Strecht 14/06/2013
Começo por dizer que eu sou das que vai engrossar as fileiras das que adoraram o livro. Quis ler a 1 versão pq n concebo q um autor modifique um texto em prol do q os outros achem....e n me arrependi. É certo que não é um romance convencional, quer pela forma como se desenvolve a história, quer pela natureza selvática e possessiva dos protagonistas. Gosto de um livro que me surpreenda, que vá mais além da tradicional fórmula do amor contrariado que culmina com um amor afetado... Este é um livro de paixões obsessivas, paixões cegas e violentas. Muito bem escrito e soberbamente conduzido, o livro catapulta-nos para uma história frenética e compulsiva. Os protagonistas são especialmente bem trabalhados, fieis às suas características até ao final. No entanto a autora não se limita a criar 2 tons personalisticos para ambos, ela transporta-nos por uma montanha russa de situações para projetar em Clayton, primeiro a posse, a obsessão, depois a ternura a proteção, passando pela paixão, pela loucura, pela raiva e medo, para culminar no amor na aceitação... repetindo de forma aleatória todas estas nuances ao longo da história, tornando-a imprevisível. Em Witney ela foi mais comedida, deu-nos uma rebelde, cheia de paixão e perdão para dar. Amei-os enquanto casal...verdadeiramente explosivos, teimosos e com uma sede implacável um do outro. Amei ver um Clayton ciumento até à medula, protetor até mais não, mas sobretudo um homem que admite os seus erros e que não tem vergonha de pedir perdão, de dizer que ama...não é um homem perfeito, mas a verdade é que a perfeição não existe... e este toque de realismo tocou-me .... Fiquei cativada pela Witney, mas o Clayton deixou-me fascinada....Este é um romance sobre o verdadeiro amor, aquele que supera tudo, que transforma as pessoas e as faz renascer... que por vezes comete erros, magoa e mutila, mas q tb sabe perdoar e compreender..adorei.....a minha cena favorita: após tanta raiva e odio...um perdão: "Evitando passar perto de algum de seus antigos "vizinhos", que certamente o parariam, atravessou a multidão na direção de Whitney, até parar atrás dela.
Sentindo a presença dele, uma força quase tangível, algo po¬deroso e magnético, Whitney ficou imóvel, à espera.
— Srta. Stone... — ele chamou baixinho. — Você é adorável.
Ela estremeceu, mas não se virou, e, por um horrível momento, Clayton pensou que o que vira nos olhos dela, na igreja, fora fruto de sua imaginação. Então, de modo quase imperceptível, Whitney deu um passo atrás e, lentamente, encostou-se nele. A emoção de senti-la contra seu corpo deixou-o sem respiração por um momento. Então, lentamente, deslizou os braços ao redor da cintura dela, puxando-a para mais perto, e Whitney não opôs resistência, ao contrário, entregou-se a seu abraço..."