Escravidão

Escravidão Laurentino Gomes




Resenhas - Escravidão - Volume 3: Da Independência do Brasil à Lei Áurea


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Ana Júlia Coelho 31/05/2024

Nesse volume que conclui a trilogia sobre a escravidão no Brasil, Laurentino narra os acontecimentos entre os anos de 1822 e 1888, vez ou outra fazendo alusão a algo anterior ? ou posterior ? a esse período.

Vamos conhecer mais sobre alguns personagens importantes desse período, como a Princesa Isabel, três abolicionistas ferrenhos, Luiz Gama, Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, e outros escravistas que não são nem dignos de terem os nomes citados. Além desses nomes de peso, também entendemos como alguns acontecimentos influenciaram na pressão pela abolição, como a guerra do Paraguai, a revolução Farroupilha e a própria abolição nos Estados Unidos.

Laurentino traz muitos dados sobre a movimentação de escravizados no Brasil às vésperas da abolição, como esse comércio ilegal se perpetuou no país - principalmente na ?importação? de escravizados do norte para o sul ? e como o movimento pela abolição demorou DÉCADAS para ter uma lei assinada tardiamente.

É surreal ver a prepotência de brancos mesmo depois de tanto tempo escravizando povos diferentes. De jeito nenhum os donos de terras queriam ter seus investimentos dizimados, já que seus bens deixariam de ser objeto de posse e passariam a ser pessoas novamente. Alguns ensaios pela abolição foram feitos desde 1831, com a ?lei para inglês ver?. Em seguida vieram as leis Eusébio de Queiroz, do Ventre Livre e do Sexagenário, com poucos efeitos práticos na escravidão, principalmente pela pressão exercida pelos ricos e poderosos. Até mesmo a Lei Áurea, tão comemorada pela população, se deu apenas como mera formalidade, já que, meses antes, muitos cativos passaram a fugir com sucesso de seus donos. É por isso que, em alguns estados, o Dia da Consciência Negra e de homenagem ao Zumbi dos Palmares tem mais peso que o dia da assinatura da Lei Áurea.

O livro é interessantíssimo, traz fotos, dados e relatos tristes de se ler, mas acaba tendo o ritmo quebrado pela repetitividade (evidenciada em vários momentos pela frase ?como já falado em capítulos anteriores) e a oscilação na linha do tempo.
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RaquelSales17 15/05/2024

Necessário
Esse livro é simplesmente necessário. Toda a trilogia deveria ser lida pelos brasileiros.
Certamente é a leitura mais dura e importante da minha vida.
Sou uma mulher negra diferente depois de ler essa hora tão preciosa.
Guardarei estes livros para o resto da minha vida e certamente lerei várias vezes para lembrar e saber minha origem e lugar na sociedade brasileira.
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Joao Martins 13/05/2024

Sensacional! Muito fácil de ler e super didático. A leitura flui. Realmente Laurentino sabe como tornar atrativa a leitura de nossa história.
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Raphael Trivelati 05/05/2024

Fechando com chave de ouro
O último livro encerra a trilogia de forma muito boa, ao abordar as décadas finais da escravidão. Sempre pautado em documentos, reportagens da época, o autor nos mostra uma realidade que vai além do senso comum e dos livros didáticos.
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Doug 28/04/2024

Excelente!
Lembro de não ter gostado do primeiro volume de escravidão, mas gostei muito do segundo e ainda mais deste terceiro.

Leitura importantíssima.
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Luis.Henrique 23/04/2024

Concluir a trilogia Escravidão é concluir um verdadeiro tratado sobre o assunto no Brasil. Sem dúvidas, Laurentino Gomes conclui uma obra de grande importância para um tema ainda tão necessário de ser lembrado e discutido.
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Amaurijbarros 16/04/2024

ESCRAVIDÃO
POVO ORIGINARIO - BRASIL - Um povo conquistado, humilhado, escravizado, quase exterminado e suas terras tomadas.
POVO ORIGINARIO - AFRICA - Um povo conquistado, comercializado pelos seus pares, levado contra sua vontade pra longe de suas terras e famílias, humilhados e escravizados.
O COLONIZADOR - EUROPEU - Um povo usurpador, genocida, escravista e que usa toda a sorte de manipulação e intimidação para subverter tudo aquilo que não esteja no seu "AGRADO $$$$$".
Temos assim os principais "ingredientes" para a formação do povo brasileiro.
PRIMEIRO LIVRO DA TRILOGIA - A história tem que ser LIDA e ENTENDIDA, pois repetiremos as mesmas aberrações do passado.
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Cristiano123 11/04/2024

Escravidão vol. III
Trilogia muito agradável de ler, trazendo ao conhecimento acontecimentos marcantes de um Brasil escravocrata, com uma elite "preguiçosa " incapaz de se dispor ao trabalho, ficando este ao encargo do escravizado.
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Rosangela Max 05/04/2024

Encerra-se com louvor esta obra-prima de trilogia.
Sem palavras para descrever o trabalho excepcional que o autor realizou nesta trilogia.
Este último volume já começa mostrando a crueldade dos ?donos? dos escravos, tanto da parte dos homens quanto das mulheres. Claramente, para quem leu os volumes anteriores, esta crueldade não é nenhuma novidade. Porém, ainda, impacta, entristece, revolta e envergonha. Saber o quão ativamente o nosso país participou e incentivou a desumanidade da escravidão me fez entender um pouco mais o por quê de muitas atitudes que ainda vigoram na nossa sociedade. Principalmente em relação ao racismo estrutural e a cultura patriarcal que, na época, responsabilizaram a Princesa Isabel pela decadência e pelo fim da monarquia no Brasil.
Dentre tantas partes e personagens importantíssimas, adorei conhecer a história dos abolicionistas André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio e Joaquim Nabuco.
Neste volume algumas partes são repetitivas, ou porque já tinham sido citadas nos outros dois volumes ou porque foram citadas no início da leitura e depois novamente no decorrer. Mas nada que tire o brilho deste trabalho fantástico de pesquisa e de escrita.
Super recomendo.
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Francis Pereira 02/04/2024

Escravidão III
Final da trilogia. Denso e muito detalhista nas informações apresentadas. Também apresenta uma versão reflexiva do autor sobre a temática, o que não se observa nos outros volumes. Livro essencial para que tem interesse no assunto e busca mais de um único referencial na mesma leitura.
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Vehalcantara 27/03/2024

Escravidão III
Laurentino Gomes se elege em meu coração como um escritor primoroso. Terminar essa trilogia foi um misto de sentimentos. Raiva, tristeza, agonia, esperança.
Sendo uma mulher negra, é difícil não se emocionar e não sentir o coração quebrar ao ver o quanto o ódio cega as pessoas diante de questões tão insignificantes quanto a cor da pele. Sério, é muito doido pensar que uma questão de cor pode ter mudado os rumos da história e ter implicações mesmo após tanto tempo.
Como sempre, Laurentino usa uma linguagem simples, que toca no âmago das questões, te faz refletir, por vezes até questionar.
Uma coisa é certa: você não é o mesmo depois que conclui a trilogia Escravidão. Terminará um pouco mais humano.
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Tuninho 24/03/2024

Escravidão III
Uma das melhores, senão a melhor trilogia escrita sobre a escravidão no Brasil. Com esse terceiro volume encerro a leitura da trilogia que acho essencial que todo brasileiro deveria ler para compreender nossas origens como, povo,cultura e arte. Ainda vou reler novamente todos os três volumes, porque é necessário.
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Danilo Vicente 23/03/2024

Leitura obrigatória sobre este grotesco período
Laurentino Gomes escreve nas páginas finais desta trilogia ter sido este o seu trabalho mais importante. Acredito. O jornalista-escritor oferece uma aula desse período grotesco da história brasileira, anos que no imaginário coletivo estão lá longe, num passado distante. Não estão. O indecente ?título? de último país do planeta a abolir a escravidão é só parte da vergonha que o Brasil carrega (ou deveria carregar) e ainda ecoa nas causas de tamanha desigualdade atual entre brancos e negros. A trilogia Escravidão é obrigatória para quem deseja entender o Brasil e participar da mudança necessária, ao lado de outros tantos livros que hoje ocupam as livrarias. Que bom que a literatura tem se debruçado sobre o tema, recontando a história, antes tão enviesada.
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Daniel432 15/03/2024

Fim do Império, Fim da Escravidão
Neste terceiro volume, o cerco vai se fechando. Os navios ingleses patrulham o Atlântico Sul em suas duas costas, a africana e a brasileira. Mas para quem deu a volta em Napoleão, engambelar os ingleses é fácil.

O nascente império brasileiro tem no escravizado a sua única “indústria”, a sociedade é ociosa, improdutiva. Para manter o status quo a nova elite, constituída pelos grandes cafeicultores do Vale do Paraíba, alinha-se com a família imperial. Um lado mantém o financiamento da máquina e outro concede títulos e honrarias.

O tempo passa e a pressão inglesa aumenta. O tráfico negreiro é proibido, mas ainda chegam navios carregados à costa brasileira. O comércio fica mais difícil e o preço da “peça” sobe. Alternativamente, aumenta o comércio entre as regiões do país e escravizados de Minas e do Nordeste são vendidos para o Rio de Janeiro e interior de São Paulo.

Num esforço de diminuir a dependência do negro, colonos pobres europeus migram para o sul do Brasil e são agraciados com aquilo que nunca chegará aos futuros libertos, acesso à terra. A Lei do Ventre Livre não tem efeito prático pois a “cria” é dependente e levará anos para “sair de casa”.

Irrompe a Guerra do Paraguai e a hipocrisia está de volta com inúmeros escravizados sendo alforriados na condição de lutarem na guerra.

Por muito tempo o Brasil postergou a decisão de abolir a escravidão e quando o fez, fez de forma atabalhoada, sem atender os anseios de nenhum dos lados. Os escravocratas ficaram sem o “patrimônio” e não foram ressarcidos. Os escravizados ficaram sem nenhum apoio para iniciarem uma nova vida.

Resumo: o império, com certeza, acabou com a abolição da escravatura, mas a escravidão, não.

Pode até parecer interessante ler os três livros em seguida, mas eu não repetiria. A distância entre um lançamento e outro fez com que o autor voltasse a citar certos assuntos e situações, fato que torna a leitura um pouco repetitiva quando se lê todos em sequência.
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