Tavares 17/12/2011
Polêmico? Muito. Incrível? Demais.
"Não existem pais no LGAR, nem Deus também - disse Zil."
Com o final de Gone - o mundo termina aqui - Fome, o segundo volume da série, passou a ser o livro mais esperado do ano para mim. Altas expectativas. Altíssimas. Confesso que este segundo volume foi estupendo, viciante, incrível, polêmico, alucinante e perfeito.
Doa a quem doer: Fome foi mais do que isso.
O exterior, primeiramente. A capa, com 3 adolescentes - Drake, Diana e Caine -, é maravilhosa. O contraste de preto com um verde radioativo cria, em todos os leitores, uma vontade imensa de ler. Linda, incluindo a de Gone. Tais capas deixam as americanas - com modelos - no chão.
Três meses se passaram desde que o LGAR foi criado. Muita coisa se passou e muita coisa ainda está por vir. Podemos pensar que tudo está bem, que todos estão cooperando para o melhor convívio social possível. Errado. Dentro da bolha, criada por Michael Grant, o caos está reinando. E a fome imperando.
Uma criatura está crescendo nas minas. O que é? De onde veio? Qual seu nome? Quais são suas intenções? Conseguirá o que quer? É a sensação de ansiedade mais próxima desde que Jack - em Lost - fechou seus olhos pela última vez. São perguntas que não saem da cabeça.
Mutantes não param de surgir por todo o LGAR. Alguns com poderes incríveis, outros nem tanto. Porém, as mutações não ocorreram apenas em humanos: cobras com asas, minhocas carnívoras e coiotes falando. Agora tudo é possível. Tudo.
Em Praia Perdida, com um pedaço de carne, você seria Rei. As coisas estão saindo do controle de Sam Temple e de sua namorada, Astrid Gênio. Pequeno Pete anda por sonhos sombrios. Maria Terrafino luta contra os bolsões de gordura. Drake, sedento de sangue, persegue até mesmo sua sombra. Caine... Bem, Caine está em sérios problemas, assim como Lana e Albert inicia a construção de uma nova sociedade, baseada na "antiga". Aliás, será que ela ainda existe?
Traições, reviravoltas, surpresas e, principalmente, frieza são características marcantes de Fome. Espere por uma narrativa rápida, mas, ao mesmo tempo, cheia de detalhe. Você não vai arrepender.
Sinta-se com Fome no ecuro.
Sinta-se preso num anzol.
E, o mais importante,
Sinta FOME do próximo livro. ;)