais de 6 meses sem beijar na boca. Pessoas que se amam acima de tudo. E, por outro lado existem pessoas como eu: inseguras e carentes. E para esse grupo menos afortunado de pessoas viver é realmente difícil.” – Página 4


Karla Kristina (Sim, com K, quem ler vai entender) é uma mulher que está prestes a fazer 30 anos. Sempre fez escolhas que a derrubaram, e ainda acredita que a culpa por tudo seja do seu horóscopo. Quando uma mudança acontece cabe a ela fazer novas escolhas. Será que desta vez ela acerta.

Primeiro antes de mais nada, Karla é uma personagem divertidíssima, não que eu goste de ver a desgraça alheia, mas Karla acredita que ser formada em direito com méritos e trabalhar como operadora de telemarketing é por conta de seu signo e uma bagunça astral gigante. E em meio a tal confusão, claro Por trás de toda mulher decepcionada com a vida existe um cafajeste existe um homem. O qual Karla deixou que arruinasse sua auto-estima.

Quando faz 30 anos, e torna-se uma mulher balzaquiana, ganha de presente uma participação no programa “Repagiada”, uma espécie de Esquadrão da moda. E quando passa pela transformação, ela aprende a se aceitar e a faz uma lista de 30 coisas que ela tem de fazer ante dos 35.

Vários itens dessa lista ela consegue com a ajuda de uma melhor amiga, um melhor amigo e sua namorada-noiva Que Karla prefere char que seja uma bruxa do mal e um amigo que ela faz no meio do percurso, um maquiador gay! Nem preciso dizer que quando eles se juntam, as risadas são garantidas!

E em um piscar de olhos, Karla é outra mulher, mas nas questões do coração, só ela pode escolher. E como ela sempre foi ótima nesse campo Sei, risadinha irônica agora, cabe a você ler o livro para saber se ela vai fazer as escolhas corretas.

A história se desenrola com facilidade, a trama é bem tecida e flui muito bem. Os personagens são bem construídos, Karla expressa e essência feminina com direito a todas as suas neuras e conta com amigos que expressam todo o universo de uma mulher.

O único ponto frágil é o desenrolar do final do livro, eu achei muito rápido, não da tempo de respirar e o livro acaba, a maioria do livro são os desenrolares dos fatos e o final é muito brusco! Mas, vale a pena. Se você gosta de histórias leves e divertidas esse é o livro.

Achei a capa super fofa. Você pode conferir o site da autora AQUI. Deixo com você o BookTrailer que é lindo. Adorei mesmo!

Evan 08/10/2011

Leve e Divertido
Antes Tarde do que Mais Tarde – Liana Cupini

O livro narra o dia-a dia de Karla Kristina, uma mulher prestes a entrar na terceira década de vida e também em uma crise existencial em que questiona o saldo pouco positivo do que foi a sua vida nos últimos dez anos. Com uma vida monótona e entediante, sem amor, sem diversão. Sem estar realizada profissionalmente, pois apesar de ter uma diploma de advogada, trabalha como atendente de telemarketing em uma loja onde sua irmã mais nova é a gerente. Tudo parecia fadado ao marasmo sem fim, até que no dia de seu aniversário de 30 anos, ela recebe um presente inusitado, a participação em um programa de tv que vai dar uma repaginada em seu visual, seu apartamento e por fim em sua vida.

Liana Cupini – Escritora participante do Selo Brasileiro, nos presenteia com essa história divertida e despretensiosa, uma comédia romântica que reflete não só o universo feminino moderno, como também os anseios e aflições do ser humano na sociedade competitiva em que vivemos.
Algumas pessoas classificariam esse romance de “Chick Lit”, mas eu, também como autor, particularmente, desprezo esse tipo de rótulo que tende a diminuir o valor literário do que classifica. Na nova literatura nacional há espaço para todos os gêneros, e como leitor, o que importa para mim é que uma obra atenda aos quesitos a que se propõe, e no caso, o livro de Liana Cupini, passa com louvor em todos eles. Há quem teça elogios as obras que leu, mas desconte nos comentários exigindo perfeição exemplar. Diga-se, não perdoando pequenos erros de diagramação, revisão ou do visual numa forma geral, deixo isso a cargo das editoras. Se a história teve o poder de me transportar para o universo das personagens e me fez sentir como se estivesse no meio delas, então cumpriu seu objetivo. Antes Tarde do que Mais Tarde, com uma leitura leve e divertida nos conduz com facilidade pelo mundo de Karla Kristina e seus amigos como se morássemos no apartamento ao lado e fizéssemos parte do grupo. Uma leitura recomendada como um filme de domingo ao lado da família tomando refrigerante e comendo pipoca.

Mia Fernandes 02/05/2020

“Será mesmo que a gente deixa de fazer coisas pensando no que os outros diriam?”
Este livro caiu em minhas mãos por indicação de uma amiga. Ela viu a sinopse e pimba: é a cara da Mia. Eu realmente estava precisando de uma comédia leve e nacional, no qual a protagonista me faria ri horrores com as suas pérolas e sátiras contra si própria.

Karla Kristina está beirando a casa dos trinta quando percebe que sua vida é um lixo total! Continua solteira, fumando muito, tendo um subemprego como telefonista em um call Center, poucos amigos e muitos quilos a mais na balança. Mas para ela, toda essa péssima maré é culpa do seu signo, sargitário! Só que até o seu signo está errado, pois ela agora pertence a um novo time: Serpentário! Ela interpreta essa mudança astrológica como um sinal de que tudo vai mudar! Deu para perceber que Karla é pra lá de supersticiosa e que já teve várias consultas em cartomantes e afins.

Obra do destino ou da mudança de signo não se sabe, mas a vida de Karla estava prestes a tomar uma guinada radical, quando descobre que foi selecionada para o programa “Repaginada” no qual ela ganhou um novo visual, guarda roupa novíssimo e uma reforma no seu apartamento. Qual qualquer mulher não surtaria com todas essas coisas e atenção da mídia, não é? Certamente não Karla. Tímida do jeito que ela é, toda essa repaginação e holofotes a deixou ainda mais desconfortável e não se reconhecendo mais no espelho.

"Foi aí que me dei conta do quanto estava sozinha, ou que tinha me isolado do mundo. E cheguei a uma conclusão: eu precisava mudar minha vida. O universo estava me enviando um sinal de que eu deveria mudar, e só eu não queria enxergar aquilo."

A mudança teria que ser interna. Não adiantava todas essas coisas novas, se Karla não mudasse os seus hábitos. Com o empurrão de sua mãe, ela consegue uma entrevista para o seu tão sonhado trabalho na área de advocacia. Animada com a perspectiva de que seu sonho pode realmente acontecer, Karla decide mudar a sua vida e para isso ela cria uma lista com 30 itens que ela deverá cumprir até chegar aos 35 anos. Ela começa a se sentir mais confortável com o seu novo visual e cultivar uma força para mudar hábitos tão enraizados. Vai atrás de seus amigos, cultivar novos, procura um novo amor. Karla decide aprender a viver e superar preconceitos que ela nem sabia que tinha!

Antes tarde que mais tarde é um chick lit romântico e fofo, com uma protagonista que não consegue ver o seu talento e nem acredita em si mesma para fazer as mudanças. Sempre pensando nos outros, do que em si mesma. Quem é que nunca esteve na mesma situação da Karla? Liana Cupini soube criar uma mulher moderna sem cair nas mesmices e sem torná-la uma chata. Tarefa difícil, mas que a autora soube contornar com graça. Pois sua Karla tal como os demais personagens são carismáticos e sarcásticos na medida certa. Todas as suas neuras são bem desenvolvidas como as suas dúvidas. Destaque para a elaboração da lista e como não gargalhar com os diálogos travados entre Karla e Max, o garoto mais novo que ela. O “menino” de 22 anos.

“Ele era um príncipe (mirim) em um pônei branco”.

O único ponto negativo foi que o livro é fininho demais para o meu gosto. Fiquei querendo saber mais sobre as aventuras de Karla e dos outros personagens, como sua irmã e o meu fofo Max. Na busca sobre referência do livro – skoob – descobri que a autora chegou a escrever uma continuação para a história. Agora com Karla as voltas com o seu casamento e sua possível viagem para a Europa. Será que preciso dizer que necessito para ontem essa continuação?

XOXO
Mia Fernandes.

Aione 12/09/2011

Karla Kristina é uma mulher prestes a se tornar uma balzaquiana, ou seja, prestes a completar 30 anos. Como se não bastassem os “K” indesejados de seu nome, Karla, que nunca conseguiu enxergar em si as características de uma sagitariana, vê na descoberta do novo signo astrológico, Serpentário, a razão para tudo de errado que já lhe aconteceu. Como pode ter vivido todos esses anos acompanhando previsões de um signo que sequer era o seu?
Mas mais do que descobrir pertencer a um novo signo, Karla percebe como anda sua vida: o que tem feito nos últimos anos, o que deseja para si mesma, quais suas perspectivas para o futuro. E se dar conta da negatividade das respostas certamente não é algo fácil ou agradável.
Forçada a literalmente se transformar, Karla decide ser ela mesma a responsável pelas mudanças em sua vida e, para começar, cria uma lista de coisas a serem feitas antes de completar 35 anos. E para realizar os itens, nada melhor do que contar com a ajuda dos familiares e amigos e, claro, uma grande dose de automotivação.

Por que trinta e cinco? Primeiro porque eu li em algum lugar que depois dos trinta e cinco anos você não consegue mais emagrecer, e que isso era um fato científico (...). Segundo porque se você calculasse que a maioria das pessoas vive em média até os setenta anos (com saúde e qualidade de vida), aos trinta e cinco eu estaria no auge da minha vida. Depois, tudo seria declínio.
Página 35

Liana Cupini mais uma vez escreveu uma história deliciosa e agradável de ser lida. A leitura, aqui, não simplesmente flui, decola e, quando você se dá conta, o livro acabou. A narração em primeira pessoa, sob a ótica de Karla, é engraçada, direta e traz quem está lendo rapidamente para dentro da história. Não só pela narrativa, o livro é realmente rápido de ser lido: 112 páginas que podem ser lidas, tranquilamente, em menos de 2 horas.
Sou sempre suspeita para falar de chick-lits, porque realmente sou fã do gênero. Mas simplesmente ser um chick-lit não é o suficiente para que eu goste do livro; é preciso, para mim, enxergar a história, as evoluções e os sentimentos das personagens por trás da narrativa quase sempre cômica e agradável. E Liana não decepcionou nem um pouco!
Karla é uma mulher que teve sua vida completamente alterada devido a um relacionamento no passado. Quem nunca se viu perdida ao ser magoada ou acabou entrando em inércia por não conseguir encontrar um novo caminho? E quem nunca teve um estalo, percebendo o que vem sido feito da própria vida, e resolve mudá-la de uma hora para outra? A personagem é uma personificação da mulher, com seus medos, anseios, sonhos – que podem ser deixados de lado por uma mágoa -, crenças, desejos.
Não só a história de Karla, o livro mostra, também, a história das pessoas que a cercam. Inicialmente, Carol, a melhor amiga, e Laura, a irmã mais nova, são apresentadas como donas de uma vida perfeita e invejável. Entretanto, com o decorrer dos acontecimentos, é perceptível que essa visão represente apenas a de Karla e que a vida de ambas contém problemas como a de qualquer outra pessoa.
Como já dito, o livro todo é muito rápido. Não sei classificar se isso é um ponto positivo ou negativo, portanto, mostrarei os dois lados da mesma questão. Pelo fato de a evolução da história se dar rápido demais, em alguns momentos eu me via perdida, pois em um parágrafo muita coisa já havia acontecido. A sensação era a de estar assistindo a um filme com as cenas aceleradas. Por outro lado, todo esse dinamismo não torna a história maçante em momento algum. Talvez, se fosse escrita de outra maneira, em um ritmo mais lento, surgiriam as chamadas “enrolações”, o que foram comprovadamente desnecessárias, já que mesmo com o ritmo rápido de leitura, o livro é ótimo.
Outra maneira de entender o dinamismo da história é que tudo na vida de Karla também acontece nessa mesma velocidade: ela também é pega de surpresa com todas as transformações por que passa e pela rapidez com que tudo acontece. Acho que foi exatamente essa a sensação que Liana quis transmitir. Novamente, quem nunca passou por determinados momentos da vida em que tudo parece acontecer ao mesmo tempo? E, apesar de toda essa velocidade, é completamente possível acompanhar a evolução de Karla e compreender todo o turbilhão de emoções no qual ela se vê envolvida.
Um ponto que achei interessante no livro foram as notas de rodapé da autora com relação a algumas citações, tornando possível entendê-las quando desconhecidas. Outro foi que, mesmo sendo uma publicação independente, o livro contém pouquíssimos erros de ortografia e digitação.
Como vêm acontecendo, fui mais uma vez surpreendida pela qualidade da literatura nacional, cada vez mais mostrando não deixar nada a desejar, se comparada à estrangeira. O livro me ganhou logo de cara, com a declaração astrológica de Karla.
Para quem acompanha o blog, sabe que sou louca por astrologia e, portanto, não poderia deixar um comentário passar em vão: quando, ano passado, descobri sobre o novo signo, me recusei completamente a aceitar que seria de Virgem ao invés de Libra. Aliás, bato o pé até hoje: sou libriana, sem ter o que tirar nem por. Logo que li sobre a surpresa de Karla, pensei algo que ela mesma relata, no capítulo final e, por mais que não seja um spoiler importantíssimo e revelador, faz parte da história e, infelizmente, não contarei a vocês! Mas adoro quando isso acontece, de eu pensar algo que depois é escrito na própria história!
Se eu recomendo? Chick-lit de qualidade, engraçado, gostoso de ler plus nacional? Claro que recomendo!

Disponível no link: http://minha-vida-literaria.blogspot.com/2011/09/resenha-antes-tarde-do-que-mais-tarde.html

Ju 06/02/2012

Antes tarde que mais tarde-Liana Cupini
A minha opinião sobre Antes Tarde que Mais tarde não é muito diferente da sobre Estigmas da luz, mas nesse a autora melhorou muitas coisas que eu falei na resenha dele. Os erros ortográficos ainda existem, mas estão menos frequentes e a escrita da Liana melhorou muito também. Ficou atenta em relação alguns detalhes fazendo com que a leitura fluísse melhor. Algumas coisas me lembraram muito a Meg Cabot o que me agradou, mas o fato de a personagem ser meio reclamona no início me desestimulou um pouco. Também não gostei muito de a autora colocar muito parênteses e palavras assim: disse-me, fez-me, colocou-me...
Algumas coisas ficaram muito parecidas com as do outro livro, sendo que o tema é completamente diferente. Mas também a estória teve um monte de surpresas, aconteceram coisas que eu nem cogitei pensar! Nenhum personagem me conquistou de fato só o Wesley, ou Lely o gay mais fofo do mundo. O ex-namorado da Karla não era tão atraente e influente nela como eu achei que seria quando comecei o livro. Acho que a autora poderia ter explorado mais nesse ponto. Com o passar do tempo, Karla não ficou mais chata e começou a amadurecer bastante e parou de reclamar da vida. Foi descobrindo que basta ter vontade para ser feliz e que não precisa ter limites, nem do seu cartão de crédito, para poder sonhar. Dou três estrelinhas para esse livro porque acho que poderia ter acontecido mais coisas e ter tido mais surpresas, mas recomendo para quem gosta muito de chick-lits.