Luciana Mara 21/08/2011Meg não era uma garota fácil. Quer dizer, não era fácil de lidar, era rebelde, porque fácil era sim. Pelo menos esta era a sua reputação na escola. Ela bebia, fumava e tinha Eric, um peguete com benefícios (vulgo sexo sem compromisso), que a acompanhava em suas loucuras.
Superado todos os problemas e agora que tinha oportunidade, Meg só tinha como objetivo aproveitar, curtir e viver inconsequentemente.
Mas naquele momento, ela estava encrencada.
Junto de Eric, Tiffany e Brian, dois colegas da escola, Meg foi para próximo da ponte da cidade, a que passava o trem, para beber e dar um amassos. Foi então que, caindo na pilha de Eric, Meg e o outro casal vai para a parte central da ponte, para os trilhos. Dizia a lenda que um casal havia morrido lá, esmagados pelo trem, mas os quatro jovens desta história não se importavam com os riscos (apesar de Tiffany ser normalmente do grupo dos quietinhos da sala).
Foi quando Meg ouviu um barulho, mas como não sabia se era a bebida, resquícios da maconha ou simplesmente algo/alguém chegando, ela continuou dando uns pegas em Eric. Para ela o que importava era a adrenalina do momento.
Então, no meio dos amassos a polícia chegou. Além de menores de idade alcoolizados os adolescentes estavam em lugar proibido. Os garotos foram algemados e ouviram muito do policial que deu o flagrante. As meninas foram encaminhadas para a viatura. Logo em seguida, os quatro foram para a delegacia.
Mas só Meg ficou por lá. O pai de Eric era um poderoso advogado e o tirou da prisão rapidamente. Os pais de Brian e Tiffany fizeram o mesmo. Mas os pais de Meg, os donos de um restaurante da cidade, não apareceram. Seu pai já estava farto das confusões da filha, ele já tinha desistido dela. Mas o policial John After, aquele que os prendeu, não tinha desistido.
E enquanto esperava amanhecer e ser liberada, Meg dava aquela conferida no policial. Imaginou que ele tivesse 40 anos, fosse casado e tivesse 14 filhos. Sua mente ia longe...
Para tentar conter a rebeldia dos garotos e influenciá-los positivamente, o policial After e seus superiores bolaram um programa em que os adolescentes presos ficariam juntos de policiais, bombeiros e profissionais da área de saúde no turno da noite durante as semanas de férias da primavera. O único problema é que a viagem para Miami, a mini-fuga de Meg daquela cidade que ela odiava, seria cancelada.
E Meg foi a escolhida/sortuda que ficou sob o olhar atento do policial After. O cara que, através de Tiffany, ela descobriu ter 19 anos e ter feito uma matéria com ela no ano anterior o.O
Tudo seria só noites de sono (e uma viagem) perdidas se ela não começasse a sentir alguma coisa por After. O policial era sério, carrancudo e tinha obsessão pela ordem e pela ponte e não iria querer nada com uma garota encrenqueira e de cabelo azul, AZUL. O plano de vida do policial era ficar naquela cidade, zelando pela ordem para sempre, coisa que Meg não aceitaria e por isto achava que o máximo que eles podiam ter era um relacionamento casual.
Mas será que isto daria certo? Para saber os segredos desta dupla, se eles se acertaram e se Meg entrou nos eixos leia Longe Demais.
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Eu sempre simpatizo com os rebeldes, principalmente porque, em geral, eles são do gênero masculino. E confesso que me simpatizei com Meg, apesar do cabelo azul-Marimoon. No meio de tantas protagonistas sem graças, uma de personalidade forte conquista minha simpatia, mesmo que inicialmente não esteja claro o porquê de tanta maluquice.
O After é um fofo! Eu sempre digo que gosto dos caras maus, mas os bonzinhos também me conquistam (momento periguetagem). Mas o lance dele inicialmente parecer ter 40 anos e depois descobrir que ele estudou com a Meg no ano anterior e tem apenas 19 anos achei muito forçado. A parte dele mudar seus planos sobre o futuro também.
E de novo Echols, você não me pegou! Uma das reviravoltas eu saquei no início da história. Mas o finalzinho, finalzinho mesmo, eu achei uma graça! Você ganhou um pontinhos comigo, querida!
Esta é mais uma daquelas histórias que dariam um filme de sessão da tarde (com partes censuradas e que só seriam exibidas quando o filme passe na Tela Quente).
É uma leitura rápida e fluida. E eu gostei dos livros da autora, mas ainda não amei nenhum dos dois livros dela que eu li. Tão pouco sei falar qual mais gostei. Mas pensando nos detalhes, acho que por mais que a Zoey seja um pé-no-saco, e contrariando a maioria das pessoas, eu gostei (um pouquinho, pouquinho mesmo) mais de Como fui esquecer você.
Se você gosta de romances, recomendo!
Mais: http://toclivros.blogspot.com/2011/06/64-longe-demais-jennifer-echols.html