Vanessa 20/02/2023
Sherlock que se cuide
Como dizem hoje em dia, "Tá pago!". Afinal, pelo menos a leitura do livro eu concluí, já desvendar o mistério... bem, te conto mais tarde há-há.
Ao terminar a *primeira* leitura de "A Mandíbula de Caim" posso dizer com sinceridade que é um ótimo livro para te dar um chacoalhão, oh estrelinha que imagina ser bom o suficiente para desvendar o livro enigma mais difícil do mundo.
Não vai ser só com uma leitura superficial que você chega lá, não.
O livro em si é mais difícil do que eu imaginava, confesso. Isto porque os desafios vão muito além de descobrir o assassino, você sequer sabe quem está narrando a parada, o que, para mim, é a pior parte.
Definitivamente, é preciso muita pesquisa até para que o leitor consiga entender o próprio contexto do negócio. Afinal, vale lembrar que a história foi escrita há muito tempo, em uma ambientação antiquada, com muitas referências que nós sequer conhecemos.
De fato, um desafio. E é aí que se encontra o ponto forte do livro.
Mergulhar nesse quebra-cabeça é uma cura para o tédio, você passa, facilmente, horas a fio sem ver o tempo passar, mergulhado nas inúmeras possibilidades de conexões da estória. É muito envolvente e imagino que a experiência deve ficar ainda mais interessante se você tem a oportunidade de compartilhar as suas teorias com mais pessoas.
Agora, se você, assim como eu, é um tanto quanto "estressadinho", a ansiedade bate com vontade, justamente porque você só se depara com a complexidade da narrativa e a frustração de uma história extremamente difícil não resolvida, no final da primeira leitura.
Mas é aquilo, se realmente o objetivo do leitor é tentar desvendar o mistério é preciso muitaaa paciência, várias leituras, e aturar muitos Henrys pela frente.
Mas, vale a pena, eu diria, nem que somente para saciar a curiosidade de um livro tão hypado, vale a pena. Só não digo o mesmo em ter que destacar as páginas do livro, porque isso sim, meus amigos, foi de doer a alma. Mas, se é para viver a experiência completa, vulgo bancar a advogada do Henry, então vamos fazer direito.
Boa sorte na empreitada, colegas! Talvez não sejamos os Sherlocks da nossa geração, mas podemos bater no peito com orgulho pois a geração de teimosos não arrega para livro, não. E é justamente essa a graça, no final.