É a Ales

É a Ales Jon Fosse




Resenhas - É a Ales


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Quinho1 11/05/2024

Depois de ter ganhado o Nobel, o autor ao mesmo tempo em que ganha notoriedade, vai também ganhando uma certa antipatia. E realmente a lista com autores que escreviam texto bem complexos e que mereciam ter conquistado o prêmio ficam pulando na cabeça da gente.

Não tenho nada contra a escrita de fluxo de consciência, acho até bem legal, mas o problema é realmente a sensação de você estar indo de um lugar para o mesmo lugar. O autor para fazer isso deve ter muito o que contar, sem a necessidade de estabelecer uma estrutura e desenvolver ela, com subtramas. Aqui o autor vai assentando umas camadas sobre as outras e tudo fica com a aparência, acho que proposital, de ocaso. Gosto do autor, é agradável sua escrita, mas realmente o peso do prêmio Nobel pesa.
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Faluz 09/05/2024

É a Ales - Jon Fosse
Jon Fosse é um autor muito proclamado, e ganhou o Nobel de Literatura em 2023.
Sua escrita se apresenta de uma maneira repetitiva, com pontuação inédita, narradores que se alternam muitas vezes na mesma frase. Entretanto no meio desse caos gerado também pela apresentação inusual do tempo que varia de maneira constante mas não determinada, ele consegue criar uma situação que gera uma expectativa, um desconforto, uma espera também pelo leitor pelo que se desenrola no texto.
Leitura instigante.
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Nathan.Seriano 07/05/2024

Uma conversa com a Tristeza
Uma escrita difícil, porém venceu o Nobel de literatura, então quem sou eu pra julgar não é mesmo? Apenas darei a minha opinião referente ao que funcionou. Não fugirei muito dos comentários gerais, mas como estou nessa onda de escrever resenhas, farei uma sobre “é a Ales” também.

Que livro intenso, achei ele muito sensorial, todas as cenas narradas eu sempre as enxergava com um fundo preto, um tom de melancolia gigante, apesar dos Fiordes serem lindos, toda vez eu os via com aquele fundo negro do mar misturado com a noite, uma ventania constante, um clima triste, um luto gigantesco, tácito, por tantos motivos que são ao mesmo tempo dolorosos, são orbitados por uma confusão das (os) personagens que me deixou maluco em alguns momentos.

Apesar do livro ter um início bem forte e que prende, ao decorrer dele sinto que perdi o fio da meada, fui atrás de algumas coisas a fim de compreender melhor e consegui, mas acredito que deveria ser mais fácil entender isso sem “manual de instruções” (ou eu é que sou lerdinho). O livro começa com Signe, na espera de um marido que saiu há 20 anos para andar de barco e nunca mais voltou, ela está afundada num mar de tristeza, contudo, mantém a esperança de que ele volte, apesar de já entender que ele não voltará.

A narrativa, ocorre por, acredito eu, que fluxo-de-consciência, é algo que você precisa ler com atenção, pois em inúmeros momentos, esse fluxo troca, entre Signe, Asle (que é o marido que foi embora, e Ales que é a trisavó do Asle. Confuso isso né?! Consegue ficar ainda mais, o livro, curtinho, (cerca de 120 págs) acontece atravessando cinco gerações de 1890 até 2002. é maluco demais! e ao mesmo tempo, profundo, tem tudo pra ser raso, mas é de uma magnitude tão grande, e tão eficiente no que se propõe que o torna lindo.

Mas destaco, também, que você precisa estar muito atento quando esse fluxo de consciência transita, porque muitas vezes quando há uma percepção e você não consegue entender onde ou quando mudou, mas como eu disse antes, é lindo. Sabe aquele filme “tudo em todo lugar ao mesmo tempo” eu tenho uma teoria que esse livro é muito isso, eu não acho que a narrativa da história seja linear, acho que tudo acontece de uma vez só, sabe aquelas teorias de viagem temporal? Onde vai lá na frente, volta, e vai e volta, é tipo assistir algo assim, no caso ler.

Acho que a escrita foi a mais difícil justamente pela repetição dos termos “ela falou - ele disse” isso deixou a minha leitura muito truncada no início, mas que fluiu com o tempo, mas ainda assim me deixou confuso e levemente irritado, eu dei 2,5 estrelas justamente por isso, acho que se fosse algo pontuado (o livro não tem pontos finais, apenas vírgulas e pontos de interrogação) ou de certa forma mais linear, teria fluído melhor. Enfim eu gostei muito da história, foi meu primeiro contato com um livro contemporâneo e que venceu o nobel então foi uma experiência enriquecedora, apesar do estranhamento.
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Carlos.Junior 01/05/2024

0/10
?É an Ales? é mais um ?clássico? contemporâneo do ganhador do prêmio Nobel de literatura de 2023. Escrito por Jon Fosse utilizando da mais pura ideia do tédio e do ?nada acontecer? somos abordados com um livro chatíssimo. Sério, eu desisti dos livro 2 vezes antes de conseguir terminar ele e olha que ele só possui 87 páginas. Quando terminei, a sensação que nada me acrescentou foi arrebatadora e única, simplesmente um livro inútil, sua forma de escrita entendida no mais breve dos diálogos, a sensação de nada acontecendo opera em todos o roteiro perpassado pó nosso olhos e a ideia geral é a que, talvez, eu seja muito burro por não entender oque esse senhor da 3º idade norueguês quis passar com sua escritura a não ser uma desconfiança calculista e fria sobre as pessoas a minha cota.

Só continuei porque recebi incentivos da minha linda, perfeita,maravilhosa, cheirosa e linda esposa que leu antes da minha pessoa e conseguiu debater e me explanar alguns conceitos que perdi durante a torturante e tortuosa leitura.
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Bruna.Barreto 26/04/2024

É a Ales
Me senti totalmente transportada para a história do casal Sigme e Asle. A escrita é muito diferente e eu gostei muito.
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lauraborgess 22/04/2024

Ela pensou
Eu gostei bastante da história, diz muito muito luto, dor, amor e família. porém, foi a escrita que estragou o livro pra mim, já não sou muito fã de fluxo de consciência e esse livrou ajudou a ainda mais com a minha animosidade. achei uma grande repetição de ?ela pensou, ele pensou?
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Fernando.Hasil 20/04/2024

Livro do último nobel
Uma escrita dinâmica, praticamente sem pontos finais, que interligam 5 gerações de uma família que sofre pelas contínuas perdas e tragédias, num local extremamente frio e bucólico.
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Alexya. 18/04/2024

Não funcionou para mim?
Imagine você, morando em uma cidadezinha, com uma casa afastada de quase tudo e sua única companhia, seu esposo, sumir!

O livro vencedor do prêmio Nobel de Literatura vem justamente com essa premissa. O livro tem um gênero chamado : fluxo de consciência, ou seja, você não consegue respirar, isso significa que ou você fica em uma leitura continua ou então perde ?o fio da meada?.

A obra tem absolutamente tudo para ser boa, afinal, ganhou um dos maiores prêmios da literatura, mas confesso que para mim, não funcionou!

A leitura se tornou chata, me perdi várias vezes, não ficou claro várias coisas. Posso dizer que o livro é ruim? Certamente, não! Mas comparado a tanta coisa boa que li este ano, ele certamente ficou lá no rabinho da fila, e eu tô sendo muito pretensiosa, tendo em vista que nunca escrevi um livro, porém creio que tenho o mínimo de propriedade ante tantas coisas que já li ao longo da vida.

É a Ales é a consciência de uma família solitária, que precisou lidar com várias tragédias e parece que não sabe mais o que fazer.

Infelizmente para mim não funcionou como esperei, por isso, acho que ele é um 6/10.
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valmir 15/04/2024

É a Ales
" Depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porém sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam, as noites chegam, as noites oassam e ela os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça diferença. "

Um livro peculiar, que tem uma maneira hipnótica, que nos deixa inquietos.
Uma experiência interessante.
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Maria1691 10/04/2024

Um livro que me levou pro mar
Um livro super curtinho. Mas muito intenso. Diferente de tudo que já li. Minha primeira impressão foi de uma poesia com os versos colados. Um parágrafo gigante. Diálogos e acontecimentos se repetem em uma linha do tempo não linear. É como se o autor pegasse as memórias de três gerações de uma família e jogasse em um liquidificador e deixasse tudo ali girando. Terminei a leitura tonta, como se também estivesse lá dentro do liquidificador. Ou, colocando na temática do livro, e na provável intensão do autor, num barco no meio de uma tormenta. Uma escrita em fluxo de consciência que me deixou reflexiva por dias. Ler esse livro foi uma experiência que jamais vou esquecer.
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pedrobmendes 07/04/2024

Ainda bem que é curto
Podia ser apenas um parágrafo, ele pensa, mas enrola e não acaba nunca, ele pensa, é de uma agonia chata onde tudo que você quer é o fim, ele pensa.
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Nathalia 04/04/2024

É uma obra rica que explora as complexas dinâmicas das relações familiares e a incessante ressonância do passado no presente.
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Sarah 01/04/2024

Existe algo de surreal aqui e eu amei. Com sutileza Jon Fosse escreve um fluxo de pensamentos que naturalmente vão e voltam, se confundem com o presente e passeiam até o passado. A repetição é um elemento que se justifica nessa narrativa que nos leva o tempo inteiro para as ondas de um fiorde norueguês.
Se justifica um prémio para uma escrita que te instiga a procurar significados e que é capaz de te fazer sentir essa atmosfera misteriosa descrita de maneira simples: chuva, vento, frio e escuridão.
É a Ales percorre um caminho de luto familliar, mas em centralidade conta sobre gerações de mulheres e sua solidão.
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Pati 30/03/2024

É a Ales é o primeiro contato que tenho com o ganhador do Nobel, escritor norueguês Jon Fosse.
Neste livro curto e impactante, conhecemos Signe, que vive a espera e o luto pela perda do marido Ales; Ales é descendente da família ocupante da casa isolada que saiu de barco décadas atrás e nunca mais voltou.
A solidão narrada é construída através de repetições e fluxos de consciência, os nomes e as ações são repetidos, o leitor se torna parte da casa isolada que foi habitada por diversas gerações da mesma família. Como Ales é duplamente um nome feminino e masculino, Signe se vê como ancestral do próprio marido, repetindo a mesma solidão, o mesmo luto e a mesma espera nesse ambiente tão inóspito e tão carregado.
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Higor 21/03/2024

"LENDO NOBEL": sobre a força desconcertante da ausência
Parece que a Academia Sueca conseguiu, finalmente, alcançar seu ideal há tanto imaginado: desde 2020, após anos de escolhas controversas e de autores que, às sinceramente, sobressaem-se mais por conta de polêmicas que de sua literatura propriamente dita, tem sido elogiada por seus anúncios recentes, se não esperados, ao menos corretos e que, de quebra, trazem novamente o renome e a relevância que a instituição, tida como eurocêntrica, branca e atrasada, tanto precisa para se manter atual, relevante e, principalmente, lembrada.

A escolha de Jon Fosse, por exemplo, foi bastante feliz e esperada pela crítica especializada: trata-se do maior autor norueguês da atualidade e do segundo dramaturgo da história do país, atrás apenas de Henrik Ibsen. Consolidado na Escandinávia em geral, Fosse furou a bolha internacional na virada do século, abocanhando aqui e ali prêmios internacionais importantes. Trata-se, então, de apenas uma questão de tempo até se chegar ao ano de 2023 e sua consequente láurea ao prêmio máximo da literatura.

Acontece que, enquanto Glück (2020), Gurnah (2021) e Ernaux (2022) são consideradas escolhas que agradam, de maneira geral, tanto crítica quanto leitores, Fosse parece não ser um consenso tão unânime, ao menos não para os leitores, que consideram-no senhor de um espiral vicioso ou de um prisma caleidoscópico fosco e desagradável.

Neste "É a Ales", por exemplo, a história se atém em apresentar Signe, uma mulher reflexiva em sua casa, num dia qualquer de 2004, onde se questiona diariamente, desde 1979, sobre a decisão do marido, Asle, em pegar um barco, mesmo em meio a uma tempestade, para nunca mais voltar. Seria culpa dela? Por que ele fez isso? O que ela poderia ter feito, enquanto esposa, para evitar tal atitude tão drástica? Onde estaria Asle agora?

O que aparenta se tratar de apenas mais um livro sobre relacionamentos fadados ao fracasso, "É a Ales" se apresenta, na verdade, como uma elegia sobre a força brutal e angustiante da ausência, não somente de Asle e seu sumiço repentino, mas de tudo o que foi compartilhado e vivido por ambos naquele lugar, naquela casa, escolhida a dedo por Signe, onde "verão é verão, inverno é inverno, primavera é primavera". Fosse ousa e vai mais além, elucidando a ausência de tudo o que se passou quando não se estava presente para acompanhar os fatos no devido tempo.

Foi justamente nessa simplicidade e clareza que o autor, sinceramente, muito me agradou em "Brancura" e agora em "É a Ales", pois a casa, este quadro fixo, esse cenário estático, com poucas descrições e sem muito a agregar com o passar das páginas e das repetições da narração, de repente se expande, ganha novas camadas, graças ao fluxo de consciência e a ausência de uma marcação de tempo, então, presente, passado e futuro se movimentam naquele único espaço, enriquecendo-o de maneira majestosa.

O indizível, a justificativa da Academia para a literatura de Fosse, logo parece acessível, ou de grata constatação, com o entendimento de que a casa deixa de ser apenas o cenário principal, o lar de Signe e de Asle, para se tornar muito maior para cada um deles. Nada é dito, mas a ausência de Asle faz com que Signe veja e reconheça que aquele lugar não é apenas o seu lar, o conforto do casal, ou sua adorada casa, a que ela se refugia, mas possui outras relevâncias e significados; Asle, por exemplo, a visualiza como a resistente morada de seus ancestrais, até sua trisavó, que construiu a casa.

A presença destes personagens unidos no mesmo espaço-temporal fixo, mas ao mesmo tempo vivendo cada um o seu próprio dia de seu próprio ano, é um deleite, pois confirma a eficiência da escrita de Fosse, que se repete, volta com constância ao mesmo ponto, que confunde enquanto se mantém o estado de estática ao focar não na ação, preferindo a reação, mas que atiça a curiosidade do leitor e, mais importante, demonstra que o autor sabe o que quer e onde quer chegar.

Aliás, é justamente o estilo de escrita que desagrada os leitores, mas eu me sinto tão conectado com o autor que, mesmo ocupado com outras coisas, eu sempre pensava em finalizar "Brancura", por exemplo; com "É a Ales", por sua vez, eu não fiz nada até finalizá-lo, para não quebrar o ritmo e poder lê-lo como que em uma apreciação silenciosa de como o autor poderia ser grandioso, mas optou em ser contido e sucinto.

Eu não esperava algo revolucionário ou que mudasse minha vida com a leitura de "É a Ales", e entendo quem se frustrou com o autor, assim como não sei explicar ao certo como ele me fisgou, mas me sinto satisfeito com o que ele me proporciona, com a maneira como brinca com o tempo, e principalmente como me faz refletir em uma narrativa simples, mas assustadora e que eu já me peguei pensando diversas vezes: o lugar que eu estou hoje, como ele era e por quem foi habitado 5 anos atrás? E como estará daqui a 5 anos? Eu ainda estarei aqui? Eu mesmo já fiz o exercício, de maneira divertida e despretensiosa, de olhar no Google Maps como era determinado lugar de minha vida anos atrás, antes de eu chegar e depois de eu ir embora, para ver o que mudou, o que melhorou ou piorou, e resgatar memórias singelas do que eu vivi.

Enfim, "É a Ales" foi uma agradável leitura, que me trouxe conforto e saudosas lembranças, embora eu entenda perfeitamente que ela suscitará tédio e apatia em muitos leitores. Felizmente, ela me proporcionou grandes momentos para pensar, refletir e questionar sobre o passado, presente e futuro meus e de minha família. É preciso ser sensato e admitir que não mudou minha vida, mas me proporcionou muito alento, o que me basta.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel".
edu basílio 21/03/2024minha estante
"(...) me proporcionou muito alento, o que me basta." ??????


Higor 22/03/2024minha estante
fui dizível, jovem? hehehe


edu basílio 22/03/2024minha estante
... você deu voz ao indizível. ?




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