spoiler visualizarDrica 20/12/2012
O começo do declínio...
Tinha muitas expectativas com Tormenta. Muitas mesmo! Quando terminei Fallen, mal podia esperar para obter minhas respostas, afinal meu cérebro já começava a dar nós por conta das dúvidas e mais dúvidas deixadas pela autora.
E me decepcionei... Muito.
Se eu esperava qualquer tipo de revelação relevante ou bombástica em Tormenta, tive minhas esperanças cruelmente massacradas por Lauren.
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Tudo começa com Luce no aeroporto, onde seu namorado (arrogante) angelical deveria apanhá-la depois de ter ficado muito tempo sem vê-lo. Devo admitir que até achei o romance em Fallen bonitinho, apesar de toda a minha aversão a Daniel por toda a sua grosseria e babaquice, mas falando sério, romances melosos nunca me atraíram muito e os momentos entre Luce e Daniel, aqui, começam a transbordar açúcar e declarações de amor a todo o instante me entendiam!
Enfim, Daniel, contrariando a vontade de Luce (insossa), a leva até uma escola onde estudam Nephilins, filhos de anjos caídos e mortais, e foi impossível não me recordar de outra série que já aborda esse tema, Hush, Hush, o que me faz me questionar se os autores de romances sobrenaturais estão perdendo a criatividade e simplesmente copiando temáticas uns dos outros.
Shoreline é um colégio na Califórnia para Nephilins, e segundo Daniel é o único lugar onde Luce estará protegida de sabe-se lá o quê que a quer no fim das contas. Devo admitir, porém, que Lauren foi a mais ousada ao abordar esse tema angelical e desgostei de várias citações que ela fez ao longo dos livros, considerando-as até mesmo como blasfêmias, ao dirigir-se diretamente a Deus e subtende-se que ela quis criticar algo ali. Peguei raiva da autora depois disso, mas enfim...
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Em Tormenta, conhecemos Shelby e Miles, os Nephilins que se tornarão os melhores amigos de Luce. E também somos obrigados a testemunhar a amizade de Miles transformar-se em algo mais por Luce. Desgostei completamente, pois em Fallen, tínhamos o triângulo Cam-Luce-Daniel (que para mim já estava excelente, obrigada!), e nem preciso dizer o quanto fiquei frustrada por meu personagem preferido ter ficado um pouco apagado em Tormenta, já que agora temos um novo triângulo Miles-Luce-Daniel (interessante? Nem tanto). Sinceramente, não entendo o que todos eles veem nela!
Mas o mais bizarro para mim foi ver a Luce aprendendo a manipular os Anunciadores. Quero dizer, é um pouco se não muito estranho tentar imaginar alguém dobrar e torcer uma sombra até transformá-la em uma porta (?). E aí Luce começa a tomar conhecimento de seu potencial e do quê ela pode fazer com ele.
Acho que o ponto alto da série não é nem mesmo a trama, mas, sim, a escrita de Lauren que flui agradavelmente e é o que me prende aos livros. O final de Tormenta foi realmente uma pegadinha da autora, mas a falta de respostas e as dúvidas que continuaram surgindo sinceramente me desagradaram bastante. Fiquei com a sensação de ter sido enrolada por mais de 300 páginas para no fim descobrir que as respostas nunca estiveram ali.
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Mas nada comparado à bomba que será o próximo volume, Paixão, que é onde, realmente, a minha irritação atingiu o apogeu com a autora, com toda a sua enrolação e a sua falta de conhecimento com relação à bíblia ainda que ela tenha afirmado ter se inspirado em um versículo dela para criar a trama de Fallen.
Fico com a sensação de que faltou bom senso à autora e um pouco mais de pesquisas para que sacrilégios como os que ela comete não acontecessem durante a leitura e me deixassem indignada e revoltada.