Babel

Babel R.F. Kuang
R.F. Kuang




Resenhas - Babel


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Lari 16/02/2024

Todos os autores deveriam ler Fanon
Nunca achei que fosse dizer isso, mas finalmente uma autora de ficção escreveu bem sobre violência revolucionária, cada ponto que ela colocava ali eu aplaudia de pé, quando ela citou Fano então eu só faltei chorar kk, juro que já li tantos livros de fantasia, distopia e etc.. sobre povos oprimidos, que até podiam lutar pela sua libertação, mas sempre de forma não violenta, sempre que um personagem fazia algum ato violento era excessivamente punido, afinal a violência não é civilizada, no manual desses autores a violência nunca é justificada (sim, estou falando especificamente sobre Leigh Bardugo, mas basicamente todos autores fazem isso). Em babel isso não acontece, sempre que eu achava que ia descambar pra o tradicional "todos os lados estão errados", a autora ia lá e mostrava que não, a violência do oprimido contra seu opressor nunca é errada, é necessária. Juro que queria obrigar todos os autores de fantasia do mundo a lerem os Condenados da Terra, pra ver se eles param com essa bobagem de quererem igualar e tornar complexas situação que são bem simples.
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Maisa @porqueleio 25/05/2024

Resenha / Babel /@porqueleio
Que construção magnífica! Apesar de lento – a autora discorre muito sobre tradução, linguística, colonialismo, deixando a fluidez prejudicada em algumas partes – a história é como um grito do oprimido. Como disse Paulo Freire, “o sonho do oprimido é ser opressor”, por isso em alguns momentos esses alunos se perdem nas belezas da escola e da magia. Esquecem suas raízes e suas crenças, mas claro que isso não dura para sempre.

Quando fica claro como a Inglaterra se enriquece, como ignora as outras culturas, como é condescendente com os outros povos, fica impossível voltar à normalidade de Babel. Foi uma história tão diferente, tão criativa e avassaladora, que precisei gravar um vídeo...

site: https://www.instagram.com/p/C7CsoBMRola/?img_index=1
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Tha 18/02/2024

"Mas é justamente esse o artificio diabólico assim que o colonialismo funciona. Ele nos convence de que as repercussões da resistência são nossa culpa, de que a escolha imoral é a própria resistência, e não as circunstâncias que a exigiram."

Talvez não seja uma leitura para todos porque é um livro com bastante explicação, divagação sobre tradução, parece muito um livro histórico e é realmente espetacular o que a Kuang faz com esse livro. Apesar de ser uma fantasia é um livro que não tem ação, a história vai ganhando proporções e escalando conforme as coisas vão acontecendo, mas o tempo todo você fica envolvido. 

Eu amei todos os personagens, a contrução deles mesmos os personagens que nos devemos "odiar", esses personagens tem a possibilidade de expressar seus pensamentos e convicções de forma que a gente consiga ter a percepção de como as mudanças acontecem ou não acontecem.

Agora entendo o impacto desse livro na gringa, e não só pelo assunto da colonização, mas principalmente o racismo.

Eu normalmente quando leio tenho várias opiniões do que os personagens deveria fazer, mas nesse livro eu fui indo junto com o Rob, sobre os posicionamento as atitudes, sobre os privilégios eu não julgo ele por nada, a jornada é tão profundo e envolvente, embora eu já sabia qual seria o final e a parte final achei um pouco chata, mas eu não sou boa com finais.

Que escrita maravilhosa, parecia um encantamento que eu não conseguia parar de ler.
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Luan 05/04/2024

Sempre bom dar uma segunda chance
No geral, gostei bastante. Me surpreendeu positivamente. Eu vinha da leitura de A guerra da papoula, que não tinha gostado, e tentei dar mais uma chance. Aqui, a experiência foi bem diferente. No entanto, ainda me deparei com alguns problemas, muito pequenos perto da qualidade do livro. Achei que a autora usou muitos clichês e artimanhas já batidas em alguns momentos. Também teve algumas conveniências de roteiro um pouco óbvias. Por último, apesar de haver muitos elementos que identifiquem ser uma história de época e uma obra de fantasia, acho que na hora de ambientar sem ser nas descrições, não deu uma sensação de ser um livro que se passou em 1840. Se não soubesse disso, poderia ter sido em qualquer época. Mas no geral, gostei bastante e já é um dos melhores deste ano sem duvida. Muita gente fala que ele é lento e tem poucos acontecimentos. Posso concordar em partes, mas não achei uma leitura arrastada. Eu li rapidinho pois não é um livro difícil e tem uma leitura fluida. Os primeiros 50% são de construção e acontece quase nada, mas não me incomodou pois fiquei entretido na história. Depois disso, é tiro, porrada e bomba. Tem muita coisa acontecendo em pouco tempo. Talvez ela poderia ter separado um pouco diferente as partes. Mas, de toda forma, super recomendo, e acreditem, tem mais qualidade do que defeitos.
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lyrkiv 03/06/2024

Birdie?
Meu primeiro contato com fantasia e foi uma escolha perfeita. A escrita, o desenvolvimento dos personagens, detalhes certeiros, tudo que Rebecca F. Kuang demonstra nessa obra é fascinante.
A importância das palavras, suas origens, seu poder, e o foco principal: a tradução. (e a necessidade de violência? mas vamos deixar baixo).

Tratando também de diversos assuntos
delicados com uma maestria incomum,
narrando a realidade do racismo, xenofobia,
desigualdade social e de gênero em pleno
século XIX. Século que, no livro, destaca
grandemente a abolição da escravatura ocorrida em 1833 na Inglaterra e a realidade vivida por essas pessoas injustiçadas, também citando a Guerra do Ópio ocorrida na cidade chinesa de Cantão em 1839 e todo seu desenrolar

Resumidamente, muitos fatos históricos são mencionados no decorrer da leitura que mudaram o moldaram o mundo em que vivemos hoje, trazendo um conhecimento geral importantíssimo por cima de uma fantasia instigante e verdadeiramente interessante.

(faltou bastante coisa mas se eu continuasse perderia a graça de ler depois, eu poderia ficar horas falando sobre esse livro juro)
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Karen 19/03/2024

É possível traduzir o que outro te diz?
Queria ser o tipo de pessoa que escreve resenhas gigantescas, destrinchando várias partes do livro, destacando personagens e acontecimentos, mas não tenho essa capacidade argumentativa.
Esse é, definitivamente, o tipo de livro que inspiraria um texto longo, porque muitas coisas cabem nessa história.
R. F. Kuang trabalha a revolução industrial inglesa de uma forma reimaginada e mágica, mas não muito distante da verdade e explora temas como colonialismo, escravidão, ganância e abuso, usando alegorias.
É uma viagem, dentro da cabeça dos personagens, por muitos lugares do mundo, e que reflete sobre o poder da língua como um bem precioso de cada nação.
Amei e ao mesmo tempo sofri com a imprevisibilidade e fatalidade de Babel. Acho que vai agradar a quem está cansado dos clichês batidos de fantasia.
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FremenJeff 10/04/2024

Funciona em partes, porém o fim é muito sem noção.
Babel ou Necessidade de Violência traz uma jornada que em tese é extremamente formidável, mesclando ficção e toques históricos, porém ele se perde pois introduz explicações intermináveis que quebra o seu ritmo.

A primeira parte do livro tem uma missão de ambientação do universo da promessa do vislumbre do que podemos ver referente ao poder ao ser alcançado para o protagonista. É extremamente bem construído e temos um charme de escrita inicial que chama atenção demonstrando um resgate do protagonista e uma figura salvadora misteriosa.

Tem um ritmo um pouco lento, porém entendo que é pela construção do universo. O que, como disse anteriormente, é uma das melhorias da autora. O livro possui muito embasamento na construção da revolução industrial, porém nesta primeira parte é apenas pincelado de uma forma introdutória, assim como todo o material da misteriosa instituição que Robin está entrando.

Desta forma, acredito que o ritmo introdutório pode criar cansaço, porém se você continuar ou se já passou pela Guerra da Papoula, você saberá que todo este ritmo inicial é totalmente em prol do que verá a seguir.

Já na segunda parte, temos mais detalhes do poder de ferro que as barras de ferros e até mesmo Babel possuem. Mesclando ficção e toques de realidade, igual feito com a Guerra de Papoula, aqui temos uma instituição que possui o poder inquisitivo de conhecimento que representa uma coisa: A evolução das máquinas.

Entretanto, quem conhece R.F Kuang, sabe que ela tende para o sobrenatural, e aqui o conceito é vívido e poético. Em Babel, existem o estudo de várias línguas, até mesmo as consideradas mortas onde é discutido e apresentado a ideia de conhecer a origem de palavras para poder acessar o poder verdadeiros que elas possuem, desta forma, quando se descobre a verdadeira origem de certa palavra e suas formas diversas de significado ao decorrer da linguagem humana pode-se comandar as barras de ferros para seguirem as ordens para quem possuir o poder inquisitivo para consegui-las.

Observamos sobre uma visão já conhecida historicamente (A Revolução Industrial) ligada diretamente a essas barras de ferros mágicas e assim a Grã-Bretanha no comando industrial e comercial enquanto a classe operária caminha para a revolta e pobreza descomunal.

Durante a primeira parte e a segunda, conhecemos uma sociedade secreta que luta para apagar o controle da Grã-Bretanha e assim roubando as barras de ferros e levando (em tese) para as áreas mais pobres do mundo onde é necessário o instrumento para assim fazerem a diferença.

O ?irmão? de Robin, Grifin, faz parte desta sociedade e recruta Robin para que ele faça parte, afinal, para entrar na faculdade, somente estudantes ligados a sangue podem abrir as portas do local. No início destas primeiras partes Robin faz isso e ao mesmo tempo se questiona sobre o que está fazendo de fato faz a diferença.

Até o momento, o que me incomoda nesta obra é todo este arco do Grifin, pois, se a proposta era demonstrar que quanto mais Robin adentra Babel ele vai vendo como a classe operária está sendo esmagada, não funciona. Se a proposta for criar um mistério em torno de Grifin, também não funciona. Em ambos os lados, tudo que Robin recebe é indiferença e desumanidade. Tanto os conceitos de importância em Babel como para seu irmão são extremamente ausentes de empatia.

Desta forma, as duas primeiras partes deixam o desenvolvimento aparente já estabelecido para ser trabalhado, afinal, a segunda parte deste livro até o momento é o que possui mais progressão de avanço temporal.

Acho que a terceira parte é a que constrói melhor o senso de urgência e preconceito racial que Kuang constrói desde A Guerra da Papoula, com um texto bem escrito e desagradável em vários pontos em demonstrar como o mercado é opressor principalmente com a questão da dependência de ópio e como a Grã-Bretanha ganha dinheiro em prol da destruição de uma sociedade totalmente dependente do vício.

É nesta parte que você consegue entender melhor alguns pontos que Griffin trouxe para Robin nas primeiras partes, porém são apenas alguns pontos mesmos, tá? Griffin ainda continua com um surto coletivo que ainda não entendo como Robin chegou a cogitar ser partidário por conta deste ?irmão? tão frio e sensível igual uma pedra.

O Plot de Victorie e Ramy fazem parte deste grupo em prol da revolução também foi meio que jogado de qualquer jeito apenas para criar impacto e fragilizar a relação entre Professor Lovell e Robin que acaba causando o final sangrento desta parte.

Gostei da mudança de ambiente da obra, entretanto, eu ainda acho a estrutura da obra sem direção, é formidável acompanhar a jornada de Robin, porém até agora é muito notório a ausência de uma figura vilanesca e sua estrutura clássica, sabe? Temos um senso de ameaça e a opressão da Grã-Bretanha esmagando o mundo, porém não existe uma figura humana no meio disto maquiavélico ou embates. O embate é a opressão e até isso meio que se arrasta dando seus primeiros passos bem lentos apenas nos últimos capítulos desta terceira parte.

Já a quarte e quinta parte é o que acontece as coisas e é no mínimo entusiasta imaginar que a solução é tão fácil e rasa para algo que foi desenvolvido durante páginas e mais páginas até que virou um monstro descomunal sem controle ou senso que algo poderia ameaçar de fato o crescimento da Grã-Bretanha, se algum leitor deste livro, disser que a ideia de simplesmente derrubar a torre de Babel e seu conhecimento é uma forma plausível e até mesmo completa de fazer o mercado parar de funcionar e ser abusivo, eu sinto muito dizer, mas você vive em um bolha.

Desta forma, Babel tem uma proposta formidável, porém é uma ideia muito mal aproveitada, pois, no lugar de construir uma trama ficcional, parece mais um livro de retalhos históricos que perde muito tempo desenvolvendo uma ameaça longe de que seja alcançada uma derrota para no fim construir uma conclusão fajuta e entusiasta demais para todo contexto opressor apresentado.
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Tati.Frogel 19/03/2024

Um épico! Simplesmente monumental! Apesar de se passar entre 1820 - 1840 mais ou menos a atualidade dele chega a chocar! Sensacional
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Julia5048 26/04/2024

Melhor leitura do ano até agora
Como descrever Babel? Eu não sei como eu poderia passar em uma resenha tudo que eu senti com esse livro. primeiro que ele tem MUITAS camadas, e se torna delicioso entrar dentro de cada uma delas e entender sobre o passado do robin (como era o cantão, os pais, as raizes), entender o passado de cada personagem, suas motivações pessoais e o que as moldou, também é muito incrível o sistema de magia, achei genial como a autora construiu, como a universidade funciona, o desenvolvimento dos personagens, como eles amadurecem ao longo da história, enfim, acredito que para entender só lendo mesmo.
Os personagens são sim imperfeitos e odiáveis, suas visões de mundo são muito questionáveis e várias vezes pensamos ao longo da história como eles são nojentos. Acho que isso traz um toque real na história, porque geralmente fantasias tendem a colocar o personagem principal como herói que nunca erra, mas a R.F. Kuang teve maestria em transformar todos em seres humanos.
outro aspecto perfeito é toda carga cultural e linguística que o livro tem. todas as traduções, palavras em outra língua ou citações do livro são muito bem contextualizados em notas de rodapé, o que mostra o cuidado com a tradução em um livro que fala basicamente sobre as questões da tradução.
O universo é muito perfeito. ela cria coisas que não precisariam ser criadas, contextos de guerras fictícias, imperadores, governantes que te imergem dentro da história de forma absurda.
Amei a experiência, recomendo demais pra qualquer pessoa que queira uma fantasia adulta densa, porém perfeita
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Yasmin1609 28/02/2024

?Eram homens em Oxford; não homens de Oxford?
Babel foi o primeiro livro que eu li nessa pegada de Dark Academy, e confesso que foi bem diferente de tudo que eu já li, a maneira como a R.F. Kuang aborda temas super importantes, até mesmo inserida para o tempo atual me surpreendeu muito, realmente não estava esperando, uma verdadeira maneira de informar para as pessoas de uma forma mais detalhada sobre temas de privilégio, racismo, misoginia, e a violência que acompanha cada ato de preconceito. Uma história sobre tradução, linguagens do mundo, opressão, e a violência que cresce quando a conquista e o poder falam mais alto do que a humanidade, sobre estudantes que buscam se impor no mundo, não sendo tratados como objetos ou somente como uma fonte de dinheiro.

Em alguns momentos do livro achei que ficou um pouco ?arrastado? pelo fato dela querer colocar exatamente tudo com muito detalhe, história, cenário e etc, mas nos últimos capítulos me prendeu de uma forma que quase engoli as últimas páginas kkkk, me surpreendendo a cada segundo e me fazendo sentir todas as emoções possíveis. Além da autora conseguir transmitir todo seu estudo e pesquisas que realizou para transmitir suas experiências acadêmicas. Recomendo muito, além de ser uma ótima leitura traz temas importantes, como fonte de aprendizado!
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