ariana cresswell 06/07/2021
"Cigarette daydream, you were only seventeen"
Antes de escrever essa resenha, pensei muito se dava 3,5 ou 4 estrelas pro livro, mas acabei dando 4 e favoritando pelo TANTO que ele me ensinou.
Milles é um adolescente normal que ama colecionar as últimas palavras das pessoas, tanto é que ele só lê biografias. Mas com uma vida um tanto monótona, ele decide ir para o internato que seu pai estudou em busca de seu "grande talvez". Lá, ele faz amizade com seu colega de quarto e seu grupo de amigos, a mais importante, Alasca, uma menina descolada e problemática, mas intelectual e profunda ao mesmo tempo; aleatória e até bipolar às vezes, porém, sempre parecendo segura de si. De cara, Milles já se apaixona, o que é um saco ver ele obcecado pela garota toda hora. A personalidade da própria Alasca também irrita em alguns momentos por ela nunca contar o motivo de estar agindo de tal maneira e mudar de humor tão rápido. Mas logo depois, o título se encaixa, porque Alasca é única, e só ela sabe quem é, mais ninguém. Sem brincadeira, ela é a personagem mais misteriosa que eu já li (sim, ganhando do Azriel).
O livro é dividido numa contagem regressiva (antes) e seguinte (depois) a um determinado dia. O antes é só adolescentes fazendo besteira, o que chega a ser meio bobo por não ter muita coisa acontecendo. Mas aí chega o depois, onde TODO o clima e trama muda de um jeito que não dá pra descrever, fazendo o leitor refletir sobre a vida e tudo ao seu redor. A escrita do John Green passa de rasa para profunda num nível absurdo. Quando cheguei na metade do livro, não consegui largar, e fiquei grata de não tê-lo abandonado.
Então você, que abandonou ou tá quase desistindo de "quem é você Alasca?", dê uma segunda chance, porque ele pode mudar sua vida igual mudou a minha e de muitos outros leitores.