O Perfume

O Perfume Patrick Süskind




Resenhas - O Perfume


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Clio0 05/03/2024

Pesquisas com o mesmo tema desse livro existem há anos: o que nos torna atrante ou repelentes para o próximo... é o nosso cheiro.

Jean-Baptiste é um jovem parisiense nascido com duas peculiaridades que marcaam seu ostracismo e sua profissão. Primeiramente, ele não possui cheiro. O que poderia ser uma vantagem na França do século XVIII - onde o fedor era marcante - age como um repelente natural. As pessoas naturalmente desconfiam ou se afastam dele, algumas violentamente. Em segundo lugar, ele é dono de um olfato apurado que lhe permite identificar os componentes de todos os olores que lhe chegam as narinas, tornando-o capaz de criar os mais maravilhosos perfumes.

Essa ideia que mais parece a trama de um conto de fadas é também o início da história de um assassino serial. Incapaz de se relacionar com outros seres desde a mais tenra idade, Jean-Baptiste não possui empatia, nem mesmo se enxerga como parte da espécie humana.

Toda a sua atenção é voltada para aquilo que lhe falta, o cheiro. Logo, sua trajetória revela-se na busca violenta por aquilo capaz de provocar a mais necessária das emoções: o amor.

Süskind faz questão de escrever a história de forma que o leitor sinta o mesmo asco pelo personagem que as pessoas descritas em sua volta. A tradução merece louvores por ter conseguido manter essa característica.

Recomendo.
JVVM 05/03/2024minha estante
Amei a resenha!


Núbia Cortinhas 13/03/2024minha estante
Esse livro é um clássico dos thrillers, eu gostei muito dessa leitura e realmente a tradução é muito boa. A gente consegue "sentir" os fedores da cidade e os perfumes. ?




Helomiot 02/03/2024

Cheiro de pneu queimado Carburador furado Coração dilacerado
Estava com expectativa alta com relação a esse livro por todas as resenhas que li.
Realmente a história é bem interessante, sem clichês, fazendo com que não consigamos imaginas qual será o próximo passo de Grenouille.
As descrições geram uma sensação de nojo em diversos momentos, tanto de personagens asquerosos quanto à França imunda do século XVIII.
O sentimento com relação ao protagonista é contraditório, ele desconhece o afeto e segue sendo rejeitado por todos durante sua vida, vivendo de forma miserável e sendo explorado. Se torna um assassino para conseguir encontrar a única coisa que se interessa na vida, o perfume perfeito.
Quando ele consegue, descobre que aquilo também não o satisfaz como pensou anteriormente, reforçando a ideia que o caminho é melhor que a chegada.

Não gostei tanto dos acontecimentos finais, pareceu exagerado e fora de contexto, não chegando a estragar a experiência do restaurante do livro.
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Wania Cris 01/03/2024

Tinha tanto potencial...
O livro focou muito mais na capacidade olfativa do protagonista que em sua vertente assassina, o que tira a áurea de suspense, levando-o para o trilher psicológico. Isso é ruim? Não, só contraria a expectativa do leitor. O livro passaria bem sem os assassinatos, então a narrativa não convence...

A tradução de Flávio R. Kothe pouco pode fazer para melhorar a obra, mas, ainda assim, vale a leitura.
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Priscila.Lanza 26/02/2024

Grenouille amável e odiável
O livro possui tantos detalhes quanto LOTR, porém, pra mim foi cansativo.
É realmente bacana a quantidade de cheiros que pode existir, com detalhes que acredito, podem ser considerados técnicos. Não encontrei na Internet o que é "espírito de vinho".
Voltando ao texto, o final foi "ok" e faz sentido. Mas o ápice do livro, ao meu ver, deixou a desejar...foi "mágico" demais, pra um contexto real demais.
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aurazul 20/02/2024

"O que sempre havia desejado, ou seja, que as outras pessoas o amassem, tornava-se, no instante de seu êxito, insuportável, pois ele mesmo não as amava, ele as odiava. "

eu já esperava o final, já esperava ser uma leitura difícil e nunca esperei amar e odiar tanto um protagonista, esse livro está bem longe de ser meu favorito mas merece reconhecimento por ser tão excêntrico e único, não conheço o autor e não sabia nada sobre o que li, foi tudo uma surpresa, que agora posso dizer: uma odisseia odorifera.

"Pela primeira vez, haviam feito algo por amor."
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Tina51 19/02/2024

Cheiro de assassino
? Um poder que era mais forte que o poder do dinheiro, do terror ou da morte: o insuperável poder de fazer as pessoas amarem. Só uma coisa esse poder não podia: fazer com que ele mesmo cheirasse a si próprio?
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Rafa.Dulce 19/02/2024

"Ele possuía, visivelmente, qualidades sobrenaturais"
Conhecer o mundo através do cheiro! "Não havia coisas no universo interior de Granouille; mas unicamente o odor das coisas".
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Bruno.Defaveri 15/02/2024

O olfato mortal
Livro bem narrado, da experiência de vida de um assassino que usava de suas qualidades como perfumista, achei o final meio sem graça.
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Jardim de histórias 15/02/2024

A metáfora da morte que celebra a vida.
Um baita romance com contornos psicológicos, que o autor Patrick Süskind nos envolve do início ao fim, em uma Paris, que ao contrário do encanto que é de conhecimento público, se esconde nas sombras da miséria social e humana no que se refere ao abismo de uma sociedade durante o regime monárquico do século XVIII.

Além de ser um romance repleto de textura, o autor descreverá profundamente, por uma narrativa metaforicamente ousada, a saga de Jean-Baptiste Grenouille, que ao nascer foi abandonado por sua progenitora e, ao longo da sua história, teve que conviver com outros abandonos, o que resultou na formação de um caráter permeado por introspecção, isolamento e sordidez, que vão construir um antagônico personagem.

Um livro fascinante e muito bem escrito, explicativo e altamente sensorial. 

Dotado de uma extraordinária sensibilidade olfativa, que lhe permite ir até a conjunção de odores, capaz de conhecer todos os ingredientes que compõem a anatomia do cheiro. O jovem Grenouille, despertará no leitor sensações e percepções que os levarão do compadecimento à repulsão. Pior do que o comportamento mental de Jean-Baptiste é a indiferença social da aristocracia e da plebe com delírios burgueses que vão permear o contexto do romance, embora a referência seja de um personagem totalmente inerte, não tem como não mencionar a responsabilidade do coletivo que contribuiu com a desestrutura do estado comportamental de Jean-Baptiste Grenouille, desenvolvendo um ódio que passou a sentir pelas pessoas. 

Em destaque, que mesmo vivendo em uma invisibilidade perante a sociedade, Jean-Baptiste, tenta de forma inusitada, sua introdução social, outro ponto, é que mesmo a história destacando a incomum habilidade sensorial de percepção de odores, outras características que passam quase despercebido, porém, de grande importância, é a paciência descomunal e a capacidade dissimulada de se camuflar, escondendo sua habilidade.

No geral, um livro fluído, sensorial, metaforicamente ousado, com um desfecho surreal. 
Carla.Floores 16/02/2024minha estante
Que resenha maravilhosa!
Eu só vi o filme e realmente é muito impactante a ausência de empatia dele para com as pessoas, e aquele final ali... quero muito ler o livro pra degustar mais dessa experiência.
Parabéns!


Jardim de histórias 16/02/2024minha estante
Oi Carla, muito obrigado pelo seu retorno. O livro, focará muito na formação psicológica do personagem, abordando sua exclusão e os efeitos causados. O final é sensacional.


Jardim de histórias 16/02/2024minha estante
Adorei o filme, embora seja uma adaptação, o que naturalmente suprime a história real, mas, conseguiram realizar um belo trabalho. Gostei muito da interpretação de Ben Whishaw, na pele de Jean-Baptiste Grenouille, o filme captou às nuances poéticas do autor.


Vitoria 21/02/2024minha estante
Quero muito ler esse livro!! Sua resenha me motivou ainda mais.




Tina 11/02/2024

Grenouille: um gênio louco
Ano passado eu assisti à adaptação de "O Perfume" e fiquei muito curiosa para ler o livro. Comprei essa edição mais antiga em um sebo e li a história em pouquíssimos dias. A escrita do Patrick é sensacional, muito fluida, gostosa, prazerosa. As coisas acontecem sem muitas delongas, com um desenrolar que não faz o leitor esperar muito.

Estamos na França do século XVIII. No mercado de peixes, sob sujeira e fedor, nasce Jean-Baptiste Grenouille, um bebê que sobrevive junto ao lixo, contrariando todas as expectativas. Criado por Madame Gaillard em um convento, o pequeno não tem nenhum atributo especial e é considerado uma aberração por todas as outras crianças. Um ponto em especial horrorizava a todos: Grenouille não tinha cheiro. O que esses outros não sabiam é que, apesar de não exalar um aroma próprio, a criança nasceu com um dom olfativo que o permitia discernir dezenas de milhares de aromas, os quais catalogava em sua mente e guardava para a posteridade.

Com um pouco mais de idade, Grenouille conseguiu uma colocação como ajudante do perfumista Giuseppe Baldini, outrora um dos maiores perfumistas de Paris. Com sua loja em decadência, o velho caiu na obscuridade por não conseguir mais criar nenhum perfume novo que encantasse seu público, fato que muda da noite para o dia com a chegada do novo aprendiz. Gênio com os aromas e suas misturas, Grenouille deixou Baldini rico, e em troca, aprendeu muitas técnicas na arte da perfumaria.

Mas Grenouille queria mais. Sua paixão pelos aromas o deixou enlouquecido por criar o perfume mais maravilhoso de todos, e para isso técnicas mais refinadas seriam necessárias, pois o produto cujo cheiro ele queria extrair não eram simples flores, mas sim pessoas. E, para obtê-las, não seria muito fácil. Dizendo Adeus à Baldini, Grenouille deixa Paris e segue em busca de seu objetivo, sem jamais perder o faro. E o resto o leitor descobre na cidade de Grasse, onde a perfumaria era uma arte incrivelmente desenvolvida.

Um livro relativamente pequeno mas impactante. Fui fisgada durante a leitura, e achei o filme bem fidedigno ao livro, o que é um milagre. O que me decepcionou foram algumas partes que não foram bem detalhadas, então passaram voando, sem muito aprofundamento. Mas no todo, é um livro muito bom. Não é à toa que é um clássico!
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Carlos Magno 06/02/2024

Como uma pintura confusa em um quadro, O Perfume tenta extrair do infame o belo.
Seja pelo estilo peculiar de escrita (altamente descritiva e exuberantemente olfativa), seus personagens e até mesmo o ambiente, tudo converge em uma narrativa que desafia concepções morais e estéticas.

A crueldade aqui não é gráfica, mas “artística”, levando em conta a visão do próprio personagem: Seus preceitos são estéticos, onde o belo é o cheiro e o visual é um mero detalhe. É inevitável não olharmos para tudo que engloba o livro, em especial seu ambiente. Retratado num período pré-revolução francesa, vemos as mazelas da sociedade em seu puro extase: Pobreza, miséria, podridão, a quase nula expectativa de futuro e, acima de tudo, o individualismo e a ambição de quase todos que passeiam peça história.

Nisso, o autor tem maestria: Nos fazer detestar todo e qualquer personagem, por mais miserável e sofrida que tenha sido sua tragetória. Não seria diferente com o Jean Baptiste Grenouille. Não há nada moral em seus atos, mas seria ele tão somente reduzido a isso ou deveriamos analisar também meio? Injustificavel, sim, mas como ele pode dicernir o que é moral e imoral vivendo e sobrevivendo da forma que ele viveu? O proprio autor deixa claro a distorção de realidade que Grenouille se encaixa quando é citado a ele Deus, deixando evidente a estranheza do personagem com o assunto, por exemplo. Sua solidão e apatia exalam seu odor (ou falta dele) desde seu nascimento. Por outro lado, a sua mente fétida, maléfic, possessiva e obsessiva torna-o desprezivel. Todos seus atos são, em menor ou maior proporção, milimetrados.

É nessa controvérsia que a trama se fortalece e se impõe. Odiei o personagem, suas atitudes e o seu final, surpreendi-me com o desfecho de outros demais, cansei com a leitura detalhista e floreada, mas consegui gostar (até mais que o esperado) da estória. O desconforto é o que torna esse livro marcante.
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Hoelscher 04/02/2024

Absurdo!
Existem certos livros, que mesmo sendo inacreditáveis, continuam sendo bons. As vezes isso até se torna o ponto alto do livro, mas nesse caso, quanto mais absurdo o livro ficava, mais eu pedia o interesse nele.
Personagens detestáveis. Enredo sem pé nem cabeça, descrições monótonas e repetitivas.
Final absurdo e nada coerente com a trama.
Contudo, devo dizer que a escrita é sensacional. O modo como o autor faz o fluxo de consciência do protagonista e coloca a sua mente quebrada em palavras é impecável. Mas esse é o único ponto que realmente me agradou no livro.
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