spoiler visualizartamaraa.vi 24/05/2024
Ler Babel foi um enorme desafio para mim, não apenas pela dificuldade de leitura mas também pela falta de tempo que tive.
Babel é uma fantasia mesclada ao mundo de Oxford com a estética "dark academia"; foi um enorme prazer adentrar esse mundo ao lado de Robin.
O início da história foi extremamente massante, mas necessário. Posso dizer que apesar das dificuldades de leitura que eu tive, foi um prazer enorme descobrir como a prata funcionava acompanhar a jornada de Robin até adentrar Babel.
Foi muito triste ver a infância sem afeto que Robin teve e sua relação abusiva com Lovell. Ao adentrar Oxford, acompanhei a jornada acadêmica dos babélicos, apesar de muitas vezes não compreender todas as etimologias e traduções. Adorei conhecer Ramy e Victoire. Letty, eu já esperava esse comportamento passivo-agressivo dela.
Desde o começo eu adorei Griffin, comprei sua ideia desde sua primeira aparição, não tive nenhuma desconfiança de suas ideias, talvez por ele ser irmão de Robin, talvez porque eu seja esse tipo de pessoa idealizadora e tenha me identificado com ele.
Posso dizer que queria um gostinho à mais da Hermes, fico triste em saber que tudo se desenrolou apenas no final do livro.
A partir do 3° livro a história ganha um ritmo frenético, com acontecimentos que eu já previa, mas não sabia o 'como'. E ler esse 'como' foi incrível, me fez ver que valeu a pena o perrengue do início, a minha dificuldade de leitura foi vencida!
Vale dizer que a morte de Griffin me machucou mais que a morte de Ramy. Ramy é sim um personagem muito querido, e eu já sabia que Griffin iria falecer, mas caramba, eu fiquei MUITO MAL com a morte de Griffin e com sua história melancólica ?deve ser porque gosto muito de drama.
Os acontecimentos nas partes finais do livro valeram demais pra mim, foi uma experiência tão forte que eu cheguei a SONHAR com o universo de Babel, vejam só.
Nesse sentido, cabe a mim dizer que eu gostei do final. Geralmente não gosto de finais abertos, porém nessa história fechou muito bem. Temos o início e o fim de Robin, e o fechamento com a história bíblica de Babel foi a cereja do bolo.
Babel argumenta sobre diversos tópicos, e vale ressaltar que sendo uma obra de ficção, eu não me importei nem um pouco com os personagens serem mais progressistas do que na realidade daquela época.
Sem dúvidas um dos meus favoritos de 2024.