A pediatra

A pediatra Andréa del Fuego




Resenhas - A pediatra


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Gabriele 04/04/2024

Um livro surpreendente. Uma pediatra que não cria vinculos com seus pacientes nem com sua própria família, entra numa relação amorosa conturbada e com final surpreendente.
O mais interessante é o quanto a repulsa que a personagem principal nos causa é o que nos prende a leitura.
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Nikki 29/12/2021

Esse foi o livro mais aleatório que já li. Digo isso comparando com as leituras que geralmente faço, que eu poderia dizer que são exatamente o extremo oposto dessa. Por isso, foi meio estranho ler e demorei mais do que acho que demoraria normalmente, porque algumas vezes precisava parar para pensar no que estava lendo e ficava??
A Cecília é bem descompensada (apesar de ela mesma ter tido que não é descompensada, é pediatra) e é movida por um conjunto de princípios peculiares. Acho que se eu fosse mãe (ou pediatra k) conseguiria formar uma opinião mais sólida sobre alguns conceitos, tudo que sei sobre maternidade é o que ouvi falar (apesar de ser mais do que a média de meninas de 17 anos, sou o oposto de Cecília porque sou obcedada por bebês) e quase tudo que ouvi falar contraria o que Cecilia pensava. Gostei bastante do final, mas não quero dar spoilers então deixarei só esse comentário mesmo.
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Gu 20/08/2022

Uma promessa que não se cumpre
A Pediatra é um livro que começa com tudo o que tem, e esse é exatamente o problema, pois não sobra nada para o meio e nem para o final.
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Márcio 02/03/2022

Envolvente
Fui ler esse livro de forma despretensiosa e acabei de apaixonando. A personagem principal é bem peculiar e há momentos em que você a odeia, mas também há momentos em que você entende o motivo dela ser do jeito que é. Uma obra intensa e sedutora, que me prendeu desde a primeira página e ao chegar no final, não me dei por satisfeito, eu queria mais de toda aquela loucura e absurdo, de tão envolvido que eu estava com a personagem.
Super recomendo a leitura!
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DeaGomes 04/01/2024

Muito bom!
Uma Pediatra medíocre, que faz de todas as suas (poucas) relações um utilitarismo horrível. Mas no fim a gente percebe que ela não passa de um ser humano, muitas vezes abjeto e com muitas coisas a melhorar, mas um ser humano. O interessante do livro é que o leitor sabe exatamente como Cecília é por meio de seus pensamentos, o leitor tem acesso a tudo o que ela pensa das pessoas, mas as próprias pessoas não fazem ideia, ela consegue entrar no jogo das relações sem se revelar. Ela facilmente é vista como uma pessoa comum e uma profissional competente, só que não ?. O livro é muito bom!
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Micelandia Lima 29/11/2023

Cecília é uma pediatra sem espírito maternal, pouco apreço por crianças e zero paciência para os pais e mães que as acompanham. Porém, a medicina era um caminho natural para ela, que seguiu os passos do pai. Apesar da frieza, faz sucesso. O consultório está sempre cheio. Até que começa a perder espaço para um pediatra humanista, que trabalha com doulas.

A partir daí, ela começa a investigar a vida das mulheres que seguem o caminho do parto natural e da medicina alternativa, práticas que despreza profundamente. Em paralelo, vive uma relação com um homem casado, cujo filho ela acompanhou o nascimento como neonatologista. E é esse menino que irá despertar sentimentos nunca antes experimentados pela pediatra.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 14/10/2021

Andréa del Fuego - A pediatra
Editora Companhia das Letras - 160 Páginas - Capa: Elisa von Randow - Lançamento: 2021.

O mais recente lançamento de Andréa del Fuego é um romance daquele tipo que se lê de um só fôlego, uma vez iniciado não se consegue parar. A protagonista, Dra. Cecília Tomé Vilela, verdadeiro achado literário, é uma pediatra que detesta crianças e tem um nível de empatia praticamente nulo com relação às mães, além de uma coleção de preconceitos que nivela o seu comportamento a um diagnóstico de psicopatia. Ainda assim, confesso que me apaixonei por ela e você também não vai resistir ao insuperável charme do mal, que somente os melhores vilões conseguem emanar.

Cecíla mantém um consultório e trabalha também como neonatologista, ou seja, atua nos cuidados específicos aos bebês recém-nascidos. Ela é radicalmente contra as técnicas de parto humanizado assistido por doulas, mas vê a sua posição ameaçada quando começa a ser preterida pela sua parceira obstetra cesarista em função de um pediatra especializado em uma linha mais humanista. O livro desperta o debate sobre as vantagens e desvantagens do parto humanizado em relação à cesariana e aponta as vantagens e desvantagens de ambos os métodos, assim como o risco que sempre existe em qualquer parto.

"Marido infeliz mina até um jequitibá. Eu jogava na cara dele a rigidez das minhas articulações, uma fibromialgia se instalava por sua culpa. Ele estava havia meses de folga da construtora da família, os tratamentos para depressão surtiam efeito no início. No começo eu me animava, quando ele voltava ao lodo, eu me alongava na rua, do consultório ia para o supermercado comprar congelado e planta, chegava com ele já dopado no quarto. Meu limite se tornava limiar a cada novo comprimido, adiava o confronto, eu tinha preguiça de dar o primeiro tiro da separação enquanto minha rigidez ganhava a companhia da enxaqueca, da náusea e do formigamento."

Sempre pensando apenas em seus objetivos e no próprio bem-estar, ela encaminha as crianças com doenças crônicas para médicos especialistas, mantendo apenas os casos "autolimitados e corriqueiros", enquanto avia as mesmas receitas, mudando apenas o nome do paciente. A vida sexual de Cecilia é mantida a todo vapor com base em uma relação tórrida com Celso, um homem casado e a excitação provocada pelas fantasias com Robson, segurança de uma pizzaria e amante de Deise, sua empregada que está grávida.

"Ninguém notava que eu tinha pouca vocação e paciência para ser médica, a boa formação garantia que eu não fosse processada, fazia bem-feito o feijão com arroz, procedimetos que qualquer pediatra faz escondiam minha inaptidão. Meu caso é comum, estudei medicina desapaixonada, com o pai no leme. Não é diferente de quem cuida de vacas porque de sua janela era o que havia, festejando o fato de que não era mais preciso caçar, apenas manter o gado. Meu pai era endocrinologista pediátrico e a área de diabetes infantil crescia, proprietário de um andar num edifício comercial, eu podia atender numa das salas. Aceitei a facilidade, segui na pediatria com o apoio paterno, mas não me especializaria num caso único, não queria ver sempre a mesma doença, nem mãe de filho com doença crônica. [...]"

A rotina da sórdida pediatra sofre uma grande transformação quando ela descobre um sentimento inédito despertado pelo filho de Celso, uma criança que ela ajudou a nascer. Contudo, este sentimento, muito próximo do que imaginamos como amor, é vivenciado por ela de uma forma muito peculiar, como não poderia deixar de ser. Assusta um pouco imaginar que possam haver pediatras e profissionais da área de saúde como Cecília, mas não há como ficar imune à sedução que ela provoca, uma personagem que representa muito bem a nossa época.

"A mãe não viu o filho nem vivo nem morto, estava ainda sedada quando a secretária me telefonou. Já estão tomando as providências, dr. Paulo só pediu para te avisar. Minha secretária sempre se impressionava com óbito e me olhava como se eu pudesse ressuscitar alguém, a medicina é milagrosa para quem não a pratica. Não é falta de vínculo da minha parte, não tenho vínculo mesmo, mas cansei de ver colegas empáticos praticarem medicina de barbearia e, por outro lado, médicos pragmáticos e de pouco riso salvarem vidas apenas imitando o que aprenderam. Detesto crianças e não sou eu quem as trata, mas a medicina que estudei."

Sobre a autora: Andréa del Fuego nasceu em São Paulo, em 1975. Escritora e mestre em Filosofia pela USP, publicou os volumes de contos Minto enquanto posso (O Nome da Rosa, 2004), Nego tudo (Fina Flor, 2005), Engano seu (O Nome da Rosa, 2007) e As miniaturas (Companhia das Letras, 2013), além de diversos livros juvenis e infantis. Seu primeiro romance, Os malaquias (Língua Geral, 2010), ganhou o Prêmio Saramago de literatura.
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Fabíola 25/01/2022

Livro sobre uma pediatra que não gosta de criança, mas que nunca erra um diagnóstico. É um livro bem viciante, você fica com vontade de saber o que acontece. Embora eu tenha achado o final meio abrupto, o livro prende bastante atenção e tem uma escrita leve.
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Larissa Tabosa 03/12/2022minha estante
Eita, eu apaguei tuas respostas foi? Ou tu que apagou? Não tá aparecendo pra mim aquela primeira.


Larissa Tabosa 03/12/2022minha estante
Para mim ficou em aberto. Tanto ela pode ter sequestrado mesmo, que é o que acho que aconteceu, quanto ela pode ter devolvido depois. Como ela é doida, mas tem lá seus rompantes de sanidade, pode ter mudado de ideia, sei lá.


Nay__ 04/12/2022minha estante
Siim, isso que eu percebi a partir da leitura das outras resenhas, vai que devolveu depois né?
(Eu tinha comentado duas vezes igual e apaguei um deles, sumirão os dois ?)


Nay__ 04/12/2022minha estante
Sumiram*




majuja 29/04/2023

Foi uma ótima leitura.
Eu fico cada vez mais apaixonada por literatura nacional e escritores brasileiros e é por esse motivo, escrita boa, gostosa de ler, que tem um aspecto de fluxo de consciência mas, ao mesmo tempo de narrativa, eu adoro.
Esse livro é confuso, e não digo isso como um crítica, pois pra mim foi essa sensação de confusão em diversos momentos que me fizeram gostar tanto da leitura. ?Porquê essa mulher está se submetendo a isso??, ?Qual a relação dela com a medicina sem ser a própria profissão??, ?Em que momento e pq ela ficou tão obcecada pelo menino??? muitas e muitas perguntas.
Só que quando vc termina a obra, vc não se sente incompleto, pq a vida é assim, nem tudo faz sentido, nem tudo precisa de uma resposta, nem todas as pessoas merecem oq tem e nem todas conquistam oq não tem.
É um livro real, injusto e triste. E ótimo tbm hahaha!
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Charlene.Ximenes 06/01/2022

A vida desimportante de uma pediatra repulsiva
Uma das coisas mais clichês ditas por um leitor é que não é ele quem escolhe a leitura, mas são os livros que o escolhem. E, surpreendentemente, "A pediatra", livro que iniciei a leitura por ser a obra que discutirei em um clube de leitura em janeiro desse ano, fez conexões reais com outras narrativas que eu estou realizando nesse começo de 2022.

Comecei o ano lendo "A filha perdida", da Elena Ferrante, e iniciando uma série leve chamada "Mãe só tem duas", disponível na Netflix, e essa noção de maternidade real, maternagem menos idealizada, estavam ali presentes.

"A pediatra" acabou se tornando o primeiro livro concluído nesse ano porque foi impossível parar de lê-lo. Cecília, uma pediatra neonatologista, cínica e nada apegada a mães e crianças, narra em primeira pessoa uma obra repleta de contento. Uma médica técnica, filha de médico e alheia aos sentimentos dos outros e aos seus próprios afetos.

A desimportância da vida para Cecília é o que, de certo modo, move seu percurso. A repulsa às visões humanizadas nos evidencia uma personagem que consegue ser cruel e frágil ao mesmo tempo, uma mulher que se esconde de si. Dessa forma, uma mulher como muitas nós.
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Roberta.Campos 10/02/2022

Narrativa super fluida, e em determinado momento a gente não consegue parar de ler, pra ver até onde a loucura da Cecília vai chegar hahaha!! Curti muito!!
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Sheila Almendros 07/06/2024

O nome desse livro devia ser A Psicopata, porque minha nossa, que protagonista perturbadíssima, terminei essa história impactada.

A narrativa acelerada que a autora adotou em primeira pessoa propõe o leitor uma imersão ainda maior dentro da cabeça de Cecilia, uma pediatra cheia de privilégios e tão desequilibrada que chega a ser até antiprofissional em diversos momentos.

Ao mesmo tempo, o leitor também é propositalmente confundido com o que Cecilia realmente faz e com o que ela somente pensa. E é por isso que o final me chocou tanto, e muito embora li muitas resenhas de pessoas que esperavam mais do último capítulo, achei que a autora foi certeira em soltar a nossa mão na última página, e deixar que nossos pensamentos sigam para onde a gente bem quiser.

O livro é pequeno, com capítulos super curtinhos, instigando ainda mais a nossa urgência em saber o que ia acontecer.

No mais, Cecília, eu te odeio.

?Eu costumo atrair deprimidos e piorar o quadro deles. Com eles ou você fica plenamente à superfície, impávida, ou eles usarão sua cabeça como platô.?
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Marcianeysa 11/03/2022

Muito bom
Que livro! A autora criou uma personagem interessantíssima: pediatra que não gosta de crianças. A escrita é muito boa, leitura flui muito bem.
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antuan_reloaded 26/08/2023

[3/10]
Fui tomado por um misto de curiosidade e expectativa, assim que li a sinopse de "A Pediatra". Afinal, a história de uma pediatra que odeia crianças pode soar curiosa. Somado a isso, o fato de ter circulado por prêmios de literatura despertou interesse. No entanto, minha experiência com essa obra foi toda marcada por uma construção narrativa fraca e uma linguagem excessivamente objetiva, o que me deixou desapontado.

De início, é importante ressaltar o quanto a construção narrativa se mostrou confusa e pouco estruturada ao longo da leitura. A história se desenrola de maneira desordenada, como se a narradora estivesse constantemente pulando de um ponto para o outro, dificultando a compreensão dos acontecimentos e prejudicando a fluidez da trama. Vale salientar que a fragmentação narrativa é um aspecto que admiro muito, mas aqui não funciona.

Em relação à linguagem, ela se mostrou ainda mais decepcionante. Andrea del Fuego optou por uma escrita pouco envolvente, usando frases curtas e uma falta de descrição que torna difícil visualizar as cenas descritas. Além disso, a escolha de palavras parecia forçada e artificial, não trazendo um elemento poético ou aprofundado à narrativa. Essa falta de criatividade linguística contribuiu para a sensação de desinteresse ao longo da leitura.

Por fim, "A Pediatra" falha em cumprir sua função de envolver o leitor e instigar sua curiosidade. Com uma construção narrativa confusa e superficial, aliada a uma linguagem desinteressante e pouco envolvente, o livro não conseguiu alcançar seu potencial. É muito mais provocar e chamar atenção com o uso seleto de palavras e imagens, do que desenvolver algo autoral e autêntico.
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