Fome

Fome Michael Grant




Resenhas - Fome


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Larissa Oliveira 01/01/2019

Ótima leitura
O autor não decepciona na continuação da série Gone.
Com maestria ele consegue desenvolver os personagens de forma que conseguimos sentir empatia até pelos personagens mais irritantes.
Mesmo contendo vários pontos de vista o leitor não se perde, isso por que cada personagem possui uma caracterização definida e notável. Mesmo sem ter pegado o livro por um bom tempo quando retornei a leitura não foi difícil me situar.
Cada personagem está "trabalhando" em um problema em alguma área diferente de uma forma que todos se relacionam no fim.
Escrita fluída e capítulos que te prendem à história. Recomendo a leitura.
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Luana | @luanareads 01/01/2019

Novos desafios para os moradores de Praia Perdida
Já se passaram três meses desde que tudo começou e Michael continua conseguindo envolver os leitores nessa história. Apesar de ter mais de quinhentas páginas, a leitura flui rápido. O enredo é realmente muito bom.

Agora as crianças terão que lidar com a fome. Elas não sabiam racionar os alimentos, isso era tarefa dos adultos. Os estoques de doces e comidas do McDonald's foram as primeiras a acabar e os vegetais estragaram e eles precisam encontrar uma maneira de se alimentar, e elas podem ser horrivelmente bem descritas.

Sam já está cansado de ter que bancar o prefeito da cidade, ainda mais agora nesse período, onde mal tem forças para se sustentar. Drake, mais um dos personagens principais, agora possui uma arma letal em seu próprio corpo e não a usará para o bem. Ainda mais agora quando se cria uma divisão entre os que possuem poderes, as "aberrações", e as pessoas normais.

Realmente Grant não tem dó nenhuma de escrever tais fatos com personagens crianças. Elas terão mais uma vez que tomar decisões como se fossem adultos, mas sabemos que não vai dar nada certo. Livro realmente bom, uma continuação que deu super certo. Em pouco tempo li esse livro e só me deixou com mais vontade de saber o que vai continuar acontecendo em Praia Perdida.
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Fernando Lafaiete 07/12/2018

Fome: Quem será o próximo a morrer?
******************************NÃO contém Spoiler da série******************************

Confesso que esta série veio para quebrar algumas certezas que eu possuía quando o assunto era histórias juvenis. Nunca imaginei que fosse encontrar tantas questões psicológicas, tantas incertezas e tanta brutalidade em uma série cujo público alvo eu supostamente não me encaixava mais; apesar de ainda ser leitor assíduo deste tipo de livro.

Michael Grant tem uma escrita deliciosa que juntamente com sua narrativa fluída nos envolve e nos deixa tensos do começo ao fim. O autor cria um universo que mistura X-men com Sob a Redoma de Stephen King e não deixa de brincar com a temida e já conhecida questão: Quem será o próximo a morrer?

Ler a série de Grant é um excelente exercício pra quem deseja um dia ler As Crônicas de Gelo e Fogo de George Martin. Se apegar a algum personagem é algo inevitável, mas não deixa de ser uma decisão insana.

O ambiente criado pelo autor é claustrofóbico, sanguinário e instigante. Acompanhar adolescentes tendo que se adaptar a um mundo sem adultos, tendo que cuidar de si próprios e tendo que moldar uma nova sociedade, já seria um plot no mínimo interessante. Agora junte a tudo isso uma redoma que os aprisiona, jovens que começam a desenvolver super-poderes, animais que passam a sofrer mutações, a terrível fome que começa a dar as caras graças o início da falta de comida e vilões que adoramos odiar.

O autor trabalha muito bem o psicológico da trama de maneira que nem todos os personagens soam unilaterais, bons ou maus. As situações apresentadas mostram para o leitor de maneira plausível o que o desespero pode fazer com o ser-humano. As cenas de ação continuam muito boas e as mortes ocorridas são muito bem descritas... Absolutamente gráficas.

Os vilões são um show a parte. Todos são excelentes e colaboram com maestria com a movimentação da trama. Como um fã de vilões, não consigo não amar e odiar todos nas mesmas proporções. Os mocinhos também são bacanas, mas eu continuo sem saber o que pensar de Sam, o protoganista. Os problemas que cito em Gone: O Mundo Termina Aqui, permanecem nesta continuação. Minha relação com este personagem oscila demais, e isto me incomoda.

Esta série de fato se diferencia de qualquer outra que eu já tenha lido, onde o público é uma galera mais jovem. O autor não se intimida com isso e não tem medo de jogar nas nossas caras muito sangue, corpos decepados, e jovens psicopatas que se divertem com o sofrimento alheio.

Mas esta série não possui grandes problemas?

Todas as ressalvas que citei na resenha do primeiro volume ainda estão aqui e acredito que permanecerão até o último volume. (Aconselho a lerem a resenha de Gone para se situarem sobre o que estou falando).

O autor poderia também ter pesquisado um pouco melhor alguns assuntos para que nenhum soasse raso demais ou até mesmo desrespeitoso para alguns leitores. Gordofobia, homossexualidade, anorexia, autismo, todos estão presentes, mas nenhum me convenceu completamente.

****

Não posso deixar de citar que as personagens femininas são muito bem desenvolvidas. Suas personalidades são identificáveis, suas motivações plausíveis e elas não são em momento algum apagadas pela presença dos personagens masculinos. O equilíbrio de gênero existe e é um dos pontos altos deste magnífico universo.

Michael Grant merece ser lido. É pra mim o George Martin dos adolescentes, e só por me lembrar mesmo que de maneira sutil o meu autor favorito, já o indico. Tem como X-men sanguinário não ser bom?
ROBERTO468 09/12/2018minha estante
Ta na minha lista há bastante tempo.


Fernando Lafaiete 10/12/2018minha estante
Leia Junior!! Acredito que irá gostar bastante. Eu não vejo a hora de ler os próximos.




Carla Martins 07/08/2018

Ótimo
Mais em: https://leituramaisqueobrigatoria.blogspot.com/

Esse é o segundo livro da série Gone, uma série voltada para adolescentes que tem uma proposta super original e bem bacana. A série traz várias reflexões sobre o que realmente importa, consumo consciente e outras questões, incluindo autismo, anorexia e bulimia. Achei o segundo volume bem legal, começando já com todo o mistério envolvendo Pete, que talvez seja o personagem mais misterioso e complexo da trama.

Até o meio do livro, a leitura estava rolando meio arrastada, mas depois da página 350 a história voltou a ter ritmo e acabamos entendendo, enfim, o que realmente é a Escuridão.

O final do livro é cheio de ação e deu uma curiosidade boa de saber o que vai rolar no Mentiras, que no caso já está aqui comigo, na minha estante, só esperando a hora H.
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Amy 31/03/2016

Fome... Não poderia existir um nome melhor para definir esse livro.
Fome mantém exatamente o mesmo padrão do volume anterior, nas primeiras páginas já vemos muitas coisas acontecendo e muita ação, e as descrições das situações criadas por Michael Grant são fantásticas.

Uma coisa que eu ainda não acostumei e nem gosto muito é a quantidade de personagens que o autor coloca na história, são muitos personagens que começam a ganhar destaque e às vezes somem do nada e aparecem lá no final do livro e eu precisava parar pra tentar lembrar quem era aquela criança, qual era seu poder, o que ela poderia estar fazendo ali. Mas apesar disso, eu gostei muito dos personagens novos, gostei de suas personalidades e, é claro, também comecei a admirar mais os personagens já conhecidos. Adorei que as suas reações ao LGAR são bem condizentes com o tempo que se passou desde a grande batalha do primeiro volume.
Porem amei o livro, entrou lista dos melhores livros, meus favoritos, O livro inteiro é muito bom, muitas cenas fortes, muito sangue, morte, aventura e suspense... Um juvenil bastante violento e bem mais elaborado, os adultos irão amar!
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Luque_Aqui 15/02/2016

#Fome
A história continua após 3 meses desde de Gone.
O desfecho e bem empolgante, as crianças aprenderam a viver sem os adultos, mas acabaram se tornando como eles.
Fome é o centro desse livro, a comida está se acabando e o que eles podem fazer? Os personagens criam meios de produzir o próprio alimento, mas para isso leva um tempo considerável e muito esforço e sacrifício.
Sam tem de aprender lidar com seus problemas, mas acaba se sufocando com eles. Com ajuda de seus amigos e aliados eles se mantém juntos e unidos. Já falando de união, outro ponto do livro está na divisão entre pessoas comuns e com poderes. Novas habilidades surgem, e com isso um novo líder cria desordem no LGAR.
Vilões antigos retornam, mas com novas ambições e torna tudo mais difícil para o jovem Sam.
Mistérios, novos poderes e muita ação te reservam no volume 2 da série Gone.

Gostei bastante...
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Lanny 07/02/2016

Humanos?
A temática do livro muda para humanos x mutantes e eu questiono: Humanos?

Acho incrível que toda e qualquer obra que trate desse tema apresenta os seres "humanos" em sua pior forma possível - o que na verdade é a forma humana - fazendo com que eles ajam de forma mesquinha e fútil. Se acham senhores de tudo e de todos. Juiz de todo mundo é detentor de todas as verdades.

Ei, existem pessoas com poderes e elas estão ajudando se transforma em Ei, existem pessoas com poderes que querem ser melhores que a gente e não vamos permitir isso, vamos matar todos.

O engraçado é que isso só acontece porque os mutantes são pessoas boas que realmente não querem machucar ninguém, porque se fossem maus estariam comandando com mão de ferro e ninguém sequer ousaria desafia-los.

Esse tipo de abordagem honestamente me enoja, se isso é ser humano, então não, prefiro ser monstro.
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Luan 22/11/2014

Quando a fome aperta, o desespero é a última saída; novamente Grant não decepciona.
A expectativa que criei para a leitura do segundo volume da série Gone não me frustrou. Normalmente, acontece o contrário: quanto mais expectativa, mais frustração. Mas Fome mantém a qualidade de Gone. Michael Grant não perde sua coerência e tudo de bom que construiu no primeiro livro. E isso realmente me deixou animado para prosseguir – tanto com a leitura do próprio livro Fome, e das sequências também.

Nesta sequência de Gone, já se passam três meses desde que o LGAR foi criado e desde que todos aqueles com mais de 15 anos sumiram. Sam segue sendo o líder – mas ele não sabe até quando conseguirá manter seu título; a pressão está grande. As mortes não cessaram. As intrigas e divergências, tampouco. E a fome aumentou. Tudo o que eles haviam juntado está acabando. Tudo que fora encontrados em vendas e residências já está escasso. Agora resta muito pouco a se comer. A fome realmente bateu e está levando os moradores do LGAR ao desespero.

E bem como o nome, o livro retrata a Fome em sua essência. O que um ser humano é capaz de fazer quando nem mais a esperança os alimenta? Posso dizer que Michael Grant foi bastante coerente com a ideia do segundo livro: depois do medo do novo, que foi a criação desse novo ambiente, é hora de encarar a realidade – e o primeiro baque é que a comida não é para sempre.

Embora a premissa pareça bastante rasa e limitada, não é o que acontece na leitura. A questão da fome realmente está presente na maioria das páginas, mas isso não se torna maçante. Eu achei, sinceramente, que um livro focado só nesse tema seria chato. Ainda mais com 530 páginas. Mas não foi. O autor consegue abordar outros temas e ainda expandir para várias ramificações o assunto fome. Não fica chato.

No entanto, em relação à Gone, Fome é mais lento. Foca mais nas relações pessoais e no aprender a liderar um lugar. Li isso em várias resenhas e fiquei receoso para ler. Medo que o ritmo prejudicasse uma história que eu havia realmente me apegado. E apesar de que no início, em alguns momentos o livro parece que não evolui, assim que a leitura avança, a história também avança e fica com ritmo mais intenso.

Portanto, Fome mostra o desespero de crianças em busca de comida. Mas também mostra a luta deles contra o LGAR ou contra aqueles que ali vivem. Se eu disse que o segundo volume é mais lento que o primeiro, isso não quer dizer que não tenha ação. Tem. São bons momentos como no primeiro. Medos, dúvidas, mistérios, lutas... tudo isso ainda está presente. Os embates seguem tão bons como em Gone - os embates entre mutantes e normais toma ainda mais proporção, vale conferir. A descrição é detalhada. As mortes, nem um pouco temidas pelo autor, seguem presentes e com detalhes às vezes dolorosos. E há ainda vários momentos de ápice na história. Todos os embates te deixam aflito e curioso para saber como terminará.

O melhor de tudo ainda segue sendo o roteiro, maravilhosamente bem construído. Tudo se encaixa perfeitamente. E isso somado ao texto, não tem como não dar em coisa boa. E deu. Cada acontecimento vai se somando ao próximo, vai tendo seu ápice próprio, mas tudo fazendo parte de algo maior que vem acontecer na reta final.

Falta comentar sobre alguns novos personagens que surgem. Novamente bem construídos e com papel importante, senão não estariam ali – só para citar: Duck, Zil, Hunter, Brittney, são alguns dos principais novos nomes. E os que já conhecemos, evoluem. Grant teve esse cuidado e presentou o leitor com uma obra ainda mais madura que a primeira, embora que seja com personagens de no máximo 15 anos e para um público que provavelmente gira em torno desta faixa.

Poderia ficar aqui elogiando a série por mais algumas linhas, afinal já é uma das minhas séries preferidas. Gosto bastante mesmo – e arrisco dizer que daria muito certo se virasse filme ou série de TV. Estou muito curioso pra ler Mentiras, o terceiro livro – li a sinopse, que me deixou bastante curioso. Já teria até comprado, mas o preço é bastante salgado, o que é uma pena. Preciso me programar bem para comprar (rs).

Quero ver como a fome vai ser encarada nos próximos volumes, com as intrigas e problemas também aumentando cada vez mais. Afinal, não é porque o livro encerrou, que a falta de comida também terminou.

Para o livro, quatro estrelas, com gosto de cinco. E até a próxima ;)
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Matt 05/05/2014

O que eu mais achei interessante, logo de cara, foi a exposição dos personagens. O que era bulimia, virou bulimia e anorexia com sérios riscos de depressão. Álcool se espalhando como água. Garotos de 7 anos fumando cigarros de maconha e tentando parecer "maneiros". Os heróis das crianças, os que foram importantes na Batalha do Dia de Ação de Graças, não tão heroicos assim.
"AGORA, NO MUNDO DO LGAR, LANA ERA UMA ESPÉCIE DE SANTA. MAS ELA SABIA QUE NÃO."
Agora Sam sabe que não é muito divertido ser o líder de 332 crianças - ou melhor, 331 logo - quando você tem que ser na verdade o pai delas. Me frustrei tanto quanto ele, quando via que ele estava tentando colocar alguma ordem, tentar pelo menos organizar já que não podia melhorar a situação, e as crianças agiam, bem, como crianças. Os mais velhos nem se importavam muito, porque sabiam que enquanto houvesse alguma comida, o bondoso Sam não deixaria eles morrerem de fome. E o melhor de tudo: qualquer coisa que aconteça, a culpa é dele. "MAS SAM ERA O CARA QUE TOMAVA DECISÕES. GANHAR OU PERDER, CERTO OU ERRADO. VIDA OU MORTE."

No lado do Intrépido Líder, as coisas não andam muito melhores. Caine está quebrado, apesar de ter Diana ao seu lado fielmente. O charme dos velhos tempos, o espírito de liderança, a aura de poder, tudo desapareceu como se tivesse completado 15 anos também. Já Drake não esconde a vontade de derrubá-lo, mas não tem outra opção senão continuar colaborando. Mas quando Caine arranja um jeito de revidar, não poupa esforços para tornar a vida de todos um inferno.
"NOS VELHOS TEMPOS, QUANDO FAZIA ESSA ORAÇÃO, O DEMÔNIO ERA UMA CRIATURA COM CHIFRES E UM RABO. AGORA, EM SUA MENTE, O DEMÔNIO TINHA O ROSTO DE CAINE."
"Fome" realmente é o título mais apropriado pra esse livro. A "velha amiga", como diz Sam, sempre aquela pontada insistente na barriga, consegue ser pior do que todas as outras dores, afinal eles já estão mais ou menos acostumados com elas. Mas não à fome. Como já vimos, as pessoas fazem qualquer tipo de coisa para sobreviver, e a fome é o alarme mais básico e primitivo da raça humana, o chamado da sobrevivência que não pode ser desobedecido. Sem que isso fique repetitivo, várias vezes vemos personagens pensando em trocar a alma por uma pizza e coisas assim.

De novo, personagens primeiramente sem importância ou capacidade alguma mostram seu valor. As coisas vão fluindo gradativamente do mesmo ritmo envolvente que tira o fôlego do primeiro livro. Os personagens são forçados a amadurecer de uma forma ainda mais brutal do que quando o LGAR apareceu. Eles também têm fome, e fome de vingança.
"NÃO QUERO QUE A VIDA DELES SEJA MAIS FÁCIL. QUERO SE SOFRAM. QUERO QUE SOFRAM DE TODO JEITO POSSÍVEL. E DEPOIS QUERO QUE MORRAM."
As pequenas rachaduras que já existiam, talvez questionamentos ou alguma inveja, agora ameaçam partir a cidade de um jeito que talvez não tenha mais volta. Mais fácil de manipular uma multidão de crianças é se elas estiverem esfomeadas. Podem organizar uma execução em praça pública se tiver gente suficiente, disposta a ajudar por um pedaço de carne. Mas, pior do que a guerra civil e a guerra entre Praia Perdida e Coates, é a guerra que está por vir. De repente, a cabeça deles pode virar sua pior inimiga, servindo de porta de entrada para o verdadeiro mal. O próximo desafio é: como lutar contra algo que não se pode ver, que destrói tudo e todos? Como vencer a Escuridão?
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MENINALY 11/02/2014

Continuação perfeita!
A serie Gone é talvez a minha serie preferida nesse mundo YA (jovem adulto). Estava com muito de ler este volume e me decepcionar, mas...as minhas expectativas foram atendidas, amei cada pagina. O ritmo continua na medidas (apesar de achar um pouco mais lento). Senti muitas vezes no decorrer da leitura FOME! ( Os personagens estão passando fome já que quase todo alimento da cidade acabou). Novos personagens aparecem (novos mutantes também). Suspense e ação rola solta e o final...Nossa que final. Preciso do próximo volume (Mentiras) pra ontem.
Mais do QUE recomendado!
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Augusto Franco 25/01/2014

Surpreendente ao máximo
Quando comecei Fome, estava meio desanimado. Apesar de ter comprado há um bom tempo, só agora pude lê-lo (pouco mais de um ano depois de ter lido Gone). Me desanimei por achar que seria apenas uma sequência, pois o fim de Gone não deu pistas que estimulavamo contexto do segundo livro. E também por já ter esquecido boa parte do primeiro, como eventos marcantes e características dos personagens. Mais uma vez fui surpreendido.
Como o próprio nome já diz, a inanição se instala em Praia Perdida. Toda carne, fruta, verdura e legume apodreceu, pois ninguém se preocupou em guardá-los. A história começa alguns meses depois de Gone, quando os salgadinhos, refrigerantes e doces foram consumidos primeiro pelos habitantes. Os produtos em conserva são escassos. As crianças passam a ficar cegas por comida, fazendo de tudo para se alimentar. Um garoto tenta cozinhar um gato na churrasqueira, uma menina come pombos, outro abate um veado ainda correndo, há boatos sobre ratos não terem um gosto tão ruim e frequentes comentários canibais. Os problemas não acabam: menores de idade passam a fumar e consumir álcool livremente, sem uma autoridade adulta por perto. Há brigas internas e incêndios. Os personagens estão muito mais desenvolvidos: Sam sente o real peso de ser um líder de uma cidade onde ninguém tem mais de quinze anos, exceto ele e Caine, do lado inimigo. Astrid está numa incansável busca por conhecimento, sempre bolando planos e encaixando peças do quebra-cabeça que é a parte de dentro da barreira. Caine e Lana foram personagens muito curiosos: ambos são manipulados por um ser misterioso. Foi muito bom entrar na mente deles dois, onde excedem os limites da resistência, tentando contrariar o que está em suas cabeças tentando conseguir o que quer. Diana está simplesmente sendo Diana, só que ainda melhor: mais manipuladora e fazendo coisas a seu favor. Drake está mais psicopata e ardiloso que jamais pensei possível ser. Maria está no fundo do poço quando se trata de cuidar da creche, pois sequer consegue cuidar de si mesma. Pequeno Pete foi aquele personagem que você sabe que é importantíssimo e possui muitas respostas para as inúmeras perguntas, mas não pode extrai-las. Espero muito dele nos próximos livros. Parece que todos os personagens aqui foram peças importantes, tiveram um papel no mínimo considerável para a construção do livro: Edilio, Dekka, Brianna,Jack Computador, Duck, Quinn e até Orc. Há uma segregação rebelde entre humanos e aberrações (ou mubs, outro apelido para os que tem poderes) liderado por um grupo cruel. Mais mutações bizarras estão sendo geradas na natureza: seres carnívoros que dominam as plantações onde ainda há comida aproveitável, e espécies híbridas. Prepare-se para ver mais conflitos com coiotes. Mais crianças estão desenvolvendo novos poderes. Mais fome. Menos peso. Pouco antes das sessenta páginas finais, o livro fica num nível que não te faz largá-lo até o terminar: muita coisa acontece ao mesmo tempo, tudo e todos ficam entrelaçados. Fome é uma obra onde se pode conhecer a fundo a mente caótica de adolescentes transtornados num confinamento confuso que só querem uma coisa: comida.
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Fernanda 21/01/2014

Michael Grant está de volta para pisar em meu coração. Já resenhei sobre “Gone” anteriormente e expliquei os porquês das angustias que a série me traz. Li várias resenhas exaltando a série de forma que, honestamente, não consigo direcionar.
Sim, os livros são bem escritos, envolventes, tem a pegada sobrenatural que atrai muito, mas o pano de fundo que o autor trabalha é tenso e cruel.
É um paradoxo ambulante, porque ao mesmo tempo em que o livro é fácil, ele é difícil.
Normalmente, termino livros com o nipe da narrativa de Michael Grant em 1 dia. É fácil e fluido. Porém, as situações não me permitiam avançar de forma despreocupada.
Isso pode ser algo totalmente particular, mas não consigo ignorar o fato que quem está passando por dificuldades, segurando armas de fogo de grosso calibre e cometendo atrocidades são crianças de 15 anos para baixo.

Em “Fome”, o livro 2 da série “Gone”, três meses se passaram desde o surgimento do LGAR ( o isolamento de todos os menores de 15 anos ao redor de uma usina radioativa) e os eventos ocorridos no livro 1. Mas as batalhas estão longe de acabar. Agora a fome assola a cidade de forma voraz. No principio, eles não se atentaram ao fato que a comida poderia acabar e agora, estão passando por sérias dificuldades.
Eles precisam se organizar e trabalhar se quiserem sobreviver; mas expliquem isso às crianças de 11 anos.
O interessante do livro é a forma real como o autor trabalha. As reações e atitudes dos personagens são completamente aceitáveis. Seria ingênuo da parte do autor, e do leitor, crer que várias crianças se organizariam e formariam uma comunidade para trabalharem juntos e blá.
Eles estão desesperados e sem saber o que fazer. É uma situação irreal onde poucos conseguem ver, de fato, a seriedade do problema.
Ou seja: instaura-se o caos e o desespero dá lugar à desordem.
A fome é apenas um dos problemas. Começa a surgir uma divisão espontânea: normais x aberrações.
As crianças que continuam normais começam a ver uma ameaça velada nas crianças que adquiriram habilidades. Essa “guerra civil” é apenas um eco de algo infinitamente mais perigoso.
Uma criatura com um poder incrivelmente poderoso quer se libertar. Ela está “com fome no escuro” e usará Lana, Caine e Drake para conseguir se alimentar a qualquer custo.

Michael Grant mistura de forma genial fantasia com realidade para envolver o leitor.
Fantasia no que diz respeito aos poderes das crianças e ao terror das criaturas impossíveis, porém reais no quesito posturas e atitudes frente à dificuldade.

“Não sou o pai de todo mundo. Você já parou para pensar no que as pessoas estão me pedindo? Sabe o que elas querem que eu faça? Sabe? Querem que eu mate meu irmão para que as luzes voltem. Querem que eu mate crianças! Que eu mate Drake. Que mate Diana. Que faça com que nossas crianças sejam mortas. É o que elas pedem. Por que não, Sam? Por que não está fazendo o que tem de fazer, Sam? (...) Ah, meu Deus, Astrid. Todas essas coisas na minha cabeça. Não consigo me livrar delas. É como se um animal imundo estivesse dentro da minha cabeça e eu nunca, nunca vou me livrar dele. Isso me faz sentir muito mal. É nojento. Quero vomitar. Quero morrer. Quero que alguém me dê um tiro na cabeça para eu não ter de pensar em tudo.”

Esse livro é incrível, de várias maneiras. Ele expõe tudo que deve ser exposto e dá um toque fantastico para os leitores de distraírem do real terror que é estar sozinho com seus medos.
Ainda não sabemos o que é o LGAR. Não sabemos onde estão os adultos e para onde vão as crianças que sofrem o puf. A série está cheia de perguntas sem respostas mas, sem dúvida, ainda há muito terror pela frente.
A narrativa é em terceira pessoa e há várias perspectivas! O leitor vislumbra o desespero de todos os ângulos.
A série “Gone” me incomoda porque bate na barreira do real. Por esse e outros motivos, ela é incrível.
Recomendo muito!
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Mônica 09/12/2013

comparado com o primeiro livro o autor evoluiu muito, tanto no método de escrita como no enredo da historia. ele apresenta novos personagens aparentemente sem importância para mais tarde torna-los essenciais na trama, surpreendendo. despertando assim a atenção do leitor para todos os fatos que acontecem, pois algo simples pode futuramente fazer toda diferença.

o cotidiano de um lugar sem comida e outros recursos são bem exemplificados, e desta vez ele conseguiu passar ao leitor a sensação e os sentimentos de como a vida dos personagens neste ambiente da historia são complicadas. conseguiu mostrar o pior lado do ser humano e como somos todos seres interesseiros; seja por poder, comida ou status.

novamente atribuiu pensamentos psicopatas a crianças, o que tornou a historia um pouco cansativa e chata, porém não tanto quanto o primeiro, desta vez ele soube dosar as informações.

pode-se conhecer mais fundo alguns personagens e as suas personalidades, como o fato de Caine ter na verdade um coração apaixonado, lana e a sua independência acima de tudo, Sam e seu altruísmo, jack computador e sua sede de conhecimento acima de qualquer bom senso...

de uma forma geral a historia correu bem e surpreendeu em alguns momentos, deixando aquele sentimento de que todos já estão tao ferrados na historia que não pode piorar, mas tudo pode ficar pior.
do modo que você quer saber como eles vão se livrar de todos esses problemas e se em algum momento o LGAR vai acabar ou não.
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Lucas 23/11/2013

Fome começa três meses após os acontecimentos de Gone. A situação está cada vez pior, já que a comida está acabando. Já era de se esperar que isso fosse acontecer, com todo o desperdício e a falta do racionamento da comida vistos no primeiro livro. Michael Grant conseguiu passar muito bem a sensação dos personagens, passando toda a agonia sentida por eles. Você realmente entende a gravidade da situação, tendo em vista que a tendência é só piorar.


Após o final de Gone, a história vai se encaminhando novamente para um combate iminente entre os grupos de Sam e Caine. Diferente do primeiro, esse volume tem um desfecho satisfatório. Grant conseguiu deixar ganhos para a continuação, mas também deu um “ponto final” para o livro, se é que vocês me entendem. A impressão que dá é que uma fase da história foi finalizada neste volume, e que outra se iniciará em Mentiras. Nesse livro a divisão entre Mutantes e Normais ficou mais acentuada, o que com certeza será um ponto chave para o próximo livro.

Uma coisa que me irritou muito nesse livro foi o comportamento das crianças do LGAR. Eu entendo que são crianças e tudo mais, mas eles são infantis demais! O autor quis destacar bastante toda a pressão que todos os habitantes do LGAR estão colocando sobre Sam, acentuando esse comportamento infantil deles. Além de cuidar de todos os problemas reais de lá, Sam tinha que lidar com coisas fúteis e com complicações causadas por aquelas crianças. Eu não teria aguentado, sério.

Nesse volume temos o aprofundamento de toda a história da Escuridão, que foi bastante falada no primeiro livro. Em Fome temos a adição de mais elementos sobrenaturais, sendo que alguns são um tanto quanto loucos. Alguns personagens novos aparecem, e outros ganham destaque, como Lana. Todo o desenvolvimento dela e o papel dela no desfecho do livro são bem interessantes.

Novamente com uma narrativa rápida, Michael Grant conseguiu manter o nível da série nesse segundo volume. Estou realmente curioso pra saber como que a história se desenrolará a partir de agora.


site: Para mais resenhas, acesse: www.estantenerd.com
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