Amanda 08/08/2015DivergenteDivergente é uma das séries atuais que eu dizia que não tinha a menor vontade de ler. Isso mudou rapidamente depois que começou o ‘fuzuê’ para a estreia do filme. Devo dizer também que acabei assistindo ele três vezes no cinema. A história realmente me conquistou, e não demorou muito para que eu comprasse o box capa dura na Amazon.
Divergente conta a história de Beatrice Prior na futurística Chicago, onde as pessoas agora são divididas em 5 facções: Audácia, Abnegação, Erudição, Amizade e Franqueza. Beatrice é Abnegação, a facção dos altruístas, das pessoas que pensam primeiro no bem estar dos outros ao invés do de si mesmo. Mas ela não pertence àquele lugar. Ao completar 16 anos, todos os adolescentes devem fazer um teste que dirá para qual facção eles irão, e permanecerão pelo resto de suas vidas. Mas você não precisa obedecer ao teste, você ainda tem a liberdade de de escolher a qual facção quer pertencer – mas saiba disso: se não passar pela iniciação de sua facção, você se reunirá aos sem-facção.
Após Beatrice e seu irmão Caleb realizarem seus testes, a garota descobre algo que mudará a sua vida: ela é Divergente. Ou seja, tem aptidão para mais de uma facção.
Ambos os irmãos abandonam seus pais, escolhendo outras facções. Caleb, Erudição (os intelectuais) e Beatrice, Audácia (os corajosos).
Beatrice agora se chama Tris, e é a partir daqui que o livro realmente começa. Ela e outros iniciados transferidos irão passar 10 semanas sob treinamento com Four (Quatro é muito feio de falar né pfvr), antes do teste de iniciação.
Minha opinião sobre Tris não é a das melhores. Acho ela meio insuportável. Ela se descreve como fraca e desajeitada, e está o tempo todo se diminuindo, enquanto Four – ao longo do livro – parece colocá-la em um pedestal de prata. Essa garota não tem muita autoestima, e isso me irrita um pouco.
Entre treinos de tiro, luta, e pega-bandeira, Tris acaba saindo da lanterna do ranking para ser uma das melhores, coisa que tantos seus amigos como inimigos acabam percebendo. Essa habilidade de se destacar rapidamente acaba chamando a atenção de Four, assim como de Eric – o outro instrutor não tão legal.
Apesar da narração autodestrutiva de Tris, o livro é gostoso de ser lido (quando você ignora as inúmeras imperfeições que ela se impõe), tanto que o fiz em três sentadas, mesmo já sabendo da história toda.
O clímax da história é quando Tris e Four descobrem que a Erudição está corrompida e quer tirar a Abnegação do poder – pois são eles a facção que governam Chicago. Além disso, Jeanine, a líder da Erudição, está caçando os Divergentes. Por quê? Não se sabe. Mas ela quer conseguir controlá-los à força, assim como todos da Audácia.
O livro é repleto de personagens que se destacam, os meus preferidos sendo Uriah (nascido na Audácia) e Christina (sua melhor amiga transferida da Franqueza), sendo que o primeiro aparece mais no próximo livro.
Uma das coisas que mais ouvi reclamarem do filme foi como a evolução da Tris foi rápida e ‘do nada’, enquanto no livro é mais sutil. Devo concordar, pois já li Insurgente e até agora quase não estou vendo evolução nela (não estou falando fisicamente). Eu não gostei muito da Shailene Woodley como a Tris (apesar de ter gostado dela como Hazel em A culpa é das estrelas). Quando vi o filme, achei que o cabelo dela, principalmente, não combinada com a personagem, não sei porquê. Quando penso em alguém que está lutando contra a opressão, e está sempre lutando, não vejo uma garota com longos cabelos loiros (deve atrapalhar pra caramba).
Foi a segunda distopia que eu li, e apesar de muita gente achar que Divergente é copia de Jogos Vorazes, não tem nada a ver. A única semelhança é o fato de serem distopias e, como o próprio gênero já diz, fala de um mundo distorcido, geralmente sob um regime totalitário e opressivo – o contrário da utopia. E, como qualquer romance, tem o herói, que luta contra os opressores.
P.S: (Essa resenha foi escrita em 2014, quando o filme tinha acabado de ser lançado)
site:
http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2015/08/resenha-97-divergente-mes-do-autor.html