Resenhas - O Perfume

Julia Gusmao 23/12/2023

É uma grande piada escatológica. É meio esquisito até você ser lembrado de que nesse nível, já passa a ser sarcasmo e ai você ri do absurdo. Ainda vou assistir o filme pra dizer se realmente vale a pena ler o livro, mas eu gostei. Não é um favorito, mas gostei de ter lido e especialmente de ter lido com a maturidade e os conhecimentos que tenho hoje.

Leitorconvicto 18/12/2023

Um livro incrível
O mais admirável é o ritmo do narrador, como ele costura o enredo. O questionamento ao valores humanos é um ponto alto na tragédia do protagonista

Narryman 16/12/2023

Muito bom!
Sempre começava e nunca finalizava essa leitura. Mas ainda bem que insisti!

Me fez pensar a respeito de como o odor é uma coisa que nos aproxima do lado mais animalesco.

E de fato, sem odor, quem somos? O cheiro importa nas relações - sejam elas quais forem.

Somos tão regidos por ele que memórias podem ser evocadas com um simples aroma.

A busca do personagem por um odor, no fim, era a busca de si mesmo.

Mary.Sales 11/12/2023

O perfume ou a loucura?
Muito texto e pouquíssimo diálogo. A leitura é cansativa e o final foi horrível.
Infelizmente não indico, a ninguém.

Jorlaíne 10/12/2023

O clássico "o livro é muito melhor que o filme"?
Que livro fantástico!
Eu fui arrebatada pelo cheiro das pessoas, dos animais, de Paris e pela ausência de cheiro do protagonista.
A sinestesia deste livro é sensacional!
O anti-herói Jean-Baptiste Grenouille nasce em meio a uma venda fétida de peixe. Sua mãe o deixa embaixo da mesa de peixe após o seu nascimento, para que, assim como os irmãos, seja descartado junto aos restos de peixe.
Ele nao tem odor, mas seu nariz consegue sentir todos os cheiros do mundo. No decorrer da narrativa ele busca por seu objeto de desejo, e o faz mediante a inúmeros assassinatos de jovens virgens, lindas e com um cheiro característico.
O autor conseguiu passar ao leitor o grande porquê da vida de todos os seres humanos. Todos buscam um único objetivo. Desde o ser mais desprezível, até o melhor dos seres buscam a mesma coisa. E eu deixo aqui essa sugestão de leitura para essa grande reflexão!

Maria. 08/12/2023

Não sei muito o que dizer
Eu gostei do livro, confesso que esperava mais, mas não foi decepcionante também. acho que essa história em si eu vou gostar mais no formato de filme (que inclusive tem, e vou assistir) mas é uma narrativa interessante, com certeza original. algumas partes do livro eram um pouco lentas demais, mas o final foi muito bom

Vanessa.Maciel 05/12/2023

Desconfortável e instigante
Lembro de ler o primeiro capítulo do livro em uma aula de literatura em que um professor excelente que tive no ensino médio comentou a respeito dessa história. De alguma forma, essa sinopse ficou guardada na minha mente e voltou à tona quando vi uma pessoa falando sobre O Perfume no youtube.
Não seria natural eu pegar essa leitura por conta própria porque ficções históricas não são meu gênero favorito, mas é sim um livro bom que faz refletir. Agora quero assistir ao filme.
A capa dessa edição é linda, deve ser umas das bonitas da minha estante, principalmente pelos detalhes em dourado.

Fcomics 03/12/2023

Grenouille nascido sem cheiro, achado no lixo, criado sem amor, castigado, explorado, rejeitado. Tudo o que ele queria era fazer parte do mundo. Ter o seu próprio cheiro.
Ter um olfato apurado tornou sua maldição ou dádiva?

arthurzito 26/11/2023

Eu acho que foi um dos piores livros do ano, realmente gostaria de não ter lido essa história. Eu gostei da construção do ambiente narrativo (da cidade e da loja na primeira parte), mas do personagem e do enredo, não. Achei muito chato, na verdade.

Luiza 24/11/2023

A história do assassino com poderes olfativos, Grenouille, traz várias reflexões profundas e complexas sobre consequências da exclusão social e origem da maldade humana. Mesmo apresentando Grenouille como alguém macabro, destinado ao mal desde o nascimento, o jeito que os fatos são narrados sempre deixam para o leitor a questão: afinal, Grenouille nasceu mau ou a maldade foi construída dentro dele ao longo da vida?

É interessante como todos os personagens que passaram pelo seu caminho sempre pressuporam o pior de Grenouille, mas o exploraram para benefício próprio com sucesso. O clima sombrio era aprofundado quando o autor contava qual fim trágico levou esses personagens após Grenouille sair da vida deles.

Nunca tinha lido nenhuma história com foco tão grande no olfato, mas funcionou muito. Adorei as descrições sobre o cheiros e seus efeitos sobre os humanos, o que muitas vezes deixamos passar batido nos livros e na vida. Os cheiros têm papel central na história e senti que cumprem um papel tanto literal quanto metafórico, pois os perfumes expressam bem mais do que os meros ingredientes que os formam: são a personalidade e estado de espírito, são instrumentos de manipulação social, são marcas de humanidade.

A parte da caverna foi uma saída conveniente para que Grenouille não tivesse que participar da guerra e é um pouco cansativa. Porém, ela também acabou sendo uma parte importante para entender melhor os conflitos internos e tendências antissociais do personagem. É nessa parte que temos reflexões bacanas sobre a impossibilidade de conhecer a si mesmo sem o outro como contraponto e sobre como o autoisolamento é uma fuga de monstros externos, mas a aglomeração também pode ser uma fuga de monstros internos.

A parte do marquês Baldini, que usou Grenouille de cobaia para o provar sua teoria científica, foi talvez a minha favorita, pois foi engraçada e crítica na medida certa.

O desfecho escalona muito rápido. Causa estranhamento pelo exagero e o inusitado da situação. Talvez essa tenha sido a intenção, para explicitar toda a hipocrisia e repressão da sociedade da moral e julgamentos, que condena o protagonista mas pode ser tão escandalosa quanto ele. Ainda assim, acho que não gostei tanto dessa "explosão" do fim.

O fato é que, no final, o livro deixa a questão: o monstro é Grenouille ou somos nós? Quanto de maldade há em nós e quanta maldade geramos nas pessoas a nossa volta? Muito instigante a leitura e pretendo reler mais pra frente.

Kalinca2 23/11/2023

Genial
No começo foi um pouco enrolado, muito descritivo, o que tornou a leitura um pouco difícil. Mas, depois de alguns capítulos a história foi desenrolando, e se tornando muito interessante, a sensação de realismo é tão intensa, que parece que conseguia sentir todos os cheiros descritos pelo autor. O final foi um pouco bizarro, imprevisível. A leitura vale muito a pena, achei diferente do costumo ler.

Thais645 22/11/2023

"Há um poder de persuasão no perfume que é mais forte do que as palavras, o olhar, o sentimento ou a própria vontade. Não há como ignorar o poder persuasivo do aroma, que, como o ar em nossos pulmões, penetra em nós, nos dominando completamente. Não há antídoto para ele".

Aline 20/11/2023

Quebra de expectativas.
O livro começou muito instigante e fazendo com que eu quisesse continuar lendo esperando saber o que iria acontecer. Porém ao chegar praticamente na metade me foi fazendo não ter tanta vontade de continuar. Depois ele retoma um certo ritmo que faz com que o despertar queira voltar mas o fim achei meio decepcionante.
As descrições dos processos para extração dos aromas são bem extensas e isso acaba cansando um pouco para alguém leigo, como eu, nesse ramo.
Pensei que a desenvoltura dos acontecimentos e consequentemente vítimas, seriam tão desenvolvidas quanto aos processos de fabricação dos perfumes, mas não o são.
O que me deixou confusa também no fim do livro é que ao atingir o seu objetivo pleno afinal, sua frustração é tão grande que acaba partindo para uma solução final um tanto drástica e que sinceramente achei que poderia ter sido melhor evoluída.
No mais, por ser um clássico, interessante a leitura, mas não sei se eu o recomendaria tanto às pessoas.

@adriana_ lerlivros 11/11/2023

Jean Batiste Grenouille, enxerga o mundo através do olfato, desde o momento em que nasceu, no chão em uma peixaria, ele farejou o mundo hostil que o esperava. Pela vontade de sua mãe, ele morreria à míngua, até que ele se fez ouvir no mundo. A mulher, sua mãe, foi enforcada condenada por infanticídio. 
Grenouille era uma criança estranha, todos tinham medo desse bebê que não tinha cheiro algum, isso causava nas pessoas uma sensação aterrorizante. E apesar de ser rejeitado pelas amas de leite, Grenouille cresceu em um orfanato justamente porque a dona da pensão perdera o olfato na infância. 
Grenouille não cresceu ou viveu, ele resistiu e sobreviveu. 
Ele explorou e aprendeu a usar o seu dom, seu nariz prodígio podia cheirar absolutamente tudo ao seu redor, ele podia separar, nomear e memorizar cada cheiro.
Aprendeu a arte de ser perfumista, era capaz de saber a quantidade de cada ingrediente de um perfume apenas sentindo o seu cheiro.
Apesar de não intencionar, Grenouille por onde passa deixa um rastro de tragédia. Todos aqueles que fazem parte da sua vida de algum modo sucumbem. 
Mas ele tem uma ambição. Depois de adulto ele descobre que não tem cheiro, fica transtornado, para ele é como se ele não existisse no mundo. Depois disso ele deseja criar um cheiro para si, um cheiro sublime, atraente, exitante, mas para isso ele precisa matar.

Edkarl 10/11/2023

Muito além da história de um assassino
Se for ler esse livro, tente mergulhar no contexto da historia, e sua experiência irá se elevar, imagine uma Paris nojenta do século XVIII, uma feirante pobre que deu à luz na rua a nosso personagem principal, Grenouille que nasceu em meio às ensanguentadas e gosmentas vísceras de peixe, e aquela foi uma das poucas vezes em que abriu a boca. Grenouille não tinha odor próprio, porém, tinha um olfato extraordinário; sentia o cheiro de qualquer coisa, até mesmo há quilômetros de distância, inclusive os mais imperceptíveis cheiros. E se não bastasse, ainda podia memorizar todos eles para jamais esquecê-lo. Grenoille passou por maus tratos, acidentes e doenças a vida toda e achava que podia criar o "perfume" do amor, ou o que chamava de "perfume perfeito" e isso se tornou a sua missão de vida. A escrita de Patrick Suskind é realmente incrivel, e se não me engano esse foi seu primeiro livro publicado, na ápoca em forma de folhetins nos jornais, a unica coisa que não gostei foi o ritmo do livro no inicio, mas isso já é comum em minha trajetória como leitora, sempre acho chato os inicios, menos em releituras. Enfim, os dois ultimos capitulos são um frenesi empolgante que compensa o ritmo anterior.