A caçadora de árvores

A caçadora de árvores Marie Pavlenko




Resenhas - A caçadora de árvores


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Let 28/01/2022

Um romance sensível com um cenário distópico
Esse livro, de forma lírica e poética, retrata um mundo que pode muito bem ser o nosso daqui alguns anos se não pensarmos na preservação da natureza.

A vida foi aniquilada, a areia tomou conta de tudo, e as pessoas que sobreviveram vivem como nômades caçando árvores pra vender e se manter.

Samaa quer ser uma caçadora também, mas isso é trabalho de ?homem?. Então, teimosa, ela decide fugir e seguir os caçadores pelo deserto. E é quando ela descobre uma verdade sobre seu povo! Uma verdade dolorosa.

Eu literalmente chorei com o final. Que história linda e necessária. Eu só espero que a gente não cometa os mesmos erros que essa sociedade fictícia cometeu.
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Thamires Amorim 25/02/2023

Frustrante
Inicialmente o livro te pega pela escrita fácil e leve, os detalhes interessantes, apresentação do cenário bem feito... Porém, mais da metade do livro é sobre a sobrevivência da personagem principal, em que basicamente é torturada por ela mesma, o que torna o livro bem maçante em vários momentos e o final é extremamente corrido. Então o que poderia ser muito bom, muito rico, acaba se tornado ruim.

Só recomendo que leiam porque vale a discussão sobre o futuro do planeta, a importância da natureza e meios de salvar o ecossistema. Mas ressaltando que o livro é curto, portanto não se aprofunda em nada, só serve como gatilho para discussão.
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Queria Estar Lendo 24/05/2023

Resenha: A Caçadora de Árvores
A Caçadora de Árvores é um dos títulos da Editora Naci que chegou aqui em cortesia. Escrito por Marie Pavlenko, é uma distopia sobre um futuro em que a natureza foi totalmente devastada pela humanidade. Agora, árvores são uma raridade, e caçadores as buscam para trocar por recursos. Samaa é filha de um caçador, e sonha com o momento em que vai poder caçar essas gigantes desaparecidas.

Samaa cresceu em um grupo de nômades. Eles atravessam a imensidão desértica que se tornou o mundo, sobrevivendo através das expedições de caçadores de árvores. Com a devastação do mundo natural, árvores se tornaram itens de luxo, e a população das cidades as troca por recursos como alimentos, água e oxigênio.

O pai de Samaa morreu em uma dessas incursões, atacado pelas bestas ferozes do deserto. Mesmo com esse terror, Samaa quer ser como ele. O que é proibido, porque apenas homens podem caçar árvores.

Isso não impede a garotinha de, na véspera de uma incursão, reunir tudo que pode para sair em busca da sua própria caçada. O problema acontece quando Samaa se perde dos caçadores, e acaba caindo no lugar mais inesperado em toda essa imensidão vazia. Em uma caverna que pode dar a Samaa a chave para mudar o mundo.

A Caçadora de Árvores é um livro pequeno e simples, com uma narração condizente com a idade da sua protagonista. Sem grandes descrições, com o básico de informações que a história pede. E, por isso, é tão cativante.

"- As árvores têm mil rostos. Mas... infelizmente, agora somos incapazes de lê-las."

Fala sobre esse mundo devastado de maneira vaga porque é assim que os nômades o conhecem. Não tem grandes explicações do que aconteceu com a humanidade, por que a natureza foi devastada, o que são as cidades.

Acompanhamos a história de uma garota que quer caçar árvores, e que acaba confrontando um dilema ao se aventurar para realizar esse sonho. Toda a história gira em torno da reviravolta que Samaa vive ao perceber que talvez as histórias de uma velha biruta fossem reais; talvez as árvores sejam mesmo um grande poder, e a chance da vida renascer.

Gostei de como a autora desenvolveu a jornada da sua protagonista. Essa coisa de aventura inesperada somada a um perrengue gigantesco, porque Samaa não está preparada para o mundo lá fora. Um mundo terrível e cruel, e vazio, principalmente.

A sorte dela é que nem tudo foi destruído. Ainda há natureza prosperando, e é isso que ajuda Samaa a sobreviver. A Caçadora de Árvores é sobre isso. Uma criança aprendendo sobre a importância da natureza. O quanto ela provê, o quanto a vida depende de outra vida.

Eu me emocionei demais com as realizações que a Samaa vive, sua conexão com a natureza, como ela passa a entender o poder que uma única árvore tem sobre um ponto da Terra.

"Desde que parti, manhã rima com saudade."

As páginas passam rápido, e quando o livro termina deixa uma sensação querida no coração. É esperançosa. Porque mesmo em um futuro tão terrível, ainda tem quem lute pela vida.

A edição da Nacional é muito bonita. Diagramação confortável, tradução ótima (feita por Sofia Soter), revisão perfeita. O texto flui tão bem que você nem vê a história avançando. Quando percebe, já acabou.

"ler fazia nascer coisas que não estavam ali."

A Caçadora de Árvores é o tipo de livro que todo mundo deveria ler. É bastante atual, porque fala sobre os perigos que a humanidade corre com o consumismo desenfreado e a maneira terrível com que trata a natureza. É bem profético, na verdade, porque não é um futuro impossível. Se não salvarmos a natureza agora, não tem futuro pra gente.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2023/05/resenha-cacadora-de-arvores-marie.html
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Lipe 22/03/2023

Que livro lindo. Não imaginava que uma história tão suave poderia trazer tantas críticas e reflexões, simplesmente maravilhoso!!
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Booktoti 28/01/2022

Um livro que deveria virar clássico
A caçadora de árvores (+12) é diferente de tudo que já li, não é dividido em capítulos e tem uma escrita fluida, que te prende do início ao fim, achei que iria estranhar mas me surpreendeu muito positivamente.

Com toda certeza uma livro que deveria virar clássico, sabe aquele livro que você leu na escola, e por incrível que pareça não achou tão chato e gostou, esse livro tem exatamente essa cara. A mensagem passada é muito importante e mesmo sendo uma distopia é atual, ver a evolução de Samaa e muito gratificante. Mesmo sendo um livro muito diferente do que tenho costume de ler foi uma leitura muito rápida (no máximo 4 horas) e muito gostosinha
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Maria4043 21/03/2022

Quando uma árvore sangra, o mundo sagra junto com ela.
Eu esperava uma espécie de conto com uma boa mensagem, e recebi um livro incrível que me fez chorar.

"Eu me viro para o céu estrelado. Existirão outras Naïas sob este céu? Ou foram todas destruídas pelos homens?"
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FelipeLuige 22/02/2023

Leitura rápida e fácil. Apesar de curto consegue envolver o leitor com o enredo. Final acelerado e que poderia ter sido melhor desenvolvido
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Pollyanna Reis 17/06/2023

A CAÇADORA DE ÁRVORES
? Samaa, vive em um mundo onde a areia devorou tudo, e a face da terra desapareceu quase que totalmente. O sustento das pessoas agora, vem pela caça e venda das últimas árvores existentes. Samaa, adoraria ser uma caçadora também, porém esse trabalho é exclusivo para homens. Porém isso não impede nossa pequena Samaa, de viver essa experiência.
Um dia ela resolve desobedecer às ordens ditada pelos mais velhos e consegue seguir os caçadores até o deserto. E nessa aventura imprudente Samaa, irá descobrir que as histórias contadas pela anciã, histórias que ela sempre desprezou, podem sim, ser verdadeiras e que de alguma forma, poderá mudar o destino de sua sociedade para sempre.

? A Caçadora de Árvores nos apresenta um futuro distópico, uma história super rápida de ler e que envolve o leitor do início ao fim. Aqui as árvores são uma raridade, e os homens ainda continuam tendo atitudes estúpidas em relação ao meio ambiente.

Durante o decorrer da leitura, a história comove e nos faz refletir. Confesso que algumas atitudes da Samaa, em relação a anciã me incomodaram, mais qual é o adolescente que não julga saber tudo?! Que se acha o sabichão da história! ?

? Gostei de acompanhar tudo que a Samaa passa e vivencia longe de casa. Apesar das atitudes impensadas dela, Samaa é uma garota forte, corajosa, questionadora.

? A autora trabalhou muito a importância da preservação do meio ambiente, e a importância de pequenas atitudes. Temas como respeito, amizade, dramas familiares, luto, autoconhecimento, autonomia, luta por sobrevivência e coragem também são trabalhados na obra. Um livro excelente, carregado de ensinamentos e muitas reflexões.

? Impossível não se emocionar com a história contada, uma história que pode sim, ser nossa realidade um dia.

? A editora Naci fez um belíssimo trabalho nessa edição. Capa linda e diagramação super confortável para leitura.

Tive uma experiência maravilhosa e super válida com essa leitura, e recomendo demais.
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Mari 31/01/2022

Um livro que todo mundo deveria ler
Confesso que não tinha muitas expectativas, mas me surpreendi demais.

Nessa história vamos conhecer Sama que quer ser caçadora de árvores, ela vive no deserto e o mundo já não é o que conhecemos. Animais, árvores, oxigênio? Quase em extinção.

As árvores ficam em fendas no deserto e são raras de encontrar. A ?aldeia? em que Sama vive tem caçadores e acreditam que eles, após a caça, que fazem os humanos sobreviver com a água em gel, lenha da árvore para vender e etc.

Um livro curtinho que nos entrega muita reflexão. Aborda a importância do meio ambiente de uma forma extremamente incrível.
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Nicolli.Sandaniel 31/05/2023

Agradável surpresa
Li esse livro q foi mandado pela professora na plataforma Leia Paraná, porém, que livro bom.
Um pouco confuso, me perdi algumas vezes, bem curtinho, levinho, muito interessante realmente.
Gostei dessa leitura, recomendo
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luiza 06/08/2023

Me identifiquei muito com a saama por motivos de quem nunca passou dias falando consigo mesmo e criando amizade com pequenos bichinhos....
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FlAvia113 05/11/2023

Razoável
O livro tem uma temática interessante, mas que a autora desenvolveu de uma forma medíocre.
Tenho que ser justa a história poderia ser icônica, mas no caminho se torna cansativa e mais do mesmo.
Eu queria muito ter gostado do livro.
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Andreia Santana 12/03/2023

...Era uma vez uma árvore
Samaa tem quase 13 anos e nunca viu uma árvore de pé. Tudo o que a sua vista alcança, no assentamento onde vive com a família, é árido, esturricado, desolado. Boa parte do planeta é assim, pois o deserto avança inclemente sobre os últimos sobreviventes da espécie humana, herdeiros da culpa de seus antepassados, que poluíram, desmataram, exterminaram a vida na Terra. Na distopia A caçadora de árvores (Companhia Editora Nacional, 2022), a escritora francesa Marie Pavlenko usa a literatura como ferramenta para defender a causa ambiental.

De forma didática, porém com escrita envolvente, a autora fala de um futuro sombrio, onde a morte das árvores provoca um colapso em toda a biodiversidade do mundo. O livro tem foco no público adolescente, mas a leitura é recomendada para adultos que gostam de distopias e se interessam por ecologia.

São menos de 200 páginas de uma viagem literária com raízes fincadas na realidade, mas narrada de forma contemplativa, quase filosófica, pela voz de uma menina em processo de autodescoberta e busca de autonomia e equidade. Samaa é questionadora e tenta entender porque as garotas precisam ficar no assentamento, enquanto os rapazes são os 'heróis' de seu povo por caçarem árvores.

A história é contada em primeira pessoa pela adolescente protagonista e é pelos olhos dela que o leitor vai descobrindo aos poucos esse novo mundo rústico, opressivo, esgotado e desesperado, que lembra bastante a saga Mad Max,principalmente a versão mais atual, Mad Max: Estrada da fúria. Os pobres, como sempre, vivem nos assentamentos, esfomeados e dependentes das coisas fabricadas na única cidade que restou, onde em torres que quase tocam o céu, moram os ricos.

Para conseguir água [um gel com propriedades hidratantes] é preciso ‘caçar’ as últimas árvores da Terra, as que sobreviveram ao apocalipse e à destruição das antigas florestas, parques e reservas. Escondidas em fendas que surgem no meio do deserto, as árvores tentam se preservar da voracidade humana. Derrubadas, vão alimentar as fornalhas da cidade das torres.

A autora, no decorrer da história, explica sobre o quanto a morte das árvores significou o princípio do fim do planeta e da espécie humana, que inclusive agora vive errando por vastidões desoladas, sempre em busca de comida, de algum resquício de água, desenraizada como as próprias árvores derrubadas e sem memória, sem cultura, sem livros. Samaa, por sua vez, aprende à duras penas as valiosas lições que uma idosa do assentamento, a última humana que ainda lembra do mundo de antes, tenta ensinar aos mais jovens.

Dados reais
Marie Pavlenko, que nasceu em Lille, na França, nos anos 1970, se inspirou em um período de sua vida em que morou no Oriente Médio, daí oferecer descrições tão vívidas das paisagens desérticas e da vida em comunidades tribais. Ela também recheia o livro com dados bastante reais sobre devastação ambiental. E o que não faltam são dados. Em rápida pesquisa para compor essa resenha, encontrei alguns que vale destacar:

Em 2015, a Nature publicou um estudo que revelava que nos cerca de 12 mil anos em que os humanos passaram a praticar a agricultura, quase três trilhões de árvores foram derrubadas. A população de árvores do planeta era calculada em 5,8 trilhões antes do advento agrícola e de tudo o que veio na sequência. A natureza levou bilhões de anos para criar esse manto verde que a humanidade reduziu drasticamente em alguns milênios.

No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde 2015 emite alertas de desmatamento da Amazônia e de outros biomas do país. Enquanto escrevia esse texto, o Inpe divulgou os números de fevereiro de 2023. Segundo o órgão, as áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal subiram para 321,9 km², aumento de 62% em relação a 2022 e o pior índice para um mês de fevereiro em toda a série histórica. No Cerrado, a devastação foi pior e registrou um aumento de 97% em relação a 2020, chegando a 557,8 km². Os dois biomas perderam quase 880 km² somente em fevereiro de 2023.

Vale lembrar que o primeiro produto explorado no Brasil pelos ‘colonizadores’ foi o pau-brasil, espécie de árvore que foi derrubada aos milhões porque dela se extraia um corante vermelho muito apreciado nas cortes europeias. Motivo mais fútil para desmatar a ponto de praticamente extinguir uma espécie do que tingir mantos reais de carmim, eu desconheço.

Diante de um cenário apocalíptico, as distopias dos livros já não parecem mais meras histórias. E a história de Pavlenko se junta aos alertas ambientais que vêm sendo feitos há décadas, sempre ignorados ou menosprezados por quem acredita, ingenuamente, que a capacidade da Terra de se regenerar é maior do que a da humanidade de destruir.

A autora, de fato, reveste sua narrativa de uma missão desesperada de salvamento. E a mensagem que ela tenta passar, apesar de toda a secura ao redor, é de esperança...

O exemplar que eu li:
É a versão em e-book da publicação da Companhia Editora Nacional. Acessei via Skeelo Books, mas não veio no meu pacote de assinante mensal do serviço, foi um extra. O Skeelo costuma fazer pesquisas de opinião com os assinantes e sempre disponibilizam um e-book extra para quem topa participar das pesquisas, geralmente relacionadas a hábitos de leitura, avaliações do serviço oferecido por eles, gêneros preferidos, etc., nada que implique dados sensíveis. Eles sempre oferecem de 10 a 12 opções de e-book ‘brinde´ para o assinante escolher. E o título desse livro me chamou a atenção. Nunca tinha lido nada de Marie Pavlenko, mas gosto bastante de conhecer novos autores, principalmente, novas escritoras...

Ficha Técnica:
A caçadora de árvores
Autora: Marie Pavlenko
Tradução: Sofia Soter
Editora: Companhia Editora Nacional, 2022
Gênero: Distopia
Clássificação Indicativa: Leitores a partir dos 12 anos
176 páginas
*R$ 31,90 (livro físico, Amazon) ou R$ 27,90 (E-book Kindle).
Disponível também para assinantes do Skeelo Books
*Pesquisa em 09/03/2023

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
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Nina Souza 20/07/2023

Um livro favoritado
O deserto é o cenário onde o leitor precisa ser sensível para perceber não só o espaço físico e suas descrições, mas toda uma simbologia que ele traz consigo: a aridez, a força impiedosa, a temperança e a sua magnitude.

Dentro dessa analogia, o leitor presenciará um futuro distópico causado pela consequência humana: o colapso da biodiversidade do mundo, gerando um ambiente devorado pela areia e proporcionando uma necessidade de caçar árvores e vender a sua madeira para a sobrevivência de uma sociedade nômade que vive com os pouquíssimos resquícios de vida e recursos.

A estruturação social desse livro é interessante, pois, ao mesmo tempo em que mostra um futuro, mostra que o ser humano voltou aos tempos pré-históricos: sem meios de comunicação, sem meios de transporte, sem livros, sem a escrita, sem água e sem o que plantar. Samaa, nossa protagonista, não entende essa ausência porque nunca viveu. É uma adolescente que acredita que o mundo sempre foi do jeito que é, e isso é fortalecido através da cultura, costumes e tradição de sua tribo.

Samaa vai passar por um processo muito interessante de ressignificação de valores durante a narrativa devido ao seu sonho: atuar em um trabalho exclusivamente feito pelos homens, e ter a vontade de ser a primeira a executá-lo para inspirar outras meninas a fazerem o mesmo questionando, sem ter se quer noção do impacto, sobre as hierarquias sociais de uma sociedade patriarcal repleta de ignorâncias herdadas e não questionadas.

É um livro que conta com uma temática ambiental muito forte e que precisa ser discutida, mas, além disso, é um livro que traz questionamentos e lições em uma narrativa simples, certeira e muito delicada de descobertas, mudanças de perspectivas, amadurecimentos e sobre o impacto e o perigo da alienação ideológica.

site: instagram.com/cartografialiteraria
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