É a Ales

É a Ales Jon Fosse




Resenhas - É a Ales


97 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


MarcosQz 12/01/2024

A história segue um fluxo sem fim, por vezes repetitivo, esse fluxo lembra o que fazia Saramago. É como estar dentro da cabeça do personagem, você simplesmente acompanha o fluxo de pensamentos que nunca termina.
Asle sai para caminhar, é sempre noite nessa época do ano. Sua mulher, Signe, fica esperando seu retorno, mas Asle sai para caminhar no fiorde e está muito frio. Isso é 1979, Asle tem por volta de 89 anos. E 23 anos se passam.
As coisas simplesmente acontecem. Os pensamentos, as lembranças de familiares que nem chegou a conhecer, tudo se entrelaça nesse fluxo sem fim. E a escuridão sempre presente. Ao contrário de seu outro livro, Brancura, em É a Ales há muita escuridão. Tudo realmente acontece? A realidade é posta em cheque. O tempo parece se misturar. Fosse nos alimenta de possibilidades.
Assim como em Brancura Jon Fosse parece trabalhar o mesmo tema central, o tempo, a morte, a solidão e o algo supostamente divino também está presente aqui. Existe um caleidoscópio de possibilidades em uma obra curta e profundamente complexa e que te coloca em um estado praticamente meditativo.
É um livro realmente complexo, a forma como Fosse coloca os acontecimentos de forma não linear, como lembranças de outro é simplesmente impecável. Não digo que facilita a leitura, mas a deixa mais interessante.
É importante se atentar as datas, elas indicam o tempo dos acontecimentos e as condições em que tudo acontece.
Há algo de profundamente particular em É a Ales, e o mar sempre rende uma boa história para se contar.

Um livro se torna especial para mim quando ele transborda vida, quando me faz sentir o corpo de forma diferente, inquieto, mas confortável e seguro. É a eles se tornou especial, e é uma história que pretendo retornar.
comentários(0)comente



salles27 12/01/2024

É horrivel diz Sérgio
Sim horrivel diz Sérgio
Mas você não entendeu diz Sérgio
Não diz Sérgio
Não entendi diz ele
Vou ao fiorde
Paloma 16/01/2024minha estante
Hahahahah. Perfeito.




Joshua 11/01/2024

Gostei mas não amei
Inicialmente, eu fiquei confuso com a escrita e a forma que a história estava sendo contada. Talvez eu sentia falta da pontuação e não deixei ser guiado pelo fluxo de consciência que o autor propõe.
Depois, eu só não me prendi na história e quis terminar a força. Quero, um dia, reler com calma e dar a devia atenção. Mas por enquanto não tenho muito o que falar além de ser uma história boa, não surpreendente.
comentários(0)comente



Claudio 05/01/2024

Melancólico
Um livro denso sobre perda, luto, saudade e memória.
Um pouco repetitivo e com muitas passagens temporais e personagens de múltiplas gerações, que o tornam um pouco confuso.
comentários(0)comente



Dilso 03/01/2024

Bom livro...
Hoje, por volta das 13h, após ter sido arrebatado pelo final sufocante do gigante ?A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera, parei para postar a leitura no Instagram e já engatei outra, a do Nobel 2023, Jon Fosse. Seu estilo rápido imitando fluxos de consciências, renega pontos finais e parágrafos, a fluidez pegou rápido e naveguei pelas entranhas de algumas memórias saudosas porém ressentidas de algumas senhoras que, como cantam as fadistas portuguesas, sofrem em uma eterna espera... Tirando alguns vícios de linguagem que me incomodaram, talvez pela característica do fluxo, gostei do livro (bastante curto e com uma diagramação confortável). Então a emoção me tomou pela segunda vez em um mesmo dia... Bah!
comentários(0)comente



lendoeuconto 02/01/2024

Eu precisei me concentrar
Esse livro tem diversas passagens temporais, temos a visão e os pensamentos do Asle e da Signe, um casal, discorre sobre a vida deles, o luto e sobre a vida de seus familiares em momentos. Somente lendo para tirar uma conclusão se gosta ou não, cabe reflexão e até discussão sobre o livro, bem interessante!
comentários(0)comente



Itlo0 30/12/2023

Luto ? Reencarnação? Buraco de minhoca ?
Em meios as incertezas que o livros trás, uma certeza é absoluta, a escolha dele para o prêmio Nobel de literatura 2023. Essa certeza é sensacional
comentários(0)comente



profa_ana_paula 28/12/2023

Difícil dizer
Em um discurso de agonia, uma mulher que perdeu seu marido conta seu processo de pensamento. É curto, mas difícil. Merece uma releitura e discussão em grupo. Ainda não tenho certeza se entendi.
comentários(0)comente



Thainá Almeida 27/12/2023

Jesus me ajude a ler esse livro, é o que senti. Como podem 60 páginas serem tão enfadonhas, sem graça e o pior de tudo, sem história. Completamente confuso, com timelines que se comfundem sem se explicar, nenhuma lição ou aprendizado. É um amontoado de nada. Há quem goste. Mas literatura assim não é para mim. Não tem nem o que retirar do recurso estilístico, com sua falta de pontuação e repetições completamente descabidas - E CHATAS.

Dou os parabéns para quem leu e ainda conseguiu achar algum conceito louvável pra esse livro.
comentários(0)comente



nathaliart 27/12/2023

A última frase do livro resume meu sentimento
"Jesus me ajude" definitivamente é a sensação que tive durante esses dois últimos dias lendo esse livro. Ele tinha TUDO pra se tornar um favorito meu, mas foi uma frustração atrás de frustração, tornando-se uma das obras mais entediantes que já li na vida.

Em vários momentos eu pensei seriamente que estava com um pacote de redação dos meus alunos nas mãos, de tanta repetição que eu vi. Eu entendo que isso faz parte do estilo de escrita do autor, mas, honestamente, tudo o que eu vi foi um compilado de "chamas, fogueiras, escuridão, chuva, frio, vento, barco, ela pensa, ela disse". Tentei ficar imersa no ambiente, procurei inúmeras fotos no Google... De nada adiantou. Essas repetições só me deixaram com mais sono, mais preguiça e ansiedade de acabar logo minha experiência...

O livro é chato e o autor acaba com a própria técnica de fluxo de consciência que ele tenta empregar com tantos "ela pensa" e marcação de parágrafos para os diálogos... Entediante demais! Tanto escritor maravilhoso no mundo pra ganhar Nobel, e é só mais um outro europeu enfadonho levando o prêmio...
Flávia Menezes 27/12/2023minha estante
Perfeita a sua resenha! Dá pra entender com exatidão a sua insatisfação com ele. ??????


nathaliart 27/12/2023minha estante
Obrigada, Flávia. Fiquei triste, pois tudo nele apontava para que eu fosse gostar. Fiquei muito triste e frustrada!


Ana Sá 29/12/2023minha estante
????


Ana Sá 30/12/2023minha estante
Ah, a literatura! rs ... Muito do que vc aponta faz parte justamente do que me fez gostar muito da obra... ao mesmo tempo sua resenha faz todo sentido pra mim! haha ?

obs.: tenho acompanhado as resenhas de outros livros dele e o fenômeno se repete: "amei" versus "que lixo"! rs


nathaliart 30/12/2023minha estante
Hahah muito interessante isso, Ana! Existem livros que não conseguem ficar na média, né?! Acho curioso. Confesso que realmente fiquei triste de não ter gostado. A temática de enfrentar traumas familiares, o fluxo de consciência, a ambientação da história... Praticamente tudo pra ganhar meu coração. Mas não foi dessa vez... Quem sabe experimento outro livro do autor...




Lurdes 24/12/2023

Claustrofóbica é como classifico minha experiência lendo É a Ales, do mais novo laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, Jon Fosse.

O narrador, em seu ato de repetir as cenas, nos leva a uma angústia, a um aprisionamento inevitável, a uma exaustão psicológica.

Ele não repete por um capricho, repete porque os dias, as cenas, as situações, se repetem.
E se repetem porque é assim que é
Hoje é igual a amanhã
Como foi igual a ontem
Como era igual há 4 gerações, quando Ales, a trisavó de Asle, habitava esta mesma Casa Antiga, que hoje ele habita com Signe.
Asle tem este nome em homenagem a seu tio, homônimo, que faleceu ainda criança.
Esta confusão de nomes, que também se repetem, abala a individualidade dos personagens, que parecem se mesclar e se fundir.

Asle e Signe já viviam há vários anos nesta casa, que sempre foi da família dele, quando ele desaparece durante um de seus passeios de barco pelos fiordes.

Nos próximos 20 anos acompanhamos a rotina de Signe, que permanece à janela da casa, olhando para a escuridão e esperando...
Nesta espera ela vê a si mesma
E vê
Ales...

O autor nos mantém grudadas nas páginas e nos envolve por esta escuridão avassaladora.

Não sei vocês, mas sempre senti um desconforto muito grande em me imaginar vivendo em um ambiente tão isolado, frio, pouco acolhedor.

Eu via fotos de fiordes e achava tão lindos aqueles cursos de água cristalina entre as montanhas.
Me surpreendi quando Signe comenta da profundidade da água. Fui até pesquisar. Em geral são 1.300 metros de profundidade e isto torna tudo mais aterrador.

O livro de Fosse é um pouco assim, como um fiorde, uma paisagem bela, com suas águas plácidas, mas assustadoramente profundo.

Terminei a leitura muito tocada.
comentários(0)comente



aline203 12/12/2023

Uma viagem sublime para a Noruega
É um livro melancólico, em que o ritmo de leitura é um lento porém nada de monótono.
Você é envolvido na teia do fluxo de consciência dos personagens, eles te levam através da história da família deles de forma que você consegue compreender, não de forma linear. Eu diria que dentro da concîencia de cada um, é como se o narrador não fosse ninguém e todo mundo ao mesmo tempo.
Adorei o livro, foi uma viagem sublime para a Noruega!
Ana Sá 12/12/2023minha estante
Vc resumiu o livro tão bem, Aline! ??


aline203 12/12/2023minha estante
Obrigada Ana!!




Lú Ribeiro 10/12/2023

"Camadas" de uma vida...
Um livro que em 112 páginas diz tanto...
Sobre às gerações familiares, hábitos, amores, desespero, dúvida, escolhas...
Além do cenário, claro. Em meio aos fiordes Noruegueses. Prêmio merecido.
comentários(0)comente



Karen 08/12/2023

Fábula madura
Romance curto, espiral e repleto de simbolismos.
Me lembrou vagamente A CASA DOS ESPÍRITOS da Isabel Allende por se tratar de um romance familiar onde gerações se mesclam em presente e passado, bem como CEM ANOS DE SOLIDÃO pela repetição dos nomes dos personagens.
Uma pitada de realismo mágico muito bem empregada em um livro doce e delicado.
"(...) não pode pensar naquilo, ela pensa, e ela nuca o entendeu direito, desde a primeira vez em que o encontrou, ela pensa, e talvez por isso ela se sentisse tão próxima dele, desde o primeiro instante em que os dois se viram, ..."
comentários(0)comente



Nicole.Avancini 01/12/2023

A arte da linguagem
Eu tenho uma relação de amor e ódio com a técnica de fluxo de consciência. alguns autores que já li e que usam isso são Clarice Lispector (Água Viva) e José Saramago, no Ensaio sobre a Cegueira, que foi uma leitura bem agonizante pra mim.

o fluxo de ideias e descrições e pensamentos ininterrupto, só separado por vírgulas, sem pontos, e que percorrem páginas e mais páginas sem separação de parágrafos, é difícil de se ler. pode parecer ?fácil? de ser escrito, mas na verdade requer um pensamento também ininterrupto e um jeito sagaz com a linguagem, que, se mal feito, pode denunciar amadorismo e tornar a experiência da leitura bem desagradável.

não deve ser esse o caso de Jon Fosse, nem de Saramago, já que ambos receberam o Nobel de Literatura. e isso se deve ao fato de que esse estilo e esse recurso da linguagem, aliados ao magnífico talento de storytelling, foram capazes de criar obras tão memoráveis quanto significativas.
Nicole.Avancini 01/12/2023minha estante
um ponto negativo, porém, é que, julgando pelos diálogos entre os personagens, não se verifica muita diferença de personalidade entre eles, e os diálogos soam mecânicos e desalmados




97 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR