Uma Mente Inquieta

Uma Mente Inquieta Kay Redfield Jamison




Resenhas - Uma Mente Inquieta


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Felipe Novaes 15/11/2015

Jamison consegue fazer um relato extremamente pessoal e ao mesmo tempo técnico de uma “doença” psiquiátrica extremamente debilitante em grande parte dos casos. Relata seu histórico familiar, com um pai extremamente encantador, simpático, enérgico e criativo, que passava por períodos de trevas em que ninguém parecia reconhecê-lo -- em suma, seus episódios de mania e de depressão. Em ambos os contextos, sua personalidade era contagiante, ao ponto de exaurir os que estivessem ao redor.

Assim é Jay Jamison, que optou por ser médica, psiquiatra, especialista no Transtorno Bipolar (TB) ou na “doença maníaca depressiva”, termo mais antigo que ela parece preferir.

Unindo seu conhecimento de terceira pessoa com o de primeira pessoa, o livro passa uma vivida noção de como é de fato ter o TB, de como é escolher dentre as formas de tortura, a pior delas. Isso porque Kay parece ser uma das raras pacientes que manifesta grande parte dos efeitos colaterais dos fármacos a base de lítio, o único ingrediente capaz de controlar eficientemente os sintomas de seu transtorno. Como é escolher entre os sintomas debilitantes, profissional, pessoal e socialmente, do transtorno e os efeitos colaterais que -- ao menos no início do tratamento, até que a dosagem mais eficiente seja encontrada -- também trazem problemas incômodos de coordenação motora, certa lentidão e perda de memória? Bom, é um mal temporário e necessário, e ela sabia disso.

Em certos momentos a narrativa extremamente pessoal lembra os livros de Oliver Sacks, o neurologista que faleceu há poucos meses e que escreveu memoráveis obras compostas por casos clínicos mesclados com todo seu conhecimento como clínico e seu conhecimento técnico sobre o cérebro. Mas, nesse quesito, Sacks ainda assim sai ganhando com estilo.

Mas, ainda assim, livro recomendadíssimo pra quem tem certa curiosidade sobre transtorno bipolar.
cassiarini 01/01/2017minha estante
Caramba, esse foi o primeiro livro de "psicologia" que eu li, ainda na infância. Surrupiei da prateleira da minha tia e está comigo até hoje. Virou cativo. Já passou por outras mãos que precisavam muito lê-lo e até já teve terapeuta me agradecendo por tê-lo emprestado. Por causa dele eu tenho muita facilidade em reconhecer quem tem o "transtorno" e sempre quis saber qual a reputação dele no meio.




Ju Furtado 23/09/2021

Uma mente inquieta e brilhante
Um livro aparentemente técnico, profundamente didático. Kay Jaminson é uma mulher brilhante, que soube transpor limites muito internos ao publicar essa obra ainda nos anos 1990. O transtorno afetivo bipolar, nome atualizado da doença maníaco-depressiva, é um assunto urgente. É preciso colocar sob holofotes a dor que cerca o paciente, as dificuldades do tratamento. Esse livro cumpre muito bem o papel. E eu concordo com a autora quando ela defende a primeira nomenclatura da doença e admirei a insistência em usá-la: essa foi a doença que foi diagnosticada nela e que ela estudou como poucos.
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Cris 03/02/2014

Uma mente brilhante
Um relato importante sobre a doença maníaco-depressiva, termo que a Dra. Kay insiste em utilizar para se referir ao que hoje chamamos comumente de transtorno bipolar. Segundo ela mesma, o termo maníaco-depressiva caracteriza muito melhor as particularidades do transtorno de humor do que a definição atual.

Disseca em poucas páginas toda a angústia de uma portadora da doença que por um acaso também é médica da área de psiquiatria. Portanto, dá o input de alguém duplamente por dentro da doença, mostrando seus medos como médica e aflições e crises psicóticas com paciente.

É acima de tudo uma história de superação das dificuldades de uma pessoa que vive à beira do precipício tentando conciliar as fortes oscilações de humor e uma vida acadêmica bastante peculiar no corpo docente de uma faculdade renomada. Mais um exemplo do quanto as mentes das pessoas que sofrem de bipolaridade vão de um extremo ao outro com grande facilidade: num dia a mania e a brilhante racionalidade decorrente, no outro a depressão agonizante e os sofrimentos impingidos por ela.
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Ana Paula 01/06/2018

Uma das escritas mais sinceras e apaixonadas que já tive o privilégio de ler. A autora foi muito franca retratando abertamente todos os altos e baixos pelos quais uma pessoa com transtorno bipolar pode passar, e também, ela mostra que apesar de toda a dificuldade e de toda a vontade de desistir que muitas vezes a assolava, ela conseguiu ter uma vida produtiva. É um livro forte, comovente e inspirador.
Bradley 28/11/2019minha estante
O capítulo "voos da mente" é uma coisa muito forte
eu fiquei um tanto chocado com as situações em que a condição da doença dela fazia ela passar.
É uma leitura muito honesta




Ba 23/02/2013

Tenho em papel
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Luíze 04/09/2015

Uma Mente Inquieta narra a história da autora, o que é no mínimo incrível por ser baseado numa história real. Nele a autora narra como era viver tendo picos de emoção e energia no seu dia a dia, como conciliar o trabalho com a sua condição e a dificuldade de manter relacionamentos. É um livro de palavras rebuscadas, muitas vezes, e vale muito a pena ler.
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Naiane Oliveira 25/01/2013

Uma mente inquieta, um mundo inconstante
Uma mente inquieta trata-se de um livro magnifico e extraordinariamente cativante, que traz o relato de experiência de uma mulher corajosa e determinada, que através de memórias comoventes, e uma linguagem claramente simples e rica, poética e com humor, conta-nos sobre sua incessante luta contra as instabilidades de humor que a acometeram ainda na sua adolescência. E como consequência, nos faz mergulhar em mundo totalmente inconstante, por vezes inebriante e veemente, por vezes lúgubre e aterrorizante.

O livro já me dominou desde o pequeno escrito na sua capa. E como há alguns anos atrás eu estudara sobre o tema, e já sabia do que se tratava o livro, o que já havia sido suficiente para aguçar minha curiosidade, a minha leitura já iniciou com um grande salto para um mergulho, e quanto mais eu lia, mais eu queria mergulhar nessa história comovente e assim, poder conhecer um pouco sobre o mundo de alguém com doença maníaco-depressiva.

Kay Jamison descortina para nós as experiências estupeficantes dos limites da mente, na verdade, da própria mente. E nos faz conhecer os extremos vividos por uma pessoa com doença maníaco-depressiva. A doença maníaco-depressiva, também conhecida como transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar do humor, é uma doença caracterizada por oscilações abruptas do humor, com episódios de depressão, mania ou hipomania, sendo que esses episódios podem variar em dias, semanas ou até meses, e não existe uma situação específica para desencadear uma crise.

A forma que Kay resolveu lidar com a própria doença, é extraordinária, assim como a forma que ela coloca pontos importantes de como tratar e acompanhar alguém com doença maníaco-depressiva. Ela nos mostra a importância de pequenas gentilezas, que por sinal influenciaram em muito no seu processo de vida e de crescimento, assim como a importância de não abandonar ao tratamento medicamentoso e terapêutico, e do apoio de familiares e amigos.

Quando falamos em pessoas com doença mental, infelizmente, ainda hoje, há um estigma muito grande. O preconceito até mesmo do próprio paciente existe, e como consequência desse preconceito, há uma tendência muito grande de afastamento do convívio social, de pessoas com sofrimento mental. E Kay nesse livro, nos mostra outras possibilidades de enquanto paciente como lidar com a doença, ao invés de se auto causticar, e de enquanto familiar ou amigo, como lidar com o doente, ao invés de se depauperar.

Algo que Kay diz e fez que é um exemplo de vida, e foi uma possibilidade de “saída” do mundo por vezes fascinante, por vezes tenebroso que ela conheceu e que como resultado de força e determinação a tornou uma autoridade internacional em doença maníaco-depressiva e que me tocou bastante foi:
"...tornei-me por necessidade e por inclinação intelectual uma estudiosa das alternâncias do humor. É o único meio que conheço para compreender, na verdade para aceitar, a doença que tenho. Também é o único meio que conheço para tentar exercer alguma influência nas vidas de outros que também sofrem de transtornos do humor.".

Sendo assim indico a todos a leitura deste livro, principalmente àqueles que têm interesse por psicologia, psiquiatria, psicoterapia, enfim, a todos que se interessam por saúde mental.
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Pati 19/05/2023

Uma avalanche
Kay é um cérebro brilhante.
Neste livro temos a oportunidade e a honra de conhecer nem que seja um pouquinho da sua mente, mas jamais a entenderemos por completo.
Uma leitura que me prendeu desde o começo. Finalizei a leitura com muito mais empatia sobre este tema e olhando a vida com outros olhos.
Kay é realmente uma inspiração!
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Nena 13/02/2016

Uma psiquiatra/psicóloga faz relatos pessoais comoventes de como convive com o Transtorno Bipolar de Humor (TBH), doença a qual é portadora. Uma leitura acessível a todos, mesmo para quem não pertença a área de saúde mental. Excelente livro recomendado para quem tem TBH e familiares/amigos para tentar entender um pouco mais desse transtorno.
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Sr.F 24/03/2011

.
Relato muito interessante de uma verdadeira batalha. Muito bom para quem deseja compreender como é a vida de um doente mental.
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Ale 16/04/2024

Sobre estar maníaca
"E então por que eu iria querer ter alguma coisa a ver com essa doença? Porque acredito sinceramente que, em consequência dela, senti mais mais coisas e com maior profundidade; tive mais experiências, mais intensas; amei mais e fui mais amada; ri mais vezes por ter chorado mais vezes; apreciei mais as primaveras apesar de todos os invernos; vesti a morte "bem junto ao corpo com calças jeans", aprendi a aprecia-la, e à vida, mais; vi o que há de melhor e mais terrível nas pessoas e aos poucos aprendi os valores do afeto, da lealdade e de ir até o fim. Conheci os limites da minha mente e do meu coração, e percebi como os dois são frágeis e como, em última análise, poder atravessar um quarto e fiz isso meses a fio. No entanto, normal ou maníaca, corri mais, pensei mais rápido e amei mais do que a maioria das pessoas que conheço. E creio que boa parte disso está relacionada à minha doença - a intensidade que ela confere às coisas e à perspectiva que ela me impõe. Creio que ela me faz testar os limites da minha mente (que, embora deficiente, está firme) bem como os limites da minha criação, família, formação e dos meus amigos. As incontáveis hipomanias, e a própria mania, todas trouxeram para minha vida um nível diferente de sensação, sentimentos e pensamentos".
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Marcia 15/09/2010

Não é mais Tabu
Gostei muito deste livro, por tratar de um assunto que até pouco tempo era tabu, as pessoas que eram diagnosticadas com este transtorno (Bipolar) ou que conheciam alguém, não comentavam. Este transtorno que hoje em dia está sendo muito comum, conheço pessoas que estão em tratamento, e a abordagem que ela dá ao tema, contando suas experiências de um jeito simples e claro, mostrando que buscando ajuda, tratamento adequado, a pessoa conseguirá ter uma vida normal.
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Braguinha 07/07/2016

Conhecendo uma louca em primeira pessoa.
Relato sobre uma maníaco-depressiva em primeira pessoa. Esta doutora descreve o que se passa consigo mesma ao ter períodos longos de depressão. Um bom livro para entender estas mentes inquietas, seus dramas e as possíveis soluções para este mal que aflige grande parte da população mundial. Na capa da edição que li, uma foto da bela doutora em retrato preto e branco.
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Mr. Torres 30/06/2020

Enriquecimento de humanidade
Kay sem dúvidas trás inúmeras reflexões a partir de sua conturbada e brilha te biografia. Para além das convencionais descrições normativas, ela nos faz encarnar seus dramas e conflitos a cada trecho da história. Com uma narrativa envolvente e que nos faz sentir parte da história, arrancando sorrisos e lágrimas no decorrer da trama. Sem dúvidas temos a quebra de paradigmas e preconceitos, a vida vista de forma crua, com todas as suas glórias e derrotas, vistas em suas nuances.
Com certeza é um livro que indico, para que se possa tornar possível um olhar mais humano e gentil consigo e com os outros ao redor.
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Carla 30/10/2016

Intenso e emocionante.
"Quanto tive a ideia de escrever este livro, eu o concebi como um livro sobre humores e sobre uma doença dos humores no contexto da vida de um indivíduo. Da forma como o escrevi, porém, ele acabou se revelando um livro sobre o amor também: o amor como apoio, como renovação, como proteção. Depois de cada morte aparente dentro da minha mente ou do meu coração, o amor voltou para recriar a esperança e restaurar a vida".

Um livro intenso e emocionante que a cientista Kay Jamison apresente seu testemunho pessoal sobre a doença maníaco-depressiva e como é a sua luta constante com a doença desde que era adolescente apontando não só os aspectos negativos inerentes da doença mas as transformação de dificuldades em possibilidades de ação e como o amor é fundamental nessa batalha; um verdadeiro exemplo de resiliência!
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